Japão - povo pede suspensão do uso da energia nuclear no dia em que o último reator é desligado para manutenção |
Blecaute atômico - Japão fica 2 meses sem energia nuclear
Por Marise Jalowitzki
05.maio.2012
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2012/05/blecaute-atomico-japao-fica-2-meses-sem.html
A partir de hoje, o Japão passa a viver 3 meses sem energia nuclear. O primeiro verão, em 42 anos, apenas usando a energia de suas centrais térmicas.
"A operadora da central de Tomari (norte), a Hokkaido Electric Power, interromperá as atividades do último reator ativo no Japão às 23h locais (11h de Brasília), em processo que pode ser concluído em cerca de três horas.
A revisão da unidade de Tomari deverá levar 71 dias, e depois disso precisará ser submetida aos testes de resistência exigidos pelo governo perante catástrofes similares às de 11 de março de 2011, quando um tsunami arrasou o nordeste do país." (G1)
Os ativistas do país e de todo o mundo utilizam esse período para intensificar suas manifestações e pedir a suspensão definitiva da energia nuclear no Japão. |
Japão - manifestações em abril 2011 em Tóquio - Demonstration_against_nuclear_energy_and_the_Tokyo_Electric_Power_Co_in_Tokyo |
Leia a matéria na íntegra:
Japão desliga neste sábado seu último reator nuclear em atividade
Após 42 anos, país depende apenas de
suas centrais térmicas.
Usina de Tomari interromperá funcionamento às 11h de Brasília
Usina de Tomari interromperá funcionamento às 11h de Brasília
A
paralisação do último reator nuclear ativo no Japão após a crise em Fukushima deixará
neste sábado (5) a terceira maior economia do mundo, pela primeira vez em 42
anos, sem centrais atômicas e diante do desafio de enfrentar o verão com outras
fontes de energia.
Desde que a pioneira central de Tokai, ao noroeste de Tóquio,
iniciou sua atividade comercial, em 25 de julho de 1966, só uma vez o país se
encontrou na situação de não contar com nenhum reator ativo, de 30 de abril a 4
de maio de 1970, quando os dois únicos reatores existentes foram paralisados
para uma revisão de rotina que durou cinco dias.
A operadora da central de Tomari (norte), a Hokkaido Electric
Power, interromperá as atividades do último reator ativo no Japão às 23h locais
(11h de Brasília), em processo que pode ser concluído em cerca de três horas.
A revisão da unidade de Tomari deverá levar 71 dias, e depois
disso precisará ser submetida aos testes de resistência exigidos pelo governo
perante catástrofes similares às de 11 de março de 2011, quando um tsunami
arrasou o nordeste do país.
Coincidindo
com o fechamento do reator na ilha de Hokkaido, diversos grupos antinucleares
se manifestaram no centro de Tóquio para celebrar o blecaute e expressar, como
em algumas ocasiões anteriores, sua rejeição a este tipo de energia.
Desde que o tsunami provocou a pior crise nuclear no mundo em 26
anos, nenhum dos reatores do arquipélago paralisados por segurança ou para
revisão puderam ser reativados.
Para poder garantir a demanda elétrica das grandes cidades do
país, como Tóquio, cuja região metropolitana conta com mais de 30 milhões de
habitantes, as operadoras potencializaram o uso das centrais térmicas, o que
intensifica a despesa com a importação de petróleo e gás liquefeito.
O aumento das importações, sobretudo pela compra de
hidrocarbonetos, afeta duramente a balança comercial japonesa, que em janeiro
de 2012 registrou seu maior déficit nos últimos 33 anos e ameaça desestabilizar
a economia do país, dependente em cerca de 40% de suas exportações.
No entanto, segundo as estimativas do governo, será
necessário reabrir alguns dos reatores paralisados para poder garantir a
provisão elétrica estável nas principais cidades do arquipélago, que antes da
tragédia obtinha cerca de 30% da energia nuclear.
Neste
sentido, o gabinete do primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, defendido por
ministros como o da Indústria, Yukio Edano, luta para obter o respaldo
necessário para reabrir os reatores nucleares da central de Oi, na província de
Fukui (centro), os primeiros a superar os testes de resistência que credenciam,
em teoria, sua segurança.
"O Japão enfrentará severos cortes elétricos se não forem
reabertas as unidades de Oi", afirmou há algumas semanas Edano, estimando
que sua reativação poderia acrescentar até 2,36 milhões de quilowatts extras à
região, o que reduziria as chances de cortes elétricos na zona durante este verão.
Apesar dos esforços do Gabinete japonês para demonstrar a
segurança das usinas que superaram os testes, as regiões e localidades próximas
à central de Oi se opõem à reativação da central e, em casos como o de Osaka, a
terceira maior cidade do país, houve pressão por seu fechamento definitivo.
Isto intensificou o debate sobre a segurança e a idoneidade
deste tipo de energia no Japão, após uma crise nuclear que forçou a retirada de
80 mil pessoas, deixando cidades abandonadas nas imediações da central, desolação
e perdas milionárias.
As operadoras remeteram até agora à Agência de Segurança Nuclear
19 resultados positivos de testes de resistência feitos em seus reatores para
tentar dar um primeiro passo rumo ao sinal verde para o reinício de sua
atividade. Ainda assim, ao menos por enquanto o Japão terá de enfrentar o
desafio de seguir adiante sem a energia nuclear.
Você sabe o que é MOX?
(continua)
Referências:
Leia mais sobre energia nuclear neste blog:
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2011/11/brasil-sem-energia-nuclear.html
Não à Energia Nuclear! Não às usinas nucleares! |
BRASIL SEM ENERGIA NUCLEAR!!!
E sobre a Energia Nuclear no Japão, Chernobyl e outras:
Detalhes da tragédia que assolou o Japão |
Tragédia nuclear - Japão e Chernobyl
http://t.co/jbksFiUAqui você encontra diversos links sobre o tema (em ordem cronológica de publicação)
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