Marise Jalowitzki
Outro dia estava em uma farmácia de manipulação adquirindo alguns produtos quando, na hora de levá-los, a profissional encaminhou-se para embalar em sacolas plásticas. Mais uma vez, eu agradeci e declarei:
- Não precisa a sacolinha!
Ela arrematou:
- Poucas pessoas pensam como a senhora! Fazem questão de levar a sacolinha! Mais de uma, até!
Conversamos. Mostrei as duas sacolas de pano que levo, dobradinhas, sempre, dentro de minha bolsa. As bolsas femininas são grandes, possuem compartimentos. Fica bastante fácil levar as de pano junto. Falei um tanto do que representa o abusivo consumo de sacolas plásticas e do plástico em geral. Ela já sabia dos animais intoxicados, da adulteração do solo, das águas e do entupimento dos bueiros. Mas declarou:
- Não sei como contribuir. As pessoas exigem. Ficam até irritadas quando entrego os produtos apenas com o saquinho de papel.
Como já conhecia o sistema de pontos por compra, comentei do quanto seria oportuno incentivar a aquisição, primeiramente, de uma sacola de pano própria, com a logo da empresa e, a partir daí, juntar pontos ou, para cada vez que um cliente trouxesse sua sacola, promover descontos, assim como a rede Wal-Mart está fazendo. A moça, que é também a farmacêutica responsável, gostou da idéia e assegurou que irá implementar a prática para breve. Iuupi!
Só neste ano de 2010, a farmácia arcou com uma despesa de 2 mil reais na confecção de sacolas plásticas, disse-me. Nem eu tinha idéia de que os valores eram assim altos.
Fiquei feliz por a idéia ter sido plantada. Vou acompanhar, com satisfação, para saber o dia em que a sacola de pano será apresentada aos clientes.
Esse estabelecimento, a profissional farmacêutica, está fazendo a SUA PARTE! Quem disse que é preciso esperar leis e sanções para fazer a diferença?
Agora, pense: quantas mudanças aconteceriam se cada cidadão agisse um pouquinho a cada dia em prol da sustentabilidade? Contra o desperdício? A favor da conscientização?
Em contrapartida, em outra ocasião, quando adquiria alguns produtos em uma pequena loja, comentei com a proprietária que estava entrando em vigor a lei que "obrigava" (que triste este termo) aos fabricantes, representantes e vendedores (atacado e varejo) a receber de volta as pilhas velhas, dando encaminhamento apropriado para que não acabassem em lixões comuns. O que a mulher respondeu?
- Que raiva! Tudo com a gente! Pois aqui não vamos mais vender pilhas, então! Também, dá um lucro "desse tamainho"! Eu que não vou me incomodar! Já 'tô cheia de coisa!
Pois é. Esse dar de ombros é constrangedor! Ao invés de sentir-se uma pessoa capaz de mudar opiniões, hábitos e costumes, uma formadora de opiniões, certas pessoas preferem permanecer no estado alienado, não querendo perceber a gravidade do momento porque passamos enquanto planeta.
Com relação às pilhas, sabe-se do terrível poder tóxico que elas contêm.
As crianças estão demonstrando a conscientização que os adultos já deveriam estar praticando; muitas delas são incentivadas em ações promovidas pelos professores, nas instituições de ensino, mas basta sair às ruas para ver uma pilha aqui, outra ali, rolando pelo chão.
Pouco se fala sobre isso, mas o incentivo à aquisição de pilhas recarregáveis deveria ser bem mais intensificado!
As crianças estão demonstrando a conscientização que os adultos já deveriam estar praticando; muitas delas são incentivadas em ações promovidas pelos professores, nas instituições de ensino, mas basta sair às ruas para ver uma pilha aqui, outra ali, rolando pelo chão.
Pouco se fala sobre isso, mas o incentivo à aquisição de pilhas recarregáveis deveria ser bem mais intensificado!
Se você ainda não está destacando suas pilhas usadas do lixo comum, comece a guardar agora! Devolva-as onde as adquiriu. E procure, da próxima vez, comprar pilhas recarregáveis. Elas são mais caras que as comuns, mas, a médio prazo, o investimento rende bem mais. Um recarregador (existem de vários tamanhos) tem uma vida útil bastante longa. Basta deixar na tomada, com as pilhas em seus espaços adequados, e pronto! Em pouco tempo elas estão novinhas outra vez.
FAÇA A SUA PARTE! Divulgue esta idéia! E aja! Pense no legado que você está dando para seus filhos!
MARISE JALOWITZKI é escritora, consultora organizacional e
palestrante internacional, certificada pela IFTDO-USA, pós-graduação
em RH pela FGV-RJ, autora de vários livros organizacionais.
marisejalowitzki@gmail.com
Porto Alegre - RS - Brasil
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Link deste post: http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/08/sacolas-e-pilhas-reduza-o-consumo.html
Link relacionado:
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/07/sacolinhas-esta-questao-e-nossa.html
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em RH pela FGV-RJ, autora de vários livros organizacionais.
marisejalowitzki@gmail.com
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Marise,
ResponderExcluirExcelente!
Gostei!
Tenho vontade de divulgar por e-mail.
Posso copiar daqui e repassar?
Aguardo o que você me dirá
no Movimento Marina Silva,
Obrigada,
Parabéns!
Eliana Crivellari
Querida Eliana!
ResponderExcluirMUITO BACANA te dispuseres a disseminar o texto! Vou enviá-lo para ti.
Felicidades, sempre!
Um abração!
Marise
Olá Marise!!!
ResponderExcluirSeu texto está nota 10!!!
Gostaria que vcoê me ajudasse a divulgar o Clube da Semente, que envia gratuitamente pelo correio sementes de diversas espécies nativas brasileiras, para quem deseja arborizar sua casa, rua, sítio ou fazenda. Para receber as sementes, basta enviar um e-mail com nome completo e endereço para:
clubedasemente@yahoo.com.br
Um abraço grande!
Pauline Oliveira
Querida Pauline!
ResponderExcluirMundo maravilhoso!
Já soube de teu trabalho, sei lá, há uns 10 anos, creio!
Vai ser 10 propagar por aqui.
Estou entrando em contato!
Bjs!