quarta-feira, 20 de julho de 2011

Bebê nasce em metrô pela demora na chegada de bombeiros - Omissão dos órgãos competentes não pode passar desapercebida pela emoção do nascimento do bebê - Rafael Guilherme - O bebê que nasceu em um banco de metrô

Daniele guerreira, receba nosso abraço! Mamãe deu à luz a um lindo bebê, Rafael Guilherme
(Foto Jadson Marques - Ag Estado)

Rafael Guilherme - O bebê que nasceu em um banco de metrô - Omissão dos órgãos competentes não pode passar desapercebida

Por Marise Jalowitzki
20.julho.2011
http://t.co/hUoQ2w1

E como está se sentindo Daniele Conceição Bispo, a mamãe guerreira que seu à luz a um lindo menino em plena estação de trem no Rio de Janeiro? Daniele, de 24 anos, estava dentro do trem a caminho da maternidade quando a bolsa estourou. Ela desembarcou na plataforma com fortes contrações.

A história comoveu a quem ouviu. Comoveu pela garra dos personagens envolvidos, agora uma família - pai, mãe, filho -. Uma história de luta pela vida, vontade de viver.

Também, mais uma denúncia de mais um caso de omissão dos órgãos competentes, que falharam duas vezes. Antes do menino nascer, os bombeiros foram chamados, mas não chegaram.

O caso poderia ter acabado com outro final, seja pela mãe, que sofre de pressão alta, seja pelo bebê, que veio duas semanas antes do previsto. A gravidez era de risco. Quem salvou a situação foi uma técnica de enfermagem, que também seguia no trem.  

Rafael Guilherme nasceu saudável, com 4,6 quilos. Desfecho feliz, pela vitória da Vida.

Entretanto, nova etapa estava para ser vencida. Com o filho recém-nascido nos braços, o casal esperou no banco do trem por uma ambulância durante meia hora. A ambulância também não chegou.

Os pais tiveram de enfrentar a situação como puderam. De ônibus, mãe com pressão alta, recém saída de trabalho de parto e filho recém nascido, a família teve de seguir de ônibus até o hospital!!

O bebê recém-nascido chegou ao Hospital Estadual Rocha Faria com dificuldades respiratórias e foi internado na UTI neonatal.

Agora, já respira sozinho, sem ajuda de aparelho.

Daniele, a mãe do bebê, também passa bem. Tudo acabou bem. O pai estava feliz, aquela felicidade que acomete quem passou por um tremendo sufoco e consegue chegar com êxito no final.

Tem de ser assim?
Não, não é normal que seja assim!
E não podemos ficar apenas com o registro emocionado. É o que mais conta, sim. A Vida, o bem mais valioso, foi preservado.

Porém, quem vai se responsabilizar pelo ocorrido? Indenizar a mãe, a família, pelo que passaram?


Dignidade Feminina

Espero que haja alguma pessoa que levante a moral dessa mulher brasileira, que ficou exposta em um banco de metrô. Quem disse que ela queria ser observada por todos os que estavam por perto, ter seu corpo exposto, passar pelas dores do parto sem assistência médica e sendo acompanhada por dezenas de estranhos? Sem o acolhimento de uma sala de hospital e todo o preparo que um parto necessita? Sem cuidado e sem analgesia?

Daniele sofreu dano moral ao ser exposta em situação especial, devido a atrasos na assistência dos órgãos competentes

Dano Moral

Podemos esconder a realidade, sim, mas, na verdade, esta mulher sofreu dano moral ao ter assim publicamente exposto seu corpo e sua delicada situação, em um momento assim especial.

O Corpo de Bombeiros abriu uma sindicância para apurar a demora no socorro. mas já reconheceu que houve um erro nesse caso.

Gente, é muito duro depender da assistência pública, a que todos temos direito e pela qual pagamos a vida inteira!

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Link fonte: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2011/07/bebe-que-nasceu-em-estacao-de-trem-do-rio-de-janeiro-passa-bem.html


Desejo Felicidades à Família!


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Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente


compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil




Um comentário:

  1. Indiguinado com o descaso do (193 ) corpo de bombeiros de São Paulo- capital, pois admirava e respeitava muito, até hoje 31/01/2012 .Após uma pessoa ter caido da escada e sofrido uma fratura na perna, liguei para o 193 às 17:30 hs, solicitando o resgate. Estava demorando, liguei novamente às 17:56hs , continuou demorando, e só chegaram às 18:10 , 40 minutos após a 1ª solicitação, isso porque a d...istância entre o local do acidente (rua Leopoldo Couto de Magalhães)e do corpo de bombeiros (av.Hélio Pellegrino), é só de 1380 mts.
    As 18:55hs liguei na ouvidoria do corpo de bombeiros (11)3396-2000 , para pedir explicação sobre a demora de 40minutos para o atendimento, fui atendido pela soldado Tonin, que me transferiu para o sargento Nascimento, que me transferiu para o seu sr. chefe de equipe , o diguinissimo sr. doutor Montanher, que por sua vez me disse que não podia fazer nada e não tinha uma explicação e não estava afim de filosofar . Obrigado Jesus por não ter sido uma acidente mais grave! Rony Cardeal.

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