Será que Paz no mundo é possível - Foto AP mostra população egípcia reivindicando reformas prometidas |
Quais são os resultados obtidos nas mudanças violentas
Por Marise Jalowitzki
28.novembro.2011
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2011/11/sera-que-paz-no-mundo-e-possivel-foto.html
Após divulgar os últimos informes sobre a triste realidade em que se encontra o Oriente - agora também o Egito está vivendo uma onda de violência, além da Síria e tantos outros - estendi um pouco as reflexões, que compartilho.
Não existem mudanças benéficas, efetivas, pra valer, quando os meios utilizados são a força e a violência. As coisas até se ajustam, algumas leis são promulgadas, mas o sabor ácido se perpetua. Foi assim com todas as guerras, com todas as revoluções, com todo o domínio e escravidão. Mudam-se práticas, mas o estado interno de segregação, de separação, este permanece.
Só haverá Paz no Mundo quando as armas forem depostas e o coração humano aprender a praticar a solidariedade, o entendimento e o respeito pelo seu semelhante. O compartilhamento dos benefícios.
Quando os interesses econômicos consumistas não forem mais a tônica e o bem estar comum deixar de ser um ideal, para se tornar realidade praticada.
A proposta tão criticada de Obama (EUA) de aumentar os impostos dos mais ricos como forma de equalizar a crise interna nos Estados Unidos poderia ser uma solução, sim. Claro que teria de estar em consonância com o enxugamento dos gastos públicos. Quem tem mais, pagaria um pouco mais de impostos para normalizar a crise. Creio que o que impede de aprovar esta prática é o medo em abrir precedentes, e que isso possa se tornar uma práxis. Deve ser este o principal motivo de tantas resistências.
No "Rencontre" de França, Alemanha e Itália, em 24 de novembro último, novos acordos foram firmados entre os expoentes da União Européia. Os leigos, como eu, enxergam com certa surpresa e estupefação tantos países com sérios problemas em sua economia e finanças. COMO o mundo está TÃO em colapso? COMO tantos administradores públicos deixaram seus países chegar onde chegaram? É em função deste modelo que os ultra-ricos estão tomando conta de tudo e ditando as leis e as normas.
Ao ver o semblante de Merkel irritadíssima ante a proposta de que os países mais abastados deveriam auxiliar os países endividados, na grande crise mundial/européia, deu para perceber o quanto o pensamento de que o "problema-de-cada-um" é "o-problema-de-cada-um" e não há, na verdade, união. A filosofia continua sendo a de aumentar o número de parcelas em infinitos empréstimos e refinanciamentos, a juros elevados, mantendo na subserviência as classes mais desprovidas, já que o enxugamento dos programas sociais são os primeiros na abordagem proposta para diminuir a dívida.
Especialistas afirmam que não existe a possibilidade do euro acabar. UE procura saídas viáveis. |
Crescimento responsável acontece ao proporcionar ajustes e dar condições para o reerguimento. Agora, quando há uma crise (como o próprio nome explica), aí, as soluções precisam ser emergenciais e, porque não, inéditas.
Claro que é preocupante pensar em um mundo globalizado, onde as distâncias entre ricos e pobres são sempre maiores. Claro que preocupa pensar o que será de um mundo com uma única moeda, retirando a chance de ser diferente, de pensar diferente, de agir diferente. As cláusulas terão de ser muito bem negociadas, para que não continue acontecendo como vem acontecendo em tantas situações.
Compromissos precisam ser honrados. Contratos precisam ser cumpridos. É preciso analisar muito bem ANTES de assinar, de se comprometer.
Temos muitas mudanças pela frente.
Ainda mais importante conscientizar pessoas para que ajudem aos governantes, trazendo novas e boas idéias. Só criticar não vai ajudar em nada. Atos violentos ou pejorativos não resolvem nada, pois as rivalidades, as rixas, as contendas, as vinganças, os ressentimentos, permanecem. Podem até calar a boca de muitos por algum tempo, mas mudança, mesmo, pra valer, só acontece com conscientização, novas e efetivas boas práticas, conhecimento. Conhecimento para opinar, argumentar e, quiçá, convencer.
