segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Kadhafi preferia morrer na Líbia a ser julgado em Haia, diz ex-aliado preso - OTAN visita Líbia

Líbia devastada após guerra civil e morte de Kadhafi, sem OTAN

31.outubro.2011
http://ning.it/tAiAd1

Kadhafi preferia morrer na Líbia a ser julgado em Haia, diz ex-aliado preso

Relato é do ex-chefe do serviço de segurança do regime, detido em Misrata.
Ele afirmou que atraso na saída de comboio do coronel de Sirte foi erro fatal.



31/10/2011 12h28 - Atualizado em 31/10/2011 12h2


Uma das casas do ex-ditador Muammar Kadhafi é demolida em Trípoli neste domingo -30.10.2011 -Foto Reuters



Da AFP

Depois de sua prisão, uma pessoa ligada ao ex-ditador da Líbia Muammar Kadhafi narrou as últimas semanas do líder, até sua morte em Sirte no dia 20 de outubro, apresentando um homem "deprimido e ansioso", que dizia preferir morrer na Líbia a ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), da ONU, na cidade holandesa de Haia.

No dia 27 de junho, o TPI emitiu um mandato de prisão para Kadhafi, seu filho Saif al-Islam e Abdallah al-Senussi, ex-chefe do serviço secreto e militar da Líbia, por crimes contra a Humanidade.
Esta medida agravou as coisas, afirma Mansur Dau, ex-chefe do serviço de segurança, preso em Misrata: "O mandato do TPI fez com que ele e seus filhos decidissem ficar na Líbia (...) Kadhafi dizia 'eu prefiro morrer na Líbia do que ser julgado pelo (procurador do TPI Luis) Moreno-Ocampo'".

Saif al-Islam e um outro filho, Muatassim, "queriam que Kadhafi ficasse, sobretudo Saif", considerado seu sucessor, enquanto "Senussi fazia pressão para que ele partisse".
Em 19 de agosto, as forças do Conselho Nacional de Transição (CNT) chegaram a Trípoli e Muammar Kadhafi fugiu para Sirte, sua terra natal.
"Kadhafi sabia que era o fim desde que suas tropas foram expulsas de Misrata", depois disso "ficou cada vez mais nervoso", lembra Dau.
"Ele estava sob pressão porque seus amigos o abandonaram, Berlusconi (chefe do governo italiano), Sarkozy (presidente francês), Erdogan (primeiro-ministro turco) e Tony Blair (ex-primeiro-ministro britânico). Ele considerava estes líderes como amigos próximos", disse.
No início, Kadhafi viveu em um hotel em Sirte, mas com os ataques do CNT aos arredores da cidade em meado de setembro, passou a trocar de abrigo quase diariamente por medida de segurança.
Suas provisões diminuíram, começou a chover bombas, combates se intensificaram, devastando a cidade. A eletricidade e a água foram cortadas, e os alimentos se tornaram raros.
Muatassim, hoje morto, comandava os combates em Sirte, enquanto Saif, atualmente foragido, "ficou em Bani Walid", outro reduto pró-Kadhafi, que caiu logo antes de Sirte. "Eu nunca mais o vi desde então", contou Mansur Dau.
Os combatentes fiéis ao ex-líder caíam um após o outro sob o fogo dos pró-CNT, enquanto voluntários de Sirte sem experiência tentavam ajudar.
"Kadhafi lia livros, fazia muitas anotações e dormia. Era Muatassim que comandava os combatentes. Kadhafi nunca lutou. Ele estava velho", explicou.
No dia 19 de outubro, a situação ficou desesperadora: a última quadra do bairro n°2 de Sirte é cercado e bombardeado pelo CNT e pela Otan.
Ele saiu decidido partir para o sul, na direção de Wadi Djaref, próximo da cidade natal de Kadhafi.
"Um erro monumental", avalia Dau: "Foi ideia de Muatassim. Ele tinha em torno de 45 veículos, de 160 a 180 homens, alguns feridos. A partida deveria ocorrer às 3h30 da manhã (20 de outubro), mas demoramos três ou quatro horas antes de partir (...), pois os voluntários de Muatassim estavam mal organizados".
O comboio saiu no amanhecer e foi rapidamente percebido pela Otan que iniciou um ataque aéreo. Os combatentes do CNT foram terminar o trabalho, matando ou capturando os sobreviventes.
Ferido, Kadhafi foi encontrado escondido em tubulações de água e esgoto. Foi pego pelos combatentes de Misrata, apanhou, foi insultado e humilhado. Duas horas depois, estava morto com um tiro na cabeça e outro no peito.
http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2011/10/kadhafi-preferia-morrer-na-libia-ser-julgado-em-haia-diz-ex-aliado-preso.html


Saif Al Islam continua negociando sua entrega, após morte de seu pai Muammar Kadafi e queda do regime na Líbia


OTAN VISITA LÍBIA NO ÚLTIMO DIA ANTES DA RETIRADA OFICIAL
Rasmussen afirmou pouco antes de chegar ao país que uma intervenção militar da Otan na Síria está "totalmente excluída", embora tenha condenado a repressão "das forças de segurança síria contra os civis".
"Está totalmente excluída. Nós não temos nenhuma intenção de intervir na Síria", declarou Rasmussen no avião que o levava à Líbia.

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O QUE ACONTECEU EM 20.OUTUBRO.2011 FOI UM ATO QUE DIMINUIU A EVOLUÇÃO DA RAÇA HUMANA. Olho-por-olho, dente-por-dente, não!
Que a tolerância e a reverência sejam o Caminho para a Paz na Líbia



Paz para o Oriente, Paz para o Planeta!




Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente



Escritora, especialista em Desenvolvimento Humano,
Ecologista, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil

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