quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Cimento – Os Problemas de Sustentabilidade do Cimento

Conhecer a fabricação, utilização e impactos do cimento é conhecer um tanto mais de nossa própria vida
Resíduos industriais de natureza diversificada têm sido utilizados em substituição de combustível em fornos rotativos nas fábricas de cimento,visando uma recuperação de recursos ao invés de uma simples operação de destruição desses resíduos. Como isto está acontecendo? Como está sendo feito o controle quanto à emissão de gases?

Cimento – Os Problemas de Sustentabilidade do Cimento
Parte 2

e também:
Confira as diferenças entre os diversos tipos de cimento, e as indicações de uso de cada um

Preços de cimento são tabelados?

Por Marise Jalowitzki
31.agosto.2011
http://ning.it/pQBShn


Estas publicações, como citado anteriormente, tem como objetivo trazer ao conhecimento da população um tema bastante importante, que está presente na vida de todos nós e que precisa ser mais discutido.

Sabemos que o cimento não é um produto "natural" e que também os resíduos, a chamada "caliça", são sempre um poluente.

O cimento Portland Composto (CP II) leva esse nome por ser modificado e está em primeiro lugar no consumo brasileiro. Sozinho, ele responde por 69,2% do consumo no Brasil.

Sabemos, também, que há incentivos do governo para as empresas da construção civil que efetuarem a reciclagem de seus produtos (Veja no link: http://t.co/xWOGb9o ).

Reciclar com responsabilidade - e não apenas descartar, misturar ou queimar - é imprescindível para que os níveis de poluição em nosso meio ambiente não apenas estagnem, mas, principalmente, diminuam.

Como se trata de um tema bastante específico, não tenho a pretensão de apresentar composições próprias. Por isso, pesquiso e repasso o que considero importante e interessante. Nesse sentido, toda contribuição positiva é bem vinda. Contatos com compromissoconsciente@gmail.com Muito grata.

O texto a seguir foi retirado da web.

 Por Luciane Pimentel Costa Monteiro1
Fernando Benedicto Mainier2

“A construção civil e a fabricação de artefatos de cimento têm sido responsáveis pela produção nacional de cimento, atualmente, com mais de 35 milhões de toneladas.

Muitas plantas foram ampliadas e modernizadas, além de outras instaladas. Isso gerou uma concentração de capital nas jazidas de calcário e fábricas de cimento, tornando relevante o peso dos proprietários e sócios estrangeiros dessas unidades. Acrescido a isso, houve a modernização nos processos de fabricação empregados, redução de custos, principalmente, no que concerne ao combustível utilizado e algum investimento na redução da emissão de particulados (pó), que é a poluição visual observada pela sociedade.

Resíduos industriais de natureza diversificada têm contribuído como fontes de substituição de combustível em fornos rotativos de produção de clínquer das unidades de fabricação de cimento,visando uma recuperação de recursos ao invés de uma simples operação de destruição desses resíduos.

Essa atividade pode ser interessante no momento em que não cause impactos ambientais, não afete as condições de segurança e saúde pública das populações vizinhas, não cause prejuízo aos equipamentos da unidade e finalmente não contamine o clínquer/cimento produzido.

As unidades de cimento estão se confrontando com os problemas de sustentabilidade, ao terem que garantir não somente os suprimentos de matériasprimas e insumos energéticos, como de cumprir normas e padrões.

Na visão crítica, as cimenteiras - brasileiras ou estrangeiras - nem sempre contemplam com abrangência os problemas relacionados à tecnologia, aos trabalhadores da indústria do cimento,aos impactos ambientais decorrentes e,provavelmente, não sofrem fiscalização técnico crítica permanente.”

Luciane Pimentel Costa Monteiro1
Fernando Benedicto Mainier2

1UFF - Departamento de engenharia Química e Petróleo, e-mail: lucianemonteiro@predialnet.com.br

2 UFF - Departamento de Engenharia Química e Petróleo, e-mail: mainier@nitnet.com.br
ENGEVISTA, junho 2008



A queima em fornos nas cimenteiras gera impactos ambientais que a maioria da população desconhece


Confira as diferenças entre os diversos tipos de cimento, e as indicações de uso de cada um

Os diversos tipos de cimento, e as indicações de uso de cada um


A versatilidade do cimento brasileiro


O mercado nacional dispõe de 8 opções, que atendem com igual desempenho aos mais variados tipos de obras. O cimento Portland comum (CP I) é referência, por suas características e propriedades, aos 11 tipos básicos de cimento Portland disponíveis no mercado brasileiro. São eles:

1. Cimento Portland Comum (CP I)
a. CP I – Cimento Portland Comum
b. CP I-S – Cimento Portland Comum com Adição

2. Cimento Portland Composto (CP II)

a. CP II-E – Cimento Portland Composto com Escória
b. CP II-Z – Cimento Portland Composto com Pozolana
c. CP II-F – Cimento Portland Composto com Fíler
3. Cimento Portland de Alto-Forno (CP III)
4. Cimento Portland Pozolânico (CP IV)
5. Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)
6. Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS)
7. Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC)
8. Cimento Portland Branco (CPB)

Esses tipos se diferenciam de acordo com a proporção de clínquer e sulfatos de cálcio, material carbonático e de adições, tais como escórias, pozolanas e calcário, acrescentadas no processo de moagem. Podem diferir também em função de propriedades intrínsecas, como alta resistência inicial, a cor branca etc.

