domingo, 19 de setembro de 2010

Jovens, Adotem o CCP!!! - Criando Consciência Política

Os políticos são nossos fornecedores. Somos nós que pagamos, através de nossos impostos, o salário e todos os demais benefícios que eles recebem. Eles chegam lá por suas promessas de campanha e pelo nosso voto. Como não cumprir o que prometem??!! O conhecimento, a escolha, o voto, o acompanhamento e a cobrança é que constituem o processo que chamo de CCP - Criando Consciência Política.

JOVENS, ADOTEM O CCP!!! - Criando Consciência Política


Por Marise Jalowitzki
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2010/09/jovens-adotem-o-ccp-criando-consciencia.html

Em tempos de desrespeito, desmatamento, destruição, mudanças aceleradas onde pouco ou nada podemos interferir, coisas que ficamos sabendo, na maioria das vezes DEPOIS que acontecem, onde tantas coisas carecem de ações imediatas, já remediativas, para não acelerar o caos, é importante criar um interesse que ainda não é muito estimulado em nossos lares: A Consciência Política.

Não é tão chato assim. Assista o "Otário Eleitoral Gratuito" e ria muito. E, também, reserve um pouco de seu tempo para assistir ao "Horário Eleitoral Gratuito" e ouvir o que dizem os candidatos. A internet e todos os demais recursos de que dispomos atualmente, possibilitam um acompanhamento dos candidatos, para que se possa cobrar ações concretas deles, mais tarde, quando eleitos e acabar com a falta de compromisso de quase todos os que lá estão.

Temos de fazer a nossa parte.

O Brasil e seus eleitores, precisam sair da condição de "pedintes" e passar a agir e ser tratados como clientes. Os políticos são nossos fornecedores. Somos nós que pagamos, através de nossos impostos, o salário e todos os demais benefícios que eles recebem. Eles chegam lá por suas promessas de campanha e pelo nosso voto. Como não cumprir o que prometem??!! O conhecimento, a escolha, o voto, o acompanhamento e a cobrança é que constituem o processo que chamo de CCP - Criando Consciência Política.

Divulgue essa ideia e pratique!


Um pouco do histórico do Brasil, na minha ótica

1964 a 1986 = Os avós de hoje são "a geração boca fechada". Eu tinha 11 anos em 1964 e, de uma hora para outra, ninguém mais podia falar em governo, em candidato, brincar com a vassoura-símbolo-de-Jânio. Ele mesmo saiu em pouco tempo e o silêncio imperou. Eu perguntava a meus pais porque o uso da bandeira estava proibido e qual era, afinal, o nome de nosso governo. Quem me respondia era meu irmão mais velho, sigilosamente:

- Agora é um novo tempo! Chama-se "Regime Militar de Exceção"! - e ponto final. Ninguém mais falava nada.

Os que se expuseram, na época, pagaram caro: foram torturados ou mortos ou, simplesmente, desapareciam de um momento para outro.


1986 a 1994 - Os pais de hoje. Movimento novo. A charge mais marcante foi dos "Caras Pintadas" - uma encomenda do Senado com o incentivo da Globo, investindo nos jovenzinhos da época para que acelerassem o processo de impeachment do então presidente Collor que acabou se tornando persona non grata para os senadores. Não que os interesses fossem divergentes, não: falcatruas, desonestidades, fraudes, desmandos continuaram a ser a tônica. Mas, não havia 'simpatia" entre os dois lados, que, não se entendendo, acharam por bem divulgar os podres e cortar o mandato.

Muitas mulheres adultas (as avós de hoje) choraram quando Collor foi mandado embora: "Ele era tão bonito!" - choramingavam...

1994 a 2002 - Tempo ansiado. Retorno ao direito ao voto claro, festejado. Estabilização da moeda, fim do Circo a que Sarney e Collor submeteram o povo, com inflação em índices inimagináveis! Mas o povo sentia que faltava MUITA COISA daquilo que sonhara. E veio - e foi eleito - aquele que "olharia para os pequenos" pois ele viera de lá. Iria reverter a situação absurda da Petrobras (com 30% vendida aos espanhóis pelo governo da época) e tantas outras providências.

Já tinha Greenpeace singrando os mares com seu navio. Quando aportava aqui no RS praticamente nenhuma divulgação era fornecida à população. Mas, devagarinho, principalmente nas escolas, começou um papo novo: Ecologia, Sustentabilidade, Inclusão Social, Projetos para ajudar aos desvalidos, Respeito aos animais e políticas de energias limpas.

2002 a 2010 - Governo que implantou novos projetos - necessários para um primeiro momento - e deu continuidade a melhorias que aconteceram no governo anterior . Sim, necessários para um primeiro momento, pois quem tem fome não pode sequer ouvir o que está sendo falado sobre Educação, aquisição de conhecimento, essas coisas. O jingle da Campanha foi "FOME ZERO". Claro que era previsível que tal objetivo, em dois mandatos, não seria alcançado para um país com dimensões continentais como o Brasil. Mas foi isso o alardeado e foi com essa esperança que o povo mais carente (milhões e milhões) foi para as urnas sem titubear e elegeu o candidato "do povo".

Mas, elogios são como perfumes, devemos senti-los, mas NUNCA bebê-los. A auto importância cegou as intenções e as ações mais genuínas. Os interesses mais nobres foram substituídos pela ganância, egolatria, auto endeusamento.

Tem um ditado que diz que "O Poder Corrompe". Discordo. Só corrompe cabeças fracas, com crenças fracas. Quem tem objetivos firmes, calcados na sua própria experiência de vida, e acredita neles, consegue manter suas metas a atitudes.

Escândalos, "Eu não sabia!" - "vamos-averiguar-para-acabar-em-pizza"... permearam, todos os dias, a convivência com programas que, agora, precisam ser revistos, pois acabam gerando uma situação de dependência que em muito se assemelha a nossa histórica colonização: dar colarzinhos e espelhinhos para os índios, em troca de suas terras e riquezas.

Dar um "dinheirinho mensal" é bom para quem não tem nada, mas precisa estar alicerçado com educação e formações profissionalizantes, com filosofias e atuações de sustentabilidade, com utilização de energias limpas para acabar com essa onda de sujeira e poluição que entorpece e afoga!



Pesquisas full-time: GOOGLE, TERRA, UOL


MARISE JALOWITZKI é escritora, consultora organizacional e palestrante internacional, certificada pela IFTDO-USA, pós-graduação em RH pela FGV-RJ, autora de vários livros organizacionais.
marisejalowitzki@gmail.com
Porto Alegre - RS - Brasil




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