segunda-feira, 30 de junho de 2014

Comercial do Chocolatinho Baton e Hiperatividade


Dizy Ayala comentou: adorei teres abordado este assunto! Tentativa de calar a contrariedade com pouco ou nenhum diálogo somente com um "doce cala-te boca"!

Quando este comercial foi ao ar em 2014, originou vários comentários, especialmente por parte de educadores infantis, nutricionistas, alguns terapeutas e mães conscientes.

A fabricante Garoto se defendeu, dizendo que: 
"Baseou-se em estudos que revelaram um perfil de mãe dedicada e extremamente comprometida em educar filhos responsáveis para viver em sociedade. Por isso, essa mãe destacou a importância que dá à questão dos ‘limites’ e, portanto, à forma de disciplinar". E que "o chocolate em porção adequada para a criança e com mais 65% de leite em sua formulação pode ser um aliado da mãe como um reforço positivo aos filhos."

???


Entretanto, não entendemos assim que uma mãe "destaca a importância que dá à questão dos limites" simplificando a intervenção com "Não!", sem conversar, e, ao final, oferecendo chocolate com açucar que, como sabemos, somente vai aumentar a hiperatividade!!



Comercial do Chocolatinho  Baton e Hiperatividade 


Por Marise Jalowitzki
30.junho.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/06/comercial-do-chocolatinho-baton-e.html


Iniciei este comentário no Grupo TDAH Crianças que Desafiam, no facebook e alguns amigos pediram que transformasse em artigo e publicasse no blog, para que pudessem compartilhar.
Aí vai:
Sei que vários amigos lembram do chocolatinho Baton através de um dos comerciais mais famosos onde a criança se "concentrava" e emitia uma frase em voz hipnótica para a mãe:
"- Compre Baton! Cooompre Baton!" e a mãe, no supermercado, acabava trazendo a pequena embalagem. Pois agora mudou.

Agora, já devem ter visto aquele comercial chatinho do chocolatinho onde as vozes do fundo cantam inúmeros "nãos" a tudo que a criança faz.

A ideia é trazer algo engraçado, mas a mensagem é fraca e duvidosa. Não há diálogo, não há explicação, não há mudança de cenário. Apenas a inibição geral de todas as criativas traquinagens do garoto! Aí, vem a voz "do comercial":
"Mãe tem que falar não. Mas, às vezes dá pra falar: sim!"
E, aí, aparece a mãe oferecendo o chocolate ao menino, sem uma palavra. E ele, passivo, recebe. E a frase: "com muito mais leite!"
Fim.

Fazer comidinhas gostosas com seu filho é muito melhor do que desfiar dezenas de Não! Interagir com a criança tem a ver com diminuir a ansiedade dele, centrá-lo em atividades que lhe dêm prazer e, ao mesmo tempo, ensinem disciplina, seguir regras (a quantidade dos ingredientes da receita, o tempo de forno, o cuidado ao retirar, etc.)


Pontos de reflexão sobre mudança de dieta:
Cacau não é o problema. Problema é o açúcar e o leite. 

1) Como as mães e pais respondem a esta contra propaganda? Um alimento que, devido ao alto teor de açúcar, só vai aumentar a agitação do pequeno? aumentar a hiperatividade dele?

Pág 169 - Capítulo 12 - Dieta especial pode ajudar portadores de TDAH - Livro TDAH Crianças que Desafiam
"Chocolate e Hiperatividade
Existe uma ligação fina (aparentemente inexistente) entre hiperatividade e consumo de chocolate. O que fez com que as pessoas, principalmente os pais, estabelecessem uma relação entre hiperatividade em crianças e o consumo de chocolate foi o fato de as crianças apresentarem esse comportamento após o consumo de alimentos que contenham açúcar. Chocolate, sem dúvida, tem açúcar e cafeína como seus principais ingredientes. Muita pesquisa foi feita para encontrar alguma ligação entre estes dois. Foram conduzidos estudos para encontrar o efeito dos principais ingredientes de chocolate (açúcar, cacau, e outros aditivos) sobre o comportamento das crianças. Não houve grandes mudanças comportamentais relatadas."


2) Qual a preocupação dos pais para com a dieta de seus filhos?

