segunda-feira, 31 de março de 2014

Por que as crianças francesas não têm Deficit de Atenção


Livro TDAH Crianças que Desafiam - pág 54


Nota de Marise:
Aqui no Brasil, não existe uma conduta em relação ao tema do artigo. Existe uma tendência, em todas as classes sociais para "ganhar sempre" e isso, sabe-se, quando não é bem trabalhado para o "...e caso não der certo" gera um ressentimento atroz, que induz ao revanchismo e até a reações bem violentas, como sabemos.


Aprender a lidar com o Não é bem importante, embora doído! Ninguém gosta! Eu tenho meu "talismã da sorte" para esta situação: SEMPRE que algo me frustra muito, que dói muito (e olha que não é difícil de acontecer, não!), antes de cair no ostracismo, na tristeza, deprimir, lembro dos meninos que via sempre nas sinaleiras (semáforos), pedindo esmolas; ou os hoje já rapazes que fazem as suas acrobacias em troca de algumas moedas (difíceis de ganhar). QUANTOS “NÃO!” ELES RECEBEM EM UM DIA? E continuam, apesar da negativa e do desprezo de quase todos? E, lembrando deles, envio uma oração de bem aventurança para este mundão caótico e encontro forças para lidar melhor com a "minha" frustração!


Por que as crianças francesas não têm Deficit de Atenção?


http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/03/por-que-as-criancas-francesas-nao-tem.html
Por Priscila de Moraes 
Escola do Futuro - SP


Esse artigo chamou minha atenção por abordar o TDAH de um modo como acredito e com a formação de psicopedagoga que adquiri, passou a ser parte da minha linha de abordagem ao me deparar com situações que remetam ao TDAH.

Mascarar situações através do uso de medicação, seja uma simples gripe, até o TDAH é uma tendência de nossa sociedade ocidental. Dá trabalho ir atrás das causas, mudar a rotina, a concepção de vida, estabelecer limites e repensar atitudes. Mas para termos soluções em longo prazo e realmente ajudar a criança, a lidar com sua situação, seja qual for, é importante que haja acompanhamento constante dos pais e de profissionais especialistas.

O remédio é um último recurso, onde após saber que tudo o mais foi tentado para ajudar a criança a lidar com sua questão.

Para nós profissionais, no Brasil, cabe rever o uso do DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders). Por que o usamos mesmo? O que nos impede de recorrermos ao modelo europeu?
( Publicado em 24.maio.2013 - http://blog.educacional.com.br/primoraes/2013/05/24/tdah-reflexao/comment-page-1/#comment-34 ) 


Nota de Marise:
Transcrevo um diálogo do site Equilibrando-me


A pessoa que escreveu o texto tem TDAH ? O filho tem TDAH ? Certamente não. Sou portador, descobri aos 38, minha filha também tem. Tive uma vida de amargar e minha filha já apresenta problemas sérios. Meus pais são culpados no meu caso ? Eu sou o culpado no caso de minha filha? Sinceramente, vocês precisam de mais metodologia científica, mais ciência e eu diria que mais seriedade. Chega ao primitivismo e à leviandade os argumentos que li.

moouer 03/24/2014 às 23:41

Caro Wendel, tenho déficit de atenção sem hiperatividade e tal como vc, amarguei muito na infância. Cadernos incompletos, cobranças descomunais, notas baixas, baixa autoestima, apelidos ‘gentis’, como: pamonha, avoada, lerda, vindos de colegas e do cara da van da escola. Sim, passei por tudo. Mas, ainda bem, AINDA BEM, que meus pais não viram em um remedinho milagroso a solução dos meus problemas. Matei um leão por dia, fui pra aula particular, criei mecanismos próprios de concentração e cá estou: doutoranda e com dois cargos públicos. Meu filho tb tem déficit de atenção e não vou dar ‘remedinho’ nenhum. Invisto em um esporte individual que ele ama: natação. Sim, esportes coletivos ele tem muita dificuldade. Mas na natação muda de touca de 6 em 6 meses, com excelência, com elogios reiterados do professor. Invisto no kumon, como apoio pedagógico. Invisto em uma neuropsicóloga, que o ensina e ajuda em técnicas de concentração. É bem mais caro que um mero ‘remedinho’. E bem mais trabalhoso também. Mas não quero que meu filho encare a vida com ‘remedinhos’: remedinho pra dormir, remedinho pra estudar, remedinho pra ser feliz. Escolhi reavaliar todos os contingentes. Portanto, o investimento vale a pena. E muito! Abraços. 


