Haitianos, com carrinho de mão tentam retirar o entulho! Foto AFP |
Haiti - Agora já são 3.651 mortos por cólera - Chega ou querem mais? UM ANO!
Por Marise Jalowitzki
10.janeiro.2011
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2011/01/haiti-agora-ja-sao-3651-mortos-por.html
Bem, se para uma coisa toda esta catástrofe no Haiti está servindo é para mostrar o quanto a mídia é nada, o quanto denúncias são nada, o quanto autoridades que denunciam são nada! Tais autoridades (que denunciam) simplesmente são demitidas do cargo, e pronto!
Um ano! Um ano se passou! As denúncias se propagam, como o número de mortos, também! Chega, ou querem mais? No primeiro artigo que escrevi (Haiti - sobre os caixões da FEMA - http://ning.it/h6zEvQ ) lancei uma hipótese:
- de que a catástrofe poderia ter sido "programada", para que mais e mais voluntários e ajuda militarizada pudessem obter experiência,
- de que era uma boa oportunidade de se experimentar as novas vacinas contra cólera- de que era uma boa forma de a indústria farmacêutica enriquecer um tanto mais
- de que os caixões da FEMA poderiam servir para os milhares de mortos, vítimas da epidemia (que chegou ao Haiti através de nepalenses, na comitiva de ajuda humanitária militarizada).
Será que alguém já investigou?
Onde estão sendo sepultados os mais de 3 mil mortos, só pelo cólera? Há um ano, quando ocorreu o terremoto, foram mais de 300 mil vítimas. Haiti é um país pequeno. Nem espaço tem. Nos caixões da FEMA há lugar para 3 corpos, dizem as declarações contidas nas dezenas de videos que podem ser visto no youtube.
Agora, passado um ano, após a solicitação da senadora haitiana e outras tantas petições, a ONU se decide a investigar COMO o cólera chegou ao Haiti, que não registrava nenhum caso há 50 anos.
Só que as tendas estão lá.
As milhares de pessoas desabrigadas, UM MILHÃO DE PESSOAS, continuam morando lá, estendendo-se nas ruas, esperando a morte.
Os médicos continuam tendo de optar por querm vai ser atendido e quem vai ser deixado morrer, devido à super lotação nos hospitais (os "fixos" e os improvisados).
A escassez de água potável continua uma constante.Alimentos parcos.
Nem 5% do entulho foi retirado, apesar das vultuosas contribuições/doações de muitos órgãos e países. Carrinho de mão e pá são os instrumentos de limpeza!!! São os próprios haitianos, dia após dia, que tentam consertar o impossível.
O QUE MAIS PRECISA ACONTECER PARA QUE PROVIDÊNCIAS EFETIVAS OCORRAM?
Inaceitável, inadmissível, vergonha mundial!
Triste raça humana, que acredita que pode um dia vir a ser feliz, tendo tantos irmãos à deriva!Marise Jalowitzki
Escritora
marisej@terra.com.br
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Porto Alegre - RS - Brasil
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Links relacionados neste blog, por Marise Jalowitzki:
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/12/haiti-3333-mortos-muito-triste-so-ficar.html
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/11/sobre-os-caixoes-da-fema-e-o-haiti.html
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/12/haiti-verdade-que-nao-agrada-demissao.html
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/12/haiti-dinheiro-nao-utilizado-o-que-se.html
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/12/saiba-mais-sobre-ricardo-seitenfus-o.html
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/12/haiti-o-depoimento-de-ilda-e-familia.html
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/11/mexico-epidemia-e-psicose-interessante.html
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Médicos Sem Fronteiras: 1 mi vivendo em tendas é inaceitável
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4881389-EI8140,00-Medicos+Sem+Fronteiras+mi+vivendo+em+tendas+e+inaceitavel.html10 de janeiro de 2011 • 15h22
Nuvens negras passam por sobre um dos acampamentos montados para pessoas desabrigadas pelo terremoto, em Porto Príncipe
Haiti - UM MILHÃO vivendo em tendas!!! Com uma epidemia de cólera junto!!! |
Foto: AFP
Por Felipe Franke - do Terra
Um ano depois do terremoto que devastou o Haiti, deixando mais de 200 mil mortos, a Médicos Sem Fronteiras (MSF) - uma das organizações mais atuantes no processo de reconstrução do país - criticou a forma como a ajuda à população foi conduzida e diz que a situação na nação mais pobre das Américas ainda é dramática. Em entrevista ao Terra, Alessandra Vilas Boas, coordenadora de comunicação da entidade, afirmou que a ação da Organização das Nações Unidas (ONU) "foi muito falha".