O próprio Cimento Portland Comum (CP I) pode conter adição (CP I-S), neste caso, de 1% a 5% de material pozolânico, escória ou fíler calcário e o restante de clínquer. O Cimento Portland Composto (CP II- E, CP II-Z e CP II-F) tem adições de escória, pozolana e filer, respectivamente, mas em proporções um pouco maiores que no CP I-S. Já o Cimento Portland de Alto-Forno (CP III) e o Cimento Portland Pozolânico (CP IV) contam com proporções maiores de adições: escória, de 35% a 70% (CP III), e pozolana de 15% a 50% (CP IV).

Aplicações dos tipos de cimento
• Cimento Portland Comum (CP I): cimento puro, é menos resistente. Também disponível com adição de calcário ou escória (CP I – S).

• Cimento Portland Composto (CP II): leva esse nome por ser modificado. Responde por 69,2% do consumo no Brasil, e pode ser encontrado com três diferentes adições. O CP II – Z, por exemplo, vem com material pozolânico, o que o torna mais impermeável. É indicado para obras subterrâneas, marítimas e industriais. O CP II – E é adivitivado com escória granulada de alto forno, ideal para estruturas que possam ser atacadas por sulfatos. E o CP II – F leva material carbonático, sendo ótimo para aplicações em geral (argamassas) e também para pré-moldados de concreto.

• Cimento Portland de Alto-forno (CP III): feito com escória da indústria do aço (por isso o nome “alto-forno”), é ecológico, pois a cada tonelada de gusa produzido, há 300 kg de resíduos. Com essa adição, também são poupadas as jazidas de calcário. Se caracteriza por ser menos poroso e mais durável, o que o torna bastante indicado para ficar exposto a agentes agressivos, como esgoto, chuva ácida e poluentes industriais. Ainda que seja tão vantajoso, não é amplamente utilizado por ser pouco resistente às primeiras idades. Isso quer dizer que até 7 ou 10 dias, o CP III tem resistência bem inferior aos outros cimentos. Mas é muito útil quando usado em massas de cimento maiores, como nas fundações.

• Cimento Portland Pozolânico (CP IV): acrescido de pozolanas, é um cimento menos poroso, o que lhe confere maior durabilidade. Também tem maior resistência a agentes agressivos, como água do mar e esgotos.

• Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V – ARI): como endurece rapidamente, pede mais cuidado na aplicação, pois gera muito calor e pode trincar se o concreto sofrer um resfriamento. Disponível também na cor canela (Votorantim), pode ser usado em argamassas e peças de concreto, entre outras aplicações.

• Cimento Portland Branco (CPB): tem as mesmas aplicações do cimento cinza, mas se diferencia deste por não levar minério de ferro na fabricação, o que garante sua brancura. Pode ser estrutural (com classes 25, 32 e 40) e não-estrutural.


--------
CMPA
Combustíveis e matérias-primas alternativos, em geral resíduos ou produtos
secundários de outras indústrias utilizados para substituir combustíveis fósseis
e matérias-primas convencionais nos fornos de clínquer.

Pozolana
Pozolanas são materiais que, embora não sejam cimentícios, eles próprios contêm sílica (e alumina) em forma reativa capaz de se combinar com cal, na presença de água, para formar compostos com propriedades cimentícias. A pozolana natural é composta principalmente de finas partículas avermelhadas de material de origem vulcânica. Tem sido desenvolvida uma pozolana artificial que combina cinzas volantes e escória da purga de caldeiras.

-------


Cimento - as cimenteiras nem sempre contemplam com abrangência os problemas relacionados à tecnologia, aos trabalhadores da indústria do cimento, aos impactos ambientais decorrentes e não recebm fiscalização técnico crítica permanente.



Preços de cimento são tabelados?

O cimento é considerado uma commodity (produto primário, negociado em todo o mundo, e que pode receber investimentos no mercado de futuros).

Por isso, seus preços são regulados pelas demandas do mercado e o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) não exerce nenhum tipo de controle sobre os valores.

Entre os tipos de cimento mais usados pelo consumidor individual (CP II, CP III e CP IV), os valores variam pouco (...).

“O CP V pode sair mais caro, pois há maior moagem no processo de fabricação”, afirma José Otávio Carvalho, do SNIC. Em relação às variações de preço de um mesmo tipo de cimento, mas de marcas diferentes, a explicação pode estar no transporte: “O frete tem uma influência grande no valor final. E as fábricas às vezes estão mais distantes do centro consumidor”. José Otávio diz ainda que, se as marcas atendem às especificações (ou seja, têm o selo de qualidade), na prática não há diferenças de qualidade entre elas que justifiquem a disparidade de preços.