Pais conscientes estão cada vez mais atentos ao que colocam no prato de seus filhos, procurando manter o grau nutricional e, ao mesmo tempo, fazer do ato de alimentar-se um momento de satisfação!

Pág 168 - Capítulo 12 - Dieta especial pode ajudar portadores de TDAH - Livro TDAH Crianças que Desafiam
Entre as dicas que constam no Livro, escolhi algumas:

"O que excluir da dieta
Como vimos nos resultados das pesquisas, os alergênicos em geral, como trigo, leite e ovos devem ser substituídos ou ingeridos em quantidades pequenas, pois são responsáveis ​​por causar um aumento da hiperatividade. 
Também a cafeína e o açúcar comum (refinado). 
Excluir (ou, pelo menos, evitar ao máximo) os alimentos que contenham aditivos e produtos químicos, como corantes, aromatizante artificial, conservantes artificiais, salicilatos, adoçantes artificiais e outros aditivos alimentares, como benzoato de sódio e sulfitos. Evitar alimentos ricos em açúcar.

Igualmente, use a criatividade e enfeite os pratos, de forma a chamar a atenção pela beleza das cores e disposição dos alimentos. A chave aqui é atrair as crianças para comer os alimentos. Crianças e suas birras alimentares aumentam quando se trata de alimentos para crianças diagnosticadas com TDAH. Uma coisa que você pode tentar, por exemplo, é preencher os pequenos cubos das forminhas de gelo com alimentos contrastantes em cores, como verde e laranja. As crianças vão adorar!"




3) Você está acompanhando a adulteração sistemática do leite - com formol e água sanitária? 

Há mais de um ano aqui no RS a PF está atrás de uma quadrilha bem organizada que, desbaratada, encaminhou o leite vencido para o Paraná, sendo comercializado agora por lá. (Se não sabe, procure por Ação Leite Compensado) E esta é uma ação! No MT há mais de 3 anos o leite contaminado já estava sendo denunciado.

4) Você sabia que a primeira coisa que um dietista recomenda a um hiperativo, a um autista, a um desatento é retirar o leite (de vaca, que é do bezerro) e todos os produtos derivados, para que ele não ingira mais a caseína (uma enzima contida no leite do bezerro)? e também retirar o glúten? porque acrescentam ainda mais leite? 

Sim, é sabido que mudar conceitos e hábitos não é fácil, mas, em algum momento, tem de começar! A criança está sendo exigida o tempo todo para que mude de comportamento. E o comportamento dos pais, dos educadores, não será avaliado e instado a mudar?

Transcrevo o comentário da:
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No Livro TDAH Crianças que Desafiam - Capítulo 12, 
você encontra considerações e dicas sobre 
Dietas para portadores dos sintomas de tdah 
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5) No comercial, emm qual momento a mãe se dispõe a levar o menino a passear, sair do apartamento e contatar com a natureza, ar livre? Onde se estabelece a parceria? O convívio e a participação conjunta? E, novamente, é o menino o traquinas! e brincando sozinho! 
  • Dizy Ayala adorei teres abordado este assunto! Tentativa de calar a contrariedade com pouco ou nenhum diálogo somente com um "doce cala-te boca"!

Pois bem isso! É flagrante o Não da mãe em tudo o que o menino do comercial cria (e sempre sozinho) para, ao final, ganhar um 'docinho-veneninho pra ficar quietinho'! Nada substitui o diálogo, a presença afetuosa-amorosa. (E, sim, sabemos que se trata de 'veneninho', pois a 'cor' do chocolate, quem dá é o corante Caramelo IV - cancerígeno -, além do que já abordamos sobre o leite... "agora com muito mais leite"!) 

E considero, também, bastante difícil, devido ao bombardeamento midiático! Uma gama de inverdades jogadas diuturnamente nas mentes das pessoas, vicia o subconsciente e faz apenas reagir!! Por isso, de forma incessante, temos de continuar divulgando a saúde e boas práticas. Quem se anima a tentar, aumenta as chances de ser bem sucedido!!


Agora, olha isso!