Outro aspecto que o texto quis mostrar, é que a visão de disciplina e de amor dos pais franceses é bem diferente da dos pais americanos. Eu acredito que uma criança educada com limites faz toda a diferença sim e influencia nessa taxa de MENOS UM por cento de TDAH. A terapia como tratamento,a constatação e correção do desequilíbrio alimentar, provavelmente nao excluem o uso de medicamento qdo realmente é necessario. Não entendi por que isso é preconceito. Ninguem está negando o problema.
( http://equilibrando.me/2013/05/16/por-que-as-criancas-francesas-nao-tem-deficit-de-atencao/comment-page-4/#comment-965 )


Segue o artigo abaixo para reflexão e mudança de atitudes:

Por que as crianças francesas não têm Deficit de Atenção?

Por WEDGE, Marilyn, Ph.D – Suffer the Children – terapia familiar focada na criança estratégica – Marilyn Wedge  é Ph.D em terapia familiar na Califórnia, autora também de “Pílulas não são para pré-escolares: uma abordagem livre de drogas para crianças-problema”

Nos Estados Unidos, pelo menos 9% das crianças em idade escolar foram diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), e estão sendo tratadas com medicamentos. Na França, a percentagem de crianças diagnosticadas e medicadas para o TDAH é inferior a 0,5%. Como é que a epidemia de TDAH, que tornou-se firmemente estabelecida nos Estados Unidos, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?

TDAH é um transtorno biológico-neurológico? Surpreendentemente, a resposta a esta pergunta depende do fato de você morar na França ou nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, os psiquiatras pediátricos consideram o TDAH como um distúrbio biológico, com causas biológicas. O tratamento de escolha também é biológico – medicamentos estimulantes psíquicos, tais como Ritalina e Adderall.

Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, vêem o TDAH como uma condição médica que tem causas psico-sociais e situacionais. Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. Eles, então, optam por tratar o problema do contexto social subjacente com psicoterapia ou aconselhamento familiar. Esta é uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança.

Os psiquiatras infantis franceses não usam o mesmo sistema de classificação de problemas emocionais infantis utilizado pelos psiquiatras americanos. Eles não usam o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM. De acordo com o sociólogo Manuel Vallee, a Federação Francesa de Psiquiatria desenvolveu um sistema de classificação alternativa, como uma resistência à influência do DSM-3. Esta alternativa foi a CFTMEA (Classification Française des Troubles Mentaux de L’Enfant et de L’Adolescent), lançado pela primeira vez em 1983, e atualizado em 1988 e 2000. O foco do CFTMEA está em identificar e tratar as causas psicossociais subjacentes aos sintomas das crianças, e não em encontrar os melhores bandaids farmacológicos para mascarar os sintomas.

Na medida em que os médicos franceses são bem sucedidos em encontrar e reparar o que estava errado no contexto social da criança, menos crianças se enquadram no diagnóstico de TDAH. Além disso, a definição de TDAH não é tão ampla quanto no sistema americano, que na minha opinião, tende a “patologizar” muito do que seria um comportamento normal da infância. O DSM não considera causas subjacentes. Dessa forma, leva os médicos a diagnosticarem como TDAH um número muito maior de crianças sintomáticas, e também os incentiva a tratar as crianças com produtos farmacêuticos.

A abordagem psico-social holística francesa também permite considerar causas nutricionais para sintomas do TDAH, especificamente o fato de o comportamento de algumas crianças se agravar após a ingestão de alimentos com corantes, certos conservantes, e / ou alérgenos. Os médicos que trabalham com crianças com problemas, para não mencionar os pais de muitas crianças com TDAH, estão bem conscientes de que as intervenções dietéticas às vezes podem ajudar. Nos Estados Unidos, o foco estrito no tratamento farmacológico do TDAH, no entanto, incentiva os médicos a ignorarem a influência dos fatores dietéticos sobre o comportamento das crianças.

E depois, claro, há muitas diferentes filosofias de educação infantil nos Estados Unidos e na França. Estas filosofias divergentes poderiam explicar por que as crianças francesas são geralmente mais bem comportadas do que as americanas. Pamela Druckerman destaca os estilos parentais divergentes em seu recente livro, Bringing up Bébé. Acredito que suas idéias são relevantes para a discussão, por que o número de crianças francesas diagnosticadas com TDAH, em nada parecem com os números que estamos vendo nos Estados Unidos.

A partir do momento que seus filhos nascem, os pais franceses oferecem um firme cadre - que significa “matriz” ou “estrutura”. Não é permitido, por exemplo, que as crianças tomem um lanche quando quiserem. As refeições são em quatro momentos específicos do dia. Crianças francesas aprendem a esperar pacientemente pelas refeições, em vez de comer salgadinhos, sempre que lhes apetecer. Os bebês franceses também se adequam aos limites estabelecidos pelos pais. Pais franceses deixam seus bebês chorando se não dormirem durante a noite, com a idade de quatro meses.

Os pais franceses, destaca Druckerman, amam seus filhos tanto quanto os pais americanos. Eles os levam às aulas de piano, à prática esportiva, e os incentivam a tirar o máximo de seus talentos. Mas os pais franceses têm uma filosofia diferente de disciplina. Limites aplicados de forma coerente, na visão francesa, fazem as crianças se sentirem seguras e protegidas. Limites claros, eles acreditam, fazem a criança se sentir mais feliz e mais segura, algo que é congruente com a minha própria experiência, como terapeuta e como mãe. Finalmente, os pais franceses acreditam que ouvir a palavra “não” resgata as crianças da “tirania de seus próprios desejos”. E a palmada, quando usada criteriosamente, não é considerada abuso na França.

Como terapeuta que trabalha com as crianças, faz todo o sentido para mim que as crianças francesas não precisem de medicamentos para controlar o seu comportamento, porque aprendem o auto-controle no início de suas vidas. As crianças crescem em famílias em que as regras são bem compreendidas, e a hierarquia familiar é clara e firme. Em famílias francesas, como descreve Druckerman, os pais estão firmemente no comando de seus filhos, enquanto que no estilo de família americana, a situação é muitas vezes o inverso.
Texto original em Psychology Today
http://equilibrando.me/2013/05/16/por-que-as-criancas-francesas-nao-tem-deficit-de-atencao/
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  27. Por que as crianças francesas não têm Deficit de Atenção? | CNEF - Confederação Nacional das Entidades de Família maio 24, 2013
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    […] Have ADHD. Por Marilyn Wedge. Psychology Today, 8 de março de 2012. O mesmo artigo em português: Por que as crianças francesas não têm Deficit de Atenção? 16 de maio de […]


Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente

Escritora, Educadora, 
Idealizadora e Coordenadora do Curso Formação para Coordenadores em Jogos e Vivências para Dinâmica de Grupos,
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FGV,
Facilitadora de Grupos em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista de coração, Vegana.
Certificada como International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
marisejalowitzki@gmail.com 
compromissoconsciente@gmail.com 



WEDGE, Marilyn, Ph.D, também está no Livro: 

TDAH Crianças que desafiam 

Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família
Contra o uso indiscriminado de metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta
(pág. 69 a 73)


Acesse: http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/

ou entre em contato: marisejalowitzki@gmail.com
TDAH Crianças que Desafiam - Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família

TDAH Crianças que Desafiam


sexta-feira, 28 de março de 2014

TDAH - Antes de colocar um rótulo na testa de seu filho ou de seu aluno, conheça isto


A visualização concede a qualidade da comunicação.
Livro TDAH Crianças que Desafiam - Marise Jalowitzki



TDAH - Antes de colocar um rótulo na testa de seu filho ou de seu aluno, conheça isto:

Por Marise Jalowitzki
27.março.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/03/tdah-antes-de-colocar-um-rotulo-na.html


“ - Tenho muita raiva porque todos dizem que é uma deficiência. Então, sou deficiente! Se todos já pensam antes de que há uma deficiência, o que eles esperam de mim é nada! E o que eu espero deles? Também nada! Eu posso fazer bem melhor! Só preciso de mais tempo. E me sinto descartado! Aí, tudo se embaralha muito mais!”
A declaração é de um menino de 12 anos, que atualmente está em uma escola especial, sentindo-se, sim, bem mais valorizado do que antes, mas profundamente ressentido pelo que já passou e por estar em uma escola “com rótulo”, como ele diz.
“Os rótulos já existiam antes, agora só passo menos mal!” – diz ele.
A mãe, confusa, diz que o filho toma Ritalina desde os 6 anos. Reprovou na 5ª série, mesmo assim.
“- A gente já esperava isso. Ele já estava indo mal lá por agosto. Eu só não quis aumentar a dose.”


