domingo, 7 de setembro de 2014

JOGOS PERIGOSOS, VIOLÊNCIAS E ASSÉDIO - Países se mobilizam para conhecer, entender e prevenir, para que parem de acontecer mortes entre jovens


APEAS - Associação de Pais de Crianças vitimadas por Estrangulamento - Association de Parents d'Enfants Accidentés par Strangulation - Paris - França - Colóquio Internacional em Outubro

JOGOS PERIGOSOS, VIOLÊNCIAS E ASSÉDIO
Países se mobilizam para conhecer, entender e prevenir, para que parem de acontecer mortes entre jovens.


Association de
Parents d'
Enfants
Accidentés par
Strangulation


Por Marise Jalowitzki
08.setembro.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/09/jogos-perigosos-violencias-e-assedio.html


Há algum tempo publiquei neste blog sobre o triste e perigoso Jogo do Desmaio que alguns jovens insistem em disseminar. Na semana anterior um pai que perdeu o filho de 16 anos em junho último, em consequência desta 'brincadeira', contatou para troca de informações sobre os chocking-games (jogos violentos) que recebem sempre mais adeptos. Estamos imersos em uma onda de 'brincadeiras', com riscos não calculados e de consequências [im]previsíveis. Sim, imprevisíveis pois, a cada dia, novas modalidades aparecem; previsíveis, pois situações extremas podem sempre acabar em sequelas graves e até mesmo mortes.

O Jogo do Desmaio não é uma 'invenção' brasileira, nem é a única atividade que leva muitos jovens a óbito no mundo todo. Na verdade, neste mundo consumista, os jovens parecem ter uma sede incontrolável de sair da normose e buscar novas e impactantes atrações. No passado também foi assim, só que os jovens e adolescentes de então não estavam "entupidos" de informações de toda natureza, nem com a 'uniformização' de atrações, passeios, locais (shoppings, cines em shoppings, praça da alimentação em shoppings, shows em ambientes fechados), como agora. Some-se a isso uma alimentação industrializada antinatural e uma sociedade medicalizada (onde muitos dos efeitos colaterais dos fármacos induzem a atitudes estranhas e ao suicídio) e uma diminuta noção de limites, os caminhos para um futuro saudável e pacífico parecem cada vez mais íngremes e tortuosos. E tudo, paradoxalmente, sendo feito em nome da 'qualidade de vida'...

Assim, o inédito beira ao irreal, ao surreal, ao mortal...Choques elétricos, mergulhos em rios gelados (sem avaliar previamente condições cardiológicas), 'desafio do balde de gelo', brincadeira do equilíbrio (ficar na horizontal em lugares perigosos, envolvendo altura), somente para depois postar o video na web..., auto mutilação, onde, por vezes, os cortes são feitos para mostrar desespero, demonstrar 'coragem' ou, tão somente, receber 'curtidas'. Enfim, 'chocar' está tomando o lugar de 'se divertir'.

No Brasil pouco ou nada se fale sobre isso, pouco ou nada é feito para estudar, tentar compreender e inibir tais atos. Entretanto, há pessoas e instituições que se mobilizam no mundo inteiro para conhecer, entender e prevenir! Em Utah (EUA), por exemplo, a polícia já tem especialistas que utilizam a autópsia psicológica para diferenciar “jeu du foulard” (jogo da asfixia ou jogo do desmaio) e suicídio. No Reino Unido, mais de 270 casos de enforcamentos acidentais foram publicados na imprensa britânica on line (1999-2014). São chamados acidentais porque resultam em morte mas a intenção primeira não era essa... era só 'uma brincadeira'...

“Jogo” de estrangulação = muitos nomes = um perigo único :
O “jogo” de estrangulação tem vários nomes, conforme os estabelecimentos escolares ou as regiões. Os mais frequentes são : “sonho indiano”, “sonho azul”, “a rã”, “jogo dos pulmões”, “coma”, “cosmos”, “jogo do tomate”, “jogo da toalha”, “desmaio”...

O pai que comentei anteriormente, fez da dor um caminho de prevenção para que mais jovens não sejam novas vítimas. Ele, em outubro, vai participar  do Colóquio Internacional em Paris sobre JOGOS PERIGOSOS, VIOLÊNCIAS E ASSÉDIO, promovido pela APEAS.

