quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sobre a rendição do Japão na segunda guerra mundial

Documentário Redescobrindo a 2a. Guerra Mundial traz cenas e realidades chocantes.

Sobre a rendição do Japão na segunda guerra mundial


Por Marise Jalowitzki
10.agosto.2011
http://t.co/NFbbOt8

Após ver as imagens reais publicadas no documentário Redescobrindo a 2ª Guerra Mundial, aliada à seriedade dos relatos, considerei interessante transcrever o texto de Elvis Trivelin, publicado como comentário em um dos videos. É um depoimento que contradiz a versão conhecida de que a rendição do Japão aconteceu após (e em função de) a explosão da bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki. A versão repetida em vários países, inclusive pelos generais que determinaram o ataque recebe outro enfoque no texto a seguir.


Por Elvis Trivelin

Nos julgamentos de Tóquio, aqueles que se tornaram personas non gratas do próprio Imperador e dos outros chefes militares (Yamashita, por exemplo) foram sentenciados à morte pelos aliados. Mas os principais assassinos (a começar pelo Imperador e passando pelos operadores das unidades de pesquisa, pelos responsáveis pelas campanhas na Manchúria desde 1937 foram liberados e ainda foram remunerados pela venda de segredos militares aos EUA). Várias companhias japonesas têm seus nomes.

A rendição permitiria ao Japão terminar como começou.
As bombas atômicas não foram causa da rendição.
É certo dizer que o Japão rendeu-se incondicionalmente, pois o faria cedo ou tarde. Porém, a esperança, antes dos soviéticos, era a de manter Manchukuo e parte da Manchúria da dilacerada China.
Sem isso, e sem um exército preparado para proteger seu núcleo e expandir domínios novamente, era estupidez persistir.

Alas mais extremistas do IJA apostavam na continuação da guerra e no esgotamento do poderio ofensivo dos adversários, para que se pudesse conservar o Império contra o avanço da "ordem democrática" internacional que estava imposta a aceitar.

Venceu internamente (não são confirmadas tentativas de assassinato do imperador) a tese de que a rendição negociada poderia salvar os principais quadros, manter o controle dos militares, sem que o pior tivesse de acontecer.

se processaria com relativa segurança um ano depois. Era necessário mostrar algo diferente e o uso da bomba atômica tem igualmente esse fim. Os soviéticos só iriam ter acesso a isso 5 anos depois e deram por encerrada a pretensão sobre o Japão.
Stalin só não sabia que a capacidade nuclear americana (pioneira mas) estava pausada por um tempo, depois do segundo lançamento...
Mesmo assim, a Hiroito, não havia dúvida: ser invadido por um ou outro representaria sua deposição e punição!

Ao mesmo tempo, os EUA tinham o desafio (depois do lançamento da segunda bomba atômica) de comandar uma onerosa invasão das ilhas metropolitanas do Japão (por Honshu) sendo que os cálculos de baixas eram elevados e os soviéticos também estavam dispostos a invadir a ilha de Hokkaido. Isso é importantíssimo e os historiadores japoneses apontam: uma invasão e ocupação soviética representaria um imenso capital controlado pelo bloco comunista ao passo que a invasão estadunidense só...

Churchill pretendia estender a guerra contra a URSS logo após a rendição alemã, mas a posição dos EUA era contrária. Nos acordos de Yalta, os soviéticos deveriam declarar guerra ao Império do Japão em 3 meses.

Nesse tempo, Stalin ordena a transferência dos efetivos até a Manchúria. No tempo certo, declara guerra ao Japão e começa a operação Tempestade de Agosto, que resulta na derrota e perda do controle continental dos japoneses - dos territórios ocupados na China e Coréia.

http://www.youtube.com/watch?v=W6lBU3KHDk8&feature=related

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Que a espécie humana possa um dia ser perdoada por todas as atrocidades que cometeu, incluindo seus semelhantes


Tortura: Abajur feito de pele humana - peso para papel feito com cabeças empalhadas

10.agosto.2011
LINK: http://t.co/rJLnzJO

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Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente





compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA

Porto Alegre - RS - Brasil


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