Comunicado da Garoto sobre as críticas ao comercial do Baton:
“O novo filme publicitário do chocolate Baton, da Garoto, busca ilustrar situações do dia a dia de mães e filhos. Baseou-se em estudos que revelaram um perfil de mãe dedicada e extremamente comprometida em educar filhos responsáveis para viver em sociedade. Por isso, essa mãe destacou a importância que dá à questão dos ‘limites’ e, portanto, à forma de disciplinar. Nesse contexto, o chocolate em porção adequada para a criança e com mais 65% de leite em sua formulação pode ser um aliado da mãe como um reforço positivo aos filhos. Em sua comunicação, a marca fala diretamente com a mãe, pois entende seu papel fundamental na decisão sobre quais produtos oferecer às crianças.








https://www.youtube.com/watch?v=a2tFB3eaMsU


Comentário recente: Infelizmente, o comercial voltou em abril de 2015!!!


Alguns outros comentários:
ÓTIMO PARA DAR CÁRIES, DIABETES, DOR DE GARGANTA, ROUBAR O CÁLCIO, ETC. NÃO COMPRE BATOM.
ESTÁ CONTRA O NOVO CÓDIGO QUE PROIBE PROPAGANDAS PARA CRIANÇAS.

Que horror!!!! Mãe pode dizer não para o brincar e sim para o batom garoto?????  Não acredito que alguém possa gostar disso. 

poha meu filho ver isso e fica feliz da vida a coisa mais gostosa do mundo adoro ver ele nessa alegria kkkk

Falar não pra VIDA? Substituir vida por consumo? 


“Todos estes Nãos são contrapostos a apenas Um Sim. O de, pela Mãe, dar um Baton, e pela Criança, de comer Baton”, analisa Evandro Vieira Ourives, do Centro de Psicopolítica e Gestão Mental da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente

Escritora, Educadora, Blogueira e Colunista
Idealizadora e Coordenadora do Curso para Coordenadores em Jogos e Vivências para Dinâmica de Grupos, níveis Formação e Master
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FGV,
Facilitadora de Grupos em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista de coração, Vegana.
Certificada como International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
marisejalowitzki@gmail.com 
compromissoconsciente@gmail.com 



Livro: TDAH Crianças que desafiam 
Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família
Contra o uso indiscriminado de metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta

Para conhecer mais e adquirir, acesse: 
TDAH Crianças que Desafiam - Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família





www.marisejalowitzki.blogspot.com.br









sábado, 28 de junho de 2014

Neurofeedback, Déficit de Atenção e Hiperatividade





Neurofeedback, Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

Por Marise Jalowitzki
28.junho.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/06/neurofeedback-deficit-de-atencao-e.html

Recentemente recebi do amigo Pedro, pai e avô amoroso, um relato contendo o extenso caminho percorrido pela família em função de seu netinho que, aos 6 anos, recebeu o diagnóstico de tdah juntamente com a pressão dos educadores para medicalizá-lo! Hoje o menino está com 8 anos e a situação agravou-se.

Eis o texto recebido:

"Marise, acabei de ler um artigo que você postou de uma mãe que tem um filho de 6 anos e que está sendo medicada com Ritalina... na verdade, essa mãe relata uma situação que muitas famílias estão vivendo, entre as quais, também me incluo. Sou um vô presente e meu netinho de 8 anos de idade é para mim um grande amigo. Juntos, somos dua crianças que brincamos, caminhamos, passeamos, construímos brinquedos da minha época e fizemos até um carrinho de rolimã que levamos dois anos para terminar esse projeto.Até aos 6 anos, teve uma vida normal dentro de sua faixa etária mas depois dos 7 anos, já passamos a receber reclamações das professoras sobre dificuldade na aprendizagem com dificuldade de acompanhar as lições e cópias na lousa, (desatenção e hiperatividade).
Fomos orientados a buscar ajuda profissional. Assim também foi o segundo ano e continua hoje no terceiro ano do fundamental. Minha filha que é uma mãe modelo(carinhosa, responsável e preocupada com a saúde e futuro do nosso pequeno, juntos saímos em busca de ajudas profissionais.

