Por Marise Jalowitzki
24.outubro.2015
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2015/10/isopor-um-vilao-para-o-meio-ambiente.html
Há tempos que as críticas e denúncias contra o
isopor são divulgadas pelo planeta, um material que é
tão atraente para os negócios quanto tóxico ao meio ambiente.
O isopor surgiu em 1941, pela Dow Chemical
(EUA). Para sua confecção, pequenas quantidades do polímero poliestireno são
misturadas com produtos químicos. para se expandir 50 vezes do seu tamanho
original, após o que ocorre o resfriamento. A massa resultante é então colocada
em moldes (copos, bandejas e embalagens diversas), passando por um novo
processo para expandir ainda mais, até que o molde seja totalmente preenchido e
as contas se fundirem. O produto final é leve, barato – 95% de sua composição é
ar. Suas propriedades isolantes e seu baixo custo tornaram o isopor uma escolha
atraente nos negócios.
Isopor já está proibido em Nova York,
dentre outras
Desde 01 de julho deste ano, restaurantes ou empresas novaiorquinas tem
6 meses para se adaptar. A partir de fevereiro, quem vender, oferecer ou
possuir embalagens, copos ou pratos feitos do material, serão multadas.
Por que ele é tão prejudicial ao meio
ambiente?
O isopor ocupa uma pequena parcela de todo o lixo produzido. Há uma
estimativa de que nos Estados Unidos 25 bilhões de copos de café de isopor são
jogados no lixo por ano, enquanto, por exemplo, as sacolas plásticas
descartadas anualmente chegam a 100 bilhões. Em Hong Kong, 135 toneladas
de produtos de isopor foram despejadas em lixões em 2006, o que representou
menos de 5% de todo o lixo plástico descartado no país.
Mas, apesar de representar uma parcela pequena, a ameaça maior é quando
o isopor chega ao mar. Segundo Douglas McCauley, professor de biologia
marinha da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, há dois problemas
causados pelo isopor para os animais marinhos, um químico e o outro, mecânico.
“O mecânico é bem fácil de se ver. Encontramos espuma de isopor no
intestino de animais – e isso pode ser letal”, diz. Já o aspecto químico
tem a ver com a propriedade absorvente do material. “O isopor age como uma
pequena esponja poluente,capturando todos os compostos que mais contaminam o
oceano. E então um animal marinho engole isso, pensando ser uma água-viva.”
Assim como com o plástico e outros tantos detritos jogados irrefletidamente,
oceanos tornam-se mais poluídos, animais são contaminados e esses animais, se
ingeridos pelo ser humano, prejudicam também a sua já precária saúde.
Quais as alternativas?
O McDonalds começou a deixar de usar embalagens de isopor nos anos 90 –
e em 2013 abandonou totalmente o material, substituindo por alternativas feitas
com papel.
Já o Dunkin’Donuts agora faz seus copos com um composto mais fácil de
ser reciclado, o polipropileno – um tipo de plástico bastante usado para
embalagens para levar comida para casa. No entanto, o produto é mais caro que o
isopor.
O isopor surgiu em 1941, pela Dow Chemical (EUA). Para sua confecção, pequenas quantidades do polímero poliestireno são misturadas com produtos químicos. para se expandir 50 vezes do seu tamanho original, após o que ocorre o resfriamento. A massa resultante é então colocada em moldes (copos, bandejas e embalagens diversas), passando por um novo processo para expandir ainda mais, até que o molde seja totalmente preenchido e as contas se fundirem. O produto final é leve, barato – 95% de sua composição é ar. Suas propriedades isolantes e seu baixo custo tornaram o isopor uma escolha atraente nos negócios.
Isopor já está proibido em Nova York, dentre outras
Por que ele é tão prejudicial ao meio ambiente?
O McDonalds começou a deixar de usar embalagens de isopor nos anos 90 – e em 2013 abandonou totalmente o material, substituindo por alternativas feitas com papel.