"Um ano depois do terremoto, ter um milhão de pessoas vivendo em barracas e acampamentos é inaceitável", sobretudo levando em conta uma "emergência que mobilizou tanta ajuda internacional", sintetiza. "Vimos isso no terremoto e estamos vendo de novo com o cólera. Realmente existe esse atraso. (Há) uma necessidade de mobilização das diferentes organizações e uma coordenação eficiente por parte das Nações Unidas de dar conta dessas necessidades da população".
No entanto, em meio a tantos problemas, Alessandra encontra algo para comemorar: a ampliação do atendimento do atendimento básico de saúde à população de baixa renda. "Isso praticamente inexistia no Haiti," recorda ela sobre o período anterior à enxurrada de apoio estrangeiro advindo com o terremoto. Mesmo assim, ela defende que a ampliação e a solidificação da oferta de cuidado médico especializado permanecem um desafio.
"A situação de saúde primária no Haiti, hoje, é, na realidade, melhor do que era antes do terremoto, porque tem um número muito grande de organizações, e hoje as pessoas têm acesso gratuito a cuidados primários", diz. "Mas a necessidade de cuidados especiais continua."
O desafio Haiti
No ano em que completa 20 anos de presença no Haiti, a MSF considera que 2010 foi o ano mais desafiador do seu trabalho no país. Na avaliação de Alessandra, pode-se inclusive dizer que, somados, o terremoto de janeiro e o surto do cólera do segundo semestre do ano passado se transformaram no maior desafio já enfrentado pela MSF.
"Você pode dizer que a nossa operação de ajuda humanitária no Haiti foi a maior da história da organização", que, fundada em 1971, acumula trabalhos em locais como o Sudão e a Faixa de Gaza. "Em todos países onde a gente já trabalhou, essa operação foi a maior em termos de números de pessoas envolvidas, de recursos, de volume de operação de atendimento e localidade", afirma.
Presente no Haiti desde 1991 para suprir a oferta de atendimento básico à população, a Médicos Sem Fronteiras conta hoje com 8,3 mil pessoas - entre estrangeiros e haitianos - atuando no país. "Isso é 10 vezes mais do que tínhamos antes do terremoto" de 12 de janeiro de 2010, que deixou um saldo de cerca de 200 mil vítimas fatais.
No episódio, a MSF foi essencialmente requisitada para realização de cirurgias, atendendo casos de traumatologia, ortopedia e também prestando serviços maternos. Passados os primeiros dias, o atendimento foi ampliado ao cuidado da saúde mental de sobreviventes da tragédia.
Não bastasse o terremoto, avaliado como um dos piores desastres naturais da história recente, os haitianos ainda tiveram de lidar com um surto do cólera no decorrer do segundo semestre. Alessandra diz que, embora a epidemia já apresente sinais de estabilização, há novos casos surgindo em locais de densidade populacional menor.
"É muito difícil prever o futuro da epidemia, mas o que é certo é que a única forma de realmente conter a doença e evitar que ela faça mais estragos no futuro é um trabalho importante no sistema de água: oferecer água clorada e um sistema de saneamento que não coloque as pessoas em risco", sugere. "A gente vai continuar tratando os pacientes do cólera enquanto o cólera persistir no país."
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Links relacionados no Terra:
AI pede que dominicanos interrompam deportação de haitianos - http://ning.it/fl5p3a
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ONU apresenta balanço um ano após catástrofe no Haiti - http://ning.it/gCIocG
Um ano após tremor, Haiti chora mortos e a falta de reconstrução - http://ning.it/dWc7p6
Secretário da ONU cria comissão para investigar cólera no Haiti - http://ning.it/fNTo43
Número de mortos pela cólera no Haiti sobe para 3.651 - http://ning.it/hKfVVT
Entidade critica comissão de recuperação do Haiti após terremoto - http://ning.it/fBOa2g
AI denuncia aumento da violência sexual contra haitianas - http://ning.it/fRN7Gk
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