Eduardo Kalina, especialista argentino na prevenção às drogas - Entrevista à RBS |
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Endereço - Contato Dr. Eduardo Kalina |
Nota em 01.setembro.2011
Tenho recebido mensagens solicitando a localização do Dr Eduardo Kalina, mencionado nos artigos sobre drogadição.
Transcrevo e peço divulgação para todos os seus contatos.
Muito Grata!
Dados para contato:
Nome: Doutor Eduardo Kalina
Buenos Aires - Argentina
Telefone 11-48316801 / 48324306
Endereço; Scalabrim Ortiz, 1929/1425 Buenos Aires
E-mail: eduardokalina@fibertel.com.ar "e" braincenter@fibertal.com.ar
Site da Clínica: http://www.braincenterceda.com.ar/
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Eduardo Kalina, um arauto na preservação da Vida sem drogas! Trechos da Entrevista à RBS
Por Marise Jalowitzki
26.maio.2011
http://t.co/eAVAzCM
Eduardo Kalina é psiquiatra argentino, 71 anos, especialista no tratamento e enfrentamento da drogadição. Ele é diretor médico do Brain Center, em Buenos Aires, desde 1994. O especialista mantém os pilares de sua atuação enquanto médico, psiquiatra e conferencista:
- o exemplo aos filhos tem de vir dos pais. Não adianta dizer que drogas fazem mal e toda a noite relaxar no sofá tomando um uísque ou cerveja e fumando cigarros.
- a cura nunca é total. É preciso manter a abstinência total (incluindo álcool e cigarro) para pacientes que tentam se livrar das drogas. O cérebro nunca esquece a sensação provocada pela droga, o que estimula a recorrência.
Contestado por alguns, admirado por muitos, respeitado por todos, Kalina declara sua preocupação com a devastadora realidade que o crack apresenta, tanto na Argentina como no Brasil. E não hesita em dizer que os governos que não enfrentam o problema com severidade, lutando contra a epidemia ferrenhamento, permitem um suicídio social generalizado.
Concordo com tudo o que ele diz, desde o final da década de oitenta, quando assistia a suas conferências, exposições e debates.
Kalina concedeu uma entrevista à Agência RBS, à jornalista Angela Ravazollo, por telefone, diretamente de Buenos Aires. Seguem alguns trechos desta entrevista:
Agência RBS: O senhor já disse em entrevistas que o cérebro nunca esquece a sensação provocada pela droga, lembrando que a cura da dependência química exige uma abdicação total das drogas, incluindo o cigarro e o álcool. Não há uma cura para a dependência química?
Eduardo Kalina: A palavra cura tem muitos significados. Por exemplo: uma pessoa que tem um surto de apendicite. Você opera, retira o apêndice que está doente e aquilo curou para sempre, nunca mais vai ter apendicite porque não tem mais apêndice. Esse é um conceito de cura total, definitiva. No campo das drogas, o conceito de cura é diferente.
Agência RBS: Como seria esse conceito?
Kalina: Não existe a cura total, porque o cérebro se modifica a partir da experiência com a droga, aprende uma nova linguagem, que não esquece nunca. Num futuro próximo, com a medicina genética, quando nós vamos poder fazer modificações genéticas, provavelmente vai haver cura definitiva. Agora, o que nós chamamos de cura é quando a pessoa aprende a dizer não. Para controlar a droga, compensamos com remédios, fazendo com que o cérebro se acomode à normalidade, mas não tem garantia nenhuma. É preciso se desdrogar. Tirar todas as drogas, porque muitas pessoas querem parar com o álcool, mas seguem consumindo o tabaco. E o risco de voltar (a beber) é grande.
Agência RBS: O senhor acredita que é preciso abdicação total?
Kalina: Toda pessoa que compreende que, para sair das drogas, é preciso abdicar de tudo, uma parada total, incluindo álcool e tabaco, está praticamente curada, consegue viver normalmente. Para aquela que deseja seguir fumando e bebendo de quando em quando, o número de recaídas é muito grande.
Agência RBS: Em relação à medicina genética, há um futuro próximo e promissor?
Kalina: Num futuro próximo, é quase maravilhoso o que está se fazendo com medicina genética. Está tudo ainda em um campo experimental. Ainda não chegou à população, mas estão em desenvolvimento as terapias, o que chamamos de farmacogenética.
Agência RBS: Costuma-se dizer que a recuperação do crack é uma das mais difíceis, tornando-se quase impossível.
Kalina: Porque provoca lesões no cérebro, provoca atrofia no cérebro, infarto no cérebro. Crack é uma cocaína muito suja. A recuperação é difícil porque o crack provoca muitos danos e algumas lesões são irreversíveis. Além disso, muitas dessas pessoas têm uma vida pobre, não têm uma boa nutrição, não usavam muito o cérebro, então o cérebro estraga mais rápido. Muitos que começam na adolescência ou quando criança não conseguem, porque já é um cérebro que está estragado.
Agência RBS: O senhor tem um livro dedicado a pais de adolescentes. Que conselho daria a uma família de alguém que convive num ambiente onde circula o crack?
Kalina: Primeiro, dar um bom exemplo. Um pai que toma um copo de vinho no jantar não está criando um filho toxicômano. Porém, um pai que está todo dia fumando e que bebe muito no dia por qualquer explicação não pode dizer ao filho que não consuma, porque ele está consumindo. Muitas pessoas não se dão conta de que estão dando exemplo a todo momento. Segundo, é importante, desde criança, ensinar o perigo que isso significa.
Agência RBS: Como o senhor analisa o cenário brasileiro em relação ao crack?
Kalina: Acho que no Brasil acontece como na Argentina, que em vez de esse tema ser tratado por certos profissionais, sobre esse tema opina Fernando Henrique Cardoso, que fala de legalizar porque o mercado controlado acabaria com o problema. Ele não tem nenhum preparo para falar sobre droga. Falam também músicos, pintores, políticos, jornalistas, e muito pouco se trabalha com profissionais. Esse tema tem de ser tratado como uma emergência nacional e teria de ter muito, muito mais do que se faz.
Agência RBS: Existem algumas características recorrentes entre as pessoas que são usuárias de droga ou não se pode dizer isso?
Kalina: Sim, pode-se dizer. Quem conhece esse tema, nos colégios, consegue identificar aqueles que podem ir às drogas. Jovens que têm conflitos, impulsivos e com família onde há muita patologia, têm muito mais facilidade de chegar às drogas. Um grupo de estudiosos americanos avaliou que, se estudássemos, entre crianças e adolescentes, aqueles que têm componentes depressivos ou bipolares, seria possível prevenir muito o uso de drogas. Por isso, é preciso cuidar por fora para que a droga não chegue até a pessoa, detectar e diagnosticar aqueles que podem usar drogas e trabalhar com eles.
angela.ravazzolo@zerohora.com.br
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Escritora - Pós-graduação em RH pela FGV-RJ
International Speaker pelo IFTDO - USA
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Bom dia, sou brasileira e moro em uma pequena cidade chamada Aracaju, trabalho no Governo do Estado, neste momento estamos evidenciando uma epidemia do crack. Gostaria de saber notícias do Dr.Kalina, qdo virá ao Brasil.
ResponderExcluiratt
Simone Sobral
Querida Simone!
ExcluirOficialmente, não há uma visita prevista (anunciada). Por vezes, Dr. Kalina vem a pedido de uma ou outra entidade. Contata diretamente com o endereço deixado no artigo:
Nome: Doutor Eduardo Kalina
Buenos Aires - Argentina
Telefone 11-48316801 / 48324306
Endereço; Scalabrim Ortiz, 1929/1425 Buenos Aires
E-mail: eduardokalina@fibertel.com.ar "e" braincenter@fibertal.com.ar
Site da Clínica: http://www.braincenterceda.com.ar/
FELICIDADES e MUITO SUCESSO NESTA DIFÍCIL EMPREITADA QUE É LIDAR COM O MUNDO DA DROGADIÇÃO!!!
Bjs
Esse Eduardo Kalina é uma farsa. Eu sou completamente contra qualquer tipo de droga, mas sou ainda mais contra a má-ciência e à desinformação. Acabo de ver um vídeo de uma palestra que o Dr. Kalina ministrou no II Congresso do Colégio Brasileiro de Neuropsicofarmacologia, em 1997. Ele cita já nos primeiros minutos um artigo[1] de 1971 como prova científica da sua crença completamente absurda que Cannabis sativa atrofia o cérebro dos jovens. Esse artigo já caiu por terra muito antes de 1997 e só o Dr. Kalina não viu -- ou não quis ver.
ResponderExcluirBasta usar o Google pra encontrar milhares de pesquisas (mais) sérias, como este[2] artigo.
Detalhe: o Google já existia em 1997...
O assunto merece seriedade -- não demonização. Do contrário vira RELIGIÃO.
[1] CEREBRAL ATROPHY IN YOUNG CANNABIS SMOKERS -- A.M.G. Campbell, J.L.G. Thomson, M. Evans, M.J. Williams, W.Ritchie Russell
[2] Absence of cerebral atrophy in chronic cannabis users. Evaluation by computerized transaxial tomography. Co BT, Goodwin DW, Gado M, Mikhael M, Hill SY.
Prezado Anônimo. Agradeço sua visita ao blog e também o tempo despendido na escrita do comentário e suas referências. Uma eventual citação desatualizada não invalida todo um trabalho e estudo. Eu conheci pessoalmente o Dr. Kalina em cursos promovidos pela Cruz Vermelha do Brasil e acato o que ele diz. Tive pessoas próximas que se foram devido ao uso de drogas (onde o tabagismo é a porta de entrada) e sei de quantos defendem o uso da maconha (incluindo o presidente Mojica, do Uruguay, que é uma pessoa que respeito e admiro em outros tantos feitos). Cada caso deve ser observado em seus detalhes. Acredito que atualmente, esta "guerra" está perdida, até porque interessou aos próprios governos que se disseminasse tanto assim - principalmente o crack -. Prevenção é sempre o melhor negócio e, na minha crença pessoal, continuarei abolindo canabis. E respeitando a trajetória do Dr. Kalina. Abraços
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