quinta-feira, 26 de junho de 2014

Distúrbios cognitivos, hiperatividade, autismo e pesticidas



Pesquisa sugere que os pesticidas alteram o desenvolvimento do cérebro das crianças, sendo ainda maior o risco em fetos, cujas mães estão expostas durante os primeiros meses de gravidez
de gravidez.
Distúrbios cognitivos, hiperatividade, autismo e pesticidas

Por Marise Jalowitzki

Tema bem pouco comentado! E bastante sério, pois estamos literalmente "empestados" em termos de alimentos adulterados. Somos o 1º país em uso de agrotóxicos e o 2º em uso de transgênicos. Por isso os orgânicos são tão caros. É preciso incentivar as hortas orgânicas também nas escolas, pois os alimentos da merenda escolar nas escolas públicas também carecem destes cuidados!

(Dieta especial para hiperativos e desatentos:Livro TDAH Crianças que Desafiam, págs. 166 a 171)

Aqui neste artigo a recomendação vai diretamente para a mulher do campo que está grávida ou tem planos de engravidar. Uma recente pesquisa publicada na revista Environmental Health Perspectives (junho.2014) analisa a associação entre viver perto de um lugar onde são usados pesticidas e os nascimentos de crianças com distúrbios cognitivos, hiperativas, autistas ou Asperger, apesar de, como sempre, não deduzir uma relação de causa e efeito. Apenas observaram, com base em 1.000 pessoas que participaram de um estudo de famílias com crianças autistas, que todas elas viviam respirando ou em contato com os venenos, também pela água, o que sugere que os pesticidas possam alterar o desenvolvimento do cérebro das crianças, sendo ainda maior o risco em fetos, cujas mães estão expostas durante os primeiros meses de gravidez.

O texto fala sobre a exposição de mulheres grávidas que moram em lugares próximos (cerca de 1,25 e 1,75 km) a cultivos de utilizam pesticidas, agrotóxicos de diferentes tipos, e declara que elas possuem 66% mais chances de ter uma criança com problemas"Este estudo confirma os resultados de pesquisas anteriores que constataram ligações na Califórnia entre o fato de uma criança ter autismo e estar exposta a produtos químicos agrícolas durante a gravidez", indicou Janie Shelton, co-autora do estudo.
Os pesquisadores pertencem à Universidade da Califórnia Davis, fundada em 1868. "Observamos onde viviam os participantes do estudo durante a gravidez e no momento do nascimento", explicou um dos autores do estudo, Irva Hertz-Picciotto, vice-presidente do departamento de Ciências e Saúde Pública da Universidade Davis da Califórnia.

A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de 4% dos adultos e de 5% a 8% de crianças e adolescentes em todo o mundo tenham TDAH. O autismo atualmente atinge uma em cada 68 crianças nos Estados Unidos. Um número crescente em relação a 2000, quando a desordem afetava uma em cada 150 crianças americanas.
"Apesar de ainda termos que ver se alguns subgrupos são mais sensíveis do que outros a exposição a pesticidas, a mensagem é clara: as mulheres grávidas devem prestar atenção e evitar qualquer contato com produtos químicos agrícolas." - declara Shelton.

A pesquisa fala apenas da proximidade, como se tão somente a inalação fosse prejudicial. E o que dizer de todos os produtos plenos de pesticidas que consumimos todos os dias?
Até mesmo o leite materno fica contaminado!

Uma das coisas mais incríveis que percebo em nosso mundo, é a falta de informação para tantas coisas! Vivemos a era da informática, notícias velozes, mas, a verdade, e as providências efetivas, onde estão?

Em Mato Grosso já houve uma pesquisa, anos atrás, comprovando mais de 6 tipos de agrotóxicos no leite materno!! 

E os legisladores simplesmente negam o problema. Simples assim!

A substância com maior incidência é conhecida como DDE, um derivado de outro agrotóxico, o terrível DDT, proibido pelo Governo Federal em 1998 por provocar infertilidade no homem e abortos espontâneos nas mulheres. (veja ao final o link do artigo, incluindo video)


Como se precaver contra produtos tóxicos se os órgãos de controle não são confiáveis?

“Os órgãos de controle não são confiáveis. Eu não sei, francamente, exatamente o que acontece em todos os países, mas acredito que seja semelhante ao que temos aqui na Europa com a AESA, e isso eu sei muito bem. Os principais problemas com a AESA são dois. 

1 - A AESA não utiliza laboratórios independentes para o controle de OGM (organismos geneticamente modificados) bio-segurança e, portanto, baseia-se nas respostas das empresas produtoras às questões colocadas pelos comitês científicos específicos. Assim, enquanto esses comitês são, tanto quanto sabemos, bastante independentes, enquanto as empresas de curso certamente não o são, eles continuam enviando de volta as conclusões dos seus laboratórios e não os dados brutos. Por isso, também é impossível verificar a confiabilidade do tratamento estatístico dos resultados, como aconteceu no caso infeliz do milho MON863. 

Nesse caso do milho MON863, a empresa produtora (Monsanto) foi obrigada por um tribunal alemão a liberar os dados, e eu, pessoalmente, constatei o tratamento estatístico incrivelmente pobre que foi utilizado na pesquisa. 