(continua)
----
Fontes:
http://www.abcp.org.br/conteudo/basico-sobre-cimento/tipos/a-versatilidade-do-cimento-brasileiro
http://www.construacerto.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=9&Itemid=54

----
Leia também: http://t.co/xWOGb9o

Empresas privadas que investirem em capacitação tecnológica para reduzir a quantidade de resíduos ou utilizar material reciclado terão vantagens

Construtoras que reciclarem entulho poderão ter benefícios
04.agosto.2011
Link: http://t.co/xWOGb9o


Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente



compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA

Porto Alegre - RS - Brasil

Stress - No nível máximo, quando o corpo chega à exaustão, o organismo fica enfraquecido e a pessoa debilitada


Stress - No nível máximo, quando o corpo chega à exaustão, o organismo fica enfraquecido e a pessoa debilitada
Publicado neste blog em 31.agosto.2011
http://ning.it/r1NKEF


G1
Edição do dia 24/08/2011

Identifique sinais de estresse e evite que os sintomas se intensifiquem

Conheça as quatro fases do estresse. No nível máximo, quando o corpo chega à exaustão, o organismo fica enfraquecido e a pessoa debilitada.

Hellen Sacconi Campinas, SP


No começo o estresse é apenas um estado de alerta. O corpo dá os primeiros sinais de que algo mudou: os músculos ficam contraídos e aumenta a produção de adrenalina. A pessoa está pronta para o que der e vier, fica alerta para o que se passa ao seu redor. De acordo com a especialista em estresse, Marilda Lipp, essa é a fase positiva, que prepara a pessoa para lidar com qualquer eventualidade.


Só que o efeito positivo do estresse deve durar, no máximo, 24 horas. A partir daí, é preciso cuidado para não entrar na fase de resistência. É quando mesmo depois de dormir uma noite inteira, ao acordar, a pessoa se sente cansada e a memória fica comprometida. “Esquecer de fazer uma ligação, esquecer onde colocou a chave. São esquecimentos bobos do dia a dia. É como se a vida tivesse pesando muito”, explica a especialista.


A evolução do estresse não tem um prazo definido, mas as duas últimas etapas são as mais perigosas. A terceira fase é chamada de quase exaustão. Entre os sintomas estão: irritabilidade, gastrite, oscilação da pressão arterial, alteração da glicemia, queda de cabelo, ansiedade e depressão.


Até identificar que estava neste nível do estresse, qualquer barulho irritava a biomédica Loreta Pereira França.


“Já fui parar duas vezes no pronto socorro com aumento de pressão repentina, de ter que ficar dois dias em repouso. É por isso que você precisa de ajuda”, relata Loreta. Ela toma remédios para controlar a ansiedade e sabe que sem o tratamento, poderia chegar ao último estágio.


Segundo a especialista em estresse, a fase da exaustão pode levar até a morte. A pessoa pode ter um enfarte, um derrame cerebral ou um câncer. “Logicamente não é o estresse que causa essas doenças, mas o estresse enfraquece o organismo e debilita a pessoa de tal maneira que outras doenças, que já estiverem geneticamente programadas, começam a ocorrer”, alerta Marilda.


Cada pessoa reage de uma maneira às fases do estresse. Por isso, antes de ficar doente, é importante colocar na rotina um tempo para a família, cuidados com o corpo e atividades que te façam sentir bem. “Na área emocional você deveria saber seu limite. Saber dizer não e manter atitude positiva frente à vida”, indica a especialista.


No ateliê de artesanato, Paula que trabalha como advogada tem um compromisso semanal com a saúde da mente. “Eu sinto muita paz e tranquilidade. Minha cabeça parece que esvazia e eu fico completamente relaxada. Isso me ajuda muito”, conta Paula.

(...)

-----
Leia também:http://ning.it/rmaXKy

teste ajuda você a avaliar se está com sintomas de stress


Teste: Veja se você tem sintomas de stress

31.agosto.2011




Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente





compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA

Porto Alegre - RS - Brasil

Teste: Veja se você tem sintomas de stress


teste ajuda você a avaliar se está com sintomas de stress

Teste: Veja se você tem sintomas de stress

Por Marise Jalowitzki
31.agosto.2011
 http://ning.it/rmaXKy

Dizem que para ficar menos estressado é preciso controlar as emoções. Particularmente, não acredito em "controle" das emoções. Tipo "mandar" nas emoções e cerceá-las, "ordenar" que se acalmem, calem e-ou "fiquem quietas".

Acredito, sim, em autoconhecimento, em identificar "como" reagimos e, mais importante de "porque" reagimos, munir o cérebro de alternativas para reagir de forma diferente ao que vínhamos fazendo até então. Parece a mesma coisa, mas não é. É como se conversássemos com um amigo, o arquivo de informações, experiências e atitudes e diséssemos para ele (o arquivo): Que tal fazer dessa forma, dessa vez? Para mim funciona como uma negociação amigável.

Lá nos idos de 80 encontrei com os primeiros especialistas ocidentais que afirmavam que a causa de todas as doenças era emocional, que dependia de nosso estado de ânimo (Anima - Alma) abrir as portas , ou não, para as doenças. E que manter corpo e mente saudáveis garantia um sistema imunológico bem robusto, o que afastava as chances de adoecer.

