segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Incêndio na Boate Kiss - 242 mortos e 636 feridos - Sete anos depois

O que matou todos estes jovens foi cianeto, o mesmo veneno com que os judeus foram intoxicados nas câmeras de gás em Auschwitz - Foto: Gabriela Di Bella (Outras Palavras.Net)




Marise Jalowitzki

Boate Kiss - 242 mortos e 636 feridos - Sete anos depois, julgamento ainda não aconteceu!

Marcado para o dia 16 março, os dois implicados da banda Gurizada Fandangueira, mais o empresário da banda, irão a júri popular em Santa Maria-RS, cidade onde o sinistro ocorreu.  Eles requerem transferência de cidade para que a sessão seja "menos tumultuada", já que Elissando Spohr, o proprietário, conseguiu a realização de seu julgamento - ainda sem data marcada -  para Porto Alegre, onde, com certeza, tudo ocorrerá sem tanta visibilidade (força do dinheiro?).

Desde a madrugada de ontem, vários eventos acontecem em Santa Maria, evocando a tragédia.

Perguntas:


"Por que todas as pessoas envolvidas e apontadas pelo inquérito policial não foram julgadas cada uma dentro do seu devido grau de culpabilidade?
Por que a boate funcionou se ficou comprovado pelo inquérito policial que estava irregular?
Como agentes públicos não manifestaram publicamente o porquê o local estava aberto?
Como ainda muitas pessoas falam em fatalidade quando foi falta de vigor na fiscalização e ganância?
Como puderam processar três pais e uma mãe por quererem respostas??" (Luiz Alberto Cassol)
Estas são algumas das perguntas que também fazemos!
Foto: Tiago Guedes  (G1.Globo/RBS)

Sete anos são passados!!! Familiares e cidadãos que se solidarizam, desde a madrugada de ontem participam de eventos. Uma vigilia aconteceu ao redor de um coração com 242 pombas (simbolizando os jovens mortos), pintado na calçada.

Não dá pra esquecer. Não podemos esquecer!
À época do ocorrido, todo mundo comentava sobre. Foram divulgadas amplas medidas para que os estabelecimentos públicos mantivessem em dia o funcionamento cem por cem de seus extintores de incêndio, portas de entrada e saída foram revistas (para ver se havia a condição de bom fluxo de pessoas no caso de um acidente). Para evitar novas tragédias como esta, onde quase 242 pessoas morreram e 636 jovens ficaram feridos! Até o Teatro São Pedro foi investigado e alertado.
Os parentes da vitimas, inconformados, se reuniram em associação e pediram justiça. Inacreditavelmente, moradores de Santa Maria começaram a agredi-los quando faziam suas homenagens em praça pública, tocando sinos e soltando balões brancos. "-Acabem com isso!" - disseram alguns insensíveis. "Vão tocar a vida, vida que segue, eles não voltam mesmo!"... como se fosse assim simples perder um filho, jovens cheios de esperanças e sonhos que não tiveram a oportunidade de vivenciar sua existência. 
Perder a vida. E por uma tragédia que aconteceu por negligência, tanto da banda (por usar fogos de artifício em local fechado), quanto dos proprietários da boate Kiss (que permitiram este uso de fogos, que sabiam que a segurança do local estava falha, que sabia que os extintores estavam com a validade vencida, que sabiam ser errado pedir "mais um tempinho" às autoridades responsáveis pela fiscalização. E também negligência das autoridades responsáveis pela fiscalização que, mesmo sabendo das irregularidades no local, permitiram seu pleno funcionamento!
"Diante da pergunta desesperadora de Paulo, pai de Rafael, “Como ressignificar toda uma existência?”, é possível encontrar algumas luzes nas palavras de Daniela Arbex. É preciso contextualizar essas vidas existidas, existindo. Ela vai narrando os gostos, as paixões de cada jovem, como numa tatuagem, uma roupa, a escolha da bombacha preferida de Lucas (p. 142). Um jovem maragato, sem medo de peleias. O vestido floral e as madeixas soltas de sua mãe quando assim estava, última vez que o avistou. São nesses significantes guardados em cada um que a vida pode se perpetuar." (Iza Maria de Oliveira)

Relembre:

Foto: Agência Brasil
Por Marise Jalowitzki
18.junho.2019






Tragédia em Fogo - Santa Maria - Todos em Luto

Da balada para a morte - Incêndio na Boate Kiss







Por Marise Jalowitzki
27.janeiro.2013

http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2013/01/tragedia-em-fogo-santa-maria-todos-em.html













Boate Kiss torna-se ponto de honrar a memória dos que se foram









Veja também: http://diariodesantamaria.clicrbs.com.br/rs/geral-policia/noticia/2016/06/ex-socios-da-kiss-terao-de-ressarcir-dinheiro-de-indenizacoes-ao-inss-5824444.html (Link de 02.junho.2016, publicado no Diário de Santa Maria:)


Comovente! Uma faixa com casais que foram 
separados pela tragédia 





Prefeito de Santa Maria se defende - 
"Essa acusação é uma aberração!"

Ventilação extracorpórea - ECMO 

Não ao esquecimento! Sim à responsabilidade!

Um mês da tragédia na Boate Kiss,
em Santa Maria - 


Marise Jalowitzki







Morte por rojão -
Pela proibição do uso de fogos de artifício 

Pela Proibição ao Uso de 
Fogos de Artifício






Sem plano de prevenção contra
incêndios 
Balões brancos - símbolo das caminhadas após incêndio na
(ex) boate kiss, tragédia em Santa Maria que matou 237 jovens


Jean Michel Jarre e sua harpa a laser
Diga Não aos Fogos de Artifício!








Festa dos Navegantes 2013,
 sem fogos de artifícios,
panfletos com papel reciclado.
Iniciativa de não usar fogos
adquire novo e forte significado.


Por Marise Jalowitzki

150 mil fiéis oraram pelos mortos na Tragédia de Santa Maria e pediram Justiça















Vigília - A concentração em frente à
boate kiss ocorreu mesmo depois
de a Igreja cancelar a vigília oficial
que deveria acontecer no local 

RS recebe doação dos EUA de kits
contendo antídoto que anula efeito tóxico
 no sangue das vítimas da tragédia em
Santa Maria

Antídoto combate cianeto que intoxicou os sobreviventes da tragédia

PAZ SEM VOZ, NÃO É PAZ, É MEDO!!! 35 mil pessoas participaram 
ontem da Caminhada por Justiça após tragédia em Santa Maria 






Tragedia em Santa Maria-  Cirurgias restauradoras
utilizam os estoques em Bancos de Pele 
O que resta: Aos parentes, só resta o pranto.
E a luta por Justiça.






Por Marise Jalowitzki

























 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano.





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