Egito - Estabilidade ou caos - Foto AFP |
ONG desaconselha viagem de mulheres jornalistas ao Egito - mais uma triste realidade
Por Marise Jalowitzki
25.novembro.2011
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2011/11/ong-desaconselha-viagem-de-mulheres.html
Há mudança efetiva na obtenção de resultados através da violência?
É possível afirmar que ocorrem mudanças positivas ao se submeter os povos a acenos que não se concretizam? Promessas que não se cumprem?
Sabemos que não! Até mesmo o Egito, o que começou e se configurou como um exemplo de movimento popular pela Paz, com a Paz, com um número mínimo de mortes, agora também sobe ao palco dos protagonistas do sangue, sempre sob os olhares atentos dos ocidentais.
Continuamos assistindo à triste realidade que se configurou no Oriente, já sempre turbulento.
O estado permanente de guerra em que vivem tantos povos exacerba os instintos mais primários e traz à tona ações de barbárie, deploráveis cenas que não combinam com os resultados almejados de liberdade e desenvolvimento.
Vivemos o caos. No caos.
As agressões às mulheres, as torturas com requintes de sadismo, o ódio sem nenhum limite também é alimentado com a divulgação das diferentes versões com que o mundo recebe as notícias do que ocorre nas zonas de conflito.
As preocupações não tem fim, pois as intervenções internacionais continuam - algumas necessárias, outras, inconvenientes.
Até onde o povo é manipulado?
Até onde as necessidades alardeadas são realmente necessidades?
Até onde alguns modelos econômicos são os ideais?
Até onde alguns modelos de governo são os melhores?
Existem um "jeito certo" de viver?
Os valores que são imprescindíveis para uns são os adequados para os outros?
Egito - jovem foge em meio ao mar de fumaça. Gás lacrimogêneo continha substância mortal - novembro.2011 |
Há mudança efetiva na obtenção de resultados através da violência?
Só haverá Paz no Mundo quando as armas forem depostas e o coração humano praticar a solidariedade, o entendimento e o respeito pelo seu semelhante.
ONG desaconselha viagem de mulheres jornalistas ao Egito
25 de novembro de 2011
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) recomendou nesta sexta-feira aos meios de comunicação internacionais que não enviem mulheres jornalistas ao Egito, depois de uma série de agressões sexuais.
Na quinta-feira, uma jornalista egípcio-americana acusou a polícia do Egito de tê-la agredido sexualmente durante horas. Uma repórter francesa também denunciou agressões sexuais durante uma manifestação no Cairo.
"Esta é pelo menos a terceira vez que uma repórter é agredida sexualmente desde o início da revolução egípcia. As redações devem levar isto em consideração e deixar momentaneamente de enviar mulheres jornalistas ao Egito", afirma a RSF em um comunicado. "Lamentavelmente, diante da violência destas agressões não existe outra solução", completa a organização.
"Além de me golpearem, aqueles cachorros (referindo-se à polícia antidistúrbios) me submeteram às piores agressões sexuais", escreveu a egípcia Mona al-Tahawy no Twitter. Ela disse ter sido liberada na quinta-feira após 12 horas.
Já a jornalista francesa Caroline Sinz disse à AFP ter sido "agredida por uma multidão de homens" que lhe arrancaram a roupa na praça Tahrir, onde ela estava junto de um câmera. "Algumas pessoas tentaram me ajudar, mas não conseguiram. Eu estava sendo linchada. Durou cerca de três quartos de hora", disse, até que algumas pessoas presentes conseguiram ajudá-la e ela voltou a seu hotel no Cairo.
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