Esperamos que outros pais, em situação semelhante ou não, que autoridades e voluntários se debrucem por esta nobre causa de prevenção e ajudem a evitar novas mortes!

Paris, - APEAS www.jeudufoulard.com 




Colóquio internacional 6 e 7 outubro 2014 Paris
JOGOS PERIGOSOS, VIOLÊNCIAS E ASSÉDIO
CONHECER, ENTENDER, PREVENIR


Segunda Feira 6 de outubro 2014

9h00 : Discursos de abertura Françoise COCHET, Presidente da APEAS et Edgard MATHIAS , Presidente da MAE
Discurso de Benoit HAMON, Ministro da Educação Nacional, do Ensino Superior e da Pesquisa et/ou Marisol TOURAINE, Ministra dos Assuntos Sociais e Saúde ou dos seus representantes.

9h30 – 10h45 CONHECIMENTO DOS JOGOS PERIGOSOS

Mediadora : Dominique TRIVIAUX, Médica.
Jean LAVAUD : Pediatra, presidente do Comité Nacional da Infancia, Coordenador do Conselho Cientifico da APEAS.
Conhecimento dos « jogos perigosos » :Constatação, consequências para a saúde das crianças.

Bertrand CHEVALLIER : Chefe do serviço de pediatria-adolescentes-urgencias pediátricas Hospital Ambroise Paré APHP.
Epidemiologia dos « jogosperigosos ».

Perguntas 15min
10h45 - 11h10 Pausa café

11h10 – 12h30 VIOLÊNCIAS E ASSÉDIO NO MEIO ESCOLAR.

Éric DEBARBIEUX: Professor em Ciencias da Educação  Université Paris-Créteil.  Delegado ministerial encarregado da prevenção e da luta contra as violências no meio escolar :   Ligações entre assédio, violências e jogos de asfixia no meio escolar : ação e prevenção

12h15 – 12h30 : Debatecom o público
12h30 – 14h00 : Pausa, almoço libre                                                                                                        

Conferencia de imprensa

Segundafeira 6 de Outubro 2014 : Tarde

14h00 – 15h00 : ENFOQUE JURÍDICO

Moderador : Pierre-Grégoire MARLY Professor associado de Direito Privado e Ciencias Criminais, Decano da Faculdade de Direito da Universidade do Maine.
Commandant Claude-Michel SIRVENT : Direção geral da Policia Nacional.                 
Apresentação e missões da Delegação às vitimas, dipositivo de atendimento e papel dos parceiros sociais e psicólogos no comissariado de policia.

Tenente-Coronel Karine LEJEUNE Direção geral da Gendarmaria nacional, Chefe da Seção Prevenção da delinquência.                                                                                                
A lei entre repressão e prevenção

Jean-Marie HUET : Procurador Geral no Tribunal de Instancia de Aix-en- Provence.        
O que esperar da Justiça frente aos «jogos perigosos» ?

15h00- 15h15 : Debate com o público

15h15-16h00 : MESA REDONDA : OS JOGOS PERIGOSOS E NOSSA SOCIEDADE : VIRTUAL, RITUAL, REAL

Mediadora : Emmanuèle Marx-Rosenberg, Psicóloga.

Jean-Luc DENNY : Formador « Jogos perigosos » no Reitorado de Strasbourg                 
Papel das novas tecnologias e do numérico no espaço educativo e pessoal da criança.

Thierry GOGUEL D’ALLONDANS : Antropólogo, Formador en trabalho social, Professor associado (Universidade de Strasbourg-ESPE), Pesquisador (Laboratorio dinâmicas europeias UMR 7367).                                                                                                               
Bizutage[1] (bullying), ritos de virilidade e jogos violentos.                     
¹Bizutage : Provação imposta pelos mais velhos aos novos alunos.

Nathalie MORIN : Psicóloga e enfermeira.                                                           
A ligação com a familia : como falar disto 

15h00-16h15 Debate com o público
16h15-16h30 Pausa Café


16h30-17h45 MESA REDONDA  ENFOQUE PSICOLÓGICO E PSIQUIÁTRICO DEPENDÊNCIA, VIOLÊNCIAS E ASSÉDIO  
Moderadora : Françoise CUSIN : Médica Conselheira técnica do Diretorio acadêmico dos serviços da Educação nacional de Saône et Loire.

