Rap de Tonho Croco Gangue da Matriz - Você sabe o que significa Gangue da Matriz?

Praça da Matriz, em Porto Alegre, onde atuava a Gangue da Matriz. à direita fica a Assembléia Legislativa, palco do abusivo aumento dos parlamentares que deu origem à música protesto do Tonho Crocco

Rap de Tonho Crocco Gangue da Matriz - Você sabe o que significa Gangue da Matriz?

Por Marise Jalowitzki
04.agosto.2011
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Ouviu a letra? Pergunto: O QUE há de TÃO ofensivo no Rap? Rap é música de protesto. Protesto acontece quando alguém se sente injuriado. Quem não ficou injuriado quando soube dos 73% de aumento que eles próprios, os parlamentares, se deram? Só quem não soube ou quem estava se beneficiando junto!

O salario mínimo aumentou 5,9. Isto é justo? Claro que não!

Como disse um internauta: "É só não fazer o que fazem que não vão receber este tipo de declaração!" É isto aí!



Tonho Crocco terá de se explicar na Justiça, já que está sendo processado por Cherini pelo seu rap Gangue da Matriz. Vamos ver como anda o direito à liberdade de expressão. O cantor se baseia em um fato real, que indignou a todos!



Explicando o que é Gangue da Matriz

A expressão original "Gangue da Matriz" foi como ficou conhecida a gang, uma turma de rapazes que matou a chutes Alex Thomas, um adolescente de 16 anos, na praia de Capão da Canoa. Eles, lá nos idos de 80, aterrorizavam a população, saindo à noite, principalmente na Praça da Matriz, em Porto Alegre, pegando e batendo quem quisessem.

Para quem não conhece Porto Alegre, a Praça da Matriz fica bem em frente à Matriz Metropolitana, uma linda Catedral da Igreja Católica, que fica ao lado do Palácio Piratini. Outro lado dá para o imponente prédio da Assembléia Legislativa; outro lado, o histórico e memorial Teatro São Pedro e o Palácio da Justiça.

Assim, denominar os deputados que votaram a seu favor em 73%, chamá-los de criminosos, é um direito do Tonho, como cidadão lesado, sim, fazendo alusão à extinta (graças a Deus!) "Gangue da Matriz". Volto a dizer: Rap é música de protesto, sempre. E é ou não é um crime o que aconteceu em dezembro? No mínimo, um descalabro! 73% quando o povo recebeu 5,9!

É o mesmo quando alguém, amparado pela lei, recebe autorização de algum signatário do Ibama para desmatar e degradar a floresta. Ele está amparado pela lei, mas o que fez, está errado!

Creio que Cherini, o então deputado que o processou, só fez aumentar a popularidade do cantor e sua obra - letra e música. Logo Cherini, pleno de espiritualidade. Claro que não deve ter sido agradável para os parlamentares ouvir a letra da canção, mas, e o aumento, não foi horrível para o povo, que teve de engolir calado? Os nobres legisladores, com certeza, tem noção da realidade brasileira.

Mas, vai entender!

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Do Wikipedia


O Caso Alex Thomas

O Caso Alex Thomas refere-se ao assassinato do jovem Alex Thomas na praia de Capão da Canoa, no estado do Rio Grande do Sul em 1986, um fato que causou grande repercussão na imprensa e opinião pública gaúcha.

Na madrugada de 26 de fevereiro de 1986, o jovem Alex Thomas, então com 16 anos, caminhava pelas ruas de Capão da Canoa quando foi atacado por jovens integrantes de uma gang porto-alegrense conhecida como "matrizeiros" ou "gang da Praça da Matriz", composta por membros de famílias influentes da alta sociedade gaúcha.^{[1] [2]}

Fato

Uma menina de 13 anos e um rapaz de 17 - caminhavam pela Avenida Paraguassu, em Atlântida, quando um grupo de sete rapazes passaram em dois veículos, gritando palavras obscenas para a menina. De acordo com os relatos do processo, os gritos foram respondidos com um gesto pelos acompanhantes de Clarice. Irritados, os ocupantes dos dois automóveis desceram e cercaram o garoto.
Alex sofreu traumatismo craniano e colapso pulmonar ao ser violentamente espancado e faleceu logo em seguida. Interrogados após o crime, os membros da gang confessaram ser adeptos das artes marciais e de terem usado golpes de karatê no ataque.
A morte de Alex Thomas causou revolta em todas as camadas sociais do Rio Grande do Sul, primeiro pela violência pela qual o jovem foi morto, mas também pela covardia e perfil dos criminosos envolvidos. O próprio promotor responsável pelo caso, José Antônio Paganella Boschi, sentiu-se em delicada posição devido à expectativa popular^[3].Três foram condenados pelo crime, um absolvido, e os adolescentes foram submetidos a medidas socioeducativas.

 Envolvidos

• Carlos Alberto Fiad do Amaral esteve nos presídios de Osório, Centra (Porto alegre)l, e Taquara entre 1986 e 1989 e três anos e cinco meses depois foi solto em liberdade condicional.
• Bolívar Canabarro Tróis Netto passou pelas mesmas penitenciárias e recebeu liberdade condicional três anos após o homicídio. Bolívar trabalha hoje em um meio de comunicação.
• Cid Olivério Borges passou pelos mesmos presídios, acrescentando Santa Rosa e depois de três anos e nove meses ganhou a liberdade provisória, em dezembro de 1989.
• Fábio Delapieve Bressan menor de idade na data do crime, encaminhado para a FEBEM.
• Márcio de Freitas Nunes menor de idade na data do crime, encaminhado para a FEBEM.
• José Carlos de Azevedo Moreira menor de idade na data do crime, encaminhado para a FEBEM.

Referências

1. ↑ Zero Hora - 02 de maio de 2004 | N° 14133 - 1986: A juventude que mata
2. ↑ http://www.mp.rs.gov.br/memorial/clips/id15154.htm_Visita em 15/05/2010- 19:10
3. ↑ José Antônio Paganella Boschi.
4. ↑ Jornal Indepente.

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04.agosto.2011
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Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente





compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil