terça-feira, 5 de maio de 2020

Quem quer este triste podium? JUSTIÇA DETERMINA REGISTRO OBRIGATÓRIO DE RAÇA NOS CASOS DE CORONAVÍRUS. Negros e pardos tem mais risco de morrer de COVID-19

Foto profissional grátis de adulto, Algodão doce, andando, andar
Vivendo uma realidade de subnotificações, casos de coronavírus avançam no Brasil!! Foto: Tiago Tins - Pexels



Quem quer este triste podium? JUSTIÇA DETERMINA REGISTRO OBRIGATÓRIO DE RAÇA NOS CASOS DE CORONAVÍRUS. Negros e pardos tem mais risco de morrer de COVID-19. O que nos espera?


Marise Jalowitzki


Quem quer só contar mortos?
Queremos as pessoas vivas! Saudáveis! Com Esperança e Fé!
Sim, IMPORTANTÍSSIMO contabilizar quantos negros e pardos compõem as estatísticas, mas, o que fazer para, afinal, iniciar uma era de mais justiça e igualdade?

"Entre 4 de abril e 3 de maio, o número de jovens e adultos que morreram em decorrência da covid-19 cresceu 18 vezes no estado de São Paulo. Ontem, entre os 2.627 mortos, 693 tinham menos de 60 anos. Há um mês, esse número era de apenas 37, sobre um total de 260 mortes. 

A proporção dos jovens e adultos entre os mortos saltou, neste período, de 14% para 26%."

Bairros onde há favelas, cortiços e conjuntos habitacionais são os mesmos onde há mais mortes registradas em decorrência do novo coronavírus na cidade de São Paulo.


Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus
Imagem: Foto:Michael Dantas/AFP

O Brasil teve o terceiro maior número de novos casos confirmados da Covid 19 no mundo em 24 horas. Os dados fazem parte do informe diário da Organização Mundial da Saúde, que foi divulgado na noite desta terça-feira em Genebra.

Quem quer este triste pódio?? 

Negros e pardos tem mais risco de morrer de coronavírus
Dados do boletim epidemiológico da Prefeitura de São Paulo do dia 30 de abril apontam que o risco de morte de negros por covid-19 é 62% maior em relação aos brancos. No caso dos pardos, esse risco é 23% maior. Especialistas apontam que questões socioeconômicas, como saneamento básico precário, insegurança alimentar e dificuldade de acesso à assistência médica, aumentam o risco de adoecer e morrer.

Quem não sabe disto? O que foi feito, desde sempre, para mudar este terrível cenário? E o que estáq sendo feito AGORA??? Cntinuam se apinhando em trens e metrôs, continuam morando em condições super, super defasadas. Até quando vão ficar apenas apontando??? Até aparecer outra pandemia? 

As comunidades continuam se virando como sempre fizeram. Ações individuais que visam auxiliar IMEDIATAMENTE, no aqui e no agora: uma quentinha, uma cesta básica, produtos de higiene e limpeza. Enquanto autoridades debatem, analisam, pesquisam. Sim, algumas ações dos governos acontecem, mas NUNCA para erradicar uma situação delicada ou erradicar um problema.

Felizmente, embora já em alta defasagem, uma ação de destaque aconteceu hoje, no Rio de Janeiro.

JUSTIÇA DETERMINA REGISTRO OBRIGATÓRIO DE RAÇA NOS CASOS DE CORONAVÍRUS

Transcrevo: https://www.sul21.com.br/ultimas-noticias/coronavirus/2020/05/justica-determina-registro-obrigatorio-de-raca-em-casos-da-covid-19/




Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil


A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou que os dados registrados e divulgados sobre os casos de coronavírus no país incluam, obrigatoriamente, informações sobre a etnorraça dos infectados. A decisão, liminar, atendeu a um pedido da Defensoria Pública da União e do Instituto Luiz Gama (ONG que luta contra o preconceito) e reconheceu a necessidade de identificar grupos mais vulneráveis à pandemia.
“A urgência da medida reside na própria pandemia e na necessidade premente de que os gestores adotem medidas realmente condizentes com as necessidades da população, especialmente a que se encontra em situação de maior vulnerabilidade”, escreveu o juiz federal Dimitri Vasconcelos Wanderley.
Segundo a decisão, a União deve expedir diretrizes para as secretarias de Saúde para o preenchimento obrigatório dos marcadores etnorraciais, conforme as categorias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera negra toda a população que se autodeclara preta ou parda. Também devem ser registrados e divulgados dados de localização e de gênero.
A exigência se aplica tanto a dados de contaminação quanto de mortalidade e inclui ainda que as informações passem a fazer parte da apresentação pública dos dados de infecção e mortalidade, “a fim de melhor direcionar as políticas públicas de proteção à saúde da população mais vulnerável”.

Dados relevantes

O defensor regional de Direitos Humanos da DPU-RJ, Thales Arcoverde, argumenta que os dados são relevantes não apenas para demonstrar uma influência da desigualdade racial e do racismo no contexto da pandemia, mas também para que políticas públicas combatam essa disparidade.
“O que moveu a gente é um receio de que o racismo estrutural se apresente dessa forma. Negros têm menos acesso à saúde do que brancos”, disse o defensor.
No pedido, a defensoria descreve que 67% da população negra depende do Sistema Único da Saúde (SUS). A DPU também argumenta que essa população tem maior dificuldade de fazer o isolamento social, já que a informalidade é de 47,3% entre os trabalhadores negros, enquanto a mesma taxa é de 34,6% entre os brancos.
A DPU cita dados de 11 a 20 de março, período em que o percentual de negros entre os mortos por covid-19 aumentou de 34,3% para 40,3%, em um cenário em que quase um terço dos casos não tinham identificação de raça ou cor.
O cruzamento desses dados com dados de localização e gênero pode apontar outras vulnerabilidades, segundo a DPU. “O recorte de localização, com a incorporação de dados como cidade e bairro das pessoas infectadas, uma vez diante do histórico de formação das favelas, permite uma identificação pontual de quem tem sido afetado e a relação disso com a insuficiência do serviço de saúde”.
A defensoria também considera importante relacionar gênero e raça e cita que mulheres negras chefiam famílias com mais frequência que as brancas e também estão mais frequentemente em domicílios com mais de três moradores utilizando um mesmo cômodo como dormitório.
A DPU também argumenta que a inclusão das informações atende a recomendações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que pede especial atenção a “mulheres, povos indígenas, pessoas afrodescendentes, trabalhadores e pessoas que vivem em pobreza ou extrema pobreza, especialmente trabalhadores informais e pessoas em situação de rua”.

Ministério da Saúde

Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde afirmou que “os marcadores raça/cor já são coletados no sistema do Ministério da Saúde e apresentados nos Boletins Epidemiológicos da pasta”.
O Boletim Epidemiológico número 14, de 26 de abril, mostra que 60,3% dos casos de hospitalização por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionada à covid-19 foram em pessoas brancas; 31,5%, em pessoas pardas; 5,9%, em pessoas pretas; 2%, em pessoas amarelas ; e 0,2% em indígenas. Entretanto, o boletim informa que 5.263 dos 45.772 que haviam sido contabilizados até aquele momento foram excluídos da análise porque tiveram a variável raça/cor ignorada no registro.
No caso dos óbitos, 1.298 dos 4.205 das mortes confirmadas até aquele momento tiveram a mesma variável não informada e ficaram de fora da análise, que apontou 52,3% de vítimas brancas, 38,8% de pardas, 6,4% de pretas, 2,2% de amarelas e 0,3% de indígenas.
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro também respondeu à Agência Brasil que já cumpre o que foi determinado pela liminar. “O formulário SRAG Covid-19 para preenchimento de casos graves conta com o item raça/ cor. Desde a última semana, a plataforma ESus, de inserção de  casos leves, passou a utilizar também o item raça/cor no cadastramento de dados”.
Apesar disso, a página principal do Painel Rio Covid-19, mantido pela secretaria, não informa dados sobre raça/cor ao lado de outros marcadores, como faixa etária, bairro de residência e sexo. Segundo a decisão, as informações etnorraciais precisam fazer parte da “apresentação pública dos dados”."





http://compromissoconsciente.blogspot.com/2020/04/a-assustadora-frieza-de-bolsonero.html







Reações às estratégias de
confinamento social no mundo












Isolamento social






Foto: Arquivo Pessoal













Marise Jalowitzki é mãe, avó, sogra, irmã, tia, filha, neta, amiga, cidadã.
Também é educadora, escritora e blogueira. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas.Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano. Querendo, veja aqui




Referências - Links mencionados neste artigo:
https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/05/05/areas-com-favelas-e-corticos-registram-mais-mortes-por-e-covid-19-em-sp.htm?utm_source=chrome&utm_medium=webalert&utm_campaign=noticias

https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/05/04/com-escalada-de-mortes-pais-ja-registra-16-vitimas-do-coronavirus-por-hora.htm

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2020/05/05/brasil-tem-3o-maior-numero-de-novos-casos-da-covid-19-no-mundo-em-24-horas.htm?utm_source=chrome&utm_medium=webalert&utm_campaign=noticias

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/05/05/risco-de-morte-de-negros-por-covid-19-e-62-maior-diz-prefeitura-de-sp.htm?utm_source=chrome&utm_medium=webalert&utm_campaign=noticias

https://noticias.r7.com/prisma/christina-lemos/pretos-e-pardos-sao-maioria-entre-mortos-por-covid-19-18052020?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification

Link deste post: https://compromissoconsciente.blogspot.com/2020/05/quem-quer-este-triste-podium-brasil.html





Pandemia e o uso de máscaras
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