segunda-feira, 25 de maio de 2020

Covid-19 e suas mutações - O que se sabe sobre as 6.822 mutações já conhecidas do SARS-CoV-2 em 6 meses

Esta imagem do microscópio eletrônico de varredura mostra SARS-CoV-2 (amarelo) - também conhecido como 2019-nCoV, o vírus que causa o COVID-19 - isolado de um paciente, emergindo da superfície das células (azul / rosa) cultivadas em laboratório . Crédito: NIAID-RML  (compartilhado do site Medicalxpress)





  • Até agora, o que se sabe é que não há aumento de transmissibilidade
  • De que forma os coronavírus desenvolvem suas mutações
  • Sistema imunológico do hospedeiro como determinante

Em tradução livre por Marise Jalowitzki

No início deste mês, um estudo revisado por pares foi publicado na Infection, Genetics and Evolution, caracterizando padrões de diversidade emergentes no genoma do SARS-CoV-2, o coronavírus que causa a pandemia contínua da doença de COVID-19. Foram analisados os genomas de vírus de mais de 15.000 pacientes com Covid-19 (SARS-CoV-2) em mais de 15mil pacientes de 75 países. Foram identificadas 6.822 mutações, em 6 meses de evidências. (!)

 Com base nestes resultados, um novo estudo foi feito pela UCL (University College London), desta vez para analisar se o vírus mutante aumenta sua transmissibilidade e grau de contágio, se permanece igual ou se enfraquece. O resultado destas observações é publicado hoje (25) como uma pré-impressão no bioRxiv e ainda precisa ser analisado por pares.

 "Como um número crescente de mutações foi documentado, os cientistas estão rapidamente tentando descobrir se algum deles poderia tornar o vírus mais infeccioso ou mortal, pois é vital entender essas mudanças. o mais cedo possivel", disse o Professor François Balloux (UCL Genetics Institute), autor principal do estudo.

Até agora, o que se sabe é que não há aumento da transmissibilidade no vírus mutante

Esta é uma notícia interessante, boa, embora não dê para baixar a guarda, pois a situação continua grave.

 "Empregamos uma nova técnica para determinar se os vírus com a nova mutação são realmente transmitidos a uma taxa mais alta e descobrimos que nenhuma das mutações candidatas parece estar beneficiando o vírus", declarou o Professor Balloux.
De que forma os coronavírus desenvolvem suas mutações

Os coronavírus, como outros vírus de RNA, podem desenvolver mutações de três maneiras diferentes: 
- por erro de cópia durante a replicação viral
- por meio de interações com outros vírus que infectam a mesma célula (recombinação ou rearranjo)
- ou por indução por sistemas de modificação de RNA hospedeiros que fazem parte da imunidade do hospedeiro (por exemplo, o sistema imunológico de uma pessoa).

 No estudo, os cientistas verificaram que a maioria das mutações é neutra (não muda o grau de transmissão, o vírus apenas "quer se adaptar" ao organismo que invade), enquanto outras são vantajosas (fortalecem o vírus ou a sua replicação) ou prejudiciais (enfraquecem e diminuem o vírus).

Mutações neutras e vantajosas podem se tornar mais comuns à medida que são transmitidas a vírus descendentes.

 Até agora, a equipe de pesquisa da UCL, Cirad, Universidade da Reunião e Universidade de Oxford identificou 6.822 mutações no SARS-CoV-2 no conjunto de dados global. 

 Para 273 das mutações, há fortes evidências de que elas ocorreram repetidamente e independentemente das condições do hospedeiro. 

 Dessas 273 mutações, os pesquisadores aprimoraram 31 mutações que ocorreram pelo menos 10 vezes de forma independente durante o curso da pandemia. Eles descobriram que algumas mutações comuns são neutras (efeitos inalterados), mas a maioria é levemente prejudicial ao vírus.

Sistema imunológico do hospedeiro como determinante 

Os pesquisadores descobriram que a maioria das mutações comuns parece ter sido induzida pelo sistema imunológico humano, em vez de ser o resultado da adaptação do vírus ao seu novo hospedeiro humano.

