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terça-feira, 3 de julho de 2012

Cimenteira Itaguassu, no Sergipe, recebe resíduos perigosos da Petrobras




Como anda a situação de Nossa Senhora do Socorro - Sergipe? Tijolo Ecológico tem de receber incentivos do governo para produção em larga escala!  Chega  de  tantos produtos tóxicos! Indústria do Cimento precisa se adaptar!
,
Ministério da Saúde precisa averiguar - Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL) precisa tomar providências.

Cimenteira Itaguassu, no Sergipe, recebe resíduos perigosos da Petrobras



O descarte de catalisador das unidades de craqueamento das Refinarias de petróleo é uma preocupação mundial para a saúde ambiental, considerando se tratar de um resíduo perigoso que contém metais pesados e compostos cancerígenos (BAHIA, 1987; Mariano, 2001; Afonso et al, 2003; Baptista, 2005).

Resíduos tóxicos de petróleo são enviados da RLAM para Cimenteira Agro Industrial Itaguassu em Sergipe para construção de casas populares

 Por Marise Jalowitzki

Bem, recebi esta informação por e-mail, e resolvi verificar o que constava na web a respeito. O que encontrei foi uma dissertação de mestrado, de 2010, expondo várias situações de fragilidade no descarte que, mais uma vez, expõe a população do entorno.

Este é um texto que exponho quase todo em transcrições. Cimento, sua fabricação e utilização, é um tema quase desconhecido para muitas pessoas, apesar de estar presente em nossas vidas praticamente durante toda a nossa jornada.

"Considerando que a Cimenteira Agro-industrial Itaguassú, em Nossa Senhora do Socorro – Sergipe, utiliza parte do catalisador descartado pela Refinaria de Mataripe para co-processamento (PETROBRAS, 2007 apud MPE, 2007, p. 186), foi solicitada a Gerência Geral da Cimenteira uma visita técnica para conhecer o co-processamento de catalisador de craqueamento da Refinaria para fabricação de cimento.

Caípe apresenta níveis significativos de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA) e Material Particulado (MP) com origem sugestiva petrogênica.

Materiais potencialmente danosos à saúde e ao meio ambiente (Silva Júnior et al., 2009), o fato justificou buscar informações sobre a presença de Material Particulado junto a esta população. As visitas ao distrito de Caípe também resultaram na produção de um vídeo sobre Avaliação da Poluição Atmosférica por HPAS em Material Particulado – MP10 no Distrito de Caípe, sendo em seguida apresentado à população e disponibilizado na internet." (Nota deste blog: o vídeo não foi encontrado, mesmo havendo busca dos vários títulos pertinentes)


A esperança é de chamar a atenção das autoridades competentes, de legisladores interessados, de técnicos especializados, de órgãos e instituições que possam fazer a diferença.

Quanto a nós, você e eu, que somos leigos e cidadãos com direito assegurado pela Constituição a viver em meio ambiente ecologicamente equilibrado, resta-nos divulgar, comentar, repassar opiniões e conteúdos. 

Quem souber de eventuais providências, por favor, envie. Tudo o que almejo é poder declarar: A Petrobras já tomou as providências e dirimiu o problema!

A nação tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, o que é
garantido pela constituição brasileira (BRASIL, 1988). Para isto o Decreto Nº
99.274 (BRASIL, 1990a) determina como infrações emitir ou despejar efluentes
ou resíduos sólidos causadores de degradação ambiental em desacordo com o estabelecido em resolução ou licença especial, ou exercer atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente sem a licença ou autorização ambiental exigível.”

Também há a questão da conscientização do empresário para disseminar o uso de EPI pelo trabalhador



Dissertação de Mestrado de Wanderley Ferreira da Silva Júnior, da Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Medicina da Bahia, programa de pós graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho. (Salvador, Bahia, 2010).

Sob o título
“Avaliação da gestão ambiental de uma Refinaria de Petróleo
para as perdas de catalisador de craqueamento” consta um valiosíssimo conteúdo, para averiguação e providências das autoridades competentes.


As perguntas para as quais se exigem respostas:
- Como está o descarte tóxico em TODAS AS REFINARIAS NO BRASIL?
- QUEM CONTROLA no que são utilizados os resíduos finais do craqueamento?
- QUEM AVERIGUA E CONTROLA os possíveis impactos ambientais e para a saúde pública dos resíduos reciclados e reutilizados?
- Quais as providências pelos órgãos competentes – E QUE EXISTEM PARA RESGUARDAR A SAÚDE DA POPULAÇÃO – no sentido de proibir a prática a seguir descrita?

Para entender um pouco mais do que trata todo o tópico, seguem algumas explicações necessárias:

Qual a diferença entre o Cimento CPII e CP IV? — Johseff Mayard Olive 23/02/2011 16:39  
 Diferença de CP — 30/11/2010 23:43
Os cimentos CPII são cimentos compostos, que suportam uma quantidade específica e pequena de adições. Por exemplo: um CPII E, cimento composto com escória, suporta uma adição desse material de 6 a 34% e no CPIII poderá comportar de 35 a 70% de escória...O CPIII tem resistências iniciais ligeiramente menores em função da menor quantidade de clínquer que nos CPII...

O que são unidades de Craqueamento em uma Refinaria de Petróleo

“As unidades de craqueamento são responsáveis pela conversão de resíduos das unidades de destilação em produtos com alto valor agregado.

Também, são importantes fontes geradoras de poluentes atmosféricos, necessitando de correta gestão ambiental para a minimização de impactos ambientais (Baptista, 2005).

Descarte tóxico contém metais pesados e compostos cancerígenos

O descarte de catalisador das unidades de craqueamento das Refinarias de petróleo é uma preocupação mundial para a saúde ambiental, considerando se tratar de um resíduo perigoso que contém metais pesados e compostos cancerígenos (BAHIA, 1987; Mariano, 2001; Afonso et al, 2003; Baptista, 2005).

(...)
Cabe ressaltar que, além de hidrocarbonetos, o petróleo possui diversos contaminantes
a exemplo de metais como níquel, ferro, vanádio, sódio, etc.
 (...)
Óxido de Silício amorfo, Óxido de Alumínio e Caulim.
 (...)
Um experimento realizado no CENPES (com a participação de Cerqueira et al., (2001)), identificou que os valores de Níquel, Vanádio e Antimônio que contaminam o catalisador virgem estavam acima de limites estabelecidos por organizações de proteção à saúde ocupacional, a exemplo da ACGIH.

À medida em que se aumentava o ciclo de reutilização do catalisador, verificou-se que também aumentava a contaminação por metais pesados e coque, compostos reconhecidamente cancerígenos.

(pág. 17/18)
Conclusão com recomendações traz uma reflexão geral sobre a necessidade emergente de melhoria da gestão ambiental em Refinarias de petróleo para as perdas de catalisador de craqueamento, agindo com interação junto aos demais atores sociais envolvidos, entre eles: instituições de pesquisa, trabalhadores, populações sob influência, órgãos de controle ambiental e poder público.



Indústria do Cimento - Há alternativas sustentáveis! 

Querendo, leia:

TIJOLOS ECOLÓGICOS - Várias opções


Extração de Calcário para fabricação de Cimento continua devastando florestas, com a anuência do governo - Serra da Conceição do Mato Dentro - Ibirité - MG


Cimento e Petróleo - Desmatamento e Sustentabilidade - Resíduos Tóxicos e Legislação

Página de links:
http://ning.it/q4ESTJ 
Legislações específicas e Convenções Internacionais - Cimento e Petróleo - Desmatamento e Sustentabilidade - Resíduos Tóxicos e Legislação


Com satisfação, este blog registra a visita do autor da Dissertação de Mestrado que deu origem a este artigo e outros mais, trazendo a séria problemática dos ares tóxicos a que estamos sujeitos. Transcrevo o teor do e-mail recebido:



Prezados, fazendo uma busca pela Internet sobre a divulgação da pesquisa que realizei durante o Mestrado em Saúde, Ambiente e Trabalho pela Faculdade de Medicina da UFBA, sob a coordenação do médico, professor titular e pós doutor, Prof. Fernando Carvalho (http://lattes.cnpq.br/8079423496391852) e sob a orientação do Doutor em Economia Aplicada Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Campinas e professor da UFBA, Prof. Severino Soares (http://lattes.cnpq.br/8711185953567475) tive a satisfação de tomar conhecimento do interesse de ambientalistas no aprofundamento da investigação. Sobre o vídeo em domínio público na Internet, o título é Como Vamos Caípe! (https://vimeo.com/47000966 ou http://www.videolog.tv/video.php?id=431172).

A disposição para qualquer ajuda,

Wanderley Junior



Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente


Escritora, Educadora, Ambientalista,
Coordenadora de Dinâmica de Grupo,
Especialista em Desenvolvimento Humano,
Pós-graduação em RH pela FGV,
International Speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil 

segunda-feira, 14 de março de 2011

Mãe Terra com osteoporose - Terremoto de 6,3 no Japão, a 10km de profundidade - Extração de petróleo em águas ultraprofundas a 7 km - Nada a ver?

Terremoto de 6,3 no Japão, a 10km de profundidade - Extração de petróleo em águas ultraprofundas a 7 km - Nada a ver?
Entenda como são feitos os "furinhos" no fundo do mar para a retirada dos plânctons milenares, hoje petróleo.
Mãe-Terra com osteoporose

Por Marise Jalowitzki
14.março.2011
Link: http://t.co/6EiUQO6

Vou continuar insistindo até ter acesso ao resultado dos estudo sobre Impactos Ambientais no subsolo, devido à perfuração de poços de petróleo e extração deste.

Com a extração em águas ultraprofundas, como o pré-sal, no Brasil, está iniciado um novo ciclo de extração. Logo que este ciclo foi iniciado, procurei ler o que pude ter acesso. A tencnologia era/é/está incipiente e insipiente, isto é, todo mundo está tateando. Até a maxi assessoria da Statoil, da Noruega, que é a que mais conhecimento tem de extração petrolífera em grandes profundidades, declarou não ter know-how suficiente para romper a camada do pré-sal, em profundidade de, em média, 7 mil m, podendo chegar até a 12 mil m. Estão empenhados em obter o aprimoramento necessário. Há muita gente envolvida.

Em Caxias do Sul, muito entusiasmo, muito empenho, muita experimentação, como no restante no país e mundo. Inovação e criatividade.

A pergunta é: além de "fazer funcionar" e obter o líquido negro, quais os estudos estão sendo levados a efeito para avaliar o impacto no subsolo, os possíveis abalos e em que distância?

A história tem nos mostrado que os "especialistas" fazem, e só depois, quando as consequências já estão concretadas, é que (alguns) vão tentar remediar algumas coisas. Foi assim com os venenos, os agrotóxicos, os medicamentos mais pesados. Tantas coisas.

