"Vício em dívidas" e disputas políticas "míopes" - O que diz a China, maior credor dos EUA, sobre a crise
Por Marise Jalowitzki
07.agosto.2011
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Sem entender muito sobre economia, mas sentindo no bolso o vai e vem financeiro, como todo cidadão no mundo, dou-me o direito de externar minha opinião. Não é hora de tripudiar sobre ninguém. E, sim, de encontrar uma saída mais ampla, visionária e necessária.
Desejo, por demais, que todos os envolvidos em crise aprendam com elas.
Que pensem mais amplamente, que olhem mais para os lados, que pensem mais nos desprovidos.
Que tenham menos ganância.
Que pensem menos no lucro fácil e imediato.
Que sejam menos ressentidos, curtam menos sentimentos de vingança.
Exerçam mais a maravilhosa virtude do compartilhamento, do crescimento para todos.
Somália torna a receber manchetes por mais uma triste e trágica crise de fome. Minha filha tem hoje a idade que eu tinha quando os vendedores de transgênicos anunciavam que "agora a fome mundial seria erradicada". O que mudou? Ficou pior!
Não considero que haja um governo efetivamente justo, que aja com lisura, que não se deixe levar pelos partidarismos na hora de decidir. Mas, quero ressaltar que, na COP-16, a China foi a única nação que aconselhou a todos os demais países a ingressarem num novo momento, de pensar - e produzir - mais para os pequenos. E aconselhou que se produzisse menos para os super ricos e sofisticados e se fabricassem mais produtos standart, como uma forma de obter um maior equilíbrio planetário.
Um economista disse: "O Brasil está tão, mas tão longe de pensar assim. Mas a China tem razão."
Da Reuters, no Terra
"Bons velhos dias" de empréstimos acabaram, diz China aos EUA06 de agosto de 2011 • 17h19 • atualizado 17h32
A China criticou asperamente os Estados Unidos neste sábado e afirmou que os "bons velhos dias" de empréstimos acabaram, um dia depois que a nota de crédito da superpotência foi rebaixada.
A agência de classificação de risco Standard & Poor's reduziu na sexta-feira a classificação de crédito de longo prazo dos norte-americanos de "AAA", a mais elevada, para "AA+", por causa da preocupação com os déficits orçamentários e o crescente peso da dívida do país.
A China, principal país credor dos EUA, afirmou que o governo norte-americano só deve culpar a si mesmo por sua situação e defendeu uma nova e estável moeda de reserva mundial.
"O governo dos EUA tem de compreender o fato doloroso de que os bons velhos dias quando poderia simplesmente tomar emprestado para sair das confusões que cria finalmente se acabaram", disse a agência estatal de notícias Xinhua, em um artigo opinativo.
Depois de uma semana em que US$ 2,5 trilhões evaporaram nos mercados mundiais, a decisão da S&P aprofundou o medo de uma recessão iminente nos EUA e da crise na zona do euro.
No artigo da Xinhua, a China criticou os EUA por seu "vício em dívidas" e disputas políticas "míopes." "A China, maior credor da única superpotência mundial, tem todo o direito agora de exigir que os EUA enfrentem seus problemas estruturais de débito e garantam a segurança dos ativos da China em dólar", disse.
O país asiático pediu que os EUA cortem os gastos militares e benefícios sociais. A agência de notícias estatal chinesa afirmou que novos rebaixamentos da nota de crédito irão provavelmente minar a recuperação econômica mundial e desencadear novas rodadas de turbulência financeira.
"Deveria ser criada uma supervisão internacional da emissão de dólares dos EUA. Uma nova, estável e segura moeda de reserva mundial poderia também ser uma opção para evitar uma catástrofe causada por um único país", disse a Xinhua.
Em Washington, o presidente dos EUA, Barack Obama, fez um chamado aos parlamentares neste sábado para que, após a batalha da dívida, deixem de lado o partidarismo político. Ele afirmou que os políticos deveriam trabalhar para pôr a situação fiscal do país em ordem e redirecionar o foco para o estímulo da economia estagnada.
A S&P atribuiu em parte o rebaixamento ao impasse político em Washington, dizendo que a política está impedindo que os EUA enfrentem seus problemas do déficit orçamentário e da dívida.
Obama pediu que o Congresso apoie medidas de alívio fiscal à classe média, amplie benefícios aos desempregados e aprove acordos de comércio internacional adiados há muito tempo. "Ambos os partidos terão de trabalhar juntos em um grande plano para pôr as finanças de nossa nação em ordem", disse ele.
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compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil
Marise Jalowitzki Compromisso Consciente |
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