quarta-feira, 25 de março de 2015

Mais um líder indigena que se vai! Morre Laucídio Flores, atleta, guerreiro, professor e diretor Kaiowá


Em um dia recebeu o diagnóstico de tumor no cérebro, no outro, parada cardíaca fulminante!!
incrível isto! em um dia detectam o tumor no cérebro e, no outro, antes da cirurgia, tem parada cardíaca fulminante! Um corpo jovem, atleta em plena forma!...


Rápido demais!

25.março.2015
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2015/03/mais-um-lider-indigena-que-se-vai-morre.html


Morre o professor e diretor Laucídio Flores, aos 37 anos



Faleceu na manhã desta quarta-feira (25) em Dourados o professor e líder indígena na comunidade guarani-kaiowá, Laucídio Flores, aos 37 anos. Ele se preparava para ser submetido à cirurgia para extração de um tumor no cérebro no Hospital da Vida quando teve uma parada cardíaca. Laucídio era diretor da Escola Municipal “Pai Chiquito”, na Aldeia Panambizinho.

Ele havia recebido ontem (24) o diagnóstico do tumor cerebral e diante da gravidade do quadro, os médicos decidiram intervir imediatamente, porém, sem sucesso. Os alunos e professores da escola foram dispensados das atividades escolares até amanhã, quando o corpo do professor será sepultado.

Bi-campeão Brasileiro nos Jogos Brasileiros Indígenas e Tetra no Estadual no lançamento de dardo e campeão Estadual no arremesso de dardo no JAMS (Jogos Abertos de Mato Grosso do Sul) quando esteve representando Dourados, Laucídio Flores foi um dos dois atletas que conduziu a tocha olímpica do Pan-americano que foi realizado em 2007 no Rio de Janeiro, quando ela passou pelo Mato Grosso do Sul.

“O esporte afasta os mais jovens do submundo do crime, do álcool, e principalmente das drogas."

Kika Lopes Nogueira deixa esta mensagem no Facebook: “aprendi tudo sobre nosso povo com vc menino risonho cheio de sonhos sempre querendo ajudar, guerreiro nas noite traiçoeiras cuidando da reserva em suas rondas noturnas, arriscando sua própria vida pra defender seu povo, correndo, rindo, jogando era sempre uma alegria nada mais será igual. Vá em paz meu irmão Binho, GUERREIRO LAUCIDIO, jamais será esquecido Laucídio Flores”.


Laucídio Ribeiro Flores tinha 37 anos de idade e morreu antes de cirurgia

Foto: Reprodução/Facebook
O professor Laucídio Flores, líder indígena na comunidade guarani-kaiowá, morreu na manhã desta quarta-feira (25), quando se preparava para realizar uma cirurgia de extração de um tumor detectado no cérebro.
Segundo lideranças da Reserva Indígena de Dourados, o professor havia se submetido a exames nesta terça-feira (24) quando foi detectada a anomalia cerebral.
Laucídio tinha completado 37 anos de idade em janeiro deste ano e era o diretor da escola municipal indígena Pai Chiquito, que funciona na aldeia do Panambizinho. Os alunos e professores foram dispensados das atividades escolares hoje.

Fontes:
http://www.douranews.com.br/dourados/item/85856-parada-card%C3%ADaca-mata-l%C3%ADder-ind%C3%ADgena-lauc%C3%ADdio-flores

http://www.folhadedourados.com.br/noticias/cultura/morre-o-professor-e-diretor-de-escola-laucidio-flores

http://www.campograndenews.com.br/esportes/bi-campeao-brasileiro-representa-ms-no-encontro-nacional-indigena


ABSURDO - Só ao acaso, constatei as condições do Posto de Saúde de Panambizinho. Olhem o que encontrei:

MS – Sem postos, indígenas são atendidos em meio a entulhos | Combate Racismo Ambiental
racismoambiental.net.br

MS – Sem postos, indígenas são atendidos em meio a entulhos 24 de março de 2015 Destaque - 

Indígenas das aldeias Panambizinho e Jaguapiru em Dourados estão sendo atendidos em meio a entulhos de obras inacabadas de dois postos de Saúde que deveriam ter sido entregues em 2013, mas que estão paralisadas. As unidades fazem parte de um pacote de cinco postos que estavam sendo ampliados e reformados pela Prefeitura de Dourados, porém apenas três deles foram concluídos. Juntos, os investimentos oriundos do Fundo Municipal de Saúde somam R$ 1,8 milhão em investimentos. Cada unidade de Saúde inacabada custou aos cofres públicos o valor de R$ 182 mil.

