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Ana Maria Primavesi partiu hoje - Precursora da agroecologia, deixa legados preciosos a todos que se empenham na melhoria e preservação de nosso planeta
Marise Jalowitzki
Oh! Querida Ana! Se foi!
99 anos!
Taí uma mulher que deveria ser eterna também fisicamente. Sim, fisicamente, pois seus feitos e suas obras já são eternos!
Primeira agrônoma formada do Brasil, foi aqui em Santa Maria-RS.
"Você tem de aprender a se reaproximar da terra! Não pode vê-la como sujeira, terra como algo que suja... Harmonize-se! Pegue-a na mão, acarinhe, sinta!"
Eu aprendi, querida Ana!
Se a vida além da vida existir, como queremos, que possas continuar semeando tuas boas ideias, semente de Amor, de Preservação e Bondade, de Determinação e Sabedoria! Se não existir a vida como a queremos conceber, VALEU DEMAIS tua passagem por aqui, deixando para os que ainda estão neste planeta, teus sábios ensinamentos.
Gratidão pelos ensinamentos. Assim como Lutzemberg, foste incansável na defesa da agroecologia, na vida sustentável, na preservação do planeta!
Luz e Paz!
(Não adianta dizer: "Descansa em Paz" para esta aguerrida mulher! Deixo um abraço pleno de admiração e reconhecimento!
Em 2012 escrevi:
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| Ana Primavesi, pioneira da Agroecologia no Brasil, autora de vários livros, é um poema vivo de amor à Terra |
Quem é essa mulher extraordinária? ANA PRIMAVESI, pioneira na agroecologia no Brasil
Vida sem Agrotóxicos
Por Marise Jalowitzki
15.março.2012
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2012/03/quem-e-essa-mulher-extraordinaria-ana.html
15.março.2012
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2012/03/quem-e-essa-mulher-extraordinaria-ana.html
Tempo marcado na face realizadora, 92 anos, ANA PRIMAVESI, de touquinha de lã na cabeça, olhar seguro, afirma:
"- Tive de deixar meu sítio por idade, não por questões de saúde!"
Firme na voz doce, essa delicada mulher, semeou sabedoria durante toda a sua existência. Enchendo as mãos com Gaia, a Mãe Terra de todos nós, cheira, suavemente sente entre os dedos a textura da Terra e diagnostica. Foi assim que recuperou sua própria fazenda, em certa ocasião:
"Certa vez, a lagarta-do-cartucho não perdoou o milharal. Percebi que a razão do ataque estava na deficiência de boro na terra. Depois de cinco a oito quilos de bórax por hectare não tem lagarta que apareça!", explica a agroecologista.
E foi dessa maneira durante toda a sua vida. Ouvir a Terra. Saber ouvir o que este Maravilhoso Organismo Vivo quer para responder às expectativas dos humanos, que tanto Dela precisam e a quem Tanto já machucaram.
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| Sentir a Terra, sentir sua textura e cheiro, para saber do que ela precisa para acolher as sementes. Agroecologia é Ana Primavesi |
Ana Primavesi é uma dessas poucas pessoas que entenderam com o coração essa linguagem. Ela procurou passar ao maior número de pessoas esses ensinamentos. Hoje, está morando na casa de uma dos filhos, ainda sem saber ao certo que rumo dar ao sítio que tanto ama e que é uma relíquia, incrustado entre áreas destinadas à pecuária.
- Porque pecuária?
A resposta vem logo:
- Para assegurar que o solo fique o mais longe possível de agrotóxicos ou transgênicos, o que fatalmente aconteceria, seja por ar, por água ou terra, caso estivesse próximo à produção de alimentos!
Que triste realidade deste nosso mundo contaminado! A zona de pecuária ser a única a assegurar que o ar e o solo não sejam empestados de agrotóxicos, como acontece em áreas de cultivo de alimentos vegetais "convencionais".
Ficará o sítio nas mãos de algum empresário verde, que saiba que tesouro tem nas mãos e perpetue a conservação preciosa e necessária? Acontecerá um sistema de compartilhamento? Será criada uma Fundação?