Marie-France LE HEUZEY : Psiquiatra para crianças e adolescentes.  Doutora no Hospital Robert Debré Paris.                                                                                                          
O cyber assédio

Nicole CATHELINE : Psiquiatra no Centro Hospitalar Universidade de Poitiers.                        
O assédio entre pares na escola

Alain RIGAUD : Psiquiatra chefe de serviço do estabelecimento de saúde mental na Marne Presidente da ANPAA.                                                                                                                          
As diferentes acepções da noção de dependência

Gérald ALLOY : Psiquiatra chefe do serviço de pedopsiquiatria (psiquiatria infantil) no centro hospitalar de Mâcon, Expert (perito) nos tribunais.                                                                              
Como levar a conversa com o jovem ? Entrevista semi diretiva

Gregory MICHEL : Psicólogo clínico, Professor de psicologia clínica e pedopsicologia (psicologia infantil) na Universidade de Bordeaux 2.                                                                               
Condutas de risco e comportamentos violentos

17h45- 18h00 Debate com o público


Terça Feira 7 de outubro 2014- Manhã

A partir de08h15 Início

8h30-10h15 AÇÕES DE PARTENAIRES EUROPEUS E INTERNACIONAIS

Mediadora : Fabienne TOSI, delegada APEAS Suiza romande e pais de Savoie

 Gavin COCKS : GASP Games Adolescente Schould’n play (Africa do Sul).                         
Ações de prevenção na Africa do Sul

Delegação belga
Prevenção nas escolas na Wallonie (sob reserva)

Thomas ANDREW : Médico legista chefe –New Hampshire (USA)
Análise dos comportamentos de alto risco via o estudo multidisciplinar da mortalidade acidental de crianças nos Estados Unidos.

Andrew MACNAB : pediatra e epidemologista - Ontario (Canada)
Oportunidades de prevenção graças ao modelo escola-saúde de l’OMS e impacto potencial das mídias sociais . A sorte só favorece as mentes preparadas.

Carrie DRAHER : fundadora et Ken TORK Diretor Associação ED4ED (USA)
Alerta e prevenção nos Estados Unidos

09h15 – 10h35 Pausa café

10h35-12h30 AÇÕES DE PARTENAIRES EUROPEUS E INTERNACIONAIS

Moderadora e interveniente: Anne CORREA-GUEDES Professora Universidade de Lisboa (Portugal)
1999-2014 : Mais de 270 casos de enforcamentos acidentais publicados na imprensa britânica on line.

Mike BLEAK : Policial –Utah (USA)
Processo de autópsia psicológica para diferenciar “jeu du foulard” (jogo da asfixia ou jogo do desmaio) e suicídio e programa de prevenção “Leaders for life”.

Stéphanie SMALL : Terapeuta familiar e Judy ROGG : Assistente social e presidente da Associação Erik’s Cause Califormia (USA)
Ferramentas de prevenção nos EUA

Kendall BUTLER : Enfermeira –California (USA)
A cerca de cem casos : estudo sobre a modificação do comportamento dos  adolescentes que receberam informação preventiva contra os jogos perigosos.  

12h30-14h Pausa Almoço libre

Terça Feira 7 de outubro 2014- Tarde

14h00-14h30 DA AÇÃO EDUCATIVA ATÉ UMA POLÍTICA DE SAÚDE PÚBLICA

Entrevista de Françoise COCHET: Presidente de l’APEAS,
Isabelle THOMAS et Catherine VINCE ; vice-presidentes

14h30 16h30 MESA REDONDA : QUEM FORMAR E INFORMAR ? FORMAR SOBRE QUE? FORMAR COM QUE?

