domingo, 26 de fevereiro de 2012

Governo oculta naufrágio de cargueiro com 10 mil litros de óleo na Estação Antártica, um mês antes da explosão

O que causou o incêndio na Estação Antartica?

Governo oculta naufrágio de cargueiro com 10 mil litros de óleo na Estação Antártica, um mês antes da explosão

Marise Jalowitzki
26.fevereiro.2012
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2012/02/governo-oculta-naufragio-de-cargueiro.html


GRAVE É OCULTAR OS PROBLEMAS, A GRAVIDADE DOS DESASTRES

A pergunta que fica é: O QUE CAUSOU O INCÊNDIO NA ESTAÇÃO ANTÁRTICA? Do jeito como o fogo aparece nas imagens, do jeito como os compartimentos são juntinhos, a explosão, pela magnitude, teria atingido mais pessoas, exceto se estivessem distantes. As notícias não trazem informações sobre os motivos, as autoridades falam em reconstrução e "heroísmo".

São necessários maiores dados!

- Em dezembro afunda a chata (espécie de navio cargueiro) pleno de óleo diesel. Aproximadamente 10 mil litros de óleo combustível. O governo oculta a informação.

- UM DIA antes da explosão na estação de pesquisas na Antártica, o Estadão publica a notícia, dando conta de que o tanque estava intacto e que nada vazara.

- APENAS algumas horas depois, a explosão na casa de máquinas, com duas mortes e feridos.
Quando Dilma referencia "heroísmo" dos militares mortos, faz sentido pensar que estavam em plena ação de resgate do tanque com combustível. Embora a Globo tenha noticiado que "desde janeiro o Brasil era o único país que havia trocado seu combustível para etanol..."

Agora, PORQUE ocultar um problemão desses? Claro que não é só no Brasil que isso acontece - de não divulgar o que realmente está acontecendo -. Canadá, USA, Japão, Russia, etc. etc. TODOS comungam da premissa de "se for possível" não dizemos nada. Como diz a canção de Zé Ramalho: "Tô vendo tudo, tô vendo tudo! Mas fico calado, faz de conta que sou mudo!!"

É bem triste constatar isso! Confiança, com certeza, é o que menos podemos ter neste verdadeiro caos social, onde o dinheiro é o rei absoluto. Como o Brasil tem acordos internacionais para preservação ambiental, em caso de acidente teria de desembolsar uma quantia considerável para fazer frente ao estrago. Só que acidente é acidente!

Que os parentes das vítimas possam se sentir confortados neste momento tão difícil, pois vidas ceifadas não há dinheiro que pague.

Vamos ver no que dá, pois o caso, sendo averiguado por organismos internacionais, poderá trazer alguns dados novos.

"Conhecido como Protocolo de Madri, o Tratado da Antártica para Proteção ao Meio Ambiente, em vigor desde 1998, torna o continente reserva natural destinada à ciência. O tratado proíbe até o ano de 2047 a exploração econômica dos recursos minerais e regulamenta e controla a presença humana no local."

Estaremos adultos o suficiente para brincar de sério?

"Como o verão está no final, são esperadas para breve quedas bruscas nas temperaturas e tempestades de neve. Daí a necessidade de o resgate ser feito o mais rapidamente possível, para que ocorra em condições de segurança.


Caso o diesel vaze, o acidente com a chata poderá ser interpretado pela comunidade internacional como um desrespeito ao protocolo, por falta de planejamento e pelo uso de processo tido como obsoleto.
Para os cientistas, um sistema de dutos – que não foi implantado na base brasileira – seria o ideal para transportar combustível entre as embarcações e os tanques." (Estadão)

Segue o texto na íntegra, publicado pelo Estadão, um dia antes da explosão:
Governo esconde naufrágio de barco com 10 mil litros de óleo na Antártida

Acidente ocorreu em dezembro e foi mantido em sigilo para evitar repercussão internacional

