Japoneses pedem fechamento de usinas - Japão detecta nível excessivo de estrôncio no mar de Fukushima |
Energia Nuclear - Japão detecta níveis altos de Estrôncio no mar - O que o Estrôncio provoca na Saúde Humana
Por Marise Jalowitzki
13.junho.2011
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Agora é a vez do Estrôncio. A Tepco - Tokyo Electric Power Company - empresa japonesa que administra o complexo atômico de Fukushima, detectou níveis excessivos de estrôncio na água do mar próximo à usina.
A operadora afirmou que o nível de estrôncio-90 acumula índices 53 vezes superiores ao padrão de segurança do Governo, enquanto que o nível de estrôncio-90 nas entradas de água de mar dos reatores 2 e 3 da central de Fukushima acumulam índices entre 170 e 240 vezes acima do limite, respectivamente.
Em uma das várias amostras de água recolhidas no dia 18 de maio no terreno próximo ao reator 2 da usina, foram registrados níveis de 6.300 becquerels por litro, enquanto, na área do reator 1, os índices foram de 22 becquerels por litro.
Os especialistas advertem que o estrôncio, gerado na fissão dos átomos de urânio e cuja vida média é de 29 anos, pode representar risco à saúde, já que se acumula nos ossos e pode causar câncer ósseo e leucemia.
A substância foi registrada em uma das praias de uso exclusivo do complexo atômico. Embora a área seja reservada, antes do desastre tinha-se notícias de moradores que pescavam e consumiam os produtos marinhos. E a água não é estanque. Há risco, sim, de a contaminação se alastrar.
Nós nos juntamos às orações do povo japonês, que reza pelos que se foram, que pede o fim das usinas nucleares. Estrôncio no mar afeta a saúde - Contaminação nas águas aumenta |
Radiação nuclear afeta a saúdeO vazamento de grande quantidade de material radioativo tem graves efeitos na saúde pública e impactos no meio ambiente, alerta o radiobiólogo espanhol Eduard Rodríguez-Farré.
No núcleo de um reator nuclear a partir da fissão do urânio, existem mais de 60 elementos radioativos, tanto com vida curta como vida longa, que se acumulam no organismo, por serem parecidos com nossos elementos biológicos.
Entre eles, o iodo, o estrôncio 90 e o césio são alguns dos poluentes mais prejudiciais para a saúde humana, que aumentam o diagnóstico de todo tipo de câncer e diminuem a imunidade do organismo.
A afecção do iodo é imediata, provoca mutações nos genes e aumenta o risco de câncer, especialmente de tireóide.
O césio se deposita nos músculos, enquanto o estrôncio se acumula nos ossos, durante um período mínimo de 30 anos. As duas substâncias multiplicam a possibilidade de incidência de câncer de ossos, de músculos e tumores cerebrais, entre outras patologias.
As radiações afetam também o sistema reprodutivo, com mais riscos às mulheres que nos homens. Os espermatozóides se regeneram totalmente a cada 90 dias, no entanto, os óvulos permanecem nos ovários e se um óvulo é alterado pela radiação e fecundado posteriormente, se produzirão más-formações no feto, inclusive anos depois.
Como a principal via de contágio é a inalação, é recomendado ingerir pastilhas de iodo. A tireóide elimina o iodo restante e desta forma, quando acaba o iodo normal pode começar a eliminar o iodo radioativo inalado. Se o contato é através da pele, é possível evitar problemas de saúde lavando todo o corpo com detergente tanto o corpo, quanto cabelos e unhas.
As doenças mais frequentes produzidos pelo excesso de radiação são o câncer, as alterações gastrintestinais, problemas na medula óssea, assim como do aparelho reprodutor (como infertilidade e más-formações) e o enfraquecimento do sistema imunológico.
Fontes:
http://noticias.terra.com.br/noticias/0,,OI5183557-EI188,00.html
http://www.biodieselbr.com/energia/nuclear/radiacao-radioatividade.htm
http://ning.it/jtVfsM
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Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
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