Christine CARRY : Profissional de saúde e delegada APEAS PACA
Pascale DEGERMAN : Delegada APEAS Ile de France
Françoise COCHET : Presidente de l’APEAS
As atividades de prevenção com alunos do ensino fundamental

Jean-Luc DENNY : Formador “jogos perigosos” no Reitorado de Strasbourg.
Jérôme VALKMAN : Professor de ciencias e vida da terra, ator de prevenção
Stéphane GUIHENEUF bombeiro voluntário, instrutorde primeiros socorros
As atividades de prevenção com alunos da educação secundária

Françoise CUSIN : Médica Conselheira técnica do Diretório acadêmico dos serviços da Educação Nacional de Saône et Loire.
Marcel MASCIOInspetor Acadêmico e Assistente de Diretor Acadêmico Sâone e Loire aposentado da Educação Nacional.
Jean LAVAUD : Pediatra, ex chefe dos serviços móveis de emergência pediátrica do Hospital Necker-Crianças doentes,  Presidente do Comitê Nacional da Infancia, Coordenador do Conselho Cientifico da APEAS
Formação /treinamento  dos profissionais


Retirado do site da APEAS:




APEAS - Association de Parents d'Enfants Accidentés par Strangulation - Paris - França


Trata-se de um estrangulamento voluntário – algures, como em França, chamado “jogo do lenço” –, realizado individualmente ou em grupo, cujo objectivo é viver uma experiência, ter sensações inéditas.
Ora esta experiência, aparentemente inócua, pode ter consequências muito graves, indo de sequelas irreversíveis até à morte.
Apesar de espalhada pelo mundo inteiro, é todavia difícil de detectar uma vez que não se trata de um comportamento violento ou suicida, mas simplesmente de um jogo perigoso.
Quem pratica ?  Principalmente crianças e adolescentes dos 4 aos 20 anos.
Face a este drama, os adultos responsáveis (pais, educadores, docentes…) têm apenas uma arma eficaz ao seu dispor : a prevenção.
Informar-se e informar para melhor perceber é essencial.
Procurar sinais de alerta junto dos jovens pode salvar vidas.  
Desde Outubro 2000, pais que perderam filhos por causa deste “jogo” mortal juntaram-se e formaram uma associação, a APEAS. O objective é informar um máximo de pessoas sobre os perigos da estrangulação. 
A APEAS trabalha com profissionais e jovens que têm conhecimento ou experiência desta pratica

Nova seção
Perceber melhor este “jogo” mortal
O “jogo de estrangulação”, seja qual for o nome que lhe seja dado, parece ser uma pratica inocente, geralmente proposta por um amigo ou um grupo de colegas.
O principio é simples. Basta conjugar vários gestos :

