Condenação das multinacionais de agrotóxicos
Por Marise Jalowitzki
30.dezembro.2013
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2013/12/condenacao-das-multinacionais-de.html
Estamos concluindo 2013 e a questão devastadora do uso indiscriminado de agrotóxicos continua. Os legisladores que se interessam com a preservação da vida precisam encampar mais ações efetivas para frear todo este consumo e, principalmente, sugerir (e aprovar) leis que coibam o fabrico de substâncias assim tóxicas como as que estão no mercado, no mundo inteiro. Agricultores, muitos deles assalariados, utilizam os agrotóxicos, muitas vezes até premidos pela "venda casada" dos financiamentos bancários. Produtos esses que, apesar de terem (infelizmente!) sido testados em animais, não o foram em humanos e nem precisaria, nem em um caso, nem em outro, pois é sabido que são tóxicos e que podem trazer uma gama de efeitos danosos para a saúde de todos os envolvidos. Mortes, mutilações, doenças incuráveis, as abominações se sucedem. Regiões inteiras pelo mundo estão contaminadas, desde plantadores de arroz asiáticos a culturas tropicais.
"Em 2012, Monsanto, Syngenta, Bayer, Dow Chemical, DuPont e BASF foram julgadas culpadas por violações graves, generalizadas e sistemáticas aos direitos à saúde e à vida, aos direitos econômicos, sociais e culturais, bem como os direitos civis e políticos e aos direitos das mulheres e crianças. O veredito foi dado pelo Tribunal Permanente dos Povos, que durante quatro dias ouviu vítimas e sobreviventes da indústria de agrotóxicos no mundo todo.
Fundado em 1979, na Itália, o Tribunal Permanente dos Povos é uma corte internacional de opinião que verifica as denúncias de violações de direitos humanos.
Foram destacados os casos de intoxicações na Ásia, causadas pelo inseticida endosulfan, da Bayer e o paraquat, da Syngenta.
Também receberam atenção especial a massiva mortalidade de abelhas na Europa e América do Norte, relacionadas com os pesticidas neonicotinoides, da Bayer e a contaminação de nascentes de água nos Estados Unidos pelo herbicida atrazina, da Syngenta.
Segundo o júri, os atos sistemáticos de governança corporativa aumentaram as perspectivas de extinção da biodiversidade, incluindo espécies cuja existência continuada é necessária para a reprodução da vida humana.
O julgamento aconteceu de 3 a 6 de dezembro em Bangalore na Índia."
Ainda que o veredito do Tribunal Permanente dos Povos não tenha uma vinculação jurídica, esperamos que seja um precedente em futuras ações legais de outras entidades e proporcione aos legisladores mudanças nas leis, coibindo o uso de determinados produtos, aumentando a fiscalização e evitando este consumo exagerado, que tanto mal tem causado a todo o meio ambiente, inclusive os que despejam os produtos tóxicos no solo e plantas.
As vidas ceifadas ninguém traz de volta, as mutilações e doenças degenerativas, também ninguém remedia, mas, como a ganância não tem limites, é preciso frear novas investidas, a fim de evitar que mais e mais pessoas e ecossistemas sejam vitimizados!!!
Ainda que o veredito do Tribunal Permanente dos Povos não tenha uma vinculação jurídica, esperamos que seja um precedente em futuras ações legais de outras entidades e proporcione aos legisladores mudanças nas leis, coibindo o uso de determinados produtos, aumentando a fiscalização e evitando este consumo exagerado, que tanto mal tem causado a todo o meio ambiente, inclusive os que despejam os produtos tóxicos no solo e plantas.
As vidas ceifadas ninguém traz de volta, as mutilações e doenças degenerativas, também ninguém remedia, mas, como a ganância não tem limites, é preciso frear novas investidas, a fim de evitar que mais e mais pessoas e ecossistemas sejam vitimizados!!!
Fonte original: Radio Nederland Wereldomroep Brasil
Talvez você, leitor, tenha se decepcionado ao ler este artigo (assim como eu, ao tomar conhecimento!) pois todos esperamos um freio efetivo nessa insana corrida por lucro!!! VAMOS CONTINUAR PRESSIONANDO!!!
2014, ano de eleições no Brasil. Políticos que querem se [re]eleger, abracem esta causa! E MUDEM, EFETIVAMENTE, ESTE CENÁRIO!
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