Esta também é a fala de Marilda Lipp, psicóloga e especiliasta em estresse da PUC Campinas.
É dela o teste que transcrevo a seguir:

Aceitar os ciclos da Vida constitui uma das maiores fontes de Saúde que existem

Verifique se você tem sintomas de estresse:

Assinale os itens que indiquem como se sente neste momento:

1. Ombros levantados
2. Dor ou tensão nas costas
3. Aperto de mandíbula
4. Tensão ou dor na nuca
5. Hiperacidez estomacal (azia)
6. Irritabilidade excessiva
7. Boca seca
8. Taquicardia, ou coração batendo rápido demais
9. Suor excessivo
10. Mãos ou pés frios
11. Respiração ofegante
12. Desorganizado, não sabendo onde colocou as coisas.

Resultado de sua pontuação:

Se não assinalou nenhum:Parabéns, seu corpo está em pleno funcionamento no que se refere ao stress.

Se assinalou de 1 a 3:A vida pode estar um pouco estressante para você. Avalie o que está ocorrendo. Veja o que está exigindo tanto de sua resistência. Pode ser o mundo lá fora ou pode ser você mesmo. Fortaleça o seu organismo.

Se assinalou de 4 a 8:Há sinais de que seu nível de stress está alto e algo está exigindo demais seu organismo. Pode estar chegando no seu limite. Considere uma mudança de estilo de vida e de hábitos. Analise em que seu próprio modo de ser pode estar contribuindo para a tensão que está sentindo.

Se assinalou mais do que 8:Seu nível de stress parece estar altíssimo. Seria bom consultar um psicólogo especialista em stress para fazer um diagnóstico. Sem dúvida, você tem fontes de stress representadas pelo mundo ao seu redor (pode ser família, ocupação, sociedade, etc) e fontes internas (seu modo de pensar, de sentir e de ser) com as quais precisa aprender a lidar.

Fonte: Centro Psicológico de Controle do Estresse - PUC Campinas
Marilda Lipp, psicóloga e especiliasta em estresse

Este teste foi extraído de uma reportagem do G1 -
ou, neste blog em:http://ning.it/r1NKEF
Stress - No nível máximo, quando o corpo chega à exaustão, o organismo fica enfraquecido e a pessoa debilitada


-----




Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente





compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA

Porto Alegre - RS - Brasil

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A Morte de Bebês no Brasil e o Descaso e Desrespeito às Mamães


Caos na Saúde - Em Barreiros, a 110 km de Recife, capital de Pernambuco, bebês só podem nascer de segunda a quinta! Morrem mamãe e filhinho!

[In]Sensibilidade de alguns Profissionais

A Morte de Bebês no Brasil e o Descaso e Desrespeito às Mamães

Por Marise Jalowitzki
29.agosto.2011
http://ning.it/nSNLIF

O atendimento médico é um direito do cidadão, seja em que instância for. Embora estejamos tão longe de suprir esta carência nacional, há situações de gravidade onde o atendimento NUNCA poderia ser postergado. Em especial, os casos de infartos, avc, ferimentos e parto. São situações em que o pronto atendimento é o principal responsável pela manutenção da vida! No caso da mamãe prestes a ter um filhotinho, então, ainda mais grave, pois, além de estar a paciente em risco, também a vidinha que está por vir. Quando não são gêmeos, como o caso que a reportagem amplamente noticia. Gente, dois bebezinhos mortos por falta de atendimento em tempo hábil!

E não para por aí. Em outra situação morrem mamãe e filhinho!

Os médicos fazem protesto em frente ao hospital, denunciam a precariedade do sistema público, pedem providências.

Pergunto: Pode, acaso, o médico ser comparado a um mercador... não, não pode! Mesmo que em várias emergências haja médicos que declarem: "A situação é tão precária que temos que escolher quem vai viver e quem vai morrer!", nada justifica deixar uma mulher em trabalho de parto em uma calçada e justificar "o portão estava fechado por problemas administrativos, por isso ela não pode entrar!"


O preconceito e discriminação permeiam também os próprios funcionários da saúde, que atendem os pacientes do SUS. "Como é que ela está se queixando de dores agora. Na hora em que fez o bebê não pensou nisso!"


Preconceito e Discriminação

A verdade é que estamos vivendo uma situação generalizada de descaso e impunidade na rede pública de saúde. A população que depende do SUS é usada como cobaia em novos experimentos medicamentosos e cirúrgicos, sem que nem tenham conhecimento disto. Os pacientes são tratados como escória e não como cidadãos que tem direito ao atendimento, atendimento esse que só existe devido ao pagamento de altíssimos impostos de todos.

Agora, esta frase que foi pronunciada para a menina que acabou perdendo, também, seu filhinho, esta frase é criminosa! Conheço esta frase desde a minha infância, relatada pelas mamães tristes, injuriadas e sujeitas ao tratamento público (naquela época, SAMDU). Escutei-a durante toda a minha vida, em relatos de várias mulheres que deram à luz:

"Como é que ela está se queixando de dores agora. Na hora em que fez o bebê não pensou nisso!"

A frase discricionária e preconceituosa muda um pouco de matiz, tem acrescentado um ou outro vocábulo, mas a idéia é sempre a mesma.

E é dita por uma mulher, em todas as circunstâncias, seja enfermeira, atendente ou auxiliar de enfermagem, o nome que seja. Razões que podem levar uma profissional da saúde a usar de expressões como essa podem passar por
- vontade de engravidar e ter também um bebê e não ter condições para isto
- vontade de fazer sexo e não conseguir
- raiva por mulheres que engravidam
- raiva de seu trabalho
- raiva de si.

