terça-feira, 1 de abril de 2014

Agricultura Familiar e Pecuária Familiar - Parte 1



Agricultura Familiar e Pecuária Familiar 
Parte 1 

Por Marise Jalowitzki
01.abril.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/04/agricultura-familiar-e-pecuaria.html

A agricultura familiar caracteriza-se pelo cultivo da terra realizado por pequenos e médios proprietários rurais, tendo como mão-de-obra essencialmente o núcleo familiar, em contraste com a agricultura patronal, que utiliza trabalhadores contratados, fixos ou temporários, em propriedades médias ou grandes.

Os agricultores familiares “são portadores de uma tradição (cujos fundamentos são dados pela centralidade da família, pelas formas de produzir e pelo modo de vida), mas devem adaptar-se às condições modernas de produzir e de viver em sociedade” (Wanderley, 2003, p.47-48) uma vez que estão inseridos no mercado moderno e são influenciados pela sociedade englobante e pelo Estado.(wiki)



No Brasil a agricultura familiar representa 77% dos empregos no setor agrícola.

Para a ONU, analisar a vida do agricultor familiar não se restringe a verificar tão somente dados de cultivo da terra, mas, também, a produção animal, os chamados “animais de corte”, que hoje tem no Brasil seu maior exportador. Segundo dados publicados no relatório da ONU “Perspectivas da Agricultura e do Desenvolvimento Rural nas Américas 2014: uma visão para a América Latina e Caribe” (setembro.2013), a agricultura familiar é uma das principais atividades geradoras de novas fontes de trabalho na América Latina e Caribe. Na América do Sul, os índices de participação da atividade nos empregos agrícolas variam de 53% (Argentina) a 77% (Brasil).

A entidade estima uma melhoria para o setor em 2014 “sempre e quando não existam fatores adversos de condições meteorológicas extremas ou por um dólar mais fraco”. A CEPAL, a FAO e o IICA estimam que “na próxima década os preços agrícolas vão cair em termos reais, de modo que devem ser tomadas medidas para aumentar o investimento, a produtividade e a eficiência da agricultura”. E, salienta o relatório: “Dessa forma, o setor pode conseguir enfrentar da melhor maneira os riscos climáticos e econômicos que têm efeitos mais duradouros sobre os preços”.


Cabem as perguntas:
1) Você acredita que PRODUZIR MAIS E MAIS é a saída, "aumentar o investimento, a produtividade e a eficiência da agricultura" é a resposta para fazer frente ao que está por vir?

2) Que "medidas" são as recomendadas pela FAO-ONU? Comprar sempre novos e mais modernos equipamentos e maquinários? Endividar-se em novos e eternos refinanciamentos? Devastar, desmatar, desflorestar, sem recuperar e reaproveitar áreas já devastadas e degradadas? Adquirir sempre novos e mais "potentes" (e devastadores) pesticidas? Adquirir de um só fornecedor as "sementes garantidas", 'garantindo' à mega indústria o monopólio definitivo das sementes e, consequentemente, do plantio?

3) Será este o caminho? Tem este caminho, até agora, demonstrado resultados efetivos ao médio e pequeno agricultor?






2 comentários:

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