A extração do petróleo se faz retirando o líquido de pequenos espaços. Não é um grande lençol.
A retirada vai proporcionando pequenos "ocos" que, em alguns processos, como no pré-sal, vão sendo preenchidos com CO2. O CO2 é usado para "bombear", impulsionar o petróleo para que chegue com mais rapidez à superfície. No novo modelo de extração, preferem deixá-lo lá embaixo mesmo, a fim de que não venha para a atmosfera e cause aumento do efeito estufa.

Deixam a Mãe-Terra com osteoporose!
Assim como a doença no corpo humano, olha-se por fora, tudo ok! Mas a estrutura interna dos ossos está oca. Como uma porta de madeira cheia de cupim. Basta um empurrãozinho, um pequeno soco e a porta-com-cupim desmorona! Esta analogia não foi inventada por mim, não. Veio como explicação de uma médica.


Extração de petróleo - Qual o impacto das perfurações no fundo do mar?
Qual o impacto da instalação de uma plataforma?


Nunca se perfurou tanto como agora. tentativas e tentativas atrás do combustível fóssil. As práticas de mais sucesso são sempre alardeadas, como as de Eike Batista. E as que dão em nada, quem comenta? Somando tudo, quantas perfurações o subsolo tem recebido nos últimos anos? Nenhum efeito colateral? Quem garante? Quem explica?


Petroamazon - Bacia petrolífera de Solimões - extração em terra - 3 sondas deste porte já estão em funcionamento - até julho Brasil terá 6


Se o terremoto desta madrugada, no Japão, foi de 6,3 na escala Richter e a uma profundidade de 10 km, a perfuração para retirar petróleo em águas ultraprofundas é a 7km. Nada a ver?

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Nova réplica de 6,3 graus abala litoral oriental do Japão


14 de março de 2011 • 04h10 • atualizado às 04h29
http://noticias.terra.com.br/mundo/asia/terremotonojapao/noticias/0,,OI4991023-EI17716,00-Nova+replica+de+graus+abala+litoral+oriental+do+Japao.html 

Uma nova réplica de 6,3 graus na escala aberta de Richter fez tremer nesta segunda-feira a zona nordeste do Japão, sacudida na sexta-feira por um terremoto de 9 graus na escala Richter, informou a Agência Meteorológica japonesa - a agência americana registrou o tremor em 8,9 graus.
 
O tremor aconteceu às 15h13 (horário local, 3h13 de Brasília) com epicentro no Oceano Pacífico, frente ao litoral das províncias de Miyagi e Iwate e cerca de 10 km de profundidade, segundo a agência meteorológica japonesa.
 
A zona nordeste do Japão sofreu quase 300 réplicas do devastador terremoto da sexta-feira e o posterior tsunami, que causaram pelo menos 1.647 mortos, embora se tema que o número se eleve.
 
Os sismólogos japoneses advertiram que as réplicas continuarão durante uma semana, com 70% de possibilidades até na quarta-feira de um tremor de até 7 graus Richter.

O diretor da Agência Meteorológica do Japão, Takashi Yokota, disse neste domingo que dentro de três dias esse risco se reduzirá para 50% no litoral das províncias de Ibaraki e Miyagi.
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Comente, Divulgue, Encaminhe, Exija!





Diga NÃO às usinas nucleares!!!





Mais em:

Detalhes da tragédia que assolou o Japão



Japão e Chernobyl nível 7!

Link: http://t.co/jbksFiU
/jbksFiU





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Leia mais sobre a relação entre ocorrências de terremotos e extração petrolífera:
É minha convicção de que a ocorrência de sismos tem direta relação com escavações de petróleo (Veja link: http://t.co/998Dw63 ). Espero que, pelo menos, os órgãos competentes (incluindo a Petrobras), crie novas estações de monitoramento nas outras regiões da costa brasileira onde também estão sendo intensificadas as instalações das plataformas para exploração em águas profundas.
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Mais sobre Tremores de Terra no Brasil:  http://compromissoconsciente.blogspot.com/2011/11/tremores-de-terra-e-outros-eventos.html

Tremores de Terra continuam aumentando no Brasil



Tremores de Terra e outros eventos sísmicos e climáticos no Brasil

Por Marise Jalowitzki
04.novembro.2011
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2011/11/tremores-de-terra-e-outros-eventos.html

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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Democrata diz ser 'criminoso' trocar nome de campo para Lula


Democrata diz ser 'criminoso' trocar nome de campo para Lula



O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) postou na noite desta quarta-feira uma série de mensagens em sua página na rede de microblogs Twitter nas quais considerou uma "homenagem criminosa" trocar o nome da área Tupi, na camada pré-sal da bacia de Santos, para campo Lula. O anúncio foi feito nesta manhã pela Petrobras, que batiza seus campos com nomes de peixes - agora também moluscos - após a declaração de comercialidade.



"Essa possível desculpa de que 'Lula' é da fauna marinha não vai colar. O próprio Lula agradeceu a homenagem criminosa", escreveu o democrata, sobre um suposto agradecimento de Lula a José Sérgio Gabrielli, presidente da estatal. "Após defender mensaleiros e desrespeitar leis eleitorais, Lula rasga a Constituição e mais uma lei ao colocar seu nome na área de Tupi", disse Caiado em sua página.



