segunda-feira, 5 de março de 2018

Eu não sou um diagnóstico






Por Marise Jalowitzki

Quantas milhares de crianças recebem, em uma consulta, o "diagnóstico" de tdah e a receita de risperidona? Pois RISPERIDONA é um antipsicótico, assim como a clozapina, a olanzapina, quetiapina e ziprasidona, indicado para os casos de esquizofrenia refratária.
As consequencias podem ser as mais imprevisíveis, como sabemos. São necessários vários testes e averiguações de outros especialistas, para retirar as demais possibilidades (DPAC - Distúrbio de Processamento Auditivo Central, SRB - Síndrome do Respirador Bucal, problemas de visão, etc.)

Quando assisti a série Perception - Truques da Mente [a exatos dois anos], tomei nota de algumas considerações que resolvo compartilhar hoje. A série apresentou de maneira rápida, inteligente, casos de assassinatos que iam sendo investigados e desvendados por uma agente do FBI e seu amigo, um professor de neurociências e diagnosticado com esquizofrenia, Dr. Daniel Pierce.

Em meio aos homicídios investigados, causas apontadas traziam a questão das grandes corporações, a indústria farmacêutica e suas intervenções no congresso dos EUA, subvertendo leis, ocultando fatos... Também há relatos de pesquisas e comercialização de transgênicos e suas arbitrariedades no mundo corporativo, aliados às [sempre] desmesuradas ambições das pessoas. Apresenta os subterfúgios utilizados por estas mega corporações para encobrir delitos e desviar responsabilidades.

O Dr. Pierce, como amplo conhecedor de patologias, vai encontrando nas sutilezas dos comportamentos dos envolvidos [suspeitos], na trama dos diferentes episódios, respostas não usuais – e certeiras – para solucionar e encontrar os verdadeiros assassinos.

Uma produção reflexiva, onde questões levantadas pelo Dr. Pierce (papel de McCormack), sugerem:
- Você pode mudar quem você realmente é?
- Livre arbítrio efetivamente existe? (em especial - episódio 3)
- “Já pensaram em vários Eus, que flutuam dentro de si mesmo? Eus nas várias versões de cada um, que respondem de acordo com as circunstâncias?
- Ok, você pode ajudar (psicológica, terapêutica ou medicamentosamente) as pessoas com transtornos neurológicos e isto pode ser importante, mas, não estaria roubando delas o que elas tem de especial, e que as tornam únicas?
“Por que não falo de meu diagnóstico?” – pondera Dr. Pierce. “Não falo em meu diagnóstico porque isto faz com que as pessoas me tomem por um diagnóstico. E eu não sou um diagnóstico. Eu sou um ser humano único

Muito interessante, útil e necessário para a reflexão de todos, nestes dias onde adultos, idosos e crianças são medicados fortemente com psicotrópicos, muitas vezes sem os devidos testes, exames, averiguações. E medicados por um tempo excessivo, o que "garante" a eclosão dos graves riscos dos efeitos colaterais..

Claro que, ao final, na série, o personagem começa a agudizar seu quadro de esquizofrenia e precisa se medicar. 

Digo, claro, pois bem sabemos que uma produção norte americana - EUA sendo o maior produtor e consumidor mundial de psicotrópicos (Brasil é o segundo) – invariavelmente tem de ressaltar a importância da medicação psicotrópica em todos os casos, o que não é sempre assim. 

O mesmo final (a favor da medicação) também aconteceu na produção do filme “Mente Brilhante”, onde o Nobel de Economia e Matemática John Nash continua a usar as drogas psiquiátricas. Só que, no filme (lançado em 2000), nenhum destaque foi dado ao fato de ele ter largado completamente os psicotrópicos já na década de 80, sendo que em 40% dos casos de esquizofrenia, no amadurecimento-envelhecimento, a doença simplesmente regride, muitas vezes desaparece... 

Ainda assim, vale por demais assistir a série Perception, o filme Mente Brilhante e, querendo, ler os artigos indicados a seguir... e repensar muito sobre os efeitos colaterais advindos destas medicações pesadas, ANTES de iniciar um tratamento com drogas psiquiátricas. Em muitos e muitos casos, terapia psicológica é o suficiente (nos casos diagnosticados como tdah, 80%, em média, não precisa de drogas psiquiátricas.)

N.B.:
Dr. Naisbith e sua esposa morreram ‘acidentalmente’ em um choque automobilístico, onde o motorista, inexperiente, “vindo do nada”, colidiu violentamente, a porta de trás se abriu e os dois ‘voaram’ pra fora, morrendo em decorrência. O motorista ficou praticamente ileso. (Havia um processo investigativo, do qual ninguém mais fala.)









Querendo,leia também:

"Nossos resultados apoiam a teoria de que a vitamina D pode ter um
impacto significativo na saúde psiquiátrica.
"  Dr. Ahmad Esmaillzadeh 


"Outra limitação que deve ser levada em conta é que os pacientes esquizofrênicos tendem a ganhar uma quantidade significativa de peso depois de estar em uso de medicações antipsicóticas" - ressalta o estudo.







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'convidado' a sair da escola porque não conseguia
ler e escrever









Por Fabrício Carpinejar· 







E mais: 


Também pode ocorrer pelo uso de antidepressivos, tais como a fluoxetina (Prozac) e bupropion (Wellbutrin), bem como olanzapina (Zyprexa), outro antipsicótico
RISPERIDONA é um antipsicótico, assim como a clozapina, a olanzapina, quetiapina e ziprasidona, indicado para os casos de esquizofrenia refratária.

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