sábado, 7 de março de 2015

O Menino-Princesa - O garoto que gosta de se vestir como uma princesa - Para diminuir bullying ao filho de 5 anos, mãe cria livro infantil

"Que Dyson não passe um dia sem ser feliz com seus vestidos e tiaras e que nenhuma criança tenha sua alegria limitada por regras sem sentido que, um dia, alguém inventou." Foto Brian Smale




07.março.2015
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2015/03/o-menino-princesa-o-garoto-que-gosta-de.html

Para diminuir bullying ao filho de 5 anos, mãe cria livro infantil
"Que Dyson não passe um dia sem ser feliz com seus vestidos e tiaras e que nenhuma criança tenha sua alegria limitada por regras sem sentido que, um dia, alguém inventou."

Segue matéria publicada no hypeness - My Princess Boy

Garoto de 5 anos que gosta de se vestir "como uma princesa" inspira
Quem foi que inventou que garotos gostam de azul e jogam futebol enquanto que meninas se vestem de rosa e brincam de boneca? A regra é praticamente universal e, apesar de não fazer nenhum sentido, limita a diversão de crianças de todo o mundo. Mas não de Dyson Kilodavis, 5 anos, que pula, corre, sobe em árvores e brinca usando vestidos e sua cor favorita: rosa.

A primeira vez que Cheryl Kilodavis, mãe do garoto, percebeu seu gosto por roupas, cores e itens tidos como “de menina” foi quando Dyson tinha 2 anos. Ao chegar no jardim de infância para buscá-lo, ele veio recepcioná-la com um exuberante vestido e salto alto. O choque foi grande, afinal, não era isso que os pais esperavam do garoto. 

A resposta veio aos pais pelo irmão mais velho de Dyson. "Apenas o deixem ser feliz!"


Mas após consultarem diversos especialistas em crianças, foi da boca de seu filho mais velho, Dkobe, 8, que Cheryl ouviu a reposta mais sensata: “apenas o deixem ser feliz”, disse ele. E foi o que ela e o marido fizeram.

No entanto, quando seu filho de 5 anos sai por aí usando roupas de bailarina, vestidos rosas e tiaras, os olhares de reprovação machucam. Para protegê-lo disso, principalmente na escola, Cheryl decidiu educar os professores e colegas. Para isso, transformou um diário em que anotava situações envolvendo o filho em livro infantil. Nele, ela aborda a amizade incondicional e ensina as crianças a aceitar e compreender as diferenças.

Para tentar proteger o filho dos ataques de bullying, a mãe pu blicou o livro, divulgando a ideia de aceitação das diferenças. My Princess Boy


O livro, intitulado “My Princess Boy” (“Meu Menino Princesa”, em português), foi lançado nos Estados Unidos e já está em sua segunda edição. O título vem de uma conversa que a mãe teve com o menino quando ele tinha três anos. Sorridente, ele teria dito que era uma princesa. Cheryl imediatamente respondeu que apenas meninas poderiam ser princesas e então, mais do que depressa, ele afirmou ser um “menino princesa“.

Que Dyson não passe um dia sem ser feliz com seus vestidos e tiaras e que nenhuma criança tenha sua alegria limitada por regras sem sentido que, um dia, alguém inventou."



Este é um tema que carece de um debate amplo!

Neste caso, a mãe e o pai analisaram as circunstâncias, a criança é pequena, a alegria e a descontração está acima, nesta idade, das convenções humanas. Apoio a iniciativa desta mãe, que transformou em livro o que tinha tudo para se tornar mais um caso de sofrimento. Mundo errado, pleno de preconceito, o que pode ser um experimento, uma fase (ou não) na vida de uma criança, não pode virar uma "orientação-imposição".

Todos sabemos que as crianças nascem sem uma definição exata de gênero, que isto se afirma na puberdade e que depende, sim, de vários fatores, também emocionais e do entorno, para se afirmar. Os garotos, geralmente entre 12 a 13 anos, mesmo com um aumento incrível do hormônio testosterona (chega a 800%, uma verdadeira explosão de impulsividade, iniciativa, e até agressividade), recebem também uma carga do hormônio estrogênio, que estimula o desenvolvimento de características femininas. O desequilíbrio desses hormônios de estrogênio pode provocar a ginecomastia (crescimento de seios), e outras alterações. ( Leia mais sobre o tema AQUI )

É preciso menos preconceito e mais atenção às mudanças que acontecem no organismo humano em desenvolvimento e que podem também estar associados a medicamentos, tipo de alimentação, componentes na água de uso doméstico, poluição ambiental (incluindo a radiação dos eletrodomésticos dentro do lar), tantas coisas!

Em crianças pequenas (que tudo copiam e que a tudo querem experimentar), cores chamam a atenção, movimento chama a atenção, construir chama a atenção. Maquiagem, ingredientes para amassar um pão,  argamassa e cimento, plantação de hortaliças ou flores, cuidados com animais... tudo atividades que induzem à atividades táteis. E que, quando bem conduzidas pelos adultos, podem levar a melhores resultados para a construção da personalidade saudável, bem mais do que fechado frente a um monitor, plugado em sabe-se lá o que!



Assim, o que pode ser encarado com grande assombro, negação, intolerância, pode se tornar apenas uma experiência, quando bem conduzida. Orientar, sempre!

-Invadir o estojo de maquiagem da mãe ou irmã pode ser apenas curiosidade. Pode ser substituído por potes de guache e podem surgir lindas telas! Ou, sim, pode estar nascendo aí um maquiador, um cabeleireiro
- Manusear, vestir roupas coloridas, pode ser uma inclinação para modelo, para surfista, para costureiro, modista, estilista.
- Brincar de bonecas, o que tanto assusta a muitos pais, pode ser uma tendência maravilhosa para ser, no futuro, um bom pai, um bom obstetra, um pediatra, um voluntário em regiões que necessitam socorro e amparo.
- Observar o processo dos animais pode se transformar em um médico veterinário, um cientista, um zoólogo.

Podemos ir discorrendo sobre quase tudo. Depende do jeito de cada um ver. Ou com os olhos da censura, ou com os olhos da construção.
Mas, uma coisa é certa: Em nada contribui antecipar conjeturas ou julgamentos. Deixar a criança ser criança é imprescindível. 


Fotos: Amazon

Como era de esperar, mal o post foi divulgado, começaram a "chover" comentários preconceituosos.
Sugiro que, antes de "sair rasgando", cada um silencie um pouco a mente e reflita.
Até onde iremos com toda esta intolerância para com os diferentes?

Concordo e apoio a iniciativa desta mãe, que transformou em livro o que tinha tudo para se tornar mais um caso de sofrimento. Mundo errado, pleno de preconceito, o que pode ser um experimento, uma fase (ou não) na vida de uma criança, não pode virar uma "orientação-imposição".

Com MUITO horror e dor, há poucos dias, li sobre aquele pai do interior de SP que acabou matando o filhote de 7 aninhos, pois "gostava de se vestir como mulher"...a pobre criança, plena de hematomas, estava sendo "castigada" há tempos! Mundo insano!!

Fico com o bom senso da Maria Simon Proença: "O meu guri gostava de brincar de Barbie e de fazer tricot, que aprendeu com as irmãs e, nem por isso, hoje é menos homem, É casado, pai de 3 filhos e bem másculo."


Que o preconceito, o bullying, a rejeição e todas as formas de exclusão e segregação, em breve, sejam apenas uma vergonhosa página esquecida na história da Humanidade!





 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

blogs:
www.tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br


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