Claro que poderíamos resumir tudo em: stress, ambiente tenso de trabalho. Mas, não. Não se justifica. Quando uma pessoa (no caso, a profissional de saúde) tiver uma conduta onde acredita que sexo é bom, ter filhos é bom, ajudar a trazer crianças ao mundo é um trabalho louvável, onde ela tiver sensibilidade para saber que dor é dor, que dor dói e precisa ser minimizada sempre, em qualquer circunstância, NUNCA essa profissional irá usar uma frase como esta, ainda que nada possa fazer, naquele instante, para minimizar o sofrimento.



Todos os profissionais da Saúde deveriam saber que um carinho, uma atenção, funciona, por vezes, até mesmo como um analgésico. E praticar isso.

Este jeito embrutecido de tratar os mais carentes é que me faz acreditar que, primeiro, a mudança de tem de acontecer no interior de cada um, para que possa acontecer em nível maior.

Neste mesmo mês de agosto.2011, a ONU condenou o Brasil por violação dos direitos humanos depois da morte de uma jovem grávida, no Rio de Janeiro. Condena, mas não vemos mudanças. Enfim, a ONU preenche relatórios, divulga denúncias, cobra resultados. Se eles acontecerão ou não, só o tempo dirá. Enquanto isso, vamos assistindo aos desmandos.

Progresso é outra coisa! Vivemos é no caos! E queremos bancar de país em desenvolvimento! Há desenvolvimento, sim, mas ele ainda beneficia aos que já tem.

O que é Classe Média?

Classe Média, antigamente, era Classe Média. Depois, começaram a vir as Classes Média A e B. Hoje, já se tem notícia "oficial" até a F. Assim, fica fácil promover brasileiros a classe média... basta acrescentar algumas letras do alfabeto e pronto. Sim, pois classe média C, hoje, contempla brasileiros com renda familiar em torno de 1.500 reais! Para pagar aluguel, colégio para os filhos, condomínio, alimentos, livros, transporte, luz, vestuário, medicamentos......


"Aconteceu porque Deus quis assim!"

Anseio pelo dia em que as pessoas mais simples deixem de acreditar (ou tentar se convencer) de que é Deus quem quis assim. A omissão humana é criminosa e precisa ser julgada. Não é Deus quem quer.


"Os anjinhos voltaram ao céu porque Deus quis". População precisa de atendimento digno, de saneamento básico. 



Há muita crença, ainda, especialmente no interior do norte e nordeste do Brasil, de que "os anjinhos voltaram ao céu porque Deus quis", quando a maioria dos casos passa pelo descaso e abandono das autoridades e sistema competentes. Muito já se reduziu em termos de mortalidade infantil devido a um atendimento eficaz e efetivo e ao saneamento básico. Mas há muito, muito, muito ainda por fazer.  

Quando gestação, tratamento neonatal, saúde da gestante, cuidados e carinhos, tudo está dentro das condições e falha a assistência médica na hora em que ela é imprescindível, aí fica difícil!!!


Fiscalizar a real aplicação das verbas, reabrir hospitais e contratar mais profissionais da saúde são algumas das prioridades para acabar com o caos na saúde. Terá a ONU um tal poder de intervenção? Senão, quem terá? A FIFA???.... Sim, pois se a voz do futebol é ouvida, talvez seja por aí!


O olhar das autoridades precisa se voltar para esta tragédia! E dirimir o problema: reabrir os hospitais fechados, fiscalizar a aplicação das verbas destinadas, punir culpados e obrigar à devolução do apropriado ilicitamente, contratar mais profissionais!


Do G1:

PE: Hospital não tem obstetra no fim de semana

Na semana passada, a ONU condenou o Brasil por violação dos direitos humanos depois da morte de uma jovem grávida, no Rio de Janeiro.

Na semana passada, a ONU condenou o Brasil por violação dos direitos humanos depois da morte de uma jovem grávida, no Rio de Janeiro.

Poucos dias depois, em Belém, uma outra jovem perdeu os filhos gêmeos após ter o atendimento recusado em dois hospitais. E no interior de Pernambuco, o Fantástico descobriu que existe uma cidade onde os bebês só "podem" nascer entre segunda e quinta-feira.
Nesta semana, uma jovem perdeu os filhos gêmeos após ter o atendimento recusado em dois hospitais de Belém. E o Fantástico foi ao interior de Pernambuco contar a história de outra mãe, que acompanhou a filha em trabalho de parto, sem obstetra, durante 18 horas. A menina e o bebê morreram.

“Eu falei: ‘Mainha, foi meu filho, meu filho morreu, não foi? Ela respondeu: ‘Você tem que aceitar, porque o que Deus faz a gente tem que aceitar’. Mas eu não aceito perder meu filho assim”, lamenta a dona de casa Taciana Maria da Silva Gomes.

Maria de Lourdes Alves da Silva, também dona de casa, conta como tudo aconteceu: “Me perguntaram: ‘É você que é a mãe da Marcela? Sinto muito, mãe. Mas o bebê dela morreu, e ela está com hemorragia".

“Ele disse a ela assim: ‘Quando você está com problema de vista, minha filha, você procura um oculista ou um açougueiro?’ Você se lembra que você disse isso a ela?, pergunta Ana Luiza Carvalho Silva.

“Eu quis dizer que quando a pessoa precisa ter um parto, tem que procurar um obstetra. Aqui não é maternidade”, explica o clínico geral José Maurício Leite.

“Nós estamos aqui abandonados”, diz a professora Maria José da Silva.

O Fantástico foi a Barreiros, a 110 km da capital de Pernambuco. Na cidade, a tristeza de avós sem netos e as roupinhas de bebê sem uso são a face mais dolorosa do caos na Saúde. Marcela foi a vítima mais recente. Pouco antes do parto tudo parecia bem.

“Ela escutou a barriga da menina, disse que o menino estava mexendo. O coração dele também, bulindo e muito na barriga dela” conta a mãe de Marcela.

Mas, na Casa de Saúde João Alfredo, o trabalho de parto acompanhado por uma parteira se complicou. “Ela gritava muito, muito mesmo. Dizia que não estava aguentando mais”, conta a mãe de Marcela.

E o pior é que era sexta-feira. Pela escala, bebês em Barreiros só podem nascer de segunda a quinta.

“Nós não temos obstetra no final de semana, sexta, sábado e domingo”, conta o médico José Dhália da Silveira.

Encontramos o médico que foi chamado às pressas para ajudar no parto de Marcela. Ela estava sofrendo havia 18 horas.

“Eu cheguei e a mulher tinha parido há uns 20 minutos, tinha parido o feto morto. Faltava anestesista, faltava sangue, faltava outro médico para ajudar. Não tinha nada disso. Só tinha eu, quando eu cheguei lá. Eu não podia fazer nada”, contou José.

O sistema de Saúde em Barreiros já não era bom e piorou em 2010, quando as enchentes de inverno destruíram o hospital público. A cidade passou então a viver uma situação absurda: há médicos sem hospital e um hospital onde falta médico.

O secretário de Saúde Elídio Moura relata: “O município vive, desde junho de 2010, uma situação de guerra. A partir do momento que nossa rede de saúde foi completamente dizimada.

Agonizando, Marcela foi transferida para o Hospital Dom Helder Câmara, a quase uma hora de Barreiros, mas a tentativa de retirada do útero para conter a hemorragia também aconteceu tarde demais. O diretor do hospital, Audes Feitosa, justificou: “Se a gente conseguisse abreviar o tempo do atendimento do início do sangramento para realizar a histerectomia, talvez o resultado pudesse ser outro”. Marcela morreu aos 21 anos.

Taciana, aos 20, perdeu o primeiro filho, também na Casa de Saúde de Barreiros. Em um dia em que não havia obstetra.

“Quando foi oito horas da manhã, eu ainda lá, sangrando, perdendo muito sangue, já não tinha mais líquido. Minha mãe disse: ‘Minha filha não vai mais aguentar’. Então disseram ‘Aguenta sim, aguenta, ela soube fazer’.

Novamente chamado às pressas, o médico tirou o bebê já quase sem vida. Ele lutou por três dias, mas não resistiu. Taciana lamenta: “Meu primeiro filho, era meu sonho, era um menino. Meu filho ir embora assim. Sofrer tanto e não poder estar aqui comigo”.

Nesta semana em Belém, um casal também deixou a maternidade sem os filhos. Wanessa e Raimundo esperavam gêmeos. “Era nossa vida. Era um plano que a gente tinha com os dois”, conta o pai.

Grávida de sete meses e sentindo dores, Wanessa procurou a maior maternidade do estado na terça-feira (23). Foi barrada na porta. Raimundo buscou socorro no Hospital das Clínicas, mas lá também não conseguiu atendimento.

Wanessa ficou na calçada durante uma hora e meia. Um dos bebês nasceu na ambulância durante a volta para a Santa Casa. O parto do outro foi feito no hospital. Os dois nasceram mortos.

“Morreram do lado de fora, ninguém socorreu meus filhos”, conta o pai.

“Nenhum médico. Tanto aqui como no HC, o Hospital das Clínicas. Nenhum médico veio me ver, e eu fiquei lá na calçada do HC com dor”, lembra a mãe.

A direção da Santa Casa foi afastada e a polícia vai investigar se houve omissão de socorro.

São histórias que mostram como o Brasil está longe de alcançar o compromisso assinado com as Nações Unidas. A meta é reduzir a mortalidade materna para 35 em cada 100 mil nascimentos até 2015. Ainda morrem cerca de 75 mulheres para cada 100 mil nascimentos.

Há menos de duas semanas, o Brasil foi responsabilizado pela morte de outra grávida. Alyne da Silva Pimentel procurou uma casa de saúde em Belford Roxo, reclamando de vômito e dor abdominal. Ela recebeu remédios e foi mandada de volta para casa. Dois dias depois, os médicos notaram que o coração do bebê já não batia.

A Mãe de Alyne, Maria de Lourdes da Silva Pimentel, contou: “Na hora da visita, eu cheguei lá e ela chorava e falava: ‘Mãe, não está tudo bem, não’. O médico falou que o meu neném está morto e que ele vai fazer o meu parto’”. Alyne morreu três dias depois em outro hospital.