Já passamos com os seguintes profissionais:
*Psicóloga
*Otorrino
*Fonoaudióloga ( Avaliação Proc. Auditivo)
*Neuropsicóloga(Avaliação Neuropsicológica ( 5 Sessões)
*Fonoaudióloga ( Conclusão e Hipótese Diagnóstica
*Relatórios escola/Professores
* Neurologia da Infância e da Adolescência.


Este Neuro, Médico muito famoso consultou nosso pequeno e após solicitar uma bateria de exames e com os resultados, desconsiderou as avaliações dos profissionais anteriores e descartou a presença de TDAH e sim, com pequenos traços.


Encaminhou-nos para um Endocrinologista para avaliar THS e T4 L por suspeitar de Hipotireoidismo o que poderia estar causando os transtornos semelhante ao de TDAH.
O Médico Endocrinologista após consulta e exames, realmente confirmou a presença do Tireoidismo e nos receitou o medicamento EUTHYROX 25 ug –uso contínuo (diário), com acompanhamento bimestral. Já com o seg. exames essa parte já estava sobre controle mas o agravante na escola continuava.


Passado dois meses, a escola continuava reclamando que o nosso pequeno não estava acompanhando os deveres em classe alem de desatenção e hiperatividade. Nos encaminhou mais um relatório descrevendo toda a situação.


Apavorados e preocupados com o filho, os pais retornaram ao médico Neurologista e entregaram o relatório da escola. Para nossa surpresa e decepção, o próprio médico que havia confirmado a não existência do TDAH, resolveu medicar nosso pequeno só para atender solicitação da escola. Receitou o medicamento de uma Formula de CAFEINA 100 ml + IMIPRAMINA 10 ML = XAROPE 300 ML que seria para inicio imediato e por 60 dias e voltar para avaliação.

Minha filha providenciou a manipulação do remédio mas faltou a coragem... Eu , um Vô e amigo muito presente com uma história longa de Amor e Carinho por essa criança, pedi para a minha filha que antes de iniciar o medicamento eu me prontificaria a testar e verificar os efeitos e possíveis reações. A princípio ela não aceitou devido minha idade de 71 anos tomar esse remédio dessa natureza mas, acabou sendo convencida por mim e no dia seguinte, tomei a mesma dose que seria para o meu neto, de 5 ml. Confesso que foi uma experiência terrível, pois passei dois dias com sintomas: dor de cabeça, tontura, enjoo, sonolência e indisposição.
Depois que emiti um relatório e o entreguei à minha filha, após a leitura, ela imediatamente tomou a decisão de suspender o medicamento e buscar novas opiniões.


Voltamos a estaca zero e sem acreditar nos fatos, principalmente à medida que íamos tomando conhecimento das suas postagens e das leituras do seu livro TDAH-Crianças Que Desafiam. Foi então que resolvemos procurar uma nova opinião com outro NEUROLOGISTA.
E lá fomos nós com uma enorme pasta cheia, com todos os exames e diagnósticos, para uma nova consulta e uma NOVA ESPERANÇA.
Fomos bem atendidos pelo novo médico que demonstrou ser muito profissional e conhecedor nessa área. Após avaliar as informações que levamos, consultar o nosso pequeno e conversar com os pais, não teve dúvida: o Pequeno é portador de TDAH e precisa ser medicado imediatamente para o próprio bem dele na escola e na vida social.
Saímos do consultório com uma pequena receita do medicamento RITALINA, para tratamento contínuo.

Aí sim que ficamos com mais dúvida, pois com o primeiro médico fazendo todos os exames necessários, aquele concluiu que não se tratava de TDAH e o segundo médico, sem solicitar exames e só de posse das informações, já conseguiu diagnosticar e já medicar na mesma hora.
Voltamos para casa. Os pais estavam felizes por ter encontrado um médico que esclareceu todas as dúvidas e os convenceu da necessidade do tratamento, para a felicidade da criança.
Mas, eu, como amigo e Vô desse meu pequeno, não me conformava em aceitar que meu amiguinho fosse tomar para sempre esse medicamento terrível.

