Livro TDAH Crianças que Desafiam - Marise Jalowitzki |
TDAH - Aptidões Individuais e a Tentativa de Uniformizar a Todas as Crianças
Por Marise Jalowitzki
09.maio.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/05/tdah-aptidoes-individuais-e-tentativa.html
Em uma sociedade onde constantemente todos nos dizem como devemos ser e fazer, sim, os pais precisam informar-se bastante para tomar as melhores decisões. E seguir sua intuição.
Os pais tem poder de decisão sobre o que é recomendado para seus filhos. Pais amorosos querem proporcionar e "garantir" que "o melhor" seja feito para seus filhos. Levados por esse nobre desejo são, muitas vezes, impulsionados para "aprimorar" o desempenho de suas crianças e, para tal, recebem a sugestão de uso de produtos farmacológicos, filosofia largamente difundida, infelizmente.
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A Comissão Consultiva Nacional de Ética Biomédica (NEK-CNE) Suíça, ressalta:
"Apelo à diversidade humana
"A prática atual de prescrição de psicofármacos em crianças deve ser revista, as causas do maior consumo investigadas, e as crianças protegidas contra o uso excessivo. No. 18/2011 ((pág.150)
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Mari é professora e dá aulas para crianças de 6 a 10 anos. "Sempre passam por mim casos de tdah e percebo muita ignorância e preconceitos por parte dos professores diante desses alunos." - declara. O esposo é professor de educação física. Juntos, decidiram lidar com a agitação de seu primogênito, de 6 anos. O pai afirma que "não há necessidade de médico, terapia, nem nada disso. Temos que criar um ambiente propício para ajudá-lo a se desenvolver bem dentro das suas características. Ensiná-lo a ser gentil, educado, mas respeitando seu jeito." - ressalta. O menino é curioso, criativo, não fica sentado "quietinho" e é muito falante. Vai bem no aprendizado, mas, pela "excessiva" energia saudável, recebeu a recomendação de procurar um especialista. Em consulta com a psicóloga, recebeu o parecer de "CRIANÇA NORMAL"!!!
O pequeno Douglas adora criar formas, montar projetos. É um inventor nato e os pais o incentivam nisso! Ele, assim como os outros irmãos, é filho do coração, todos amados e queridos!
O suporte que uma família compreensiva e amorosa oferece a um pequeno é TUDO de que o serzinho em formação precisa, para crescer com auto estima bem sustentada em valores e atitudes! A mãe continua: "Trabalhos manuais ele se sai muito bem, contato com a terra, jogar dama, xadrez. Enfim, buscamos melhorar a concentração e a auto estima dele, mas fora de casa , as pessoas não têm essa paciência e compreensão. Já colocam um rótulo e julgam. Nós estamos nos informando bastante, para ficar cada vez mais seguros em nossas decisões." Sim, a incompreensão social existe, a vontade de muitas pessoas em colocar rótulos, também. E essa sociedade doentia, que adora colocar etiquetas e julgar, essa tem de continuar recebendo cada vez mais informação, conhecimento fundamentado, para que pare com seus preceitos e preconceitos estúpidos e aceite que a Vida é, fundamentalmente, diversificada em si mesma e é desse jeito que ela se torna uma experiência válida a ser vivida!! Os pais precisam ser fortes, seguir sua intuição e permanecer atentos.
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Quanto de liberdade podemos dar?
"As crianças têm cada vez menos espaço físico livre para se experimentarem.” – diz Sigrid Tschope Scheffler, pesquisadora e professora de Educação da Universidade de Ciências Aplicadas de Colônia. "Aliar essa falta de espaço a tentar limitar o poder de sonhar é atroz." (pág 154)
Muitas vezes os genitores e os educadores, por excesso de zelo, impedem que a criança experimente, crie, mas é nesta exata etapa da vida em que o exercício criativo precisa ser incentivado. Onde acontecer excesso de proibições (não usem muita tinta! não façam muita bagunça!), cerceamento (não pintem fora da linha!), críticas (capricha, mais! vc consegue coisa melhor!), ou mesmo zombarias (ah, não, né? vai dizer que isso é bonito?), o silêncio e a negação podem acabar ocupando o lugar da criatividade para sempre. Pais observadores permitem a livre expansão, sempre atentos para que os limites de segurança e riscos não sejam violados. E permitem que ele coloque em ação a sua capacidade de sonhar e realizar.
"Uma criança ou um adolescente que quer criar um invento em casa, no quintal ou em seu quarto deve ter esta oportunidade, sem que os pais se preocupem se o invento vai ou não vai dar certo." (pág 155)
Também há a questão da "sujeira", ou da "desorganização" e, neste quesito, as mamães precisam flexibilizar-se também, e negociar, entrando em acordo com o filho sobre questões de espaço e limpeza. Por vezes, mesmo dentro de um apartamento pequeno, é possível, com um cordãozinho, estabelecer um "território" de experimentos, sem que o quarto todo vire uma bagunça geral.
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(*) Os nomes e eventuais citações de cidades, são fictícios.
Escritora, Educadora,
Idealizadora e Coordenadora do Curso para Coordenadores em Jogos e Vivências para Dinâmica de Grupos (níveis formação e master),
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FGV,
Facilitadora de Grupos em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista de coração, Vegana.
Certificada como International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
marisejalowitzki@gmail.com
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Livro: TDAH Crianças que Desafiam
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