quarta-feira, 4 de abril de 2012

Morcegos e Raiva Urbana - Ações de Educação em Saúde

Só há três espécies de morcegos hematófagos no Brasil - Entretanto, mesmo os herbívoros podem estar infectados. Transmissão da raiva se dá por mordedura, arranhão e lambedura. Um dos sinais mais claros de que algo não está bem é você ver um morcego voando ou rastejando durante o dia.


Morcegos e Raiva Urbana - Ações de Educação em Saúde


Por Marise Jalowitzki

A raiva, doença letal transmitida por mordedura, arranhadura ou mesmo lambida do animal infectado, provém de um vírus que o morcego hematófago (vampiro) passa à sua vítima. Para fins de estudo, avaliação e entendimento, a raiva é denominada
- silvestre aéreo e terrestre - quando acomete felinos e demais animais da floresta, incluindo as aves
- rural - quando acontece em pastagens e estrebarias, acometendo em especial os bovinos, equinos e caprinos
- urbana - quando acomete especialmente cães e gatos.

A população urbana precisa conhecer algumas providências de prevenção à doença. E divulgá-las, já que, em função do desmatamento irrefreado que continua acontecendo, a migração dos morcegos para as cidades por falta de alimento também tem aumentado, expondo pessoas e animais que vivem em áreas urbanas.

O Brasil se comprometeu internacionalmente a erradicar a doença até 2012.

Assim, considero importante transcrever as orientações do Ministério da Saúde, relacionando Ações de Educação em Saúde, especificamente no combate à Raiva

 "O processo educativo no programa da raiva (ciclos de transmissão: urbana, rural e silvestre aéreo e terrestre) tem como ferramentas básicas a participação da sociedade e a comunicação social, devendo ser necessariamente envolvidos os serviços interinstitucionais, intersetoriais e multidisciplinares (profissionais de saúde, agricultura, escolas, universidades, meio ambiente, organização não governamental (ONG), associações de moradores, sindicatos rurais, proprietários de animais de estimação, proprietários de animais de produção e a população em geral). 

Estimular a posse responsável de animais.

Incentivar os proprietários a realizar a castração dos animais de estimação, visando a não ocorrência de prenhes indesejáveis. (a fim de não ocasionar possíveis abandonos e consequente exposição aos riscos de mordeduras)

Adotar medidas de informação/comunicação/divulgação em meios eletrônicos, que levem a população 
- a reconhecer a gravidade de qualquer tipo de exposição a um animal suspeito; 
- a entender a necessidade de atendimento imediato; 
- a implementar as medidas auxiliares que devem ser adotadas em relação às pessoas que foram expostas e/ou agredidas; 
- à identificação dos sintomas de um animal suspeito e consequente comunicação aos serviços de vigilância epidemiológica.

Divulgar nos serviços existentes, desmistificando a profilaxia da raiva humana e estimular a responsabilidade do paciente com o cumprimento do esquema completo de atendimento indicado e, em tempo oportuno, visando à diminuição do abandono e risco de ocorrência de casos.


Desenvolver ações educativas especificamente voltadas para o ensino fundamental.

Com a ascensão da raiva silvestre no Brasil, estimula-se a implantação das ações de vigilância e pesquisa em animais silvestres, tanto em relação ao ciclo aéreo como terrestre, juntamente, com os órgãos ambientais. Isso permitirá um maior entendimento da raiva no ciclo silvestre.



Cães e Gatos

Estimular a imunização antirrábica animal urbana (cão e gato), Não valorizar a proteção do cão errante, mostrando o potencial zoonótico como reservatório de doenças desses animais, assim como o incômodo e agressões que os mesmos podem ocasionar.

Estratégias de prevenção

A profilaxia da raiva em pessoas agredidas previne a ocorrência de novos casos. Assim, o esquema profilático adequado em tempo oportuno é de suma importância para evitar a ocorrência de raiva humana. 

Lembrar que pessoas sob risco devem tomar a vacina para evitar a doença. 

A vacinação periódica e rotineira de 80% dos cães (população real estimada) e gatos pode quebrar o elo da cadeia epidemiológica de transmissão, impedindo que o vírus alcance a população, interrompendo, assim, o ciclo urbano da raiva, o que reforça a  importância de vacinar os cães e gatos em áreas onde é realizada a campanha de vacinação.

A captura de animais (cão e gato) e o envio de amostras ao laboratório são de grande importância no monitoramento da circulação do vírus, pois determinarão a necessidade de ações de bloqueio de foco e medidas de controle específicas ou de demonstrar que o local está  com a doença controlada no ciclo urbano.

Já que dificilmente se consegue vacinar todos os cães errantes, fundamental para a persistência da cadeia de transmissão, recomenda-se o recolhimento de cães das ruas, visando reduzir a circulação do vírus nos animais errantes. Também é recomendado o envio para diagnóstico laboratorial dos animais suspeitos de raiva.

Outras informações de relevância para o agravo

Em caso de possível exposição ao vírus da raiva é imprescindível: limpeza do ferimento com água corrente abundante e sabão. Deve-se procurar assistência médica
imediatamente para que o profissional de saúde avalie e indique ou não esquema de profilaxia da raiva humana.

Nunca se deve interromper o esquema profilático indicado.




(continua)

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Morcegos Vampiros – Raiva é Letal - Gerenciando o Caos


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Impactos Ambientais - Morcegos-vampiros com vírus da Raiva invadem fazendas e matam bovinos no RS

Por Marise Jalowitzki
20.junho.2011

Link: http://t.co/la9xYSK




Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente


compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, Educadora, Ambientalista
Coordenadora de Dinâmica de Grupos,
Especialista em Desenvolvimento Humano,
Pós-graduação em RH pela FGV-RJ,
International Speaker pelo IFTDO-EUA

Porto Alegre - RS - Brasil
 

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