O deputado afirmou também ter acionado a assessoria jurídica de seu partido contra o anúncio. "Acionei a assessoria jurídica do DEM. Vou entrar com ação popular na justiça federal para retirar com liminar o nome de Lula da área de Tupi". "O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, também responderá, apesar de ter 'apenas' cumprido ordens do chefe Lula-Tupi", escreveu.

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29 de dezembro de 2010 • 22h44 •  atualizado 23h01

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Agora chegou a nossa vez!? A saga do "ouro negro"

 


AGORA CHEGOU A NOSSA VEZ!?
A saga do "ouro negro"
Marise Jalowitzki


PARA ONDE LEVA A EUFORIA?


Muitas e muitas pessoas parecem estar cegas frente à perspectiva de enriquecimento que o opaco brilho do "ouro negro" promete. Brindemos!




Não sei bem porque, veio-me à lembrança os aplausos das focas que, com seus "bracinhos" curtos, aplaudem quando, bem treinadas, recebem seu alimento-peixe.


O contentamento toma conta também dos seres humanos quando sentem (ou pensam sentir) que suas aspirações estão por ser atendidas. Claro que é bem bacana ter este sentimento. É motivador. Faz acreditar. Dá esperança. E fé. Aí é que quero refletir com você: Vamos manter, também, o lado racional em alerta?

O grande risco da euforia é esquecer de ser objetivo, analítico, observador e contribuir com objetividade, em situações factuais. É preciso manter o foco, ser assertivo e pontual nas observações.


A maioria das pessoas "precisa" acreditar para continuar [sobre]vivendo, por isso, decide-se a não pesquisar, olhar mais fundo. Também, é uma atitude mais cômoda. Entretanto, a história da humanidade está plena de fatos onde o otimismo exagerado cegou populações inteiras, que, ao serem infladas a acreditar que "havia chegado o seu momento", passaram a agir irracionalmente, desmedidamente, derrubando o que lhe vinha a frente.


Todos conhecemos pessoas assim. Nada mais ouvem, nada mais lêm, a não ser aquilo que sedimenta sua euforia.

Desejo, sinceramente, que, passados os tempos de euforia, não sobrevenha a "grande depressão" que assola todos os estágios irrefletidos.


Quando Henry Ford lançou seu primeiro carro a manivela e gasolina, as pessoas também gritavam, eufóricas.


"Agora, chegou a nossa vez", dizem muitos brasileiros. E parecem acreditar, realmente, que também "podemos", como fizeram todos os outros países chamados desenvolvidos. Podemos enriquecer instantaneamente, podemos continuar destruindo, podemos poluir como os outros também fizeram. "Yes, we can!" - Tudo igual. Apenas não sentem (ou não querem perceber) que os tempos são outros e que o planeta ainda é o mesmo.



E que continuar invadindo e explorando o interior da terra, suas camadas mais profundas, pode gerar danos iguais ou bem maiores do que já produzimos sobre a superfície e na atmosfera.

Analise a extensão do programa que prevê a exploração de petróleo no pré-sal: do Maranhão a Santa Catarina.


Praticamente o litoral inteiro. E em águas ultraprofundas, mais de 7.500 metros da superfície ao fundo do mar.

Quais os impactos ambientais advindos desta agressão que a extração petrolífera acarreta? Provavelmente, só saberemos quando eles (os impactos) acontecerem! Como o velho e conhecido modelo de "chorar sobre o leite derramado" proclama e [ainda] age.

Noutro dia estive conversando com algumas pessoas humildes´, e quis, mesmo, checar a quantas anda a compaixão das pessoas. Expliquei um tanto dos riscos que o pré-sal acarreta e a necessidade das pesquisas preventivas e de um efetivo acompanhamento, passo-a-passo, de cada nova perfuração.

- Mas, quanto tempo vai levar isto? - perguntou um. - Eu não quero esperar mais! Se é prá vir, que venha logo!
E outro:
- Não pode ser tão perigoso assim. (E teceu alguns comentários sobre o que ouviu em promessas de campanha eleitoral, que prefiro nem repetir)

Apresentei mais alguns dados sobre desmoronamentos, inundações, catástrofes, "reassentamentos" do solo. 
E concluí:
- Eu não quero "enriquecer" à custa de catástrofes, nem da morte em desastres, de pessoas inocentes, irmãos brasileiros nossos.

Silêncio geral. E o assunto morreu por aí. As pessoas voltaram a seus afazeres.

Quais os valores sociais que comungamos? Interessante pensar nisso. 

Este pensamento de retorno lucrativo imediato parece ser bem comum, em todos os segmentos. Só que há outras saídas, com bons resultados.

Com o sol maravilhoso que temos e os ventos abundantes em tantas regiões, por que não investir mais em incrementar a utilização das energias solar e eólica?

A situação planetária está mudada. E o aquecimento global não é brincadeira. Os rios urbanos estão, na maioria, cobertos com asfalto e nem os conhecemos mais. Alguns, como o Riacho Ipiranga (em frente à PUC em Porto Alegre), permanece a céu aberto, cheirando mal, condutor de esgoto. Guaíba, Tietê, Rio dos Sinos, Gravataí, Capibaribe, permanecem abertos, escancarando seu odor fétido. Tudo morto ou quase morto.

Quem mais vai sofrer são as populações mais desprovidas, que não são, nem nunca foram, as responsáveis pelo atual quadro.

Conhecer, analisar, refletir é um tanto mais cansativo, sim. Porém, bem mais compensador. necessário.

Informe-se. Analise. Conclua.
Para que a natureza e toda a biodiversidade que ela ainda contem, não seja, daqui um tempo, apenas lembrança fotográfica.