  • 1 Uma hiperventilação forçada, obtida por algumas flexões rápidas das pernas acompanhadas de grandes inspirações.
  • 2 Depois um bloqueio da respiração, juntamente com uma pressão sobre as carótidas e eventualmente uma forte compressão do esterno.
Um desmaio ocorre, precedido de sensações de tipo alucinatório.
Uma forma primária deste “jogo” chama-se “o tomate” : procura-se reter a respiração o máximo de tempo possível, o que pode provocar um desmaio.
Alguns praticantes tornam-se dependentes.
O perigo é extremo : qualquer tentativa, que seja efectuada em grupo ou individualmente pode causar sequelas irreversíveis e uma paragem cardíaca.
Jogo de estrangulação = desvio solitário
Após ter experimentado o “jogo” em conjunto, muitas vezes em pátios de recreio, pode haver tentação de renovar a experiência sozinho, com a ajudo de qualquer tipo de laço. O risco torna-se então maior, ninguém podendo pedir socorro em caso de estrangulação prolongada a seguir ao desmaio.
A quem diz respeito ?
Esta pratica, apresentada como inofensiva, pode atrair qualquer criança : iniciação (dentre dum grupo), influença (um livro, um filme, um website), curiosidade (experimentação individual).
A população alvo é larga : dos 4 aos 20 anos, rapazes e raparigas do qualquer meio social.
A “iniciação” começa frequentemente na escola primaria, às vezes já no jardim de infância.
Morte ou sequelas para a vida
As primeiras referencias a acidentes datam dos anos 1950. Desde 2000, em França, a APEAS – que não tem conhecimento de todos os casos – regista em media 10 falecimentos por ano.
Vários jovens ficarão definitivamente com sequelas, mais ou menos importantes : desde o coma em que mergulharam até crises de epilepsia, paralisia e estado vegetativo irreversível.
Experiência, desafio e inocência
Como a palavra “jogo” o indica, trata-se antes de mais de uma diversão susceptível de proporcionar sensações fortes.
Para os mais jovens é a descoberta de uma experiência nova e abordem-na sem consciência da sua gravidade.
Para os adolescentes trata-se sobretudo de aceitar um desafio e ter sensações fortes e diferentes.
A vontade de transgressão é rara, a expressão de um comportamento violente ou suicida uma excepção.
Porque falar com os jovens ?
Uma explicação muito clara dos riscos e das suas consequências dramáticas é dissuasiva.
Pelo contrario, o silencio ou explicações eufemistas desenvolvem fantasias e dai possivelmente uma atracção.
Prevenção efficaz
Uma vez advertidos dos riscos subjacentes, crianças e adolescentes deixam geralmente de praticar um “jogo” cujo perigo não suspeitavam.
A prevenção pode ser feita a dois níveis :
  • 1 Os pais podem participar activamente fora do contexto escolar. São mesmo indicados para reparar nos comportamentos de risco dos seus filhos e fornecer lhes a informação necessária.
  • 2 Os intervenientes (docentes, vigilantes, enfermeiras…) devem estar a par da realidade desta pratica afim de poder realizar acções de informação adequadas no estabelecimento escolar.
Sinais de alerta discretos mas que devem imperativamente ser tomados em conta
A prática do “jogo de estrangulação” não se deve confundir de maneira nenhuma com tentativas de suicídio. Por isso acompanha-se raramente de comportamentos estranhos. Alguns detalhes podem todavia alertar os pais :
  • marca suspeita no pescoço (às vezes escondida)
  • laço, corda, cinto presente sem motivo perto do jovem
  • dores de cabeça por vezes fortes, dores auriculares
  • perca de concentração
  • rubor na cara
  • ruídos abafados no quarto ou contra uma parede (queda no caso de uma pratica solitária)
  • Perguntas sobre os efeitos, as sensações, os perigos da estrangulação
Testemunhos
Jessica (15 anos) : “Um amigo, Ludovic, fazia isso com as mãos, mais parava sempre, mesmo antes de desmaiar, quando sentia chegar as alucinações, as tonturas. Este jogo é mortal, mas eu não sabia”.
Gaëlle (15 anos) : “Há 4 anos que um grupo de amigos pratica o “jogo de estrangulação” para ter sensações de bem-estar. Este jogo se chamava “sonho indiano” na minha antiga escola. Queria dizer que não deixa necessariamente marca no pescoço”.
Frederic (22 anos) : “Lembro-me ter praticado, há 10 anos atrás. O método era diferente. Consistia em apertar o mais possível o torso até ao desmaio. Acordei dois minutos depois. Não pensei na altura aos perigos desta pratica !”
Informação medica
As sequelas ligadas à prática do “jogo” de estrangulação são as consequências de um estado de anoxia cerebral mais ou menos prolongado.
Estrangulação :Leva à sufocação e a seguir vem o desmaio. Uma paragem cardíaca é possível a cada instante. Antes do desmaio, pode-se ter varias sensações : tonturas, impressão de deslocação do chão e/ou dos objectos, visão desfocada, pontos luminosos, zumbidos
Anoxia cerebral :As consequências no cérebro da privação de oxigénio variam segundo a duração e a intensidade : lentidão mental, cefaleias intensas e persistentes, sonolência, tremores e contracções musculares, crises epilépticas, movimentos involuntários, amnésia, coma mais ou menos profundo, falecimento.
Uma anoxia severa, prolongada além de alguns minutos, provoca lesões cerebrais irreversíveis.
“Jogo” de estrangulação = muitos nomes = um perigo único :
O “jogo” de estrangulação tem vários nomes, conforme os estabelecimentos escolares ou as regiões. Os mais frequentes são : “sonho indiano”, “sonho azul”, “a rã”, “jogo dos pulmões”, “coma”, “cosmos”, “jogo do tomate”, “jogo da toalha”, “desmaio”...















Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente

Escritora, Educadora, Blogueira e Colunista
Idealizadora e Coordenadora do Curso Formação para Coordenadores em Jogos e Vivências para Dinâmica de Grupos,
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FGV,
Facilitadora de Grupos em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista de coração, Vegana.
Certificada como International Speaker pelo IFTDO-VA-USA



Livro: TDAH Crianças que desafiam 
Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família
Contra o uso indiscriminado de metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta

Para conhecer mais e adquirir, acesse: 
TDAH Crianças que Desafiam - Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família









Nenhum comentário:

Postar um comentário