A carga tóxica armazenada ao longo da vida torna os restos mortais humanos mais poluentes do que dos outros seres (Foto da tragédia na Região Serrana do Rio) |
Somos seres inferiores? A decomposição humana é mais tóxica do que a dos outros animais
Por Marise Jalowitzki
11.junho.2012
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2012/06/decomposicao-humana-e-mais-toxica-do.html
Quando Edilly leu o tópico "Como acontece a decomposição do corpo humano", colocou a seguinte ponderação:
"Mas isso não é um processo normal que também ocorre com outros animais? então não temos motivo de nos achar inferiores, o que deve ser feito é dar destino correto aos seres em decomposição."
Edilly! Grata pela contribuição. Creio, porém, que não leste todos os
artigos (são vários e, alguns, longos, reconheço), mas a coisa não é tão
simples assim. Quem dera, fosse.
Humanos decompõem mais carga tóxica, porque:
- ao fazer os exames de prevenção às doenças - os esporádicos e os periódicos -, ao longo de toda a vida, armazenamos resíduos dos raios x e outros no corpo (nas gorduras e sangue), tóxicos que por vezes demoram até centenas ou milhares de anos (dependendo da radioatividade, etc.) para se decompor, contaminando água,ar e solo.
- as placas de platina, todos os metais que colocamos no corpo, sejam placas devido a acidentes ou doenças degenerativas, sejam restaurações dentárias, próteses, etc., tudo são materiais que demoram a se decompor, poluem e alteram o ecossistema.
- a alimentação que ingerimos, especialmente a industrializada, está
plena de contaminantes de todos os tipos, desde os agrotóxicos que foram
lançados no solo e que fazem parte dos alimentos que ingerimos, até os
conservantes, contaminantes, espessantes, corantes que muitos fabricantes
colocam BEM MAIS DA CONTA, como temos denunciado aqui no blog. Tais fabricantes recebem, inclusive, multa (mas não proibição, o que é uma falha) dos órgãos responsáveis,
especialmente a ANVISA.
Quantas cervejas um cidadão comum ingere na vida? Batatas fritas e outros salgadinhos?...
- a água "potável" que consumimos, quando vai ser examinada pelos órgãos responsáveis, recebe uma medição sobre o MÁXIMO DE POLUENTES que consegue conter, ou seja, o MÁXIMO que o ser humano pode abarcar sem consequências graves imediatas. Poluentes tóxicos que ingerimos e que, como disse acima, se concentram nas gorduras e sangue. Eles não são eliminados.
Quantas cervejas um cidadão comum ingere na vida? Batatas fritas e outros salgadinhos?...
- a água "potável" que consumimos, quando vai ser examinada pelos órgãos responsáveis, recebe uma medição sobre o MÁXIMO DE POLUENTES que consegue conter, ou seja, o MÁXIMO que o ser humano pode abarcar sem consequências graves imediatas. Poluentes tóxicos que ingerimos e que, como disse acima, se concentram nas gorduras e sangue. Eles não são eliminados.
- os medicamentos que tomamos, ao longo de toda a vida, vacinas,
antibióticos, tarja preta é só ler a bula e-ou pesquisar sobre os componentes.
Até mesmo o cálcio, tão necessário para a manutenção de nosso sistema ósseo,
contem índices de chumbo, que é tão prejudicial. (Por isso tantas pessoas vão
em busca da dolomita, uma pedra ralada que, sim, também contem chumbo, mas em
índices bem abaixo do que as cápsulas convencionais comercializadas nas
farmácias de manipulação e alopáticas em geral.)
- humanos são enterrados em caixões funerários ( a não ser na cremação),
que contem alças e enfeites de metal que, igualmente, poluem e demoram para se
decompor.
Com todo este cenário, creio ter ficado evidente que somos, sim,
poluidores em potencial.
Claro que os animais que domesticamos para abate e que levam sua vida
apenas para servir de corte e alimento dos humanos, também recebem uma carga
pesada de contaminantes; eles também recebem vacinas, medicamentos, água e
ração plena de resíduos tóxicos. Só que eles, após serem assassinados, tem sua
carne comprada e consumida por quem?¿ Os humanos, que armazenam dentro de seus
corpos também os venenos. E, ao contrário de nós, eles não tem seus ossos
sepultados. Os ossos dos animais de corte são triturados e misturados novamente
aos alimentos que compramos, principalmente as farinhas e açúcares, as massas
de bolo,doces, macarrão, etc.
Os raros animais “in natura” que ainda podem viver livres a sua vida, em
pouquíssimos recantos deste planeta, esses sim, podem morrer e se reintegrar à
nossa Mãe Terra, como também o faziam os antigos indígenas, em processo
inclusivo e natural.
Triste quadro?¿ Com certeza que sim!
Podemos desanimar?¿ Claro que não! Seria muito fácil simplesmente pender
a cabeça e deixar o caos tomar conta. Temos a OBRIGAÇÃO, o DEVER de continuar
envidando esforços para que o destino correto seja dados aos restos mortais de
todos os seres humanos, urgentemente.
O importante, no caso, não é, simplesmente, incluirmo-nos na categoria de inferiores ou superiores aos animais. Temos, sim, o COMPROMISSO de alterar para melhor tudo o que já estragamos, seja nas ações grandes e-ou pequenas, de restauração e preservação do Planeta. Atualmente, mais de 80% dos cemitérios não recebem fiscalização e a grande maioria deles, além de não proporcionar tratamento devido aos corpos em decomposição, ainda estão localizados em local impróprio, contaminando lençóis freáticos. Não são os únicos geradores de poluentes, já que o pódio é ocupado pelas indústrias, mas é um segmento que não pode creditar-se irrelevante.
Saudades dos entes queridos também está atrelado ao compromisso de melhorar as condições de vida dos que ficam |
Isso em nada diminui a saudade e a lembrança de carinho que dedicamos aos nossos entes queridos e, sim, um lidar com a realidade, mudando para melhor o jeito como os "projetistas" deixaram o nosso mundo "civilizado".
Artigo da referência:
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2011/02/como-acontece-decomposicao-do-corpo.html?showComment=1339436632458#c4619676121623384261
Leia mais em:
Por Marise Jalowitzki
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2012/05/nechorume-impactos-ambientais-agua.html
Leia mais em:
Necrochorume - Água Limpa e Saúde Pública |
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Por Marise Jalowitzki
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Escritora, Educadora, Ambientalista,
Coordenadora de Dinâmica de Grupo,
Especialista em Desenvolvimento Humano,
Pós-graduação em RH pela FGV,
International Speaker pelo IFTDO-EUA
International Speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil
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