sexta-feira, 18 de março de 2011

Jirau vive situação de guerra - Chega a Força Nacional de Segurança


Jirau - famílias de Porto Velho, aflitas, vem buscar seus familiares que trabalham na obra

Jirau vive situação de guerra
Chega a Força Nacional de Segurança


Por Marise Jalowitzki
18.março.2011
http://t.co/TMnaebA


Depois de um dia bastante tenso, onde os comerciantes fecharam as portas em Jaci Paraná, a 30 Km de Porto Velho, o canteiro de obras da Usina de Jirau recebeu a Força Nacional de Segurança .


Durante o dia, vários operários, revoltados com a empresa Camargo Correa, continuaram os protestos. A mídia local deu conta de que cerca de mil barrageiros estavam saindo da usina onde incendiaram as instalações na manhã da quinta-feira (17) e dirigindo-se para a cidade “quebrar tudo”.


PRF/RO informa que a BR 364, foi desbloqueada no Km 823, porém a orientação de adiamento de viagens está mantida, em decorrência da intensa movimentação de pessoas e ônibus que estão trazendo para Porto Velho/RO os trabalhadores que estavam no canteiro da usina. Equipes da PRF estão fazendo a escolta dos ônibus, para garantir a segurança e integridade dos trabalhadores que desejarem sair do local e vir para a Capital. O embarque está ocorrendo no Distrito de Jaci-Paraná.


Perto das 23 horas chegou em Jirau a Força Nacional de Segurança, com pelo menos 600 homens. A missão deles é conter a revolta dos trabalhadores da construção da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia e garantir a tranquilidade.


No início da noite (17) a Camargo Corrêa, responsável pela obra, divulgou nota à imprensa, ratificando o que vem declarando nos últimos dias.  "A Camargo Corrêa esclarece ainda que é improcedente a informação de que reivindicações trabalhistas provocaram o incidente e que não recebeu dos representantes dos trabalhadores qualquer solicitação dessa natureza."

O movimento se caracteriza por não ter representantes, uma liderança específica. É um clima generalizado de insatisfação. Os motivos ainda não são declarados abertamente, embora, em rede nacional, um trabalhador, que não quis se identificar, declarou a reivindicação por melhores salários e condições de trabalho.


Jirau - trabalhadores abandonam a obra para garantir sua integridade física


Em posts anteriores publiquei declarações e comentários de trabalhadores, falando em falta de respeito, assédio moral e sexual, incluindo mortes que estariam sendo ocultadas pela empresa.


Vamos acompanhando.
Esperamos que tudo se esclareça e volte à normalidade.
A floresta já está tombada. A morte verde já aconteceu. Que se evitem, agora, os conflitos entre os humanos.

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Leia também:
Conflitos em Jirau já vem desde 2009 -
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2011/03/conflitos-na-hidreletrica-de-jirau.html---------

Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente

Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
compromissoconsciente@gmail.com
Porto Alegre - RS - Brasil




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