BRASIL já recicla isopor
Resultante de uma parceria entre empresas de SC, PR e SP,
o poliestireno, mais conhecido como isopor, é um plástico que já vem
sendo 100% reaproveitado e utilizado em outros produtos. Há pouco mais de cinco
meses a Meiwa (SP) e a Santa Luzia Molduras (empresa de Santa Catarina,
responsável pela máquina), colocaram o projeto em funcionamento em
Curitiba-Paraná, contando com o acompanhamento do Sindicato dos
Estabelecimentos Particulares de Ensino do Paraná (Sinepe-PR) e o Instituto
Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC). A produção ocorre na usina de reciclagem de
Campo Magro, na região metropolitana.
Atualmente, apenas 7% dos brasileiros sabem disso, segundo pesquisa
realizada pela empresa de embalagens Meiwa, de São Paulo.
O isopor, que leva 80 anos para se decompor, pode e deve ser descartado
com outros resíduos sólidos como papéis (3 a 6 meses para se decompor), vidros
(5 mil anos), metais (tempos variados) e plásticos (450 anos).
Como funciona a máquina
A máquina recicla cerca de 300 toneladas por mês, quantidade que ajuda a
salvar cerca de 5 mil árvores. “A matéria-prima substitui a madeira ao ser
usada para fazer molduras para quadros, sancas, rodapés, réguas e brinquedos”, diz Ivam Michaltchuk, gerente de desenvolvimento e mercado
da Meiwa.
O material reciclado também é usado
como insumo para concreto leve e solado plástico para calçados. Só não pode ser
reaproveitado para embalar alimentos.
Dificuldade
Além de Curitiba e São Paulo, existem poucas cidades no país que reciclam o isopor. Michaltchuk explica que a maior dificuldade encontrada para reciclar este material está no transporte, devido a sua baixa densidade. “É um material leve, mas que ocupa muito espaço, por conter gás pentano em sua composição. A máquina recicladora que existe na usina serve justamente para retirar o gás e compactar estes resíduos.”
Além de Curitiba e São Paulo, existem poucas cidades no país que reciclam o isopor. Michaltchuk explica que a maior dificuldade encontrada para reciclar este material está no transporte, devido a sua baixa densidade. “É um material leve, mas que ocupa muito espaço, por conter gás pentano em sua composição. A máquina recicladora que existe na usina serve justamente para retirar o gás e compactar estes resíduos.”
Segundo dados da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, em
2008 foram produzidos no Brasil cerca de 82,9 mil toneladas de poliestireno,
sendo que apenas 7 mil toneladas – 8,4% – foram reciclados.
Utilização
De matéria-prima a energia
Segundo informações da entidade socioambiental Plastivida, o isopor é uma marca comercial para dois tipos técnicos de produtos: o poliestireno expandido (EPS), usado para a fabricação de caixas de acondicionamento e embalagens protetoras, e o poliestireno extrusado (XPS), uma espuma mais rígida, usada para fazer bandejas e copos. A proprietária da marca isopor é da empresa Knauf.
De matéria-prima a energia
Segundo informações da entidade socioambiental Plastivida, o isopor é uma marca comercial para dois tipos técnicos de produtos: o poliestireno expandido (EPS), usado para a fabricação de caixas de acondicionamento e embalagens protetoras, e o poliestireno extrusado (XPS), uma espuma mais rígida, usada para fazer bandejas e copos. A proprietária da marca isopor é da empresa Knauf.
O material pode ser reciclado de três formas. A reciclagem mecânica transforma o produto em matéria prima para a fabricação de novos
produtos. A energética usa o poliestireno para a recuperação
de energia, devido ao seu alto poder calorífico. Já a reciclagem
química reutiliza o plástico para a fabricação de óleos e gases. O
material também tem sido utilizado no isolamento térmico de edifícios. Ao ser
queimado em usinas térmicas para a geração de energia, o poliestireno se
transforma em gás carbônico e vapor d’água. Por isso, sua fabricação não
apresenta nenhum risco à saúde humana, nem ao meio ambiente. O isopor não é
solúvel em água, não contamina alimentos, não causa danos à camada de ozônio,
pois não contém gás clorofluorcarbono, o CFC, e o seu processo de fabricação consome
pouca energia. O perigo, como vimos anteriormente, reside quando ele chega ao
mar e intoxica a fauna marinha, levando a muitas mortes.