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Outros links, neste blog, relacionados ao tema:
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MARISE JALOWITZKI
Mãe e Avó
Escritora e Consultora
Porto Alegre - RS - Brasil
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Petrobras - Fundo Social e sistema de partilha do Pré-sal só será revisto em 2011

 Nota de dezembro: Mexeram, enrolaram, votaram na calada da noite, deu em que, mesmo?

Mexeram, mas deu em que?
http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idnoticia=201012020117_EST_79415177

Palocci "dando as cartas"... no que vai resultar??...
Lucrar aplicando no exterior? Leia a matéria do link acima.
É brincadeira!
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E no país das bananas!...os políticos se ocupam com a disputa pela Presidência da Câmara e do Senado. Quem se importa com o povo?

http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201011172144_RTR_1290030279nN17232791

 Economia » Notícias

 Gabrielli: atraso em votar marco é inócuo para Petrobras
17 de novembro de 2010 • 19h44 •  atualizado 21h25


Um eventual adiamento para o ano que vem na votação, e talvez aprovação, do novo marco regulatório do setor de petróleo no Brasil não causaria qualquer mudança nas operações da Petrobras, informou o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli.

"Nos nossos planos não muda nada", afirmou ele ao ser questionado por repórteres sobre a possibilidade cada vez mais forte de que a matéria fique para ser avaliada apenas no ano que vem pelos parlamentares.

A Petrobras já possui um grande plano de investimentos para o período até 2014, que ainda será incrementado pelos trabalhos de exploração das reservas de 5 bilhões de barris que foram cedidas pela União à empresa em uma troca indireta por ações durante a capitalização.

Segundo Gabrieli, no entanto, "para o Brasil seria importante aprovar logo o marco". Oficialmente, o governo e seus líderes no Congresso sustentam a expectativa de aprovar neste ano o marco regulatório do pré-sal.

Mas, com o Orçamento de 2011 ainda em discussão e o ambiente já contaminado pela disputa pela presidência da Câmara e do Senado, articuladores do governo admitem que a votação das novas regras do setor petrolífero pode ficar para o ano que vem.

O projeto que cria o fundo social do pré-sal e estabelece o sistema de partilha da produção está parado desde julho na Câmara. Junto com essas duas propostas está ainda a emenda do senador Pedro Simon (PMDB-RS) que prevê uma distribuição mais equitativa entre os Estados da Federação dos royalties pagos pelas petroleiras.

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- Petrobras vendeu ações em setembro, sim! - http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/10/voce-que-comprou-acoes-da-petrobras-em.html

- Petróleo é "Bilhete Premiado"? - http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/10/petroleo-bilhete-premiado.html

- "Não fazemos a conta desta forma! Petrobras "Salva"! - http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/10/nao-fazemos-conta-dessa-forma-petrobras.html

- Noruega em águas profundas no Brasil - http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/11/noruega-em-aguas-profundas-no-brasil.html

- Mentiram prá você, meu! - http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/10/mentiram-pra-voce-meu.html

- Manobra do governo vira festa! - http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/10/hoje-e-festa-la-no-meu-ape-pode-chegar.html

- E quando os "lá-de-fora" descobrirem a manobra? - http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/10/e-quando-la-fora-descobrirem-manobra.html

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terça-feira, 9 de novembro de 2010

NORUEGA EM ÁGUAS PROFUNDAS NO BRASIL - PETRÓLEO


NORUEGA EM ÁGUAS PROFUNDAS NO BRASIL - PETRÓLEO
Marise Jalowitzki


A Noruega vê o Brasil como "o futuro", o novo Mar do Norte
Advertência sobre a extração acelerada do petróleo no pré-sal

É preciso investir em energias renováveis
O mundo precisa de petróleo para manter a economia e produção, mas, até onde o clima pode tolerar? A indústria petrolífera está cega para este paradoxo.

Nos próximos 12 meses, a Statoil efetuará a perfuração de seis poços no Brasil.
Statoil já está trabalhando no Brasil há muitos anos e não faz segredo de que o Brasil é um país chave para nossos negócios internacionais.



Por ocasião de minha participação no Movimento Marina Silva, recebi o contato de Runa Tierno, free-lancer da Revista NyTid (Novo Tempo), da Noruega. A reportagem saiu muito boa sobre Marina Silva, o Movimento, o PV e a importância da Onda Verde.

Passei, a partir dali, a acompanhar, de tempos em tempos, as edições da revista, conjuntamente às publicações da jornalista norueguesa. Lá, tomei conhecimento de como os investidores noruegueses estão entusiasmados com as expectativas do pré-sal no Brasil, de como estão se familiarizando com nossa cultura e nosso jeito de negociar.

Recentemente enviei um e-mail a ela, perguntando se as repercussões com relação à exploração petrolífera continuam no mesmo patamar. Runa respondeu:
"A Noruega vê o Brasil como "o futuro", o novo Mar do Norte. A produção de petróleo vai estar caindo nos próximos anos (no Mar do Norte), e os investidores estão olhando para o Brasil como um pais onde vai ter boas oportunidades de ganhar dinheiro e crescer nos próximos anos.

Outro fato importante é que as empresas norueguesas deste ramo tem uma competência nas aguas profundas, e essa competência vai ser muito útil para o Brasil/a Petrobras no presal. Por isso estão falando de "uma parceria perfeita".

