Metade dos jovens brasileiros não conclui o Ensino Médio - Dicas: Quando Sinto que Já Sei |
Por Marise Jalowitzki
09.dezembro.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/12/inclusao-nao-deve-ser-conquistada-para.html
Ajudem os alunos a lidar com a sua raiva!!
Os alunos estão explodindo e ninguém vê isto?
"Inclusão" não deve ser conquistada para acolher somente alguns "diferentes"
Processo ensino-aprendizagem tem de se tornar atrativo para todos!
Outro dia vi uma figura circulando em um grupo de professores, onde o "quadro negro" tinha uma moldura de telefone celular. E os comentários dos professores?? "Infelizmente é assim!" - "Muito triste, isso!" etc.
Gente, como assim? Se é assim mesmo que deve ser! O conhecimento não pode mais ficar restrito ao tamanho do quadro de giz! A realidade é planetária e o jovem está conectado com esta realidade!
Nem metade dos jovens brasileiros até 19 anos concluem o Ensino Médio!
O desinteresse, o desestímulo, o distanciamento do que é repassado em aula em relação ao mundo em que vivem, são as causas apontadas.
Quem não sabia??
Aqui no RS, a presidente do Sindicato dos Professores - CEPERS - comenta o que todos, também, já sabem:
"Nosso ensino está no século IXX. Os alunos, em pleno século XXI. Precisamos fazer algo para que esta distância diminua".
Sim, mas tem de ser já!!
O que os professores precisam fazer
- Em seu artigo 15, a LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação já dá esta autonomia para cada escola usar a metodologia que mais lhe aprouver! O conteúdo programático é determinado pelo MEC, a forma de repassá-lo, não!!
- Então, se você é um professor-fazedor, invista com seu(sua) diretor(a) e tente implementar as mudanças que, por certo, vão atrair a atenção de seus alunos.
- Ao invés de ficar se debruçando para conseguir rotular as crianças e jovens, identificar "transtornos", esperar que um medicamento 'resolva o problema', o lance é dar um jeito, urgentemente, de tornar a escola um lugar onde o aluno queira estar!!! E não um lugar de provas e provação!!
- Se você tem um grupo de amigos professores, pense também em criar uma sala de aula inclusiva, não apenas uma escola particular inclusiva. Mude no cenário onde você está, seja rede pública ou privada!! (assista o video, ao final e conheça algumas ações que deram certo)
O que a família precisa fazer
- Aumentar e aprimorar o nível de conversa, de diálogo, de entendimento, o que é bem difícil de conseguir pois, em muitos casos, o adolescente simplesmente "se fecha" para os pais e outros familiares. Importante estabelecer novas maneiras de trocar ideias, maneiras mais respeitosas em relação a ele e em relação à sua maneira de ver o mundo.
- Levar a sério quando o adolescente manifesta a sua vontade de trabalhar, de 'arrumar um emprego'. Aliado ao desprazer do processo educacional em si, à medida que o jovem cresce, aumenta também a vontade de "ter as coisas", tão incentivada em nossa sociedade consumista. Quando ele não tem o que quer, pensa logo em como resolver esta situação e se vê apto a isso: "Vou trabalhar!" - e, aí, para desistir de estudar, é um pulo. Conversas, acordos, explicações e a procura de algum estágio remunerado, podem contornar esta insatisfação.
- Ao invés de medicalizar para aquietar e achatar, procure ouvir, entender e redirecionar, seja em casa, seja na escola.
O QUE AJUDA A DIMINUIR A ANSIEDADE E A INSATISFAÇÃO:
- um esporte que desperte o interesse e onde é valorizado
- massagens terapêuticas e de relaxamento
- Reiki
- Yoga
- passeios ao ar livre, caminhadas sem tempo ou 'objetivo' definido
- meditação ou mesmo soninhos rápidos, sem necessidade de qualquer postura específica
- alimentação industrializada o menos possível
- bastante água
- homeopatia
- florais
- chás (ou refresco de chás)
- retirar o mais possível os eletrônicos do ambiente em que o jovem vive (não falo em diminuir o uso; sim, isto precisa ser monitorado também; mas, aqui, falo das radiações que os eletrônicos emitem, mesmo estando em standby e que acabam influenciando na irritabilidade, na impulsividade, na hiperatividade)
Construa uma escola conectada com o tempo em que nossas crianças vivem!! Assista este video e veja dicas de como mudar a pedagogia: Quando sinto que já sei
https://www.youtube.com/watch?v=HX6P6P3x1Qg
Querendo, leia estes dados recentes e que mostram a urgência de intervenções pontuais (e radicais) no processo de ensino-aprendizagem de nossas escolas:
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2014-12-08/metade-dos-jovens-brasileiros-nao-conclui-o-ensino-medio-ate-os-19-anos.html
Metade dos jovens brasileiros não conclui o Ensino Médio
Um levantamento do movimento Todos Pela Educação (TPE) aponta que praticamente metade dos jovens brasileiros (45,7%) não consegue concluir o Ensino Médio até os 19 anos, idade considerada adequada para o término da etapa final da Educação Básica.
O percentual – tabulado a partir dos números da Pnad 2013 – está bem aquém do que previa a meta estipulada pela entidade. De acordo com o TPE, o índice era para ter chegado a 63,7% em 2013 com previsão de atingir os 90% em 2022.
Pobres, negros e rurais
A partir de recortes sociais, a análise dos números da pesquisa reflete bem as disparidades do País. Entre os jovens brancos, 65,2% concluíram o ensino médio até os 19 anos. Na população negra, o porcentual cai para 45%.
Em relação à renda, somente 32,4% dos mais pobres concluíram essa etapa de ensino no limite indicado. O número sobe para 83,3% entre os mais ricos.
Em relação à localidade, os dados mostram, ainda, que nas áreas rurais, o percentual de alunos que concluem o Ensino Médio até os 19 anos é de 35,1%, bem inferior ao das áreas urbanas: 57,6%.
"O recorte mostra como a desigualdade é uma herança histórica do Brasil. E o estudo mostra que esse atendimento diferenciado e que discrimina acontece mesmo nos Estados mais ricos, mesmo dentro de uma mesma escola. É inadimissível que, em pleno século XXI, duas crianças sejam tratadas de forma diferente", conclui Falzetta.
Mais do que currículo
Pensar na estrutura curricular do Ensino Médio é importante, mas não basta. Para diminuir a desigualdade de oportunidade, é preciso pensar em fatores externos aos muros da escola, defende Paulo Carrano, coordenador do Observatório Jovem da Universidade Federal Fluminense (UFF
"Boa parte desse contingente que abandona a escola é formada por estudantes trabalhadores. Eles abandonam e voltam; querem estudar, mas isso é muito pesado para eles. E o que tem sido feito nesse sentido?", questiona Carrano. "É preciso inversão de recursos e políticas efetivas para que o jovem da periferia possa se dedicar aos estudos."
Por políticas efetivas, explica Carrano, não se deve considerar aquelas criadas para premiar apenas os melhores estudantes, como alguns Estados praticam. "A questão não é premiar os melhores. O grande desafio é apoiar quem tem muita dificuldade. A escola precisa aprender a ensinar o jovem ser aluno. Sem isso, temo que a gente apenas busque atalhos."
Caindo de maduro: Leia mais: 'Não se muda a realidade do ensino médio apenas mexendo no currículo'
Mais sobre o tema TDAH, nestes blogs:
Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com
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