Ventos no Japão nesta terça-feira - Desastre nuclear arrasta-se ao Pacífico |
NÃO NUCLEAR! - Ex-diretor de Angra I e II, diz: No Brasil, há lobby violento da indústria nuclear - Correr esse risco quando não se precisa é burrice!
Não nuclear! - Correr este risco quando não se precisa é burrice, diz Joaquim Francisco de Carvalho, ex diretor de Angra I e II |
Por Marise Jalowitzki
15.março.2011
http://t.co/pQ6Drrz
Vamos tomar posição, brasileiros!
Eletronuclear diz que, no Brasil, é seguro ter a energia nuclear! Não temos riscos de terremoto. Para ele, simples assim!
Os grandes países estão revendo, como a Alemanha, a desativação de suas usinas. E era a bandeira da Merkel, a chanceler alemã. Estão retrocedendo pelo que estão vendo no Japão "segurosíssimo".
A Eletronuclear se antecipou na segunda e declarou que as usinas de Angra têm barreiras de aço para proteger contra terremotos.
" - Qualquer usina é projetada dessa forma", rebate o especialista Joaquim Francisco de Carvalho. Ele, que já foi um dos diretores da empresa responsável pelas usinas de Angra 1, 2 e 3 e se demitiu do cargo devido ao lobby violento da indústria nuclear no Brasil .
Ainda assim, os acidentes acontecem porque "não há obra completamente segura". "Correr esse risco quando não se precisa é burrice", conclui o o professor Joaquim Francisco de Carvalho.
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O terrível legado de Chernobyl, quando aconteceu a explosão radioativa, em 1986 |
As futuras gerações continuam nascendo com mal formações
Mais em:
Japão e Chernobyl nível 7!
Link: http://t.co/jbksFiU
Diga NÃO às usinas nucleares!!! |
Mais em:
Detalhes da tragédia que assolou o Japão |
Japão e Chernobyl nível 7!
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Terça, 15 de março de 2011, 09h13
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4992419-EI6580,00-ExNuclen+No+Brasil+ha+lobby+violento+da+industria+nuclear.html
Ex-Nuclen: No Brasil, há lobby violento da indústria nuclear
Dayanne Sousa
O medo de um grande acidente nuclear que hoje vive o Japão deveria desestimular projetos de construção de usinas nucleares no Brasil, opina o professor Joaquim Francisco de Carvalho. Ele, que já foi um dos diretores da empresa responsável pelas usinas de Angra 1, 2 e 3 (antiga Nuclen, hoje chamada de Eletronuclear), acredita que o Brasil não precisa correr tamanho risco e revela: "Há um lobby violentíssimo da indústria nuclear".
"As empresas em países mais desenvolvidos investem muito em lobby", diz. Para aliviar o custo deles, eles empurram para cima da gente", critica Carvalho, que também chegou a atuar como coordenador do setor industrial do Ministério do Planejamento. Ex-defensor da energia nuclear, tornou-se crítico. "Saí por isso mesmo, não concordava com essas coisas".
O Japão vive o temor de um vazamento nuclear de grandes proporções depois que o terremoto no País afetou o sistema de refrigeração de três dos seis reatores de Fukushima, ao norte de Tóquio. Nesta segunda-feira (14), a Marinha dos Estados Unidos confirmou que detectou vazamento de radiação no local, embora tenha afirmado em comunicado que os níveis eram baixos.
Carvalho, hoje aposentado e professor da Universidade de São Paulo, calcula que apenas sistemas hidrelétricos, eólicos e térmicos seriam suficientes para gerar energia para a população brasileira até 2040.
Até lá, os brasileiros deverão somar 215 milhões de habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A Eletronuclear se antecipou nesta segunda e declarou que as usinas de Angra têm barreiras de aço para proteger contra terremotos. Qualquer usina é projetada dessa forma, rebate o especialista. Ainda assim, os acidentes acontecem porque "não há obra completamente segura". "Correr esse risco quando não se precisa é burrice", conclui.
Eletronuclear - Diga NÃO! às usinas nucleares! |
Leia a entrevista.
Terra Magazine - O senhor acha que o acidente no Japão vai comprometer investimentos em projetos para energia nuclear, como os que o Brasil tem pendentes?Joaquim Francisco de Carvalho - O Brasil simplesmente não precisa correr o risco de usar usinas nucleares para gerar energia elétrica. O Japão infelizmente correu o risco e aconteceu esse terremoto horrível. Mas eles não tinham alternativas. A França também não tem alternativas e corre um risco grande se houver um acidente nuclear. A Alemanha tem consciência disso e a chanceler Angela Merkel suspendeu o plano que estendia o prazo de vida de usinas nucleares no país. Isso porque a Alemanha não tem os recursos hidrelétricos que o Brasil tem. Está investindo pesadamente em energias alternativas.