Estes mesmos investimentos foram alvo de reportagem do JN no Ar em 2011, que denunciou que, apesar da verba estar disponibilizada para a Prefeitura desde 2009 pelo Governo Federal, as obras de reforma e ampliação não haviam saído do papel.

As obras iniciaram em setembro de 2012 e paralisaram em dezembro daquele ano, segundo o Conselho Local de Saúde Indígena. De lá para cá, segundo o conselheiro Reginaldo Aquino da Silva, a comunidade indígena vem sendo atendida de forma improvisada e precária. No posto de Saúde do Panambizinho serviços como Saúde Mental, Serviço Social e programas para idosos e de prevenção a hipertensão e diabetes foram suspensos.

Salas como a do serviço de nutrição e odontologia estão cheias de entulhos e restos de construção, assim como o local onde deveria funcionar os banheiros. Sem água, equipes de Saúde que fazem atendimento no posto duas vezes por semana, não conseguem lavar a mão entre uma consulta e outra. Também ficam sem banheiros, assim como a população atendida no local. Uma fiação irregular e arriscada mantém de forma precária os exames de tuberculose em uma geladeira também improvisada.

A sala de coleta do preventivo não tem janela e o espaço vazio é coberto com papelão. Uma porta teve que ser improvisada para dar o mínimo de descrição as pacientes. Sem portas principais, o posto fica vulnerável a qualquer invasão e roubo de equipamentos que estão todos encaixotados e sem uso porque como a obra está inacabada, também não há energia elétrica e água.

“Por causa disso, uma simples inalação é impossível de ser realizada na unidade, justamente neste momento em que estamos registrando aumento nos casos de gripe entre as crianças. A comunicação entre o posto e as equipes de saúde também ficam comprometidas, porque sem energia não tem como ligar o rádio transmissor”, destaca Reginaldo de Souza, conselheiro do Conselho Local de Saúde Indígena.

Sem local adequado onde deveria funcionar uma farmácia, os medicamentos são armazenados em armários-arquivos numa sala que inunda quando chove devido a falta de janelas. No local também estão expostos todos os prontuários médicos, que são feitos de forma manual porque todos os computadores estão encaixotados devido a falta de energia.

Reginaldo explica que apesar de quase 70% da procura ter diminuído, principalmente nos casos de coleta do preventivo, o posto ainda faz uma média de 400 atendimentos mensais. “Os serviços odontológicos só não pararam porque a equipe faz o trabalho no gabinete odontológico móvel aqui na frente do posto”, destaca.

O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena, Fernando de Souza diz que está encaminhando um relatório para o Ministério Público Federal sobre as paralisações. “Se as obras não foram concluídas queremos saber onde foram parar estes investimentos”, ressaltou.

Prefeitura

Procurado pelo O PROGRESSO, o secretário municipal de Saúde da Prefeitura de Dourados, Sebastião Nogueira diz que as obras paralisaram porque a empreiteira abandonou os trabalhos. Segundo ele, depois do ocorrido, a Prefeitura imediatamente iniciou o processo de licitação para uma nova empresa que acaba de ser contratada. Por causa disso ele acredita que as obras devem iniciar a qualquer momento, dependendo apenas da nova empreiteira.

Imagem: Conselheiro indígena mostra salas cheias de entulhos, onde índios são atendidos. (Foto: Hédio Fazan)

Mais algumas publicações sobre o tema, neste blog:

Brô Mc's - O grito Rap dos Guarani-Kaiowá



Guarani-Kaiowá devem aprender a trabalhar como qualquer um



A Morte do Líder Karajá na Rio + 20 e a Saga Indígena



Indígenas, ambientalistas e activistas protestam contra hidroeléctrica de Belo Monte





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