Obsolescência programada - Indústria lança sempre novos modelos e o consumidor embarca, sem refletir no ônus, sem pensar se realmente PRECISA daquele produto, por aquele valor |
OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA - COMPRAR, DESCARTAR, COMPRAR
Por Marise Jalowitzki
14.março.2012
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2012/03/obsolescencia-programada-comprar.html
Hoje meu celular, simplesmente, não carregou mais. Estava tudo certo, nenhuma queda, nada quebrado ou torcido. Simplesmente fui conectar para recarregar e não deu sinal. Ele ainda não tem dois anos, além de pouco uso. O que aconteceu? Fui até a operadora e disseram:
- É o tempo regular dele!
Há alguns dias, entrei em contato com uma tele-entrega e disse para a atendente:
- O mouse pifou e não tinha 3 meses!
- Tudo isso? Muito tempo! - ela respondeu.
Lembrei de um seminário que assisti na tv Senado, final de 2011, onde ouvi o nome oficial que a indústria criou para destacar a "validade" de tudo. É OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA. Um tempo regulado, em alguns aparelhos inclusive com chip, para que o produto estrague e o consumidor seja obrigado a adquirir um novo.
Isso já comentei há uns 3 anos, quando tive de adquirir um duplex novo (refrigerador+freezer), pois o que eu tinha - inacreditável - havia apenas 5 anos, simplesmente SOLTOU A PORTA! Quando fui procurar conserto na loja autorizada, a porta era 70% (ISSO MESMO, 70%) do valor de um eletro novo, modelo mais atualizado. Ao comentar com o vendedor da loja, com tranquilidade, passou-me a informação:
- Agora é tudo assim! Nada mais é feito para durar mais de 5 anos! E as pessoas não querem, mesmo. Querem sempre trocar por um modelo mais atual!
Quando, em outra ocasião, procurei por grades de fogão, recebi a resposta:
- Este modelo é muito novo. Agora eles não fabricam mais peças de reposição. Aqui só temos dos modelos mais antigos!
E aí? Como ser mais econômico e não entrar na roda viva do consumo irrefreado? Realmente, estamos passando por um momento que aqui se diz "dá-ou-desce!", em linguagem chula. O lance é cuidar MUUUIIITOOO de tudo que temos e, sempre que o descarte for realmente necessário, procurar os postos de coleta seletiva e algumas lojas que se propõem a isso. Responsabilidade ambiental é totalmente necessário.
Quando o Senador Cristóvam Buarque (quem dirigiu os trabalhos no Seminário), trazia as informações, os convidados que compartilhavam a mesa (painelistas) exaltavam a coragem dele em promover o seminário e alertavam para possíveis retaliações.
Depois, encontrei este video, com o mesmo nome, contendo informações preciosas para aqueles que quiserem entender um pouco mais do mecanismo manipulativo em que todos estamos imersos e de onde alguns, conscientemente, tentam sair.
Decrescimento não significa fazer com que os fabricantes produzam menos, nem os atacadistas vendam menos. Decrescimento significa produzir bens de consumo e móveis de forma tal a contemplar os que ainda não os tem, e nós, os que temos com que prover nosso sustento, testar um modelo onde se viva melhor, com menos.
Você está disposto?
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=YCuoS251ius (legendado)
Marise Jalowitzki Compromisso Consciente |
compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, Educadora, Ambientalista,
Coordenadora de Dinâmica de Grupos,
Especialista em Desenvolvimento Humano,
Pós-graduação em RH pela FGV-RJ,
International Speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil
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