Quais são as opções alternativas?
O potencial eólico no Brasil é muito grande. E não é aproveitado. Ele pode ser interligado à geração hidráulica de forma que não exista o problema que existe em outros países, de uma geração intermitente. E ainda contribui para quando há seca.
O acidente muda um pouco a ideia de que a energia nuclear possa ser vista como energia limpa, não?
Sem dúvida, não é assim. Eu ainda estou muito abalado com isso que aconteceu no Japão, mas eles correram o risco.
No Japão, três reatores superaqueceram. Esse é um risco sabido?
Nenhuma obra é perfeita. É um risco pequeno, mas é um risco. E se não há necessidade, não há por que correr esse risco. O Japão fez essa opção porque precisava, não tem reservas de petróleo nem potencial hidrelétrico, nem nada.
Mas esse é o principal perigo?
Há muitos riscos, não dá para dizer qual é o maior, o principal problema mesmo é que acidente nuclear não é que nem acidente aéreo. Se um avião cair, é uma tragédia para aquelas famílias, mas a tragédia não passa do local e do momento da queda. Num acidente nuclear, pode ser que não morram muitas pessoas na hora, mas as consequências duram por anos. É uma tristeza. É um desespero total. E um acidente nuclear pode se espalhar por um continente inteiro.
O Brasil trabalha na instalação da usina nuclear de Angra 3 e tem ainda a proposta de construção de uma usina nuclear no Nordeste, entre Pernambuco e Bahia.
Não é necessário. Isso é porque há um lobby violentíssimo da indústria nuclear. As empresas em países mais desenvolvidos investem muito em lobby, porque energia nuclear é muito caro. Então, para aliviar o custo deles, eles empurram para cima da gente.
Estamos comprando a ideia?
Estamos comprando. É como a história do bonde. O caipira nunca tinha visto um bonde, só andava a cavalo, e achou uma maravilha quando viu. O carioca muito malandro se aproveitou. Vendeu o bonde pra o caipira levar pra roça. Nós estamos comprando o bonde. Correr o risco das nucleares quando não se precisa é uma burrice.
A Alemanha, por exemplo, celebrou acordo com o Brasil para construção de usinas em Angra. É um dos países que faz esse lobby?
A Alemanha ainda tem consciência. Pior são os Estados Unidos. Eles são contra as hidrelétricas no Brasil, não aceitam que um país como o Brasil avance numa área diferente.
Brasil - Governo quer criar mais quatro usinas nucleares, além de Angra III, prevista para 2015! |
DIGA NÃO!!!
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Leia sobre a relação entre ocorrências de terremotos e extração petrolífera:
É minha convicção de que a ocorrência de sismos tem direta relação com escavações de petróleo (Veja link: http://t.co/998Dw63 ). Espero que, pelo menos, os órgãos competentes (incluindo a Petrobras), crie novas estações de monitoramento nas outras regiões da costa brasileira onde também estão sendo intensificadas as instalações das plataformas para exploração em águas profundas.
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Marise Jalowitzki Compromisso Consciente |
compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil
Otária
ResponderExcluirPrezado "Anônimo"! Agradeço o acesso ao blog e a leitura do tópico. Lamento que o termo utilizado "Otária" não explique a qual parte do texto você se referiu.
ResponderExcluirSe ao corpo do artigo, as palavras não são minhas. Apenas transcrevi artigo do Terra, da Dayanne, que publica o pensamento do ex-diretor da Eletronulear (ex-Nuclen) Joaquim Francisco de Carvalho. Do qual compartilho, pois vejo os estragos que a energia nuclear provoca.
Se você se referiu "Otária" ao último parágrafo, onde jogo a conjetura da escavação do petróleo com terremotos, é uma conjetura, sim, que precisa de mais esclarecimentos por parte dos especialistas responsáveis, isentos. Pois se, após a extração, fica uma camada de metano sob a superfície marítima, que pode causar explosões, isso PRECISA ser averiguado e a população também precisa saber, para precaver-se.
O site Sismos do Nordeste, que recebe subsídios também da Petrobras, monitora permanentemente o nordeste, que é o lugar onde mais estão acontecendo as perfurações. (Há um artigo específico sobre isso, neste blog. Veja na coluna à direita)
Conhecimento, cada vez mais, é disso que precisamos. Ninguém é contra o progresso, mas ele precisa vir acompanhado de responsabilidade sustentável.
Fico grata por ter podido comentar mais neste artigo, sobre o que penso que precisa ser feito para melhorar a vida de todos, especialmente das gerações futuras, que são os que irão colher os resultados de nossas ações inovadoras de hoje.
Feliz semana a todos.