sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

NOVA FORMA DE VIDA - SEM FÓSFORO, COM ARSÊNIO


Descoberta amplia noção do que é 'vida', diz astrônomo - Foto revista Época
- formas de vida sem fósforo, com arsênio, encontradas no lago tóxico -

NOVA FORMA DE VIDA - Sem fósforo, com arsênio

Por Marise Jalowitzki
03.12.2010
http://t.co/sD1pU9E

A Nasa confirmou em Washington a descoberta de uma forma nova de vida encontrada em um lago tóxico na Califórnia. Nova forma de vida. Componentes de sobrevivência diferentes daqueles que compõem a nossa estrutura. Arsênio no lugar de fósforo. Veneno mortal para nós, constituição de vida para esses novos organismos. 

"Esta é uma descoberta fenomenal. Se as pessoas estão decepcionadas, sinto muito. Mas é uma descoberta que fundamentalmente muda como vemos, definimos a vida e talvez seremos capazes de encontrar um ET agora", diz a cientista e pesquisadora Mary Voytek.

Não deixa de ser fascinante, mas, ao mesmo tempo, triste. Seres tóxicos, nascidos da poluição. É a Vida, sim, sempre se renovando. Obriga, também, a que se renovem os conceitos sobre o que é naturalmente biológico.

Surpreso? Eu não!
Você não assiste filmes de ficção científica? Eu, sim!

Então, a gente assiste a um filme e, depois, é só esperar "ele virar realidade"! É assim desde os Jetsons, aquela família que fez tanto sucesso nos seriados dos anos 60, ou será 70? Já nem lembro mais!

Foi assim com os robôs, com a televisão, o computador (imagine falar em tempo real com alguém e, ainda assim, ver a imagem!!??), os celulares, etc. Até há bem pouco tempo, utopia pura!

As tentativas e os experimentos são continuados, constantes. O gosto pelo inusitado,pelas descobertas, são a característica principal de muitos dos pesquisadores-cientistas. Para esses, interessa menos descobrir cura para o câncer, para a Aids e tantas outras doenças que, muitas vezes, deixam os médicos embasbacados, sem nem saber que tipo de exames pedir para verificar o quadro do paciente. Interessa, sim, o novo. Sempre o novo. Distante do que está à sua frente. E que é, igualmente, desafiador.

O sorriso dos pesquisadores-cientistas envolvidos nesta descoberta de nova vida surgida em meio ao arsênio, bem demonstra a satisfação que a nova constatação trouxe. Agora, terão sobre o que se debruçar e tentar esmiuçar como é possível, em que se baseia, quais as novas combinações que poderão ser feitas para obter novas mutações!

gaivota agonizante, encharcada de petróleo -
descoberta nova forma de vida, sem fósforo, com arsênio


Um chute no estômago dos ambientalistas. Já há aqueles vizinhos céticos que declaram: "Viu, não tem com que se preocupar! A vida não vai acabar só porque os rios estão poluídos!"


Nós, que defendemos a preservação, que defendemos a utilização de energias renováveis para que o respeito às espécies seja exercitado, nós devemos ser um empecilho para muitos. Pois não é de um lago tóxico (um rio morto) que nasce a "nova vida"?

No censo animal, que foi divulgado há questão de um mês, mais ou menos, tantas novas espécies apareceram, especialmente as marinhas. Em algum momento você acreditou que se tratava de uma descoberta nunca antes vista? Muitas espécies já são fruto de mutações. Também terrestres. Cachorros gigantes na Ásia; animais grotescos, meio cão, meio leão, no Canadá. É só pesquisar em "experimentos científicos" que há literatura farta.

Na década de 80 eu e minha filha tivemos acesso a alguns livros de cunho espiritualista que traziam todas essas informações e do quanto a vida poderia ir se transformando em novas formas para poder fazer frente a todos os ataques tóxicos. Lá, por exemplo, falava em Vênus com uma forma de vida com a temperatura acima de 900 graus, estruturas meio metálicas. E outras coisas mais. "Tudo futurismo", diziam várias pessoas. Quando se encontrou as moléculas de água em Marte, novo uau!

Quem sabe vamos ressignificar todo o nosso conceito do que seja tóxico, então?

E quais os novos valores éticos? Então, é só deixar o tempo passar para ver como "se safam" as espécies? É a adoção definitiva da lei do mais forte? Então, podemos recomeçar da pré-história, outra vez. Aliás, saímos, alguma vez, desta era?
- Imposição pela força
- Sem escolha ou opção
- "Manda quem pode, obedece quem teme juízo!" (ou quem "precisa")

Devemos festejar que a Vida se mantém? Este é o ponto de vista dos pesquisadores que, com a descoberta, acreditam ter conseguido a prova de que a vida extraterrestre é possível.

Difícil etapa de transição para muitos que, hoje, já estão na deriva social.