Iniciei um trabalho de pesquisa pela internet em busca de encontrar alguma maneira de ajudar meu amiguinho sem ser a tal da RITALINA e para a minha surpresa, encontrei um Site com vídeo e comentários informando da possibilidade de tratar o TDAH, sem medicamento E SIM COM um nova tecnologia na área da NEUROFEEDBAK, com a Dra. TÂNIA MURATORI, Curitiba –PR e INSTITUTO NEUROFEEDBAK E BIOFEEDBCK DO PARANÁ.
Assisti ao vídeo e gostei dos comentários e explicações da Dra. Tânia.
Fiquei muito feliz só de saber que é possível tratar o TDAH sem medicamento. Essa técnica, segundo as informações, existe no Brasil por volta de 10 anos e é uma área pouco conhecida, mas que está sendo disponibilizada em várias regiões no Brasil.
Para nossa felicidade, encontramos uma médica nessa especialidade numa cidade perto onde moramos e já conseguimos agendar uma consulta/avaliação ainda para esta semana.
E assim, mais uma vez, consegui interferir na utilização da RITALINA, ficando suspensa por mais uma vez ou definitivamente.

Então Marise, com as leituras do seu livro e dos seus artigos postados no face, me ajudaram a apoiar minha filha e proteger meu netinho, até que encontremos uma solução para ajudá-lo sem colocar sua vida em risco.

Segue abaixo os links para sua avaliação e se possível, nos informar se você já conhece essa área que no momento nos deixou otimistas por surgir uma esperança de cuidar do nosso pequeno sem medicamento .
http://psiconeuro.wordpress.com/
http://www.neuroterapia.com.br/neurofeedback.html

Boa noite e tenha um bom final de semana
Abraço,
Vô Pedro"


Com relação a todas as instâncias já percorridas por vocês, ires-e-vires de um a outro especialista e a divergência de pareceres entre eles!

Só faz confundir, mesmo, pois cada um tem uma opinião (formação ética) diferente! E a hesitação e o "voltar atrás" nos diagnósticos mostra o quanto a classe médica está confusa e até temerosa em relação a se posicionar com convicção e firmeza! Preferem não se incomodar, não ter problemas com as escola e agradar a todos! Infelizmente!



Com relação ao neurofeedback

Embora seja uma técnica com mais de 40 anos (utilizando, inclusive, muito dos conhecimentos obtidos nos terríveis resultados dos experimentos da 2ª Guerra Mundial, feitos com tão pouca ética), a técnica foi se aprimorando e hoje é utilizada em diferentes fóruns.

Sim, a técnica de neurofeedback tem se mostrado potente e eficaz nos casos de defasagem cognitiva grave. No Livro TDAH Crianças que Desafiam dedico as páginas 120 a 122 para discorrer sobre o tema, pois o neurofeedback ou neurobiofeedback ou biofeedback ainda é bem pouco utilizado no Brasil. Um dos institutos mais famosos do mundo fica na República Tcheca - EEG Spectrum Affiliate, onde o processo de reforçamento condicionado vem recebendo cada vez mais adeptos.

A abda declara que os resultados são pequenos, mas a prática mostra que é bem mais do que isso, CONTANTO que se leve a cabo o tratamento, até o final das 30, 40 o até 60 sessões (de 30 a 40 min cada uma). E, como enfatiza a Dra.Tania Muratori, que é psicóloga e neurocientista em Curitiba, os resultados são tanto mais consistentes quanto mais cedo acontecerem na vida do paciente.

O corpinho infantil é o mais suscetível para qualquer tipo de intervenção de aprimoramento.

Questão financeira

Muitos pais (dos que conhecem a técnica) afirmam não poder proporcionar a seus filhos o neurofeedback (retorno neurológico) por se tratar de um treinamento dispendioso, já que são necessárias duas sessões semanais, num total de trinta sessões até 60 sessões. Trinta sessões perfazem quatro meses de treinamento cerebral, podendo se estender, como vimos, a 8 meses. É um desembolso considerável, mas com intervenções não invasivas.

A situação em que o pequeno se encontra carece efetivamente de uma intervenção? 


O que precisa ser sempre MUITO bem analisado é: A situação em que o pequeno se encontra carece efetivamente de uma intervenção? Esta resposta, em última instância, quem haverá de fornecer serão os genitores. Caso positivo, o neurofeedback pode ser de grande valia.