A estatal norueguesa Statoil está no Brasil desde 1998 (eu acho). 5 anos atras teve 55 empresas nor. no Brasil. Em 2010 tem 120, a maioria é do ramo P&G (petróleo e gás).

Os noruegueses se sentem bem vindos aqui, e as relacões são boas.

Uma dificuldade que eles enfrentam (mas aceitam) é a regra do "Local content": 70 % dos projetos tem que ser construídos aqui no Brasil. Tb 70 % dos trabalhadores precisam ser brasileiros. Não conheço os detalhes, só sei que nas empresas norueguesas aqui há, por exemplo, um chefe noruegues e o resto é tudo brasileiros. A procura de mão de obra qualificada (de brasileiros) é muito grande.

Por isso as empresas norueguesas precisam procurar parceiros brasileiros o tempo todo, e na minha opinião essas parcerias são boas para os dois paises" - conclui Tierno.


Vamos acompanhando o cenário para os próximos meses/anos.

Do jeito como todos os governos e investidores se comportam,  parece mesmo que, no caso do Brasil, o pré-sal seja, efetivamente, utilizado como a "grande tacada" para uma resposta sólida em relação a crise mundial e "guerra cambial" instaurada.

Mesmo não concordando com tais pensamentos, filosofias e práticas de exploração de petróleo, considero importante manter atualização dos temas, pois, só assim é que se constrói opinião.
Assim pensando, decidi apresentar a tradução da reportagem de Runa, publicada em 07 de Novembro de 2010.



EM ÁGUAS PROFUNDAS NO BRASIL 




(Foto: Sevan Marine)

"No total, as empresas norueguesas investiram mais de US $ 15 bilhões no Brasil desde que aconteceram as descobertas de petróleo em águas profundas, em 2007. Os campos podem ser a maior descoberta do mundo do petróleo em 30 anos, e é referido na Noruega como "um novo mar do Norte". Na prática, isso significa que a era do petróleo está apenas iniciando no Brasil. Uma dezena de empresas norueguesas celebraram contratos valiosos no Brasil nos últimos seis meses, e apenas durante o próximo ano, a Statoil vai efetuar a perfuração de seis poços no país.

Em Julho deste ano aconteceu a primeira produção no campo do pré-sal e, no final de outubro, poucos dias antes da eleição presidencial, iniciou-se a produção em um grande campo de Tupi, que por si só contém 5-8000000000 barris de petróleo. Dilma Rousseff, eleita presidente, usou de todos esses argumentos em sua campanha eleitoral, mostrando o quanto vale a pena.

- O óleo do pré-sal vai ajudar a criar milhares de empregos e, além disso, criamos um fundo social a ser usado para combater a pobreza, saúde, educação, investigação e desenvolvimento tecnológico ", disse Dilma Rousseff, nos seus programas eleitorais na televisão.

O fundo social, tendo o fundo petrolífero norueguês como modelo, o Brasil tornou-se um parceiro tão importante para a Noruega que, em 2011, o governo lança a sua própria estratégia brasileira.

Somente durante o primeiro semestre de 2010, mais de 100 empresas norueguesas contataram com a Innovation Norway e mostraram interesse no Brasil.


É preciso investir em energias renováveis

Muitas dessas mesmas empresas que estão agora olhando para o Brasil, já estão presentes nos países produtores do petróleo Africano, onde a riqueza do petróleo nunca foi a bênção que muitos esperavam.

Sigurd Jorde, que em 2006 foi editor do livro "Oil Spill - busca da África para o ouro negro" levanta questões sobre os rumos das empresas de petróleo e o lugar que ocupam na realidade mundial.

- A continuidade da extração ajuda a prolongar a era do petróleo e cria uma sempre maior mudança climática, e isso é algo que a indústria do petróleo não quer discutir. É incrível o valor deste negócio. Há, por parte dos investidores, uma grande vontade de estar envolvidos, mas esta é uma corrida que o mundo não vai poder suportar a longo prazo. É uma espécie de junco que faz com que uma pessoa fique cega, podendo facilmente ignorar os perigos ", disse Jorde, que é o atual gestor da informação do Fundo de Desenvolvimento, a Novo Tempo.

Além disso, a candidata presidencial Marina Silva, a parte ambiental PV, que foi eliminada no primeiro turno, critica o enfoque unilateral do petróleo e a noção de que as receitas futuras do petróleo vão resolver todos os problemas sociais do país.

- A utilização do petróleo como energia ainda é um mal necessário no mundo e no Brasil também. Temos de fazer os investimentos necessários para garantir uma utilização segura e eficaz dos recursos do pré-sal. Acredito também que uma grande parte das receitas provenientes do petróleo do pré-sal devam ser investidas em tecnologia e inovação, para que o mais rapidamente possível possamos substituir combustíveis fósseis por energias renováveis. Um dos diretores do Banco Mundial disse uma vez que nós não saímos da Idade da Pedra, porque saímos da pedra, foi porque achamos melhores métodos. É necessário sair da era do petróleo antes do petróleo acabar com o nosso planeta ", disse ela em entrevista durante a campanha.


Petróleo

O Pesquisador Helge Ryggvik, do Centro de Tecnologia, Inovação e Cultura, da Universidade de Oslo, diz que é a forma como as autoridades norueguesas também devem pensar. E ele adverte: "O Brasil não deve cometer o mesmo erro que a Noruega". Ryggvik não quer dizer que a Noruega esteja em posição de dizer que o Brasil e outros países do Sul não devam extrair o óleo, quando foi isto, exatamente, o que os noruegueses fizeram.