Novos valores éticos serão necessários

Filhos de nossos filhos, recebam as bençãos de seus avós!

Marise Jalowitzki
Escritora e consultora
www.compromissoconsciente.blogspot.com
Porto Alegre - RS - Brasil
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Nasa confirma descoberta de nova forma de vida
http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4823978-EI238,00-Nasa+confirma+descoberta+de+nova+forma+de+vida.html

02 de dezembro de 2010 17h09 atualizado em 03 de dezembro de 2010 às 00h33
Descoberta amplia noção do que é 'vida', diz astrônomo
Lígia Hougland
Direto de Washington
A Nasa confirmou nesta quinta-feira em Washington a descoberta de uma forma nova de vida encontrada em um lago tóxico na Califórnia. Segundo os pesquisadores, eles encontraram um "micro-organismo vivo diferente do conceito de vida que conhecemos até hoje", diz pesquisadora da Nasa.

"Até hoje se pensava que todas as formas de vida precisavam de fósforo e este micróbio substitui fósforo por arsênio. Isso é profundo. O que mais poderemos encontrar?", diz a pesquisadora Felisa Wolfe-Simon.

"A definição de vida acabou de ser ampliada", diz Ed Weier, administrador da Nasa da missão de Ciência.

"Esta é uma descoberta fenomenal. Se as pessoas estão decepcionadas, sinto muito. Mas é uma descoberta que fundamentalmente muda como vemos, definimos a vida e talvez seremos capaz de encontrar um ET agora", diz Mary Voytek.

A Nasa diz que a descoberta de uma bioquímica alternativa vai mudar livros de Ciência e a ampliar o escopo da busca pela vida fora da Terra. Carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre são os 6 elementos básicos de todas as formas de vida na Terra. Fósforo é parte da estrutura do DNA e do RNA, as estruturas que transportam as instruções genéticas da vida e é considerado um elemento essencial para todas as células vivas.

Fósforo é um componente central da molécula que transporta energia em todas as células (adenosina trisfosfato) e também os fosfolipídios que formam todas as membranas das células.
Essa forma de vida descoberta utiliza o arsênio no lugar do fósforo. O arsênio é elemento quimicamente parecido com o fósforo, mas venenoso para a maioria das vidas na Terra.

Segundo os pesquisadores, a descoberta abre toda uma nova variedade de perguntas, com respeito à exploração espacial, isso é muito importante, pois mostra que ainda não sabemos o que pode ser tolerado em outros ambientes. "Temos que pensar em possibilidades de encontrar vida que aguentam coisas que não conseguiríamos aguentar", diz Mary Voytek, diretora do programa de Astrobiologia da Nasa.

Felisa afirma que temos que pensar em vida em qualquer contexto, como o lunar ou em outro planeta. Segundo a pesquisadora, há sim fósforo nesses micro-organismos, mas em uma quantidade muito pequena, que não seria suficiente para a vida.

"(Esta descoberta leva a) possibilidades de organismos que possam viver sem fósforo e poderá se desenvolver toda uma nova tecnologia de bioenergia sem usar fósforo", diz James Elser, professor da Universidade do Estado do Arizona.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4826456-EI8147,00-Pesquisadora+nova+bacteria+pode+ser+forma+primitiva+da+vida.html

 Pesquisadora: nova bactéria pode ser forma primitiva da vida
04 de dezembro de 2010 • 20h40 • atualizado em 05 de dezembro de 2010 às 11h31


Descoberta também muda a maneira de pensar sobre o que são ambientes habitáveis no universo. Na imagem, o micro-organismo que usa arsênio no lugar de .... Foto: Nasa/Reprodução Na imagem, o micro-organismo que usa arsênio no lugar de fósforo na constituição de seu DNA
Foto: Nasa/Reprodução

Lígia Hougland
Direto de Washington
A astrobióloga do Centro Goddard, da Nasa, Pamela G. Conrad, acredita que a nova forma de vida descoberta por cientistas americanos pode ser uma espécie de vida primitiva, uma das primeiras "tentativas" para os seres vivos que se desenvolveram depois. Pamela esteve presente no anúncio oficial da descoberta, na quinta-feira, na sede da Nasa. Em entrevista ao Terra, a astrobióloga afirma que nas primeiras biomoléculas, tanto o DNA quando outras moléculas básicas dos seres vivos, podem ter "experimentado" diversos elementos químicos para sua formação básica.

"Por exemplo, o composto de arsênio não é apenas o metal arsênio, mas é arsênio com oxigênio. Chamamos de arseniato. É muito menos estável quimicamente do que o típico grupo de elementos químicos que se encontra no DNA, chamado fosfato. Portanto, é possível que tenhamos começado por fazer biomoléculas com elementos químicos instáveis como o arseniato e outros. Mas, conforme as moléculas foram aleatoriamente formadas, se degeneraram, e foram novamente formadas, aquelas com elementos mais estáveis foram as que persistiram. Assim, é possível que este micro-organismo seja uma molécula mais primitiva. Mas pode ser uma de muitas", disse a pesquisadora.