PENSAMENTO, VISUALIZAÇÃO E MENSAGEM FALADA
Todos nós, quando nos comunicamos, construímos imagens em nosso cérebro, de acordo com as palavras que escolhemos. Seja para falar ou para ouvir e entender o que está sendo dito, geramos imagens que condizem com as palavras. Quando qualquer ser humano ouve, ele visualiza e forma a imagem e o pensamento. Tudo tão rapidamente que quase nem nos apercebemos disso. Algumas pessoas visualizam as imagens de forma mais demorada. Alguns, por um processo mais lento mesmo; outros, por sentir prazer nessa construção. Imaginam cada pensamento, cada informação, com muita riqueza de detalhes. Como tudo parece já estar dentro de uma previsibilidade subconsciente, alunos que tem dificuldade em visualizar no "tempo determinado" pelos outros, acabam tendo também dificuldade para se expressar. Isso acontece tanto na escola como na família. No seio familiar, os demais nem sempre notam que, simplesmente, "atropelam" a fala dessa criança ou jovem. Ele acaba se calando e, muitas vezes, se abstrai, sem que isso incomode a alguém.
Repita uma ação algumas dezenas de vezes e terá criado uma "verdade"!
Sempre que uma criança ou adolescente é apressado e coagido para dar a resposta imediatamente, mais ele sente a expectativa e a impaciência dos outros; ele pressente o descrédito dos demais, a não aposta, sente que não acreditam que ele vá conseguir e a frustração toma conta. Fica cada vez mais nervoso, constrangido e irritado e, consequentemente, mais confuso.
 Einstein declarava: “Se não posso imaginar, não posso entender!”
 Atenção, "Normais" (porque estão dentro das "Normas"): É preciso mudar a atitude, deixar mais espaço para a livre expressão. Mudar o timer. Alterar a didática. O jeito de expressar.

Você sabia?

"Há crianças que pensam maravilhosamente, só que elas colocam imagens em meio a cada pensamento, o que faz com que demore um pouco mais para ser expressado! Assim nascem os poetas, os escritores, os pintores, os músicos, os contadores de historias.

Por isso, se na família ou escola o costume é interromper uns aos outros no meio da frase, impedindo alguém de completar o pensamento, saiba que a comunicação está perdida e aquele que foi interrompido, acaba por silenciar. Na recorrência, acaba não participando mais! Desiste, se abstém. Pior é que algumas famílias convenientemente aceitam esta atitude, como se dissessem: “Que bom, agora não enche mais!” Claro que talvez nem conscientemente aceitem este pensamento, mas a ação é toda de exclusão.

Repita isso algumas dezenas de vezes e se tornará uma verdade, um costume, um hábito!

Fica a sugestão: que tal trocar os papéis equilibradamente? Ao invés do mais lento ter sempre de se apressar para falar no “tempo determinado”, os demais também se exercitam, falando mais calmamente, deixando espaços entre um pensamento e outro.

Aprender a dar a vez para outro falar é exercício de sabedoria. É importante entender e aceitar que, por vezes, vale mais ouvir do que posicionar-se.

(Com base no Cap. 13, pág 172 - TDAH e Relações Familiares, Livro TDAH Crianças que Desafiam)




 
Adulto, responda: O que te move? A Crítica ou o Amor?

Em 06. setembro.2015, uma amiga encaminhou:

"- Filho, entrega o dever pra professora e vê se não vai pra Marte durante a aula. Tu anda muito em Marte, menino!
- Tá bom, mãe.
Acabei de presenciar esse diálogo enquanto a mãe arrumava a mochila do guri." (Vanessa Kober se sentindo pensativa)


... como diz Renato Russo: "Mas como chegar até à Lua com os pés no chão?" como pensar, sonhar, planejar, arquitetar, desenhar, poetar, escrever, compor, sem "ir pra Marte", Saturno, ir e voltar, muitas vezes? Pena que esta mãe repete algo que ela ouviu e aceitou como verdade, sem refletir. Apenas isso, repete, e, pior, em tom de reprimenda.


Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente

Escritora, Educadora, 
Idealizadora e Coordenadora do Curso Formação para Coordenadores em Jogos e Vivências para Dinâmica de Grupos,
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FGV,
Facilitadora de Grupos em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista de coração, Vegana.
Certificada como International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
marisejalowitzki@gmail.com 
compromissoconsciente@gmail.com 



Livro: TDAH Crianças que desafiam 
Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família
Contra o uso indiscriminado de metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta

Acesse: http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/
TDAH Crianças que Desafiam - Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família

TDAH: Crianças que Desafiam





quarta-feira, 26 de março de 2014

TDAH, Desinformação e Medo



TDAH Crianças que Desafiam - Contra o uso indiscriminado de Ritalina e Concerta em crianças




TDAH, Desinformação e Medo

Por Marise Jalowitzki
26.março.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/03/tdah-desinformacao-e-medo.html

Quando terminei de escrever o livro TDAH Crianças que Desafiam encaminhei para três editoras. As três toparam editar, mas todas queriam a cessão dos direitos autorais irrestritos. Eu não queria isso, pois minha intenção é mencionar trechos do livro, discutir alguns aspectos citados lá, compartilhar pensamentos e isso seria impossível depois que acontece a cessão dos direitos autorais. Assim, fui buscar um financiamento (oneroso para o meu momento de 'aposentada'), mas foi-é um investimento que está me trazendo exatamente o retorno que eu sonhei: o contato direto com leitores, com educadores, com pais e mães, com os próprios rotulados-portadores.

O livro chegou-me às mãos em 25 de fevereiro e, desde lá, tenho imprimido meu ritmo (dentro de meu índice de tônus vital, rsrs) de contatos  e encontros. Fui já em 4 estabelecimentos de ensino, geralmente em encontros com apenas a Direção, vice-Direção, Supervisoras e Orientadora Pedagógica. 

O evento de ontem foi o primeiro onde aconteceu a autorização para divulgação de fotos, Carta de Intenções gerada, nome do estabelecimento e tudo o mais. Além da torcida positiva de muitas profissionais da Educação "De Verdade": Lucia Silva, Analúcia dos Santos, Ana Lúcia Petersen Cogo, Cristina Fagundes da Silva e todas!

Sinto, em muitos fóruns, o desconhecimento, mais que tudo, acerca do tema. Consequentemente, a cautela. O temor. A indefinição. E o medo, em algumas pessoas.
A amiga Aracy Grimaldi Bitencourt coloca em outra página: "Tens que começar a divulgar! Essa decisão te cabe como autora do bem estar não só das nossas crianças como também de adultos e idosos. E dar liberdade! E dar amor! Isso não tem preço!"

O tema é complexo! De um lado, desconhecimento; de outro, temor de responsabilização (verdade, sistema educacional é quem mais "empurra" para o uso da Ritalina); de outro mais, os que defendem o uso; os que querem jogar a toalha; os que não acreditam na mudança, na sociedade, na família; os que estão sobrecarregados, desencantados com a profissão; há também aqueles que já se beneficiaram com aquele programa que aconteceu há algum tempo, onde professores receberam prêmios por parte da associação brasileira (patrocinada pela empresa farmacêutica que fabrica o psicoativo) por ter o maior número de alunos "incluídos"! Comento sobre isso no livro. 



Enfim, são tantos os matizes que prefiro ir assim, num trabalho mais ameno e, talvez por isso mesmo, mais consistente. Levando informação, deixando a cada um o poder da decisão. 

Ao se constituir um grupo forte (RS e Brasil) que se prontifique ao esclarecimento, sem ataques, sem ofensas, sem culpa, só visão de futuro melhorado, aí, sim,  tudo vai funcionar melhor!

Igualmente preocupante é a tramitação no Congresso de um PL - Projeto de Lei que visa a autorização da medicalização alopática (Ritalina, Concerta e outros) como intervenção de primeira linha e a realização do rastreio mental das crianças (situação semelhante aos EUA).


leia também:
Escola Estadual de Ensino Médio
Professor Sarmento Leite - Porto Alegre


Professoras da Educação Infantil e Ensino Fundamental I, refletindo, estudando e aprendendo sobre TDAH, com a escritora Marise Jalowitzki

Por Marise Jalowitzki
26.março.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/03/professoras-da-educacao-infantil-e.html




Mais sobre o tema, na página de links:

http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2013/08/tdah-transtorno-de-deficit-de-atencao-e.html



Menina foi chamada de a mais imatura da classe pela professora. Quem defende estes pequenos?




Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente

Escritora, Educadora, 
Idealizadora e Coordenadora do Curso Formação para Coordenadores em Jogos e Vivências para Dinâmica de Grupos,
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FGV,
Facilitadora de Grupos em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista de coração, Vegana.
Certificada como International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
marisejalowitzki@gmail.com 
compromissoconsciente@gmail.com 



Livro: TDAH Crianças que desafiam 
Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família
Contra o uso indiscriminado de metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta

Acesse: http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/

TDAH Crianças que Desafiam - Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família

TDAH: Crianças que Desafiam