O treinamento é consistente e acontece através do exercício da parte elétrica do cérebro, é completamente indolor, pois são colocados os mesmos eletrodos de quando se faz um eletrocardiograma e a criança "treina brincando". Os jogos eletrônicos atraem sobremaneira as crianças, o que torna o treinamento-tratamento não invasivo. O pacman dá recompensas quando a velocidade e o acerto (comer as bolachinhas) são alcançados: trava sempre que o movimento for mais lento do que aquele considerado normal (déficit) ou sempre que acelerar demais (hiperatividade).

Como já mencionei anteriormente, para que uma pessoa possa efetivamente apresentar uma mudança efetiva, o treinamento de suas ondas cerebrais carece, segundo os estudos, de toda as sessões recomendadas para que o cérebro "se convença", estabeleça as ligações necessárias e passe a responder da forma esperada. Como Tânia Muratori declara: "Para atender ao padrão de comportamento que a sociedade julga correto!".

Os cuidados e critérios? Trata-se de um ajuste mental.

"Neurofeedback - No caso do TDAH, a impulsividade, distração e hiperatividade podem todos responder favoravelmente ao treinamento. Isso pode levar a muito mais bem sucedido desempenho escolar. 

As funções cognitivas podem melhorar bem. Em vários estudos controlados, foram encontrados aumentos de 10 e mais pontos no QI de um grupo representativo de crianças com TDAH. 

O comportamento pode ser modificado em outros aspectos também: Se a criança é muito birrenta, é beligerante, e até mesmo violenta ou cruel, esses aspectos de comportamento podem ficar controlados na criança. 

Aqui também cabe ponderar..." (pág. 121 e 122 - Cap. 7 - Sintomas e tipos de tratamento - Livro TDAH Crianças que Desafiam) 


As ponderações que proponho passam pela avaliação de cada pai e mãe, que são os que potencialmente vão responder e decidir se a criança efetivamente precisa de um ajuste mental, elétrico-cerebral. Como defendem muitos e muitos especialistas e que tenho constantemente publicado aqui, por vezes é só deixar o tempo passar, sem stress, sem pressão, sem culpas, que a criança consegue atingir os mesmos escores que os demais. Está claro que quando já há o componente de "eu não posso! eu não sei!" tudo fica bem mais difícil!

O Tempo "Certo" para a Aprendizagem


Quando os alunos não atendem aos requisitos da entidade educacional, a primeira providência é pedir que "passem na secretaria" para que a orientadora pedagógica seja chamada e "tome conta da situação". Geralmente a sugestão de encaminhamento a um especialista já acontece ali mesmo, quando os pais são chamados. E, em que circunstâncias a escola é chamada "para passar na secretaria"?

Quando a família, efetivamente, está convencida de que o garoto tem um sério problema e precisa de um "ajuste", é só desejar sucesso e que tudo corra da melhor forma possível!

Em nosso reduto familiar, com alguns dos pequenos, a opção foi enfrentar a pressão advinda da escola, questionar a metodologia, sugerir alternativas educacionais, buscar reforço em aulas extra classe (kumon), além do incansável auxílio materno (mãe, a eterna fortaleza!). Não aconteceu o uso de tarja preta, nem foram usados outros métodos ou treinamentos, a não ser terapia psicológica.

Eu, com formação em educação, questiono muito, e sempre, a forma de atuar das instituições, especialmente por saber o quanto uma escola com uma metodologia mais atraente, com avaliações não baseadas em provas de "marque a resposta certa" podem fazer a diferença para melhor na vida de uma criança.

Um garotinho alegre, que brinca com o avô, que é criativo e ri, não parece ser alguém pouco sociável, nem deprimido, nem agressivo a ponto de colocar em risco as outras pessoas. Agora, o que fazer quando não há a possibilidade de proporcionar uma escola melhor para a criança? Os pais podem aventar a possibilidade de ele receber reforço extra (as antigas aulas particulares). Também, é saudável não ficar muito inflexível com relação à hipótese de ele reprovar um ano, até "encostar" com a chamada "idade certa" dos demais.