- Eu quero dizer ao Brasil que eles não têm que nos copiar. A Noruega extraiu seu petróleo muito rapidamente e, em pouco tempo, ele acabou. Em vez disso, o Brasil, take it easy, deve construir a indústria local e extrair a maior parte do petróleo para si, seu território, ao invés de abrir todas as fechaduras e deixar para as empresas estrangeiras que estão olhando apenas para o creme de leite desnatado. Brasil vai enfrentar uma pressão muito forte para uma rápida expansão. Infelizmente, porque isso significa que a produção do petróleo terá um ritmo tremendo, o Brasil estará muito dependente das receitas advindas do petróleo e se tornará muito vulnerável. Para o Brasil, esta é uma solução de curto prazo para os problemas econômicos ", diz Ryggvik.



Statoil
Statoil já está trabalhando no Brasil há muitos anos e não faz segredo de que o Brasil é um país chave para nossos negócios internacionais.

- Olhamos para o Brasil hoje como um país muito interessante para desenvolver a indústria de petróleo e gás, porque vemos que as competências principais do grupo, inclusive em atividades em águas profundas, nos permite encontrar oportunidades de negócio interessantes aqui. As descobertas do pré-sal tornaram o Brasil ainda mais interessante ", disse o diretor regional para o Atlântico Norte, Thore E. Kristiansen.

Nos próximos 12 meses, a Statoil efetuará a perfuração de seis poços no Brasil.
- O maior Peregrino da Statoil em campos estrangeiros. Em 2007, a Statoil fez descobertas ao sul da área que agora estamos expandindo, o que indica que pode ter consideravelmente mais óleo aqui. Na primeira metade do próximo ano pretendemos fazer drill up em dois poços que vão se chamar Peregrino sul e sudoeste, e com resultados positivos, podemos obter um desenvolvimento semelhante no sul ", diz Kjetil Hove, que é chefe do grupo no Brasil.

Petrobras do Brasil também é o maior cliente para a empresa norueguesa Sevan Marine. A Petrobras, entre outras coisas, decidiu alugar um equipamento de perfuração Sevan Driller até 2016, que funcionará em um campo do pré-sal no norte da Bacia de Campos.

Em 2012, o segundo equipamento de perfuração Sevan, atualmente em construção na China, estará pronto para ser colocado em operação em campos do pré-sal. O presidente da companhia no Brasil, Heitor Gioppo, analisa oportunidades de crescimento muito bom para Sevan no Brasil.

- Para aqueles que querem entrar e se estabelecer no Brasil, este é o momento certo ", disse ele a Ny Tid.


Sigurd Jorde acredita que a indústria do petróleo deve ser muito consciente do papel que desempenham

"- Aos olhos da indústria do petróleo, o mundo precisa de petróleo para manter a economia e produção, mas, até onde o clima pode tolerar? A indústria petrolífera está cega para este paradoxo, e seu papel fundamental no fornecimento de energia, inibe o desenvolvimento de formas de energia alternativa e limpa. Eles não fazem nada de ilegal, mas estão no jogo", disse Jorde a New Time.

A indústria petrolífera argumenta frequentemente que o carvão é a fonte de energia alternativa ao petróleo, mas o pesquisador da Universidade Helge Ryggvik discorda :

- Baixa produção de petróleo eleva o preço do produto, levando, dessa forma, as outras formas de energia se tornarem novamente mais rentáveis. Eu também sou cético de que empresas como a Statoil saiam e se convertam em uma empresa internacional (privada), porque acredito que os lucros do petróleo pertencem à nação. Em países com um governo mais forte, que pode suscitar o interesse da nação, fica menos problemático, e eu diria que o Brasil está numa posição intermediária, disse Helge Ryggvik.


Vá para casa!

O movimento sindical brasileiro acredita que as empresas norueguesas devam simplesmente ficar de fora.
- Para mim, todas as empresas multinacionais são iguais. Elas querem ganhar dinheiro, e sua presença aumenta a exploração. O óleo do pré-sal deve ser utilizado de forma estratégica e utilizado para financiar projetos de desenvolvimento de fontes de energia mais limpa e para resolver os problemas sociais do país ", diz Emanuel Cancelar, da Sindipetro do Rio de Janeiro a New Time.



Publicado por Runa Tierno na Revista NyTid - Novo Tempo 5 Novembro 2010 em uma edição abreviada de / version.
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Duas referências de reportagens anteriores, que já li, sempre com o auxílio do tradutor do google, é claro.

http://blondieibrasil.blogspot.com/2010/09/ser-ny-nordsj-i-brasil.html
http://blondieibrasil.blogspot.com/2010/09/kamp-om-beinet-i-brasil.html
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Artigos relacionados, publicados neste blog:
http://ning.it/bLhEBa
http://ning.it/a1qp1B
http://ning.it/aErVjT
http://ning.it/agFvl7

Statoil no Irã
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MARISE JALOWITZKI é escritora, consultora organizacional e
palestrante internacional, certificada pela IFTDO-USA, pós-graduação
em RH pela FGV-RJ, autora de vários livros organizacionais.
marisej@terra.com.br
http://www.compromissoconsciente.blogspot.com/
F (51) 97056424
Porto Alegre - RS - Brasil
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

E QUANDO OS "LÁ-DE-FORA" DESCOBRIREM A MANOBRA?