“Alyne representa várias outras mulheres que faleceram na mesma circunstância. Então, é assim: Olha, Brasil, você não está cumprindo suas normas, suas regras e tampouco as regras internacionais de que você pactuou, de que você é membro e que tem a obrigação de fazer”, explicou a coordenadora da ONG Advocacy, Gleyde Selma da Hora.

“Meu parto para mim foi um horror, um terror. Às vezes, as pessoas me perguntam: ‘Você quer ter filho de novo?’ A resposta é sim. Mas, por trás do sim, fica o medo de passar tudo isso de novo”, lamenta Taciana.
-------


"... e o resto do mundo adotou uma atitude ou de cumplicidade ou de indiferença. Somente alguns tiveram a coragem de cuidar ... "  (Irene Sendler -1910-2008, polonesa que arriscou a vida na II Grande Guerra, para salvar da morte 2.500 crianças judias) - Deus a abençõe!
Até quando alguns vão teimar em ficar de braços cruzados???

 -------




Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente
 


compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA

Porto Alegre - RS - Brasil

Veja como funciona o "Boa Noite, Cinderela!" - Apatia total! Nunca aceite ou divida bebida!

Homem vira alvo de assalto por prostitutas - É o 'Boa Noite, Cinderela!'

Veja como funciona o "Boa Noite, Cinderela!" - Apatia total!  Nunca aceite ou divida bebida! (video)

Por Marise Jalowitzki
29.agosto.2011
http://ning.it/r5pYbc


Achei SUPER interessante o video com a reportagem de um homem que apenas se aproximou de uma prostituta em um banco de praça e é roubado integralmente. O homem ficou quase 12 horas dormindo, foi socorrido e levado ao Pronto Socorro depois que acabou semi nu deitado no chão.

As câmeras flagraram e registraram tudo, os policiais puderam socorrer a vítima e prender as prostitutas.


O "remédio" utilizado é um narcótico poderoso, um sonífero que faz dormir em 5 a 10 minutos após ter sido ingerido.

 
Boa Noite, Cinderela! - A vítima fica inteiramente refém da situação


Muito já se ouviu falar sobre o efeito devastador, com relatos de pessoas que foram, inclusive, abusadas sexualmente sem que nem sequer lembrassem disso no dia seguinte.

Cabe divulgar e comentar, principalmente entre os jovens, para que não aceitem nem dividam bebidas, já que é a via de acesso para o crime.

O caso do video aconteceu em São José dos Campos e, felizmente, o homem foi socorrido e seus pertences recuperados.


Video: (29 de agosto de 2011)
https://www.youtube.com/watch?v=qy1c5RmVvP4



E veja esse, que traz o relato de balas, chicletes, que deixa a pessoa dormindo de 4 a 12 horas e pode até matar! A recomendação é: não aceite nada - bebida, balas, chicletes, doces - de estranhos.

https://www.youtube.com/watch?v=od-I-NF3vK8







Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente





marisejalowitzki@gmail.com
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA

Porto Alegre - RS - Brasil









sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Cimento Portland - Quais os Impactos Ambientais dos Tipos Modificados?

Cimento Portland possui diferentes categorias. Quais os impactos ambientais dos diversos aditivos?

Cimento Portland - Quais os Impactos Ambientais dos Tipos Modificados?


Por Marise Jalowitzki
19.agosto.2011
 http://ning.it/nkR1kF


Para divulgar é preciso ter opinião.
Para ter opinião é preciso entender.
Para entender é preciso conhecer.


Vivemos em um mundo em que as pessoas decidem, agem e disseminam ANTES, para verificar os EFEITOS, DEPOIS! E, os que detém o poder, nem sempre divulgam os resultados destes efeitos, mascarando e/ou dispersando, fornecendo causas estranhas para situações [para eles] previsíveis. A história da humanidade está cheia de fatos assim: armas químicas e biológicas são disseminadas ainda hoje, sem que a população saiba de seus efeitos.


Perguntem a um agricultor que usa certos tipos de fertilizantes e pesticidas, bem mais baratos do que os "legais" se ele sabe que corre o risco da impotência sexual devido à inalação por tempo prolongado. Claro que não. (leia mais em "Eu, boiola?" link: http://t.co/6u8xT7t )


Perguntem se, ainda hoje, a população da Ucrânia sabe de todos os efeitos a que, ainda hoje, está sujeita devido à radiação nuclear expelida pela explosão de Chernobyl. Claro que não. Mesmo que os técnicos venham medir todos os anos os canteiros, ninguém lhes diz: saiam daqui, porque é perigoso! Simplesmente servem (pessoas, plantas, animais, solo e água) para fonte de informações e análises estatísticas científicas, cobaias anônimos para o conhecimento de alguns. (leia mais em link: http://t.co/jbksFiU )


Há tantos e tantos exemplos assim pelo mundo afora.


Isso precisa mudar.


O resultado de pesquisas a que temos acesso, ainda são quase que exclusivamente da realidade norte americana. E, aquelas que são realizadas em solo brasileiro, seja a qual segmento se dediquem, levam em conta um pequeno nicho. Por isso, não retratam a realidade de um país com as nossas dimensões e diversidades climáticas, geográficas e até sociais.