Fazer como vem acontecendo, de colocar uma bandeirinha com algumas inscrições nas mãos de pessoas que nem sabem ler ou escrever e levá-las para um ato público, só faz os mal-intencionados rir e mofar das iniciativas.
O trabalho de esclarecimento, de educação, de formação para poder ter opinião consistente, esse, sim, é efetivo.
Ajude a ser a mudança que você quer no mundo!
Escritora, especialista em Desenvolvimento Humano,
Ecologista, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil
VIOLÊNCIA
Major-general lamentou a violência das Forças de Segurança. ONU acusou os egípcios de excessos na repressão às manifestações.
O Conselho Militar que comanda o Egito desde a queda de Hosni Mubarak pediu desculpas pelas mortes de manifestantes nos protestos dos últimos dias. E foi anunciado o nome do chefe de um novo governo de transição.
Em um dos acessos à Praça Tahrir, os militares montaram barricadas, supostamente em um gesto de boa vontade, para evitar a entrada de veículos do próprio exército. Em cima dos blocos de concreto, manifestantes criaram uma barreira humana, também para conter a violência.
Muita gente dormiu na rua e o dia foi mais calmo. O major general Mohammad al-Assar foi à televisão para pedir desculpas à população pela morte de 39 pessoas desde o fim de semana. "O sangue dos egípcios é precioso para todos nós", disse o militar, ao lamentar a violência das Forças de Segurança.
Na quarta-feira (23), as Nações Unidas acusaram os militares egípcios de cometer excessos na repressão aos protestos, inclusive com o uso de um tipo venenoso de gás lacrimogêneo.
O Conselho Supremo das Forças Armadas prometeu punir os responsáveis pelas mortes, soltar manifestantes presos e até pagar indenização às famílias das vítimas.
Apesar da trégua da quinta-feira (24), alguns partidos defenderam o adiamento das eleições parlamentares. Mas as Forças Armadas confirmaram o início da votação para segunda-feira (28). E três dias depois da renúncia do primeiro-ministro Essam Sharaf, o Conselho Militar anunciou que pediu a Kamal Ganzouri para formar um novo governo. Ganzouri já ocupou o cargo de primeiro-ministro do Egito no final da década de 90.
CRISE NA EUROPA
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/11/franca-e-alemanha-querem-mudar-tratados-por-causa-da-crise.htmlA França e a Alemanha propuseram modificações nos tratados da União Europeia para evitar uma nova crise da dívida na área. O anúncio foi feito depois de uma reunião dos líderes dos dois países com o novo primeiro-ministro italiano.
Pela primeira vez nesta crise, a Alemanha e a França deram espaço a Itália em uma reunião de cúpula. A desconfiança que demonstravam no governo Berlusconi agora se dissipou. O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, conhecido admirador do modelo germânico, foi elogiado pela primeira-ministra da Alemanha. “Temos confiança na Itália e nas suas impressionantes reformas estruturais”, disse Angela Merkel.
Os líderes das três maiores economias da Zona do Euro avaliaram o momento crítico e afirmaram que farão o que for preciso para defender a moeda única até mudar os tratados do continente para aumentar a integração e reforçar a disciplina no orçamento de toda a região.
A intenção é punir os governos que gastarem além do limite estabelecido. A proposta será apresentada na próxima reunião do bloco, no mês que vem, informou o presidente da França Nicolas Sarkozy.
A intenção é punir os governos que gastarem além do limite estabelecido. A proposta será apresentada na próxima reunião do bloco, no mês que vem, informou o presidente da França Nicolas Sarkozy.
Alemanha, França e Itália concordaram sobre a necessidade de respeitar a independência do Banco Central Europeu, como deseja Merkel. Mas as mudanças nos tratados da União Europeia exigem a aprovação dos 27 países da União Europeia, e isso poderá levar meses
O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, prometeu fazer o dever de casa e quer trabalhar também junto com a Espanha. A nota de Portugal foi rebaixada pela Agência Fitch e classificada no mercado como lixo. Na quinta-feira (24), houve greve geral no país contra as medidas de austeridade do governo português. Com os juros das dívidas em alta, a Europa está mais vulnerável.
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