E QUANDO OS "LÁ-DE-FORA" DESCOBRIREM A MANOBRA?
Marise Jalowitzki


Postado em:29.10.2010
http://ning.it/a5bH59


POLÍTICA DO "PIOR DOS MUNDOS"


A manobra efetuada pelo governo, de pegar o valor dos investimentos no pré-sal para pagar suas despesas deixou muita gente revoltada. Usar 16,4 bi para cobrir despesas e liberar 11,6 bi para investimentos é brincadeira de mau gosto, para não dizer o que me vem à cabeça!

"Para o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, o fenômeno está no padrão da política fiscal dos últimos anos. Segundo ele, bancar gastos correntes se utilizando de manobras contábeis que antecipam recursos é o “pior dos mundos”. Segundo Vale, o correto seria que esse dinheiro da Petrobras fosse utilizado para bancar mais investimentos ou fazer um superávit primário elevado, que reduzisse mais rapidamente a dívida pública."



Mas, afinal, não foi dito em campanha que o dinheiro advindo da exploração de petróleo seria para dar andamento e incrementar projetos sociais? Alguém ouviu dizer que seria para pagar os gastos do governo?

Lembram de um artigo, postado neste blog, onde um profissional sugere a criação de um Código de Defesa do Eleitor? Punindo os candidatos que mentem? Que não cumprem o que prometem? Que esquecem e se descompromissam com aquilo que disseram?
Pois é!
Porque "pedir explicações" é o mesmo que nada!
No noticiário da noite, mesmo, lá esteve a candidata explicando tudo, negando tudo, justificando com voz cândida...

As notícias são sempre desencontradas.

Há bem pouco tempo foi anunciado que, face à situação inovadora, seriam necessários desenvolver projetos igualmente inovadores. Os empresários de várias regiões foram conclamados para trazer sugestões de equipamentos que possibilitassem a extração do petróleo a 7mil metros de profundidade e a previsão para iniciar a extração era 2012.

Em 22.10.2010, em reportagem da Exame, consta que "a declaração de comercialidade está prevista para 31 de dezembro de 2010, de acordo com a empresa Galp Energia, de Portugal". A Galp anunciou que "o nono poço explorado em águas ultraprofundas da Bacia de Santos confirmou o potencial de reservas de petróleo leve de Tupi entre 5 e 8 bilhões de barris, reduzindo as incertezas sobre os volumes estimados de óleo na camada pré-sal".


"É do Brasil, para os brasileiros".
 
 
 
A Galp Energia tem participação de 10 por cento no consórcio que explora o poço, sendo que 65 por cento pertencem à Petrobras e 25 por cento ao BG Group.

Seis dias depois, em 28.10.2010, descobrem um novo poço, ainda maior que Tupi, com capacidade para extrair 15 bilhões de barris. O anúncio está programado para segunda-feira, logo após as eleições...

Que Deus nos ajude!

Quem acompanha há mais tempo os artigos deste blog, deve lembrar que, antes do 1º turno, uma jornalista norueguesa, da Revista Nytid (Novo Tempo) me procurou para saber mais sobre a Onda Verde e o Movimento Marina. A matéria saiu e saiu bem.

Aí, colocando o tradutor a serviço, tentei ler também outras reportagens da revista. Em outro artigo vou me deter a trazer um tanto do que eles revelam sobre o que pensam de nós e nossa maneira de ser. As expectativas deles, porém, são as mais altas possíveis, querendo entrar com tudo e falando de uma LISTA DE ESPERA do governo brasileiro com mais de 100 empresas interessadas! Isto foi em setembro, quando as ações estavam à venda. Noruega, bem sabemos, junto com tantos outros países, são também acionistas.

A pergunta que fica é: Como eles, os acionistas estrangeiros, estão reagindo com relação à manobra de cobrir despesas do governo com o dinheiro dos investidores?

E QUANDO OS "LÁ-DE-FORA" DESCOBRIREM?


Vai sobrar para o próximo governo! O próximo governo é que terá de promover um ajuste fiscal mínimo, para deter as despesas correntes. São as palavras de Sérgio Vale, da MB Associados.

"Segundo Vale, quando os analistas internacionais perceberem que a política fiscal brasileira tem recorrido a subterfúgios para cumprir suas metas, em um ambiente de déficit em conta corrente elevado, o Brasil vai ter problemas.  - A história mostra que isso não vai dar certo! - diz, explicando que, nesse cenário, a taxa de câmbio tende a “estourar” e criar sérias dificuldades para a economia brasileira."

Euforia ou Incerteza?! Qual dos dois sentimentos você escolhe?
Em momentos de incerteza, quando não se sabe muito bem onde se está pisando, é preciso ter confiança em quem repassa os dados. O governo tem dado inúmeras mostras de que aquilo que é dito não é verdade.


E, voltando à preocupação perene:


- QUAIS OS CUIDADOS que estão sendo tomados para COM O MEIO AMBIENTE?
- QUAIS OS RISCOS PARA A POPULAÇÃO COSTEIRA?






ALTO-MAR E ÁGUAS ULTRAPROFUNDAS, QUAL A PROJEÇÃO DO IMPACTO PELAS PERFURAÇÕES, EXTRAÇÕES E INJEÇÃO DE CO2 no fundo do oceano PARA ACELERAR A EXTRAÇÃO DO PETRÓLEO?


São muitas as perguntas. Fica o registro do anseio por respostas confiáveis.
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Fontes:
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+brasil,manobra-com-dinheiro-da-petrobras-vai-cobrir-alta-de-gastos-do-governo,not_41127,0.htm
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