24 de fevereiro de 2012 | 23h 00

Sergio Torres, de O Estado de S. Paulo

RIO - Uma chata (embarcação de fundo chato usada para transporte de carga) rebocada pela Marinha afundou em dezembro no litoral da Antártida com uma carga de 10 mil litros de óleo combustível.
Poluente, o produto não vazou, mas está a 40 metros de profundidade e a 900 metros da praia onde fica a Estação Antártica Comandante Ferraz, base brasileira no continente. Um compartimento dentro da embarcação armazena o diesel.
O naufrágio vem sendo mantido em sigilo tanto pela Marinha quanto pelos ministérios que integram o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) – Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Relações Exteriores e Minas e Energia e Defesa. Não houve vítimas no acidente.
O Brasil é signatário de tratados de preservação ambiental na Antártida e, portanto, se comprometeu a não poluir o continente.
Sem divulgação oficial por parte do governo, chega na próxima semana à Baía do Almirantado, onde a chata foi a pique, os navios de socorro Felinto Perry, da frota da Marinha, e Gulmar Atlantis, contratado pela Petrobrás. O Felinto Perry é especializado em resgate de submarinos, além de outras operações complexas.
Mergulhadores da Petrobrás, treinados para atuar em acidentes que envolvem vazamentos nas estruturas de exploração e produção de petróleo, participarão da tentativa de resgate.
O planejamento prevê o içamento da chata por boias e guindaste, para que o gasoil artic (combustível anticongelante produzido pela Petrobrás para a ação brasileira na Antártida) possa ser retirado do meio ambiente antes que comece a vazar.
É uma operação considerada de risco, por causa do clima inóspito da região.
Clima. A chata afundou em consequência do mau tempo. Estava sendo rebocada para a terra por quatro embarcações pequenas quando, possivelmente por causa do vento forte e do mar agitado, ela naufragou. Não havia marinheiros a bordo, pois a chata não tem tripulação.
Flutuante sem motor ou qualquer outro tipo de propulsão própria, a embarcação só navega a reboque. Sua função é cargueira. A que naufragou na Antártica tinha fundo reforçado e paredes duplas, para dificultar os vazamentos de óleo.
A chata servia à Estação Antártica. Cabia a ela transportar para a terra os combustíveis líquidos trazidos pela Marinha para o abastecimento da base. O gasoil artic permanece armazenado em 17 tanques.
Por ano, a estação consome 320 mil litros de óleo, empregados em geração de energia e aquecimento interno e da água, indispensáveis em ambientes cuja temperatura pode ficar abaixo de -30°C.
Na estação vivem 15 militares da Marinha, 15 funcionários civis do Arsenal de Marinha (para manutenção, reparos e emergências) e, em sistema de rodízio, 30 pesquisadores (biólogos, biofísicos, geólogos, oceanógrafos e químicos, entre outros) de universidades e instituições científicas brasileiras.
Espera. O resgate da chata não tem data marcada. Dependerá das condições climáticas. Há uma semana, nevascas cobriram com uma camada de pelo menos 1 metro de altura solo da enseada da Ilha Rei George, sede da base nacional. Os ventos superiores a 100 quilômetros por hora impediram os cientistas de realizar trabalhos de campos. Tiveram de ficar confinados.
Depois disso, o tempo melhorou, com o surgimento do Sol. Antes negativas, as temperaturas chegaram a 5°C. Como o verão está no final, são esperadas para breve quedas bruscas nas temperaturas e tempestades de neve. Daí a necessidade de o resgate ser feito o mais rapidamente possível, para que ocorra em condições de segurança.
Alívio. As observações feitas após o naufrágio por um robô de inspeção submarina mostraram que o diesel não vazou, para alívio dos profissionais da estação e do governo brasileiro, preocupado com a repercussão internacional que um derramamento de poluentes na Antártida pode representar.
Conhecido como Protocolo de Madri, o Tratado da Antártica para Proteção ao Meio Ambiente, em vigor desde 1998, torna o continente reserva natural destinada à ciência. O tratado proíbe até o ano de 2047 a exploração econômica dos recursos minerais e regulamenta e controla a presença humana no local.
O artigo 3.º do protocolo estabelece que as atividades na Antártida sejam “organizadas e executadas com base em informações suficientes que permitam avaliações prévias e uma apreciação fundamentada de seu possível impacto no meio ambiente antártico e dos ecossistemas dependentes e associados”.
Caso o diesel vaze, o acidente com a chata poderá ser interpretado pela comunidade internacional como um desrespeito ao protocolo, por falta de planejamento e pelo uso de processo tido como obsoleto.
Para os cientistas, um sistema de dutos – que não foi implantado na base brasileira – seria o ideal para transportar combustível entre as embarcações e os tanques.
O artigo também estabelece que deverão ser evitados impactos negativos sobre a qualidade do ar e da água; modificações significativas no meio ambiente atmosférico, terrestre, glacial e marinho; riscos para as espécies animais e vegetais; e degradação de áreas com especial significado biológico, científico, histórico, estético ou natural.
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,governo-esconde-naufragio-de-barco-com-10-mil-litros-de-oleo-na-antartida-,840155,0.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário