terça-feira, 14 de junho de 2011

Ciclistas - Há lugar para eles?


 
Será este o espaço que as bicicletas possuem para existir? (Foto:Terra)
 
Ciclistas - Há lugar para eles?

Por Marise Jalowitzki
14.junho.2011
http://t.co/DwG29b9

Será que o fato de um homem importante ter sido atropelado e morto por um carro terá o poder de iniciar um debate mais sério de como fazer com que os motoristas brasileiros respeitem os ciclistas?


A manifestação pacífica dos ciclistas, em São Paulo, foi para homenagear Antonio Bertolucci, da Lorenzetti, atropelado e morto no trânsito enquanto andava de bicicleta



O empresário morto fazia sempre o trajeto ao trabalho de bicicleta. Foi atropelado e morreu.

Sim, pois a lei que exige a distância de 1,5m do carro até a bicicleta, já existe. Mas, resolve em que? Leis não mudam comportamentos, a não ser que as multas sejam tão altas, as penalidades tão severas, que tenham o poder de impedir, pela noção de perda financeira, uma ação que deveria acontecer por consciência.

Acontece assim com as bicicletas, com as motos, com os carros velhos, com os motoristas mais velhos, com os pedestres, especialmente os mais idosos. É uma filosofia de que "manda quem pode, obedece quem tem juízo", a mesma que os brasileiros, incluindo os motoristas, também condenam nos legisladores.

Há lugares (poucos) no Brasil, em que as ciclovias são uma realidade e o respeito para com esses espaços, também.

 
Ao final da manifestação, uma bicicleta-fantasma (pintada de branco) foi pendurada no alto de um semáforo
Um paulista escreveu:
"Meus respeitos a família com o passamento, mas São Paulo não está preparado para ciclistas, não adianta tentar forçar uma situação de convivência, pois o trânsito na cidade é como uma grande guerra, onde se disputa qualquer espaço, normalmente com a lei de quem pode mais.

A própria prefeitura, através da CET estreita as faixas de carro para acumular mais carros em um mesmo espaço, tirando até as condições de cumprimento das leis de separação de 1,5 metros laterais, é quase uma faixa de rolagem, de autos.

Andar de moto é um suicídio, que dirá de bicicleta.
Infelizmente, ainda não dá....."
 O que não dá é ficar de braços cruzados, esperando que as coisas fiquem cada vez mais fora dos limites de convívio. O respeito pelo próximo é o balizador do senso ético de um povo. 


Os acidentes que envolvem ciclistas são frequentes. O caso aqui em Porto Alegre ainda está na memória dos envolvidos, quando um motorista investiu contra um manifesto com mais de uma centena, num passeio que reivindicava mais respeito para com os ciclistas
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Um dos links sobre o atropelador de ciclistas em Porto Alegre:

Como anda a Qualidade de Vida?

O respeito ao espaço de cada um?



 
Quem acompanhou Zeca Camargo em seus esforços para emagrecer, em seriado da Globo, pode ouvir seu desabafo no último domingo, quando, em sua bicicleta, foi atravessado por um taxista.
 

A fragilidade das bicicletas contrasta com a rudeza dos atos de alguns motoristas


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Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente

compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA

Porto Alegre - RS - Brasil

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