sábado, 13 de junho de 2020

Pandemia do novo coronavírus e ratos urbanos


Pandemia - Com restaurantes fechados, crise alimentar deixa ratos agressivos e desesperados, chegando até a comer uns aos outros
Foto: Alexas Fotos - Pexels



Marise Jalowitzki
  • O que a falta de alimento provoca em humanos e não humanos
  • Ratos urbanos estão invadindo casas
  • Aviso aos lares
  • O que fazer



Lei da selva
Quando a fome aperta, e acaba sendo sistemática, a falta de alimento provoca reações por vezes incontroláveis. 

Com todas as espécies é assim. 
Em algumas regiões de humanos, como nos campos de refugiados, a prostração e a apatia provocadas pelo enfraquecimento, impede a luta. Estes pobres humanos sabem ser inútil qualquer movimento de busca. Lutar contra quem, em meio ao deserto? Buscar alimento onde, em meio à árida imensidão?

Também com os habitantes de nosso sertão brasileiro, onde falta até a água é escassa, como suprir as necessidades básicas? Neste cenário específico, onde também não há pra onde correr, onde até os outros animais (chamados de irracionais) padecem e morrem, fica o ser humano, prostrado, tentando resistir até a chuva chegar e fazer brotar algo.

Já nas regiões urbanas, com superpopulação, o cenário é outro. Os humanos das periferias procuram se safar como podem, seja vendendo produtos de consumo fácil (como balas, gominhas); seja se cadastrando nos ainda insuficientes pontos de assistência social: seja entrando para a delinquência (roubo, tráfico, outros crimes).

Tudo tem a mesma base, o mesmo motivo, a mesma raiz: desigualdade social. Onde qualquer ser, de qualquer espécie, tem suas necessidades supridas, pelo menos as básicas, o ambiente fica menos inóspito.

Ratos urbanos estão invadindo casas

Com a eclosão da pandemia do vírus SARS-Cov-2, tudo, nas cidades e municípios do mundo inteiro, se alterou.

E muitas espécies estão mudando, por necessidade, seus hábitos e comportamentos. Aconteceu também com os ratos urbanos, que se alimentam dos restos de comida que encontram nas lixeiras, especialmente nos grandes e médios restaurantes. Cada lixeira com os detritos alimentares são uma festa para eles, saciedade e sobrevivência.

Com as instruções necessárias de isolamente social, como o fechamento de restaurantes e outros estabelecimentos ligados ao setor alimentar, os ratos se viram, de um dia para outro, sem sua fonte diária de alimentos.

Não deu outra. Os roedores começaram a ficar agressivos, brigando primeiramente entre si, até se tornarem canibais, ou seja, comer outros ratos, pertencente, inclusive, ao próprio grupo. 

Aviso aos lares

Há duas semanas, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), nos EUA, emitiu um alerta: os roedores famintos, poderão apresentar "comportamento incomum ou agressivo". Moradores tiveram sua rotiina alterada, já que os ratos estão tentando encontrar frestas nas casas, à procura de comida.

"Roedores dependem das sobras colocadas no lixo, especialmente dos estabelecimentos comerciais. Um rato faminto acaba ficando muito agressivo com outros ratos", salienta Robert Corrigan, consultor especializado no controle de roedores para empresas e departamentos de saúde nos Estados Unidos e em outros países. 

Onde antes os ratos costumavam encontrar alimentos facilmente e agora a comida desapareceu, há relatos de ataques a outros roedores e de canibalismo, que são comuns em situações extremas de fome, como a atual. "Eles estão atacando uns aos outros, matando e comendo uns aos outros. E, se há filhotes nos ninhos, vão matá-los e comê-los", afirma Corrigan. Não há relatos de ataques aos humanos, mas, com o aumento gradual das visitas aos  lares, é importante se precaver.

O que fazer

A primeira coisa que nos vem à mente é: preparem-se. Comprem ratoeiras e-ou venenos. Sim, isto é o que comumente os humanos fazem.

Mas, e depois? Caso esta situação persistir, como previsto?

Lembro de minha infância, quando as lavouras não produziam em verões com muita estiagem e os ratos invadiam as casas, igual que agora. Os venenos proliferavam. Acabava que outros animais, especialmente gatos, também se envenenavam. Muitas vezes desapareciam e eram encontrados pelo cheiro (fedor) da decomposição dos corpos. Um horror! O mesmo acontecia com os corpos decompostos dos ratos, só que eles se escondiam em locais bem difíceis de acessar, em cantinhos, em porões, sob pequenos orifícios sob o assoalho.

A mãe resolveu a situação em nossa casa. Ela dizia: 

"Eles também tem fome! E é por causa da fome que estão aí!" 

Então, colocava fubá (farinha de  milho), farinha de  mandioca, algum pedaço de pão, amendoim - alimentos que poderiam ficar dias sem apodrecer, sempre no mesmo lugar, em algum lugar escondido. Sim, pois como eles são de hábitos noturnos e, primordialmente, ariscos (pois animais silvestres), não irão comer em um pratinho específico, como cães, gatos, pássaros, galinhas e patos.

Assim, fica a dica. Ao invés de matar (como sempre a maioria pensa fazer pra se livrar de um problema animal), ALIMENTE!

E isto, com certeza, vale também para os nossos semelhantes, tão acossados pela falta de tudo, durante esta pandemia!! 

Se antes já tínhamos tanta miséria no nosso entorno, acostume-se agora a sair com alguns reais extras para doar para os vulneráveis que você encontrar na rua. Tenha na sua bolsa/sacola algum pão, salgadinho, bolacha, pra matar a fome dos que, como nós, também a sentem. 

Deveria sempre ser assim. Que aconteça com mais profusão agora, até se tornar costume.

Se não pode fazer muito, faça pouco, mas faça! 
Tudo é válido! 
Tudo é importante! 
Tudo é necessário!!

Texto-pesquisado: UOL
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Pandemia por coronavírus - SARS-COV-2 - Página de Links



http://compromissoconsciente.blogspot.com/2020/05/pandemia-por-coronavirus-sars-cov-2.html





















Marise Jalowitzki é mãe, avó, sogra, irmã, tia, filha, neta, amiga, cidadã.
Também é educadora, escritora e blogueira. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Pós-graduação em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas.Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano. Querendo, veja aqui






Pandemia e o uso de máscaras
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