 A primeira autora Dra. Lucy van Dorp (Instituto de Genética da UCL) disse: "É de se esperar que um vírus sofra mutação e eventualmente divida em linhagens diferentes à medida que se torne mais comum em populações humanas, mas isso não implica necessariamente que nenhuma linhagem surgirá mais transmissível ou prejudicial ".
Para saber mais dados sobre como foi desenvolvida a pesquisa, acesse aqui. 
https://medicalxpress.com/news/2020-05-sars-cov-mutations-transmissibility.html
More information: Lucy van Dorp et al. No evidence for increased transmissibility from recurrent mutations in SARS-CoV-2, bioRxiv (2020). DOI: 10.1101/2020.05.21.108506
Journal information: Infection, Genetics and Evolution 
Provided by University College London 


Para saber o percentual de infectados em sua rua: https://juntoscontraocovid.org/map.html

Mais sobre o coronavírus SARS-CoV-2:

A dor da saudade. A impotência frente à morte. O luto de milhares.
Foto divulgação - acritica.net









Foto - isaque pereira - pexels




Coronavírus - o dia de hoje

http://marisejalowitzki.blogspot.com/2020/05/coronavirus-o-dia-de-hoje.html





17.maio.2020
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Força! Resiliência! Competência!
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12.maio.2020

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10 mil mortos! Mortos não são números, são pessoas! Bandeira a meio mastro vaiada por apoiadores, três dias de luto oficial e jet ski

09.maio.2020

https://compromissoconsciente.blogspot.com/2020/05/10-mil-mortos-mortos-nao-sao-numeros.html



Mudar este triste cenário é possível? 

07.maio.2020










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Corpos no corredor que antecede necrotério lotado
 em Hospital na Barra da Tijuca-RJ. 














Reações às estratégias de
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Foto: Arquivo Pessoal





O DIREITO ANIMAL E A EVOLUÇÃO HUMANA









Em tempos de pandemia, Brasil em descompasso













Coronavírus - O choro do homem que filma corpos sendo levados por empilhadeiras em NY. A Dor de todos nós e a necessária vibração de Saúde e Paz!
















Marise Jalowitzki é mãe, avó, sogra, irmã, tia, filha, neta, amiga, cidadã.
Também é educadora, escritora e blogueira. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas.Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano. Querendo, veja aqui





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sexta-feira, 22 de maio de 2020

20 mil mortos - não é o pavor que adoece e mata, é o seu deboche, presidente!

A dor da saudade. A impotência frente à morte. O luto de milhares.
Foto divulgação - acritica.net



Marise Jalowitzki

Vivi muitas situações aflitivas em minha vida.
Tratando-se de política, de governos, em várias situações o coração ficou apertado pelo estado de angústia que acometia segmentos da população contrários à linha militar que governou por décadas esta nossa nação e todas as implicações que a ditadura impôs. À época, sequer se mencionava este termo. Eu, com 11 anos, não conseguia entender porque o silêncio estava ordenado em todos os lugares, sendo que há pouco tempo todos se manifestavam livremente, seja empunhando sua vassoura (Janio Quadros) ou cantando "Um Brasil unido e forte, marechal Teixeira Lott...). Naqueles idos, perguntei a meu irmão mais velho, afinal, que regime era este. Ele respondeu: "Regime Millitar de exceção". Ponto. E me aconselhou a não conversar sobre.

 Hoje, tantas décadas depois, novamente [me] pergunto: Afinal, que regime é esse? Onde o presidente grita, esbraveja, ofende. Onde o presidente debocha e faz piadas grosseiras, onde a desumanidade parece imperar, onde a compaixão inexiste? Que regime, afinal, é este?

 Mais de 20 mil mortos pelo coronavírus e os números tendem a crescer.
Trapalhadas e desorganização em praticamente todos os segmentos. 
Indígenas sendo infectados pela grilagem, garimpo ilegal, desmatamento... "homem branco" levando a doença contagiosa, como sempre fez com os primeiros habitantes deste torrão.
Pequenas empresas quebrando, sem ter pra quem recorrer, apesar das leis de crédito.
Pessoas passando fome sem saber o que fazer, pois nem registro possuem e não tem como provar que existem!!!

