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Testes em animais - Por que? - Parte 1 - Teste Draize
Por Marise Jalowitzki e Dizy Ayala
13.março.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/03/testes-em-animais-por-que-parte-1-teste.html
Em 05 publicações, vamos apresentar Os Testes Mais Comuns feitos em animais no Brasil e no mundo. O primeiro a ser abordado é o Teste de Irritação dos Olhos.
O Teste de Irritação dos Olhos é utilizado para medir a ação nociva dos ingredientes químicos encontrados em produtos de limpeza e em cosméticos. Os produtos são aplicados diretamente nos olhos dos animais conscientes. Os coelhos são os animais mais utilizados nos testes Draize, pois são baratos e fáceis de manusear. Seus olhos grandes facilitam a observação dos resultados. Para prevenir a que arranquem seus próprios olhos (auto-mutilação), os animais são imobilizados em suportes, de onde somente as suas cabeças se projetam.
É comum que seus olhos sejam mantidos abertos permanentemente através de clips de metal que seguram suas pálpebras. Durante o período do teste, os animais sofrem de dor extrema, uma vez que não são anestesiados. Embora 72 horas geralmente sejam suficientes para a obtenção de resultado, a prova pode durar até 18 dias.
O Teste de Irritação dos Olhos é utilizado para medir a ação nociva dos ingredientes químicos encontrados em produtos de limpeza e em cosméticos. Os produtos são aplicados diretamente nos olhos dos animais conscientes. Os coelhos são os animais mais utilizados nos testes Draize, pois são baratos e fáceis de manusear. Seus olhos grandes facilitam a observação dos resultados. Para prevenir a que arranquem seus próprios olhos (auto-mutilação), os animais são imobilizados em suportes, de onde somente as suas cabeças se projetam.
Coelhos ficam presos para evitar que se machuquem, tentando tirar o químico que lhes corrói os olhos e causa intenso sofrimento. |
É comum que seus olhos sejam mantidos abertos permanentemente através de clips de metal que seguram suas pálpebras. Durante o período do teste, os animais sofrem de dor extrema, uma vez que não são anestesiados. Embora 72 horas geralmente sejam suficientes para a obtenção de resultado, a prova pode durar até 18 dias.
Muitas vezes, usam-se os dois olhos de um mesmo coelho para diminuir custos. As reações observadas incluem processos inflamatórios das pálpebras e íris, úlceras, hemorragias ou mesmo cegueira. No final do teste os animais são mortos para averiguar os efeitos internos das substâncias experimentadas. No entanto, os olhos de coelho são um modelo pobre para olhos humanos.
- a espessura, estrutura de tecido e bioquímica das córneas do coelho e do humano são diferentes;
- coelhos têm dutos lacrimais mínimos (quase não produzem lágrimas);
- resultados de testes são sujeitos às interpretações ambíguas;
- o que aparenta ser um dano grave para um técnico pode parecer brando para um outro.
O animalzinho é submetido durante semanas a diferentes dosagens do produto em teste, nos olhos e na pele. |
Fonte: Livro "A verdadeira Face da Experimentação Animal" - Sergio Greif e Thales Tréz
SUBSTITUIR OS ANIMAIS NOS TESTES É POSSÍVEL?
Dia 27 de abril.2014, Porto Alegre vai sediar o Toxi-Latin, 1° Congresso Latino-Americano sobre Toxicologia, onde renomadas autoridades internacionais estarão presentes para discutir os rumos da Ciência no mundo, incluindo o uso de animais em testes científicos. Entre eles estará o Dr. Thomas Hartung, da Johns Hopkins School -USA.
As declarações a seguir exibem a posição de Thomas Hartung e de seu colega Alan M. Goldberg:
"Encontrar certas substituições - como para o teste de irritação ocular de Draize, muito doloroso para os coelhos - exige pôr em foco o bem-estar animal. Há uma década, pesquisadores começaram a realizar o teste em globos oculares frescos obtidos em abatedouros, em vez de usar coelhos vivos. Embora incipiente, a alternativa eliminou a dor e o uso de animais extras.
"Encontrar certas substituições - como para o teste de irritação ocular de Draize, muito doloroso para os coelhos - exige pôr em foco o bem-estar animal. Há uma década, pesquisadores começaram a realizar o teste em globos oculares frescos obtidos em abatedouros, em vez de usar coelhos vivos. Embora incipiente, a alternativa eliminou a dor e o uso de animais extras.
Olhos de animais, tais como coelhos e bovinos são usados em testes de produtos químicos diversos e também em estudos para produção de colírios, para implantes, etc. |
Na Alemanha, a fina membrana que separa a gema da clara no ovo de galinha tem servido como substituta para a córnea nesses testes de irritação ocular de Draize.
Na década de 80, o Centro de Alternativas para Testes em Animais da Johns Hopkins, dirigido por Goldberg, financiou pesquisas para verificar como diferentes substâncias afetam culturas de tecidos bidimensionais de células da córnea humana. Baseadas nesses estudos, várias empresas produzem tecidos tridimensionais, que reproduzem com precisão as superfícies do olho humano - permitindo observar irritações e mudanças estruturais sutis.
Hoje, podemos desenvolver uma grande variedade de células humanas de órgãos como pele, pulmão, olhos, músculo e membranas mucosas. Mais interessante é a reconstituição de tecidos - construções tridimensionais de células especializadas, cultivadas num sistema de suporte. Além do olho, tecidos artificiais são produzidos para pele, pulmão, sistema gastrointestinal e revestimento da boca e da vagina. Amplamente adotados pela indústria, substituem os animais num grande número de testes. (Ainda resta desenvolver culturas tridimensionais para órgãos como o fígado.) Publicação na Revista Scientific American Brasil - 2013
Japoneses já estão com estudos avançados nesta área de desenvolvimento de culturas tridimensionais para o fígado.
criação de tecido hepático funcional já está em nível avançado no Japão (dados de junho de 2012 - http://scitechdaily.com/japanese-scientists-use-pluripotent-cells-to-create-functional-liver-tissue/ |
Bom para os animais, bom para nós
Fontes: Diminuir o sofrimento animal pode gerar testes de segurança mais rigorosos.
John Hopkins School of Public Health - http://altweb.jhsph.edu/
http://www.canalciencia.ibict.br/pesquisa/0198-Metodos-alternativos-de-aplicacao-de-drogas-oftalmicas.html
http://www.canalciencia.ibict.br/pesquisa/0198-Metodos-alternativos-de-aplicacao-de-drogas-oftalmicas.html
Alan M. Goldberg e Thomas Hartung
Goldberg é doutor em farmacologia pela Universidade de Minnesota e professor de toxicologia da Universidade Johns Hopkins, onde dirige o Centro de Alternativas para Testes em Animais. É editor da série Alternative methods in Toxicology, participa de várias comissões, tendo recebido diversos prêmios, incluindo o da Sociedade de Toxicologia.
Hartung é doutor em farmacologia bioquímica pela Universidade de Konstanz, Alemanha, e doutor em toxicologia pela Universidade de Tübingen. Foi diretor do Centro de Transferência de Tecnologia de Steinbeis e atualmente dirige o Centro Europeu para a Validação de Métodos Alternativos. Goldberg é consultor da Xenogen Corporation em Alameda, Califórnia; o teste alternativo de pirogênio de Hartung foi licenciado por um grupo sem fins lucrativos para os Laboratórios Charles River em Massachusetts.
Hartung é doutor em farmacologia bioquímica pela Universidade de Konstanz, Alemanha, e doutor em toxicologia pela Universidade de Tübingen. Foi diretor do Centro de Transferência de Tecnologia de Steinbeis e atualmente dirige o Centro Europeu para a Validação de Métodos Alternativos. Goldberg é consultor da Xenogen Corporation em Alameda, Califórnia; o teste alternativo de pirogênio de Hartung foi licenciado por um grupo sem fins lucrativos para os Laboratórios Charles River em Massachusetts.
A Humanidade precisa se libertar da necessidade de causar sofrimento aos outros seres vivos! (Eduardo Jorge Martins Alves - Secretário do Meio Ambiente do município de São Paulo)
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