2 - Em segundo lugar, as diretrizes da AESA não levam em conta as ferramentas melhorando rapidamente para avaliação de risco e não realizam o que é chamado de "análise de todo o ciclo", olhando para todos os possíveis efeitos diretos e indiretos de OGM, não apenas sobre a saúde humana, mas também sobre o meio ambiente e a agricultura, como justamente pleiteado no presente questionário. 

Assim, ao nível molecular do genoma inteiro, análises mais criteriosas nunca acontecem, análises que levem em consideração riscos, probabilidades, suposições. O que, de tempos em tempos surgem são os considerados "efeitos inesperados", que são prontamente aceitos no lugar de pesquisas e análises extensas, comprovando a presença e integridade da construção projetada. Mas a suposta presença de outros fragmentos de DNA espalhados para receber o genoma, como encontrado em muitos casos, por exemplo, por Svitashev e Somers ( 2001 ) e muitos outros, são literalmente omitidos. Esta omissão não permite o rastreio das alterações na expressão de genes supostamente hospedeiros, a transcrição de ARN e proteínas de fusão, etc (ver Rosati et al. 2,008 ). Além disso, análises epigenomicas não são solicitadas, os estudos sobre os metabolomes e alterações fisiológicas, particularmente nos padrões da hormona, bem como o estudo dos efeitos sobre o meio ambiente, estão limitados a eventual resistência de ervas daninhas ao herbicida, e assim por diante.

Pesticidas, hiperatividade, distúrbios cognitivos - info.abril.com.br/noticias/ciencia/2014/06/estudo-americano-aponta-relacao-entre-autismo-e-pesticidas.shtml

Para nós, cidadãos comuns que estamos à mercê de todas as megacorporações e sua ética duvidosa é cada vez mais necessário precaver da melhor forma possível! 

Não, não se deixe desanimar! Não sucumba à filosofia que as megacorporações tentam incutir em todos: uma "natural" aceitação de que tudo está perdido e que nada mais nos resta a não ser viver "como cada um puder", os dias que lhe restam! Os grandes grupos que hoje dominam o mercado industrializado, atuam tanto na produção de alimentos como na indústria farmacêutica, ou seja, os mesmos que fabricam os venenos também fabricam os psicotrópicos, vacinas e antibióticos e é claro que eles querem que todos acreditemos que não existem caminhos saudáveis em um mundo "condenado"! Esta crença na doença como caminho para todos é anti-vida! 

No último domingo chamou-me a atenção quando um ex-atleta, referência no Brasil, declarou para todos da platéia em um programa de auditório: "Todos vocês vão morrer de alguma doença, um dia!" - Ele estava querendo minimizar o seu estado e, também, queria mostrar que doença é algo "natural". Não, não é! Não nascemos para a doença, nascemos para a saúde! Não nascemos para a dor, nascemos para a Alegria! Ainda que muita coisa errada já esteja respingando no dia a dia de quase todos, ainda há tempo para mudanças importantes e depende da atitude de cada um! Não serão as leis dos governos e, sim, a ação individual que pode mudar para melhor o caminho de muitos! 

1 - Procure estar o mais longe possível de locais que manipulam e aplicam agrotóxicos.
Sempre que puder, consuma produtos orgânicos, especialmente muitas fruta e verdura

2 - Evite ao máximo os produtos industrializados, especialmente refrigerantes e alimentos com corantes. "Ovos em pó" presentes em muitas massas, bolos e bolachas, são produzidos quimicamente, misturando ingredientes prejudiciais à saúde. Tente voltar, o mais possível, à velha e gostosa comidinha caseira.Invente pratos, faça o melhor para conquistar o paladar de seus filhos.

3 - Vá retirando o leite e seus derivados da dieta familiar. Há muitos estudos que comprovam o quão prejudicial tais produtos são, causando doenças nas pessoas, especialmente crianças e idosos. Ainda mais agora, com a ordenha mecanizada, vacas leiteiras em confinamento, seguidamente recebendo vacinas com conservantes químicos diversos, recebendo ração a base de grãos e peixes (!), antibióticos para resistir às mastites (inflamação dos úberes) e aos problemas gástricos devido à ingestão de milho transgênico (que fermenta em excesso). Bovinos nasceram para comer grama, não grãos ou carne de outros animais!

4 - Evite os antibióticos sempre que possível, especialmente em crianças pequenas.

5 - Fique esperto e pesquise, informe-se e diga "Não!" sempre que algum médico queira receitar, logo na primeira consulta, um tarja preta para seu filho! Nove em cada dez médicos declararam receitar psicotrópicos para crianças já na primeira consulta e mais de 75% dos 'diagnósticos' mostram-se indevidos!


Querendo, veja também:

Agrotóxicos - Leite Materno contaminado em Cuiabá!

Leite materno contaminado por agrotóxicos em Cuiabá

Por Marise Jalowitzki
23.março.2011
http://t.co/dx22I1k

Quais os estudos para acompanhar essas queridas crianças?
Apopulação precisa se mobilizar e EXIGIR SOCORRO! Providências de verdade!


Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente

Escritora, Educadora, Blogueira e Colunista
Idealizadora e Coordenadora do Curso Formação para Coordenadores em Jogos e Vivências para Dinâmica de Grupos,
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FGV,
Facilitadora de Grupos em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista de coração, Vegana.
Certificada como International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
marisejalowitzki@gmail.com 
compromissoconsciente@gmail.com 



Livro: TDAH Crianças que desafiam 
Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família
Contra o uso indiscriminado de metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta

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