Sim, a chance de tornar-se um adulto "normal", com um certificado nas mãos, com um "bom" emprego é grande, recebendo intervenções que visem a adaptação social. O neurofeedback assemelha-se à PNL - Programação Neuro Linguística (sem eletrodos), como o EFT, o Reiki, a Yoga, a prática da meditação (estes dois últimos mencionados e recomendados pelo Comitê de Bioética Médica da Suíça) além de tantos outros.

Daqui, fico torcendo muito para que o menino fique livre e longe dos rótulos que a escola adora colocar, que ele consiga o restabelecimento das sinapses "corretas", que ele não perca sua singularidade, nem abafe para sempre prováveis capacidades inventivas.

"Apelo à diversidade humana

O uso generalizado de Aprimoramento limita a variedade de modos de vida e as diferenças de talento. Entretanto, uma perda da diversidade não é desejável, porque isso levaria a um nivelamento das diferentes aptidões e características humanas, diminuindo assim a tolerância da alteridade (diferenças individuais). Se o empurrar para aumentos de homogeneidade, de tal forma que um talento diferente ou mesmo uma deficiência seja considerado "culpa" da pessoa, porque, “afinal de contas, ela  deveria estar tomando uma droga para curá-la”, isso equivaleria a uma perda de justiça." (pág 145 - Cap. 9 - Reflexão Ética sobre a Prática Médica - emitida pela Comissão de Bioética Médica da Suíça - Livro TDAH Crianças que Desafiam) 


O que os adultos estão fazendo com os seus pequenos? Que modelo de felicidade estão passando? Stress, mau humor, falta de tempo, discussões, corrida atrás de dinheiro! Os pequenos de hoje, não "aprendendo a ler e a escrever na IDADE C-E-R-T-A..." estabelecida por alguns legisladores idiotas engessados, são logo rotulados.

Pensem, adultos, essas crianças não estão, inconscientemente, enviando uma mensagem para seus pais e educadores? Eles não querem este mundo! Eles não querem crescer!!! 

Adultos, empenhem-se mais em VOCÊS deixar um mundo melhor para seus filhos e empenhem-se menos em MOLDAR seus pequenos a este mundo feio e caótico que aí está!

Um maravilhoso projeto inclusivo acontece no Equador Institute Renee Teaching


Amigo Pedro!
Uma extensa colocação merece e precisa de uma consolidada resposta.
Primeiramente, congratulações por toda esta trajetória de dedicação e carinho, especialmente pelo seu pequeno neto, que ainda não pode fazer as suas escolhas!
Quero, também, deixar meu apreço a tua filha, que te ouve, que é sensível aos teus argumentos. Estendo estes bons sentimentos a teu genro, que também está aberto ao diálogo.

Estamos em um mundão onde tantos filhos só fazem desdenhar do que os mais velhos falam!
A própria associação brasileira, que coloca a medicalização da ritalina e outros psicotrópicos como intervenção de primeira linha para os diagnosticados como tdah, faz essa alusão, para desconsiderar o papel dos avós, segundo eles, "preconceituosos"... Vá em frente, amigo, faça o seu possível e relaxe quando as coisas não acontecerem conforme a sua expectativa. Todos nós, independente da idade, temos de fazer o que está em nossas possibilidades e entender que há forças mais fortes que, por vezes, tomam a dianteira. Nessa ocasiões, é recuperar as energias que serão necessárias mais adiante!

Daqui, torcendo para que o neurofeedback, em sendo aplicado, possa render os resultados esperados pela escola!!... E que teu netinho não perca a sua singularidade!!!


A meditação além de mudar a mente, também modifica a estrutura física do cérebro

http://yogui.co/meditacao-nao-muda-nossa-mente-mas-tambem-o-nosso-cerebro/







Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente

Escritora, Educadora, Blogueira e Colunista
Idealizadora e Coordenadora do Curso para Coordenadores em Jogos e Vivências para Dinâmica de Grupos, níveis Formação e Master
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FGV,
Facilitadora de Grupos em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista de coração, Vegana.
Certificada como International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
marisejalowitzki@gmail.com 
compromissoconsciente@gmail.com 



Livro: TDAH Crianças que desafiam 
Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família
Contra o uso indiscriminado de metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta

Para conhecer mais e adquirir, acesse: 
TDAH Crianças que Desafiam - Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família





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