segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Setenta por cento das Pessoas que usam Antidepressivos Não têm Depressão, diz Estudo






Por Mike Barrett
(em tradução livre)

Se as vendas de antidepressivos como Zoloft, Lexapro ou Prozac nos dizem alguma coisa, é que a depressão está dominando o mundo. Entretanto, uma nova pesquisa questiona a validade de grande parte dessas vendas.
O estudo descobriu que a maioria dos indivíduos que usam os antidepressivos – cerca de 70% – não apresentam os sintomas de um episódio de depressão severa o suficiente (depressão clínica) que justifique o diagnóstico dessa medicação.
Além disto, os antidepressivos também são receitados para outras doenças psiquiátricas. A mesma investigação concluiu que 38% das pessoas usam esses medicamentos para transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade ou outras fobias, concluindo que o antidepressivo muitas vezes é receitado para pessoas que não apresentam os sintomas da depressão clínica.
O estudo publicado no The Journal of Clinical Psychiatry, relata: “Nossos dados indicam que os antidepressivos são comumente prescritos na ausência de indicações baseadas em evidências claras “.




Vários estudos têm mostrado que muitos indivíduos que usam antidepressivos não têm histórico atual ou tempo de vida de transtornos mentais. No entanto, estudos recentes sugerem que a avaliação retrospectiva única de transtornos mentais comumente usada em tais estudos pode substancialmente subestimar a verdadeira prevalência ao longo da vida de transtornos mentais. Examinamos a prevalência de transtornos mentais, avaliados prospectivamente em múltiplas entrevistas, entre indivíduos que atualmente utilizam antidepressivos em uma amostra comunitária.
... Conclusões: Muitas pessoas para as quais são prescritos o uso de medicamentos antidepressivos podem não preencher os critérios para transtornos mentais. Nossos dados indicam que os antidepressivos são comumente usados na ausência de indicações claras baseadas em evidências ".

Há alguns anos, a Universidade Harvard realizou um estudo para reiterar o que muitos profissionais de psicologia já sabem: muitas pessoas estão viciadas em antidepressivos. A maioria utiliza esses remédios apenas para melhorar o humor e se sentirem melhor.
O aumento na venda de antidepressivos assusta os especialistas, nas últimas décadas foi de aproximadamente 400%.
antidepressivo se tornou popular (Prozac, Celexa, Effexor, Paxil e Zoloft são usados como se fossem doces, em uma tentativa de melhorar o humor e se sentir melhor),  embora estudos clínicos sugerem que há inúmeros métodos naturais que as pessoas podem recorrer sem se preocuparem com os efeitos colaterais causados por estas drogas.
Infelizmente, estamos enfrentando uma evidente parceria que existe entre os membros da comunidade psiquiátrica. Um estudo sobre o painel de membros da “Bíblia da Psiquiatria”, mais conhecida como Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, demonstrou que dos 170 membros que produziram os critérios do DSM-4 (publicado em 1994), 56% tinham vínculos financeiros com empresas farmacêuticas. Isto incluía o financiamento de pesquisas, consultorias e pagamentos por palestras.
Quando olhamos para os membros dos painéis convocados para elaborar o DSM-5, esse interesse e influência parece ter aumentado. Cerca de 70% dos membros da força-tarefa relataram relações com a indústria farmacêutica – um aumento de 14% em relação ao DSM-4.


A indústria farmacêutica é uma das mais rentáveis do mundo (dados de 2017) – com vendas globais alcançando US$ 400 bilhões por ano. A indústria é impulsionada pelo imperativo econômico para manter lucros elevados através de manutenção e da expansão contínua de seus mercados. E o DSM desempenha uma função importante nesse processo expandindo a lista de categorias de diagnóstico a cada nova edição.

Isso permite que os psiquiatras diagnostiquem infelicidade como doença e prescrevam medicamentos para um número crescente de pessoas vulneráveis.
Precisamos levar a angústia relatada por todos a sério, pois às vezes a ajuda medicinal é realmente necessária. Mas também precisamos questionar a crescente “patologização” da infelicidade cotidiana, pois ela fornece um mercado para a indústria farmacêutica e legitima o controle psiquiátrico.
Natural Society - http://naturalsociety.com/study-70-of-people-on-antidepressants-dont-have-depression/http://naturalsociety.com/study-70-of-people-on-antidepressants-dont-have-depression/



Mike Barrett é o co-fundador, editor e pesquisador da Sociedade Natural. Estudando o trabalho dos principais ativistas naturais da saúde, e escrevendo relatórios especiais para top 10 sites de saúde alternativa, Mike escreveu centenas de artigos e páginas sobre como obter o melhor bem-estar através da saúde natural.





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