Por Marise Jalowitzki
04.junho.2011
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2011/06/o-que-resta-quem-quer-denunciar-os.html
Estamos encerrando uma semana. Final de semana pode sugerir reflexão, balanço, estimativas e perspectivas. No caso da floresta, amargamos 5 assassinatos de cidadãos em 15 dias - ambientalistas, sindicalistas, lavradores. Pessoas que denunciam o desmatamento ilegal, a venda ilegal de madeira, fornecem pistas e indicam os responsáveis. São sumariamente eliminados.
Mesmo quando os assassinos são reconhecidos e presos, eles sabem que podem contar com o beneplácito da lei (que prevê abrandamento da pena após cumpridos 1/6 da pena - caso julgados e condenados). E mais, eles sabem que contam com a influência dos mandantes, que sempre arranjam algum advogado especialista, que lhes devolva a liberdade.
A situação é de velho oeste!
Para enfrentar a situação, o governo anunciou a constituição de uma força tarefa, reunindo todas as forças de segurança do Brasil, para conter os assassinatos e averiguar mais concretamente todos os ocorridos.
A única coisa que irá coibir essa onda de impunidade é aumentar o efetivo de todas as categorias, policiais, de segurança, de fiscalização. Há decênios é sabido que o contingente do Ibama é tremendamente insuficiente, isso sem falar nas questões prisionais.
A saída é esta! Se não houver mais segurança, um reforço EFETIVO no cuidado, fiscalização, contenção e detenção, de nada vai adiantar qualquer movimento!
Agora, no atual quadro, como ficam os que ainda pretendem denunciar irregularidades?
A triste situação - Governo diz ser impossível dar proteção aos ameaçados de morte, na Floresta
Quando o governo brasileiro, através de sua Secretaria de Direitos Humanos, declara à Pastoral da Terra ser impossível dar proteção aos 1.800 nomes que integram a relação de ameaçados de morte, o que resta fazer? Os defensores são pessoas simples, sem lastro financeiro, sem proteção, qual solução? Morrer não é uma escolha! O próprio governo, que é o representante do povo, o cuidador-mor do povo, da terra, da fauna e da flora, não tem condições de preservar a vida dos ameaçados. Deve, então, o cidadão consciente largar tudo? Não denunciar? Deixar a coisa à deriva?
Difícil situação! Difícil solução!
Índios aliciados para a droga
- Quanto ele disse que ía te dar?
- Dez real, pá eu!
- Dez reais? E agora?
- Agora? To triste, aqui!
O rapazote indígena ajuda a compor a superpopulação carcerária, preso como mula do tráfico em Rondônia! Enquanto os traficantes chefes, líderes do crime, continuam sua trajetória criminosa, os problemas se alastram.
Quando aconteceu a liberação da Hidrelétrica de Belo Monte, a empresa responsável pela construção declarou que sempre soube que o resultado seria este. A promessa é de que a situação dos riberinhos e das chamadas "comunidades de brancos" irá melhorar. Será? Tudo que se tem visto, há décadas, são promessas, promessas e promessas e o aumento da miséria, das favelas, das palafitas, da subvida. As pessoas são atraídas pela perspectiva de emprego que, quando acontecem para uma pequena fatia de migrantes, é temporário. Depois? Depois, se viram como podem.
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
Estamos encerrando uma semana. Final de semana pode sugerir reflexão, balanço, estimativas e perspectivas. No caso da floresta, amargamos 5 assassinatos de cidadãos em 15 dias - ambientalistas, sindicalistas, lavradores. Pessoas que denunciam o desmatamento ilegal, a venda ilegal de madeira, fornecem pistas e indicam os responsáveis. São sumariamente eliminados.
Mesmo quando os assassinos são reconhecidos e presos, eles sabem que podem contar com o beneplácito da lei (que prevê abrandamento da pena após cumpridos 1/6 da pena - caso julgados e condenados). E mais, eles sabem que contam com a influência dos mandantes, que sempre arranjam algum advogado especialista, que lhes devolva a liberdade.
A situação é de velho oeste!
Para enfrentar a situação, o governo anunciou a constituição de uma força tarefa, reunindo todas as forças de segurança do Brasil, para conter os assassinatos e averiguar mais concretamente todos os ocorridos.
A única coisa que irá coibir essa onda de impunidade é aumentar o efetivo de todas as categorias, policiais, de segurança, de fiscalização. Há decênios é sabido que o contingente do Ibama é tremendamente insuficiente, isso sem falar nas questões prisionais.
A saída é esta! Se não houver mais segurança, um reforço EFETIVO no cuidado, fiscalização, contenção e detenção, de nada vai adiantar qualquer movimento!
Agora, no atual quadro, como ficam os que ainda pretendem denunciar irregularidades?
A triste situação - Governo diz ser impossível dar proteção aos ameaçados de morte, na Floresta
Quando o governo brasileiro, através de sua Secretaria de Direitos Humanos, declara à Pastoral da Terra ser impossível dar proteção aos 1.800 nomes que integram a relação de ameaçados de morte, o que resta fazer? Os defensores são pessoas simples, sem lastro financeiro, sem proteção, qual solução? Morrer não é uma escolha! O próprio governo, que é o representante do povo, o cuidador-mor do povo, da terra, da fauna e da flora, não tem condições de preservar a vida dos ameaçados. Deve, então, o cidadão consciente largar tudo? Não denunciar? Deixar a coisa à deriva?
Difícil situação! Difícil solução!
Índios aliciados para a droga
- Quanto ele disse que ía te dar?
- Dez real, pá eu!
- Dez reais? E agora?
- Agora? To triste, aqui!
O rapazote indígena ajuda a compor a superpopulação carcerária, preso como mula do tráfico em Rondônia! Enquanto os traficantes chefes, líderes do crime, continuam sua trajetória criminosa, os problemas se alastram.
Altamira, no Pará - 13 mil pessoas vivem em palafitas |
Promessas para Belo Monte
Quando aconteceu a liberação da Hidrelétrica de Belo Monte, a empresa responsável pela construção declarou que sempre soube que o resultado seria este. A promessa é de que a situação dos riberinhos e das chamadas "comunidades de brancos" irá melhorar. Será? Tudo que se tem visto, há décadas, são promessas, promessas e promessas e o aumento da miséria, das favelas, das palafitas, da subvida. As pessoas são atraídas pela perspectiva de emprego que, quando acontecem para uma pequena fatia de migrantes, é temporário. Depois? Depois, se viram como podem.
Proteção ao Povo da Floresta - Algumas providências a adotar |
Nós confiamos! Nós esperamos!
PAZ A TODOS!!!
PAZ A TODOS!!!
Querendo, leia mais:
em: http://compromissoconsciente.blogspot.com/2011/03/links-sobre-desmatamento-degradacao.html
Preservação ambiental e dos animais selvagens |
Marise Jalowitzki Compromisso Consciente |
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
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