Sono, Sonhos e Saúde – Soneca aumenta memorização de estudantes

Sonhos neutros aumentam equilíbrio, tomada de decisão e memorização, diz pesquisa

Sono, Sonhos e Saúde – Soneca aumenta memorização de estudantes

Parte 1/5

Por Marise Jalowitzki
03.dezembro.2011
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2011/12/sono-sonhos-e-saude-soneca-aumenta.html


Sono com sonhos, você tem?
Você já deve ter ouvido que sonhar é fundamental para a nossa saúde. E é mesmo. Quem sonha um sonho “neutro”, (nem ruim nem bom) apresenta mais equilíbrio durante o dia, tem melhores resultados na aprendizagem em quaisquer atividades e fixa melhor as informações. Toma decisões com mais tranquilidade e melhora as notas dos estudos. A conclusão é resultado de uma pesquisa realizada pelo neurocientista Sidarta Ribeiro no Instituto Internacional de Neurociências de Natal.


Entretanto, segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, nós dormimos cada vez pior. Mais de 40% dos brasileiros pesquisados, estima a OMS, dorme mal e apresenta distúrbios como apnéia e insônia. Dormir mal pode ocasionar stress e o stress é, também, um dos fatores que causam insônia. Círculo vicioso!


Segundo a pesquisa, quem sonha pouco ou tem sonhos pesados - em muitos casos, pesadelos - retém menos informações na memória do que os que têm sonhos considerados “neutros”.


O neurocientista afirma que o cérebro usa os sonhos como um treinamento. “Os sonhos são simulações de situações possíveis, sejam elas boas ou ruins”, explica. Se o treino for pouco, tem pouca serventia, e se for excessivo pode causar fadiga ou estresse, perdendo seus efeitos benéficos.


Os sonhos estão diretamente relacionados ao ato de dormir. Dormir bem, e pelo tempo recomendado é que produz o verdadeiro descanso.


Como aconteceu a pesquisa


Ribeiro aplicou a pesquisa em três fases:


1 – Com adolescentes e um jogo desafiador na web.
Os que dormiram bem na noite anterior tiveram um melhor desempenho no jogo e resolveram em tempo recorde o desafio.


2 – Com jovens que iriam prestar vestibular.
O Instituto de Neurociências aplicou um questionário sobre o conteúdo dos sonhos dos estudantes e o resultado foi comparado com o desempenho deles nas provas para entrar na faculdade.


Resultado: em geral, quem sonhou que foi muito mal no teste (sonho ruim) ou sonhou que estava comemorando o resultado (sonho excessivamente bom) teve desempenho pior do que aqueles que sonharam com uma situação corriqueira do vestibular, como as questões que iriam cair ou a matéria que estava sendo estudada.


3 - Nas escolas
Para comprovar o poder de fixação do aprendizado e a relação com o sono e sonhos, a pesquisa foi levada também para as escolas, em Natal. Lá, o Instituto de Neurociências comparou resultados de aprendizagem entre jovens que dormiram logo após ter uma aula sobre memória e um grupo que continuou estudando.


O resultado apontou que a soneca dos estudantes aumentou a memorização do conteúdo entre 5 a 10%. De acordo com Sidarta Ribeiro, responsável pela pesquisa, fica comprovado na prática o que os estudos neurológicos já apontavam: o sono, por um período determinado, sem interrupções, possibilita a ocorrência de sonhos neutros e ajuda a transformar memórias temporárias em informações permanentes no cérebro.


Sonequinha recobra energias


Da mesma forma, a sonequinha, mesmo que sejam 10 ou 20 minutos, restaura, dá um "respiro" ao cérebro em vigília, desagita, recobra energias.

Vale até mesmo recostar-se uns 10 minutinhos após o almoço, no trabalho. O cérebro descansa, reorganiza as informações e aumenta o equilíbrio

Quando sonhamos?

Toda pessoa que consegue chegar até o nível 5 de profundidade no sono, infalivelmente, sonha. Quer se lembre no outro dia, ou não. Agora, quem está constantemente sendo agredido por sons, ou sofre de algum distúrbio (insônia ou apnéia) não consegue chegar até o nível 5 e, portanto, não sonha. Isso significa, também, que não está descansando. O resultado, quando acumulado, gera várias doenças, do stress à depressão e muitas outras. Dormir bem, sonhando, mesmo sem se lembrar, é FUNDAMENTAL para a nossa saúde.

Então, se é preciso sonhar, e se grande parte dos brasileiros dorme mal, isto significa que não sonhamos mais? E que estamos fadados a sofrer com os distúrbios de noites mal dormidas? O que está ao nosso alcance fazer?

Para muitos, uma noite tranquila e um despertar com otimismo, com vigor para enfrentar um novo dia, parece ser uma coisa distante.


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O que podemos fazer para aumentar a qualidade de nosso sono

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Por Marise Jalowitzki
09.dezembro.2011
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Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente



compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, Ecologista, especialista em Desenvolvimento Humano,
pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil