quinta-feira, 24 de abril de 2014

TDAH - Não à medicalização como intervenção de primeira linha





TDAH - Não à medicalização como intervenção de primeira linha


Pais e educadores, os grandes atores desta necessária campanha para a diminuição de diagnósticos infantis de transtornos mentais, emitidos apressadamente, por vezes em apenas uma consulta de 10 ou 15 minutos, sem mais aprofundamentos ou verificações. A receita é entregue a uma mãe angustiada. Não há acompanhamento posterior, a não ser para emissão de uma nova receita. Nas mãos dos pais estão o manuseio das informações e a coragem para dizer não à pressão do entorno (escola e especialistas) e procurar outros tratamentos, menos invasivos. Nas mãos dos educadores está a implantação de metodologias inovadoras e inclusivas, juntamente com a capacidade de alertar e se posicionar a eventuais diretores e orientadores pedagógicos adeptos da aplicação de psicotrópicos em crianças commo forma de normatização de comportamentos esperados.  Felizmente existem alguns professores amorosos e dedicados que tentam fazer diferente, muitas vezes por suas próprias iniciativas, diminuindo consideravelmente a lacuna entre o que se costumou, tão levianamente, chamar de 'problema neurológico'.
"A Associação de Psiquiatria Americana (APA) recomenda que, para crianças, a terapia seja indicada como primeiro passo e a ação conjunta (terapia + medicamento), somente quando o medicamento seja comprovadamente necessário. Mais de 90 por cento dos especialistas desconsideram tais recomendações. Lá (EUA), como aqui, não faltam legislações. Falta quem se disponha a segui-las. Falta ética. Seriedade. E respeito pela criança e até mesmo pelos pais que, muitas vezes, nem entendem o alcance das providências tomadas pelos profissionais. É obscuro porque tantos médicos que se especializam na gestão de ADHD (sigla em inglês para TDAH) – pediatras, neurologistas e psiquiatras infantis - não seguem as diretrizes recentemente publicadas para o tratamento,” declara Andrew Adesman, DM, que é investigador superior e chefe da pediatria de desenvolvimento comportamental em Nova York."

As opiniões continuam divergindo, pois nomes de peso, de ambos os lados, tentam convencer os maiores interessados, os pais e os professores, sobre a procedência ou não de administrar tarja-preta em crianças e mais, tarja-preta em crianças de cada vez mais tenra idade. Há crianças com dois anos de idade recebendo psicotrópicos por apresentarem "sintomas" como: pular demais, não parar quieto, não esperar a sua vez para falar, interromper a conversa dos outros, envolver-se com mais de um projeto-tema ao mesmo tempo, não concluir as coisas que não lhe motivem diretamente.



O que posso dizer e destacar: Psicotrópicos para crianças são um crime! Há 60 anos estão aplicando em crianças, de repente, nos últimos anos, um crescimento de 3.200%? Todas as crianças nasceram com 'transtorno mental"? 
E como, TANTO TEMPO DEPOIS, ainda não possuem pesquisas conclusivas sobre os efeitos? Como assim? Estarão mesmo realizando tais pesquisas? Ou é como a história dos agrotóxicos e transgênicos?
Bem, desejo que cada pai e mãe consiga colocar a mão em sua consciência. Tarjas-preta não são brincadeira.

“Com a APA estendendo agora suas diretrizes do diagnóstico e do tratamento para crianças abaixo da idade pré-escolar, é provável que mais crianças ainda mais novas estarão sendo diagnosticadas com TDAH, mesmo antes de entrar no jardim de infância. Os médicos da atenção primária e os especialistas pediatras devem recomendar a terapia de comportamento como a primeira linha do tratamento.”
"O tratamento medicamentoso deve acontecer somente quando as outras providências não tiverem fornecido o resultado esperado."
Andrew Adesman, do Centro Médico das Crianças de Cohen, em Hyde Park, NY, coordenou um levantamento onde foram analisados dados de um total de 560 médicos pediatras especializados, incluindo cerca de 240 crianças que recebem receituário da psiquiatria infantil (tarja preta).
(os trechos entre aspas constam na pág 57 - Livro TDAH Crianças que Desafiam)

Inclusão e Inserção podem resolver muitos dos comportamentos de crianças que custam um pouco mais para aprender os comportamentos sociais pré-estabelecidos.

Educadores, continuem sua amorável tarefa de trabalhar a inclusão de seus pequenos, respeitando o tempo de cada um! 
Tabelas e estatísticas são para se ter uma ideia do que é o mais usual em uma sociedade. NÃO PARA DETECTAR QUEM É DOENTE MENTAL!! 
E lembrando sempre que MAIORIA É 50% + 1! Ou seja, sempre que se divulgam resultados é importante não generalizar, tirando conclusões absolutas! 
Mesmo as pesquisas do nosso IBOPE entrevistam 2 mil pessoas em um universo de 200 milhões e acontecem em certas regiões e classes sociais. 
E todos os demais, que não participam das pesquisas, não existem? Não contam? Não tem suas próprias histórias? 
Claro que sim! 
Por não aparecer não significa que, com suas verdades, deixem de existir e ser!


Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente

Escritora, Educadora, 
Idealizadora e Coordenadora do Curso Formação para Coordenadores em Jogos e Vivências para Dinâmica de Grupos,
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FGV,
Facilitadora de Grupos em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista de coração, Vegana.
Certificada como International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
marisejalowitzki@gmail.com 
compromissoconsciente@gmail.com 



Livro: TDAH Crianças que desafiam 
Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família
Contra o uso indiscriminado de metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta

Acesse: 
http://www.compromissoconsciente.com.br/
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/
ou entre em contato direto:
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TDAH Crianças que Desafiam - Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família

TDAH Crianças que Desafiam


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