Governo não abre mão de Belo Monte, diz ministro |
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Governo não abre mão de Belo Monte, diz ministro
07 de abril de 2011 • 18h13 • atualizado 18h17
O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, disse nesta quinta-feira que o governo não abre mão da construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Após se encontrar com cerca de 450 mulheres do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), o ministro ponderou que outras reivindicações do grupo poderão ser objeto de diálogo com o governo, mas não Belo Monte. "Belo Monte não vai ter como atender", disse o ministro, após o encontro que contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff.
Entre as reivindicações do movimento, entregues á presidenta Dilma Rousseff, está a imediata suspensão da construção da usina. "Em relação à Belo Monte não dá para avançar, nós não vamos deixar de fazer (a usina)", disse o ministro. "Dá para fazer Belo Monte de um jeito ou de outro. O papel deles (dos movimento sociais) é cobrar da gente que seja da forma mais humana, mais respeitadora possível, levando em conta todos os direitos dos atingidos, das culturas tradicionais. Essa é a parte do diálogo que dá para a gente fazer", afirmou.
A construção da Usina Belo Monte é alvo de críticas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA). O organismo multilateral pediu a imediata suspensão do processo de licenciamento da usina.
O governo considerou descabida a posição da OEA, tomada em resposta a denúncias apresentadas por várias comunidades da Bacia do Rio Xingu, onde a hidrelétrica será construída. Em nota, o Itamaraty disse que as solicitações são"precipitadas e injustificáveis".
O ministro disse que o governo pretende estar mais presente nas mesas de negociações entre empresários, trabalhadores e comunidade e adotará uma agenda de reunião de dois em dois meses para cada canteiro de obras. "As negociações com eles não podem ser feitas somente pelas empresas. O governo precisa estar mais presente. Naturalmente, quando se trata de indenizações, quando se trata de realocações, o Estado tem que estar mais presente", disse o ministro.
O ministro também ponderou que as recentes revoltas em canteiros de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como os que ocorreram nas usinas Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, serviram para demonstrar que o governo precisa prestar mais atenção ao que pode se repetir em relação à Belo Monte. "O evento de Jirau e Santo Antônio está nos levando já a antecipar (o que pode ocorrer) em relação à Belo Monte, ter uma presença mais forte do Estado. É preciso antecipar cuidados com a saúde, com a segurança, com saneamento, para que o impacto da obra no local não seja tão pernicioso para as populações".
Belo Monte será a maior hidrelétrica totalmente brasileira, considerando que a Usina de Itaipu é binacional (em sociedade com o Paraguai), e a terceira maior do mundo. A usina terá capacidade instalada de 11,2 mil megawatts de potência e reservatório de 516 km quadrados. Até o momento, o empreendimento tem apenas uma licença parcial do Ibama para instalar o canteiro de obras.
Do Terra
Marise Jalowitzki, parabéns pelo Blog e pelas postagens pertinentes. Não podemos permitir que um novo "apocalipse Maia" destrua nossa Civilização. Como você bem sabe, umas das causas mais plausíveis, segundo estudiosos, para o colapso da avançada Civilização Maia, foi o intenso desflorestamento. O fato ocasionou sérias mudanças no regime das Chuvas e Clima. Seu Blog Compromisso Consciente é, sem dúvida, um dos bastiões em defesa de nossas Sagradas Florestas! Meus Parabéns, Companheira! Paulo Augusto Farina, Blog ARQUIVOS (DES)CONEXOS.
ResponderExcluirAmigo Paulo Augusto! Essas coisas que não sei porque acontecem!!! Só vi HOJE teu comentário! Muito Grata pelas carinhosas palavras! Retribuo na mesma intensidade! Infelizmente, mesmo passado todo este tempo, o desmatamento continua!!! a presidente do Brasil, deu sua aprovação para a construção de uma grande central hidroelétrica (a terceira maior do mundo). A barragem vai inundar cerca de 400 000 hectares de floresta, desalojando tribos, animais e acabando com a floresta!
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