segunda-feira, 2 de maio de 2011

Acre - Pastoral acolhe com dignidade imigrantes haitianos - Governo Federal vai se manifestar em maio

Pastoral oferece duas refeições diárias e alojamento, enquanto não se define situação de trabalhadores

Acre - Pastoral acolhe com dignidade imigrantes haitianos - Governo Federal vai se manifestar em maio
Por Marise Jalowitzki
02.maio.2011
http://t.co/v3r9ArX


As tragédias sequentes desde o início de 2010 - terremoto, furacão Thomas, epidemia (importada) de cólera - promoveram o caos no Haiti. Com uma cultura diferente, assolados por necessidades de toda natureza e sofrendo as consequências de altos índices de corrupção governamental, vários cidadãos haitianos decidiram deixar o país em busca de trabalho, a fim de prover seu próprio sustento e auxiliar suas famílias.


Depois do fracasso da intervenção "humanitária-militarizada", poucas pessoas querem comentar sobre a situação e a população carente, continua à mercê da indigna situação.




PARABÉNS A PASTORAL pelo trabalho que tem realizado


Neste momento, quero enfatizar a maneira caridosa e digna com que a Pastoral (Igreja Católica) está lidando com a situação ainda indefinida.


Brasil, um país de todos!


O slogan é bonito, não é mesmo?
Pois o Brasil, apesar dos acordos de ajuda humanitária, fechou as portas para os haitianos sem visto que, destroçados pela pobreza e abandono, após tantos eventos trágicos, tentaram entrar em solo brasileiro e conseguir trabalho.
Por meses venho acompanhando a saga desses imigrantes errantes que, após vencer distâncias gigantescas, chegaram ao Acre e receberam o "Cartão Vermelho" ao invés de Boas Vindas! Sem visto, não entram. E o visto demora a sair. Há muitas correntes políticas querendo vetar a entrada desses cidadãos. Uns, alegam o medo de contágio do cólera, outros, alegam que "os haitianos vem roubar nossa chance de emprego"; outros mais, alegam medo de "bandidagem". Eles, os imigrantes, ficaram restritos a um dos lados de rua, sem poder atravessar, pois, se o fazem, são logo interpelados pelos policiais. Até barreiras foram erguidas na ponte que liga os dois países!


Zanzaram muito. Quem os acolheu? A Pastoral, da Igreja Católica! Deu-lhes um humilde - mas digno - alojamento. Deu-lhes oportunidade de banho, água  potável e duas refeições ao dia.


Brasil estava empenhado em ajudar os nossos irmãos do Haiti. Aqui de São Leopoldo, no RS, muitas famílias pobres se orgulharam por estar enviando seus filhos para o Haiti, a fim de ajudar o povo nas Missões de Paz, lideradas pelo Brasil! Agora, vetam a entrada deles aqui, em solo brasileiro!

Haiti - um ano após as tragédias, reconstrução não alcança 5% devido a desvios na ajuda financeira internacional


Parabéns à Pastoral!


Premidos pelas circunstâncias, pela total falta de recursos de suas famílias que ficaram no Haiti, quase 400 haitianos, trabalhadores, ingressaram no Brasil à procura de trabalho. O que deixam para trás? Pobreza, a epidemia de cólera, a violência urbana e um país devastado pelo terremoto de 2010. Também pela corrupção.


Neste mês de maio há promessas de definição pelos governos, alçada federal. Esperamos que seja pelo melhor.

Há questão de quinze dias (abril.2011), o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), com sede na Argentina, começou a tarefa de reconhecimento da situação dos haitianos em Iñapari, que foram expulsos pelas polícias do Brasil e da Bolívia.


Há videos e matérias mostrando o constrangimento do grupo haitiano que não podia sequer pisar além das calçadas de Iñapari, já a polícia brasileira dava ordem para que voltassem. Acuados, os trabalhadores, a maioria sem nem saber falar nosso idioma, esperam receber a legalização de sua permanência, para que possam estudar, procurar emprego e se instalar condignamente.


Peru e Brasil
O grupo de cidadãos haitianos espera ser reconhecido como refugiado pelo governo peruano. A Comissão Católica Peruana de Migrações, agência executiva da Acnur, apelou às autoridades da província de Tahuamanu e à Polícia Nacional do Peru para que respeitem e protejam a situação migratória dos haitianos.


Iñapari faz fronteira com Assis Brasil (AC). Por causa das ameaças dos policiais, pelo menos 50 haitianos já se dispersaram em povoados da floresta peruana.


A saga
Para poder transitar por países de língua espanhola, os haitianos obtiveram visto na República Dominicana. Viajaram de avião até o Panamá e Equador. De Quito a Lima, Cusco e Puerto Maldonado, viajaram de ônibus. De táxi, foram para Iñapari com a esperança de poder ingressar no Brasil.


O secretário de Justiça e Direitos Humanos do governo do Acre, Henrique Corinto, disse que o Estado tem dado o acolhimento humanitário necessário.


"- Estamos preocupados com o ingresso deles no Brasil, claro, mas a permissão é de responsabilidade do governo federal. Os que conseguem ingressar no Acre, legal ou ilegalmente, recebem abrigo e alimentação básica até que consigam documentação para circulação no Brasil" - explica Henrique Corinto.




Algumas Fontes:
- https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/2/7/o-que-fazer-com-os-imigrantes-do-haiti/
- http://www.rondoniainfoco.com.br/ler.php?id=8865
- http://blogdaamazonia.blog.terra.com.br/2011/04/19/em-busca-de-trabalho-no-brasil-haitianos-passam-fome-em-inapari-no-peru/




Leia mais sobre a tragédia que assolou o Haiti:

 
Haiti precisa se reerguer
 
 
Haiti - Quem se importa?
03.maio.2011
LINK: http://t.co/Qrko7xo








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