A bactéria descoberta pelos pesquisadores é considerada diferente de todos os demais seres vivos conhecidos. Carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre são os seis elementos básicos de todas as formas de vida na Terra. Fósforo é parte da estrutura do DNA e do RNA, as estruturas que transportam as instruções genéticas da vida e é considerado um elemento essencial para todas as células vivas. A bactéria encontrada tem no lugar do fósforo o arsênio, um elemento químico tóxico para os demais seres vivos.

Questionada se os pesquisadores criaram ou alteraram de alguma forma a bactéria, Pamela diz que não. "Ninguém criou nada novo. É algo que já existia neste lago incomum e foi agora observado. Nada foi alterado, foi apenas observado algo que já existia na natureza."

Segundo a Nasa, a descoberta amplia o escopo de busca por vida fora da Terra e vai mudar os livros de Ciência. "Ao procurarmos por vida, tentamos reconhecer a química e a estrutura que basicamente definem a vida. (...) Há seis elementos que normalmente vemos associados à vida: hidrogênio, carbono, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre. Estes seis elementos são universalmente constantes na vida.

Mas, quando vemos um organismo com um elemento como o arsênio, pensamos que o arsênio é tóxico e, portanto, provavelmente, não pode haver vida. A partir de agora, quando vermos arsênio, teremos de pensar que pode haver um tipo de vida que use esse elemento químico", diz a astrobióloga.

Por outro lado, teorias já indicavam a possibilidade de que outros elementos químicos poderiam se combinar para formar vida. "A novidade é que agora temos algo específico que podemos observar, e podemos tentar aprender com a estratégia que esse tipo de vida usa a fim de determinar que tipo de caminhos químicos ela pode usar para processar o que está disponível no meio ambiente."

"Nunca havíamos observado algo que incorporasse um elemento químico alternativo ao DNA, a molécula que grava instruções para que os organismos se reproduzam. Se o que foi descoberto se provar estável e pudermos observar isso de forma reproduzível, veremos que esse tipo de molécula não é tão exclusiva, e que talvez possa incorporar outros elementos químicos.

Portanto, ao estudarmos poderemos ver os métodos pelos quais as biomoléculas usam outros elementos, o que pode nos proporcionar ideias para maneiras diferentes de procurar por vida", diz a pesquisadora.

Pamela descarta a possibilidade de que a bactéria tenha origem extraterrestre, já que tem várias semelhanças com outros seres na Terra. "Não é um organismo que é feito de algo diferente, mas que incorpora algo que é geralmente tóxico. (...) A diferença é que ele é capaz de sobreviver à presença deste metal tóxico (o arsênio)".

Sobre a possibilidade de o organismo ter uma origem diferente das demais formas de vida da Terra, ela também acha improvável, "mas é difícil saber com certeza". "A maneira pela qual sabemos isso é estudando a composição química hereditária, o DNA, e daí vemos o quão parecido o organismo é com outros micróbios. O organismo descoberto é suficientemente semelhante a outros micróbios, portanto temos bastante certeza de que a sua origem é terrestre", diz.

Por que estudar um lugar onde quase não há vida?

Com uma grande quantidade de arsênio em suas águas, o lago Mono, na Califórnia - onde foi descoberta a bactéria-, tem pouca vida. Apenas algumas plantas sobrevivem presas às suas rochas. Então, por que os pesquisadores foram a esse lugar morto? Segundo Pamela, os poucos seres que vivem lá podem dar pistas de como pode ter sido a vida em outro local do Sistema Solar.

"Este lago é interessante por que é uma bacia que evapora água. Sabemos que Marte costumava ter água estagnada. Portanto, conforme a água foi desaparecendo de Marte, a última porção de água ficava em uma bacia que evaporava. Tentamos entender a química e a mineralogia associadas a uma bacia que está evaporando e procuramos compreender a estratégia de sobrevivência que os organismos encontrados em tal bacia podem usar."

Pamela ainda acredita que a descoberta indica que sabemos muito pouco sobre o nosso próprio planeta.

"Muitas pessoas especulam que pode haver metabolismos ou estratégias de vida estranhos ou alternativos que ainda não foram observados. Acho que seria muito pretensioso se algum cientista acreditasse que já observamos tudo que a natureza tem a oferecer. Prevejo que ainda observaremos muitas coisas incomuns com relação à vida."
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a maravilhosa simplicidade de uma semente: passado? 


dna está em cada semente



Querendo, leia também a série:
O 'MISTÉRIO' DA EXTINÇÃO DAS ABELHAS

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responsabilizar?

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Parte 1

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15.junho.2012









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