Particularmente, torço para que esta última aconteça. Também aqui, no RS, temos o nosso querido e saudoso José Lutzemberger, o Lutz, que fez um trabalho idêntico, agroecologista e ambientalista de primeiro escalão, que também percorreu o mundo alertando as pessoas sobre a inconsciência consumista e cujo corpo está enterrado sob um maravilhoso pé de Umbu.
Sua querida turma da Fundação Gaia, afirma:
"- Ele está presente! Ele continua conosco, ensinando pelo exemplo!"
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| Sorriso largo, a certeza e a confiança de ter feito o seu melhor pelo planeta! |
Ana Primavesi foi responsável pela implantação do primeiro curso de pós-graduação nacional que enfocava o manejo ecológico do solo, na Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
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| Ana Primavesi - 1965 - Visitantes na Universidade Federal de Santa Maria, RS |
Esta austríaca de nascimento e brasileira de coração, atualmente com 92 anos, ministrou, somente no ano passado, mais de 40 palestras pelo Brasil e Mundo.
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| 1946 - O casal Ana e Artur Primavesi, os dois agrônomos, deixaram a Áustria após a Guerra, depois de terem confiscada a sua casa. Foram recebidos por amigos aqui no Brasil, que passou a ser a sua Pátria. |
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| Ana Primavesi - 2002 - Professora convidada na Universidade em Chiapas, no Mexico |
"Esta é uma agronomia que não compete com as leis da Natureza!" - diz.
QUE DEUS ABENÇÕE CADA PASSO DOS VISIONÁRIOS! PARABÉNS, ANA PRIMAVESI!
Fontes:
Querendo, veja também:
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| Ana Primavesi e Kaká Werá, no sítio que agora vai virar Fundação com recursos privados. A busca por um empresário responsável. |
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2012/05/sitio-de-ana-primavesi-vai-virar.html
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Transcrevo a matéria integral do Notícias Ao Minuto:
A pesquisadora e engenheira agrônoma Ana Maria Primavesi morreu aos 99 anos neste domingo, 5, em São Paulo, em decorrências de problemas cardíacos. Nascida na Áustria e radicada no Brasil desde os anos 1940, trabalhou durante quase 80 com ciência, dedicando-se especialmente à agroecologia, área em que foi pioneira no País.
Ao longo de décadas, a cientista publicou livros sobre agricultura orgânica e sustentável, como o Manejo Ecológico do Solo e Manual do Solo Vivo. O enterro da pesquisadora estava marcado para as 16h30 deste domingo, no Cemitério de Congonhas, na capital.
Em 2012, a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo visitou o sítio da pesquisadora em Avaré, no interior paulista, que é descrito como um "laboratório vivo de agroecologia e manejo ecológico dos solos". O local foi comprado pela pesquisadora nos anos 80, quando estava degradado e infértil, cujas mata nativa e nascentes foram recuperadas nas décadas seguintes.
A trajetória da pesquisadora é contada na biografia Ana Maria Primavesi - Histórias de vida e Agroecologia, de Virgínia Knabben e publicada pela editora Expressão Popular. Parte do material foi publicado em 2019 em um site com o nome da pesquisadora.
Segundo a biografia da pesquisadora, Ana Maria nasceu em 3 de outubro de 1920 em um castelo no distrito de St. Georgen ob Judenburg, na Áustria. Filha de um barão, se formou na Universidade Agrícola de Viena em 1942, logo depois fez doutorado e, durante o período em que trabalhava na Polônia, ajudou na transferência de refugiados judeus durante a 2º Guerra Mundial.
Ainda de acordo com o livro, a pesquisadora se casou em 1946 com o fazendeiro e diplomata Artur Primavesi, com quem se mudou para o Brasil dois anos depois para lecionar na Universidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O casal chegou a viver também em Minas Gerais e São Paulo.
"A morte da pesquisadora foi lamentada especialmente por organizações ambientais e cientistas. "Descansa uma mente notável, uma mulher de força incomum e um ser humano raro", diz nota da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APQC)." (https://www.noticiasaominuto.com.br/brasil/1215536/morre-aos-99-anos-ana-maria-primavesi-precursora-da-agroecologia)
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| Marise Jalowitzki Compromisso Consciente |
compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, Educadora, Ambientalista,
Coordenadora de Dinâmica de Grupos,
Especialista em Desenvolvimento Humano,
Pós-graduação em RH pela FGV-RJ,
International Speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil
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