Outro dia tive conhecimento de uma pesquisa realizada com jovens e o que eles queriam para seu futuro. Os resultados davam conta de que dinheiro não era importante, que eles queriam realização pessoal e compartilhar em grupo. E mencionava: "o jovem brasileiro"... Foram ouvidos nem dois mil jovens, todos de escola particular de SP, RS e MG, estados comprovadamente com melhor infraestrutura. Certamente isto não retrata a realidade do jovem no Brasil! Não dos milhões que correm atrás de um emprego básico, para sustentar uma família numerosa de periferia, acotovelando-se em ônibus ou metrô superlotado durante horas... Isto sem falar nas populações ribeirinhas, onde jovens saem de madrugada para a escola, dormindo em barcos que tem horários alternados devido às marés, a fim de garantir a frequência na escola e "garantir um futuro talvez melhor", conforme diz uma jovem de 16 anos!


Assim,  no intuito de compartilhar sobre um tema que interfere diretamente na vida de praticamente todos os brasileiros, que é a CASA de cada um, inicio este grupo de artigos sobre o cimento.


Sabemos que o que impera na aquisição de quaisquer produtos é o PREÇO. Preço, como sabemos, nem sempre retrata qualidade. Quem se importa em saber DE QUE é constituído, por exemplo, o cimento que é utilizado na construção das habitações, sejam familiares ou organizacionais? E de quais possíveis consequências em estar exposto às emanações de um ou outro produto agregado ao cimento adquirido?


Para tentar injetar novas visões, vou começar trazendo a história do cimento.


Você sabe, por exemplo, por que ele é chamado de CIMENTO PORTLAND?


História do cimento reporta aos primórdios da civilização

CIMENTO
Por Arnaldo Battagin   


A palavra CIMENTO é originada do latim CAEMENTU, que designava na velha Roma espécie de pedra nat ural de rochedos e não esquadrejada. A origem do cimento remonta há cerca de 4.500 anos. Os imponentes monumentos do Egito antigo já utilizavam uma liga constituída por uma mistura de gesso calcinado. As grandes obras gregas e romanas, como o Panteão e o Coliseu , foram construídas com o uso de solos de origem vulcânica da ilha grega de Santorino ou das proximidades da cidade italiana de Pozzuoli , que possuíam propriedades de endurecimento sob a ação da água.
O grande passo no desenvolvimento do cimento foi dado em 1756 pelo inglês John Smeaton , que conseguiu obter um produto de alta resistência por meio de calcinação de calcários moles e argilosos.


Em 1818, o francês Vicat obteve resultados semelhantes aos de Smeaton , pela mistura de componentes argilosos e calcários. Ele é considerado o inventor do cimento artificial. Em 1824, o construtor inglês Joseph Aspdin queimou conjuntamente pedras calcárias e argila, transformando-as num pó fino. Percebeu que obtinha uma mistura que, após secar, tornava-se tão dura quanto as pedras empregadas nas construções. A mistura não se dissolvia em água e foi patenteada pelo construtor no mesmo ano, com o nome de cimento Portland , que recebeu esse nome por apresentar cor e propriedades de durabilidade e solidez semelhantes às rochas da ilha britânica de Portland.

Experiência brasileira No Brasil, a primeira tentativa de aplicar os conhecimentos relativos à fabricação do cimento Portland ocorreu aparentemente em 1888, quando o comendador Antônio Proost Rodovalho empenhou-se em instalar uma fábrica em sua fazenda em Santo Antônio, Estado de São Paulo. Posteriormente, várias iniciativas esporádicas de fabricação de cimento foram desenvolvidas Assim, chegou a funcionar durante três meses em 1892 uma pequena instalação produtora na ilha de Tiriri , na Paraíba. A usina de Rodovalho operou de 1897 a 1904, voltando em 1907 e extinguindo-se definitivamente em 1918. Em Cachoeiro do Itapemirim , o governo do Espírito Santo fundou, em 1912, uma fábrica que funcionou até 1924, sendo então paralisada, voltando a funcionar em 1936, após modernização.



Todas essas etapas não passaram de meras tentativas que culminaram, em 1924, com a implantação pela Companhia Brasileira de Cimento Portland de uma fábrica em Perus, Estado de São Paulo, cuja construção pode ser considerada como o marco da implantação da indústria brasileira de cimento. As primeiras toneladas foram produzidas e colocadas no mercado em 1926.


Até então, o consumo de cimento no país dependia exclusivamente do produto importado. A produção nacional foi gradativamente elevada com a implantação de novas fábricas e a participação de produtos importados oscilou durante as décadas seguintes, até praticamente desaparecer nos dias de hoje.

http://cimento.org/index.php?option=com_content&view=article&id=22&Itemid=29


(continua)

------
Leia também:
---------
Leia também: http://ning.it/pQBShn

Conhecer a fabricação, utilização e impactos do cimento é conhecer um tanto mais de nossa própria vida


Cimento – Os Problemas de Sustentabilidade do Cimento
Parte 2

31.agosto.2011
Link: http://ning.it/pQBShn




Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente


compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA

Porto Alegre - RS - Brasil