 Mais de 20 mil brasileiros mortos, muitos por falta de leitos, por falta de respiradores, por falta de medicamentos..... muitos sentados mais de semana em uma cadeira em UPA, sem que hajam vagas... até morrer de falta de ar, de febre...
Profissionais da saúde que morrem por falta de acessórios (EPIs) adequados. Mais de 60% dos profissionais da saúde infectados não recebem dispensa para isolamento, pois há falta de contingente em todo o país... Acabam adoecendo e muitos vão à óbito. Somos a nação com maior número de mortos de quem está na frente do combate à pandemia do coronavírus.

 Após as perdas, corpos enterrados em vala comum... 
Coveiros exaustos, cansados, estressados, vivendo seu dia a dia de forma heróica, em um trabalho cotidianamente triste. Agora, desesperador!

 Caixão lacrado.
Famílias sem poder exercer o sagrado direito de se despedir de seu ente querido.

 E o deboche e a frieza de hoje (22.maio): "Morre mais gente de pavor..."
Não, não posso me calar! 
Uma situação assim é doída, é ultrajante, tira o sono! Manifesta uma revolta que adoece.
Não, não é o pavor que adoece, é o seu deboche! A sua falta de sensibilidade! A sua frieza! A inconsistência de seu discurso. A confusão que semeia entre o povo, sobre qual das orientações seguir! É a falta de recursos aos profissionais da saúde, a falta de agilidade nas inaugurações de hospitais de campanha, de auxílio aos desempregados, às pequenas empresas! A falta de uma linha única para os que esperam um caminho a seguir! A falta de reconhecimento aos que fazem acontecer! A falta de Compaixão!

 Ô, presidente, bolsonero, ninguém te para? não há quem consiga te aconselhar o uso de bom senso?

 Até quando vamos ter de assistir alguém que se diverte às gargalhadas, ao fazer da vida uma questão política, acima da própria preservação: "quem é da direita, toma cloroquina... quem é da esquerda, Tubaína"... (referindo-se a um refrigerante à base de guaraná, que não faz concorrência às mega corporações do ramo...). 

 Tamanha banalização é impiedosa!
Estamos falando de vidas!


Primeiro, com estas declarações - agressivas, ou debochadas, ou ambas - senti vergonha. Profunda vergonha de estar em um país onde o representante máximo possui tão pouco traquejo. E esperando ações efetivas, urgentes, para enfrentar o mais condignamente toda esta trágica situação.

 Depois, quando vieram as ofensas mais contundentes aos jornalistas, senti profunda indignação, pelo desrespeito expressado sem limites. "Cala a boca. Cala a boca. Eu te mandei calar a boca!"

 Quando veio o "E daí, quer que eu faça o que?", percebi que estava sentindo raiva, muita raiva, pois não eram só os jornalistas que estavam sendo ofendidos. Também estavam sendo ofendidas as famílias que choravam a perda dos seus.

 Há poucos dias, quando veio a gargalhada da cloroquina (medicamento até agora sem respaldo científico de eficácia para o Covid-19), misturaram-se todos estes sentimentos: vergonha, indignação, raiva. Sugeriu até alterar a bula do medicamento para para que fosse incluída a menção "Covid-19" nas indicações... Onde a ética? A honestidade? 

 Hoje, ao ouvir, mais uma vez, esta frieza doentia ao minimizar mais de 20mil mortos, só posso perguntar:
- Até quando os demais poderes vão esperar para tomar um providência efetiva?

 "É a vida, é a realidade. Morre muito mais gente de pavor do que do ato em si. Então o pavor também mata, leva ao estresse, ao cansaço, a pessoa não dorme direito, fica sempre preocupada, (pensando) 'se esse vírus pegar vou morrer'", disse o presidente.

 Não, não é o medo que adoece, é a vergonha, a indignação, a raiva, saber que ainda há muitos meses pra ouvir tanta ignomínia, tanto desamor...

 E encerro com um pedido:
Chega de tantos descalabros!


Misericórdia à população!
A todas as famílias enlutadas, envio meus sentimentos!



Que possamos merecer melhores dias! Com mais Respeito! Mais Amor! Mais Solidariedade! Mais Compaixão!

 A Vida não é um circo, onde alguns costumam se divertir, ainda que com a submissão de muitos.
A Vida é um ato digno, que precisa ser respeitado e valorizado.

 E a Morte? A Morte é o fim da trajetória, precisa ser conduzida com Reverência, depois de cada um ter feito tudo que era possível!