Passo a passo
Entenda como ocorre o processo de reciclagem do poliestireno recolhido
em Curitiba e na região metropolitana:
1- As embalagens são recolhidas pela coleta seletiva ou pelos catadores
e encaminhadas à usina de reciclagem de Campo Magro.
2- O material passa pela máquina de reciclagem, o gás de sua composição
é retirado e o isopor é compactado em fardos ou transformado em tarugos (com
formato de um pão) para ser transportado para a cidade de Braço do Norte, em
Santa Catarina, sede da Santa Luzia Molduras.
3- O material compactado passa por um segundo processo de reciclagem. O
poliestireno é triturado, derretido, granulado e volta a ser matéria-prima para
a fabricação de novos produtos.
Conscientização
Segundo o gerente da Meiwa, a destinação correta do poliestireno sempre foi uma preocupação da empresa e, por isso, ela se envolveu com diversos projetos educacionais, entre eles o Planeta Reciclável, desenvolvido pelo Sinepe-PR no ano passado, para conscientizar professores e estudantes do estado para questões ligadas ao meio ambiente e à sustentabilidade. “Queríamos trabalhar a importância da reciclagem nas escolas e este era um bom caminho. Neste ano, algumas escolas da cidade vão elaborar projetos nessa área. Planejamos também promover uma feira com produtos pedagógicos feitos de isopor reciclável”, conta o presidente do Sinepe-PR, Ademar Batista Pereira. Em Curitiba, cerca de 200 famílias já trabalham com a reciclagem de isopor na usina de Campo Magro. Eles vendem o material por quilo para a Santa Luzia, que faz a reciclagem.
Segundo o gerente da Meiwa, a destinação correta do poliestireno sempre foi uma preocupação da empresa e, por isso, ela se envolveu com diversos projetos educacionais, entre eles o Planeta Reciclável, desenvolvido pelo Sinepe-PR no ano passado, para conscientizar professores e estudantes do estado para questões ligadas ao meio ambiente e à sustentabilidade. “Queríamos trabalhar a importância da reciclagem nas escolas e este era um bom caminho. Neste ano, algumas escolas da cidade vão elaborar projetos nessa área. Planejamos também promover uma feira com produtos pedagógicos feitos de isopor reciclável”, conta o presidente do Sinepe-PR, Ademar Batista Pereira. Em Curitiba, cerca de 200 famílias já trabalham com a reciclagem de isopor na usina de Campo Magro. Eles vendem o material por quilo para a Santa Luzia, que faz a reciclagem.
Uma segunda máquina de reciclagem de isopor foi instalada no presídio de
Piraquara, na região metropolitana. A iniciativa faz parte do Projeto Revima –
Revalorizando Vidas e o Meio Ambiente. Por mês, os presos processam cerca de
4,5 toneladas de isopor, que vem da embalagem de suas refeições.
Criando vergonha na cara
Criando vergonha na cara
Resta agora
conscientizar a população em geral para o descarte devido e sensibilizar
empresários nos demais estados para que o negócio cresça e se expanda também a
outros países.
Na verdade, o que
precisamos é criar vergonha e parar de poluir tanto esta Terra que nos acolhe.
Segundo a Ocean Conservancy, que se dedica a
desenvolver políticas para os oceanos baseadas em investigações
científicas, a continuar no ritmo atual, em 2025, o mar vai conter um
quilo de plástico para cada três de pescado. Cidadãos e governos precisam de
mobilizar, URGENTEMENTE, para frear esta avalanche de plástico que são
despejados nos oceanos, bem como os governos e empresariado aumentar
a infraestrutura para poder gerir os resíduos.
De qualquer maneira, o descarte, desde a origem (lares ou instituições),
é a nascente de todo o processo.
Que
venha 2016 com mais conscientização!
Quanto menos cores nas embalagens, menos tóxicos no meio ambiente |
Embalagens plásticas precisam ser utilizadas com consciência ambiental |
Fragmentação de Corpos - Brasil, importador de Lixo, exportador de Bombas Cluster
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Coordenadora de Dinâmica de Grupo,
Vegana, Especialista em Desenvolvimento Humano,
Pós-graduação em RH pela FGV,
International Speaker pelo IFTDO-EUA
International Speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil
marisejalowitzki@gmail.com
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