Todos nós podemos ser e fazer diferente sempre que conseguirmos deixar o Coração falar! |
Crianças cristal, índigo, diamante ou arco-íris, todas as crianças nascidas de 1985 pra cá, são diferentes, são especiais no sentido mais elevado do termo! Agora, quantos dos adultos tem condições de aceitar e conviver?
Por Marise Jalowitzki
10.setembro.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/09/tdah-e-criancas-indigo-e-cristal.html
Índigo são os lutadores, os revolucionários, os que abrem caminho para os Cristal. São, nesta concepção, mais brigões e voluntariosos. Por 'saber' e 'sentir', intuitivamente, que as coisas precisam mudar e mudar urgentemente, e querer que esta mudança se estabeleça, muitas vezes são tidos como tiranos, impositivos, desafiadores.
Cristal, por sua vez, já chegam com a 'mentalidade pronta', reformada, enxergam a vida sob outro prisma, mais solidário, mais amoroso, inclusivo. Eles não são lutadores com os Índigo, mas também não entendem como a vida pode não ser do jeito como a concebem! Tudo é tão cristalino, tão transparente em sua concepção que, quando não compreendidos, podem frustrar-se muito, talvez até plenamente, por não aceitar a vida 'daquele jeito' - que é o modelo atual.
Bem, dá pra ver que seria bem como são "classificados", sob a ótica da medicina tradicional, os 'hiperativos' e 'impulsivos' (Índigo) e os desatentos, 'no mundo da lua' (Cristal). Ambos se opõem ao vigente, portanto, são 'opositores'.
Assim, torna-se uma questão de concepção filosófica e de evolução espiritual. Mas, em relação ao papel dos cuidadores, em um e outro caso, tem tudo a ver com Respeito, com Aceitação das Diferenças, com focar a Vida e o Con-Viver com os olhos do Carinho, do senso responsável de criar uma pequena Vida e conduzi-la da melhor forma para que encontre seu lugar dentro do contexto e caiba nele bem do seu tamanho. Não o tamanho imposto pela sociedade, pelo que a sociedade denominou de 'normal' (da norma) e 'certo'.
O 'certo', em nossa sociedade, é um 'certo' baseado em lucro, em competição e ganho. E é notório que as crianças de hoje já não querem este modelo de 'Sucesso'. Agora, quando os pais não 'sacam' isso e insistem em achatar a criatividade e a iniciativa, procurando fazer com que ela (criança) entre dentro do formato pré-estabelecido de 'ser-alguém' - como se a criança já não fosse 'alguém', com erros e habilidades como todo ser humano - aí, a única coisa que os pais e a sociedade (escola, comunidade) conseguem é ANULAR as potencialidades inatas. Qual a válvula de escape que a criança procura? Nos mais 'pacíficos', joguinhos, joguinhos, celular, tablets, smartphones, atualizações constantes, whatsapp...). 'Ocupação' onde não há lugar para planejar futuro, pensar no famoso "o que você vai ser quando crescer"... Nos mais inssurrectos, mais insatisfeitos, são adotados os jogos de riscos (chocking games), a auto mutilação, onde arriscar a própria vida parece ser a única 'emoção'... que não raro acaba em suicídio, ainda que acidental.
O ser humano adulto parece que sempre precisa de rótulos, de classificações, de menções (honrosas ou devastadoras) para distinguir pessoas. E essas distinções são praticamente sempre dentro dos mesmos campos de atuação. Reconhecimento elitista. Matemática, arquitetura, eletrônica, informática são áreas infinitamente mais reconhecidas no mundo 'normal' do que cuidar de bichos, lidar com agricultura orgânica, realizar trabalho voluntário, embora a adesão a tais modelos aumente significativamente a cada dia. Os jovens que conseguem se livrar do gesso, seja pela mão dos pais, seja por romper por si os grilhões sociais, transparecem um semblante bem diferente, mais realizado e realizador, do que a maioria dos que compõem o contingente de assalariados, burocratas e tecnocratas.
TODAS as crianças tem habilidades e defeitos. Quanto mais cada pai, cada mãe puder entender e assimilar isto com o Coração, onde, para cada crítica, acontecer dois elogios, onde o olhar seja também para as qualidades e não apenas para descobrir e focar nos defeitos, aí, sim, todas as crianças serão reconhecidas e tratadas como dádivas. Aí, finalmente, poderemos dizer que a humanidade está verdadeiramente evoluindo.
Há uns 35, 40 anos, no mundo empresarial, falava-se do "homem certo no lugar certo", ou seja, procurar os perfis que atendessem a certos ambientes e necessidades, de acordo com a vocação, a tendência, a vontade e a motivação de cada indivíduo. Isso logo foi deturpado, pela necessidade crescente de mais e mais cifras, de maiores lucros, de quantidade em detrimento da qualidade. E esta tendência de chamar as habilidades acabou seguindo por um atalho. Surgiram os cursinhos para que as pessoas se adaptassem aos requisitos necessários. Os "cursinhos" para ajustamento de algumas décadas são os "comprimidinhos" para ajustamento de hoje! Se isto aconteceu/acontece no mundo corporativo, em paralelo persistiam os pós-hippies, que continuavam querendo um mundo novo, diferente, make-love-not-war (*), grupo para o qual o dinheiro e o destaque não eram o mais importante; o mais importante era-é se sentir o melhor possível, apesar das turbulências. Estando a atmosfera impregnada de forças assim antagônicas, é até meio lógico que surja uma nova geração sempre mais fortemente impregnada de uma e outra dessas premissas. Avanços tecnológicos, nanotecnologia e transhumanismo em paralelo com mundo natural e respeito a todas as espécies, força espiritual e sementes crioulas...e assim por diante.
Enfim, honrar os pequenos seres que vem para habitar conosco é o compromisso de todos os que já foram tocados pela Sensibilidade e sabem e sentem que o Amor passa por sacrifícios, por firmeza, limites amorosos e muita, muita Compreensão! A todos, nesses parâmetros, ficam reservados momentos de muita Realização e Paz!
Espero ter respondido!
Abraços! E cuide bem de seu Cristal!
Marise
(*) Make Love Not War (canção de John Lennon e peça anti-guerra composta de Aristófanes, 411 aC)
(*) Make Love Not War (canção de John Lennon e peça anti-guerra composta de Aristófanes, 411 aC)
Love is the answer and you know that it's true!
O amor é a resposta e você sabe que é verdade!
Escritora, Educadora, Blogueira e Colunista
Idealizadora e Coordenadora do Curso Formação para Coordenadores em Jogos e Vivências para Dinâmica de Grupos,
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FGV,
Facilitadora de Grupos em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista de coração, Vegana.
Certificada como International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
Livro: TDAH Crianças que desafiam
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