 Neste momento, sinto-me profundamente inquieta, desanimada, apenas ansiando por este momento passar.

 E sinto que todos deveriam estar recebendo conforto e alento, esperança, e não ironias e gargalhadas.

 Recebi um comentário há pouco, da amiga Cristina, que expressa exatamente o que aqui abordo, e o que também sinto:
Marise querida!
Estou a semanas dormindo mal, com dores no peito , semana passada tive uma crise de pânico.
Meu filho trabalha em dois hospitais de infectologia no isolamento do Covid no Emílio Ribas e no Guilherme Álvaro.
Vendo todos os dias seus companheiros de plantões infectando- se sendo entubados e indo a óbito.
Todos os dias eu olho para o céu e digo! Gratidão mais um dia de vida! Semana passada fizemos o teste do COVID graças a Deus deu negativo.
Mas sinto meu peito esmagado de medo e dor pelo meu filho e filha que é assistente social.
Ah minha amiga tudo isso muito longe de chegar ao fim!
Um povo desunido, desorganizado, desinformado.
Apoiando o lado genocida do governo.

O que respondi: Momento que NUNCA pensei que iria viver, querida amiga. Este post é justamente sobre este tema, mesmo.O adoecimento de toda uma nação, arrastada pela incorência, desassossego, dúvida e instigação ao confronto! Posso entender muito bem como estás te sentindo, ainda mais com dois queridos no front!!! Força! Fé!!! Receba meu abraço!
Hoje (22) mais notícias indevidas foram publicadas no Twitter, pelo SECOM, do Planalto, afirmando que a cloroquina é considerado "o mais promissor no tratamento da Covid-19", o que, bem sabemos, é mais uma inverdade, tema amplamente debatido entre as associações médicas nacionais e internacionais. Muitas entidades se manifestaram, classificando a nota com "incitação ao suicídio"  e a nota acabou sendo retirada!

 Isto é o que está acontecendo com esta população dividida! Os que querem permanecer na "fidelidade" ao seu candidato eleito, acabam seguindo o que, irresponsavelmente, continua sendo alardeado. E podem pagar com a vida por isso!

 Revista New Yorker menciona a irresponsabilidade das notícias infundadas divulgadas peo governo

Também neste sentido, a destacada revista New Yorker publicou nesta data uma crítica severa contrária à portura de quem deveria conduzir de forma serena a grave crise que é a pandemia. Só que nada muda por aqui!



 Mais sobre o tema:

Foto - isaque pereira - pexels




Coronavírus - o dia de hoje

http://marisejalowitzki.blogspot.com/2020/05/coronavirus-o-dia-de-hoje.html





17.maio.2020
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12.maio.2020

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09.maio.2020

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07.maio.2020









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Corpos no corredor que antecede necrotério lotado
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Link deste post: http://compromissoconsciente.blogspot.com/2020/05/20-mil-mortos-nao-e-o-pavor-que-adoece.html





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Serviram de referência:

 "Morre mais gente de pavor"
https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2020/05/21/interna_politica,1149599/coronavirus-bolsonaro-diz-que-morre-mais-gente-de-pavor.shtml?utm_source=onesignal&utm_medium=push

Alterar bula - https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2020/05/21/interna_politica,1149325/coronavirus-mandetta-diz-que-bolsonaro-queria-mudar-a-bula-da-cloroqu.shtml

Quem é da direita... - https://paraibaonline.com.br/2020/05/bolsonaro-quem-e-de-direita-toma-cloroquina-quem-e-de-esquerda-veja-o-video/

A assustadora frieza - https://compromissoconsciente.blogspot.com/2020/04/a-assustadora-frieza-de-bolsonero.html

Mais uma nota apagada no Twuitter, sobre a cloroquina (em 22) - https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2020/05/apos-denuncias-comunicacao-de-bolsonaro-apaga-postagem-sobre-eficacia-da-cloroquina-para-coronavirus.shtml?utm_source=chrome&utm_medium=webalert&utm_campaign=politica

Revista New Yorker menciona a irresponsabilidade das notícias infundadas divulgadas peo governo: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/05/22/bolsonaro-age-com-absoluta-irresponsabilidade-diz-revista-new-yorker.htm?utm_source=chrome&utm_medium=webalert&utm_campaign=politica





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