Mudanças nas escolas podem acontecer! Não depende de lei! Depende de vontade e perseverança! |
Por Marise Jalowitzki
12.junho.2015
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2015/06/maes-e-pais-de-filhotes-com-tdah-e-os.html
"Nossas crianças já não respondem passivamente como antigamente. E, a não ser através de uma perversa medicação, como o uso da Ritalina, elas, as queridas crianças, estão a exigir uma aprendizagem mais atrativa e consistente.
Há um número sempre maior de crianças que não se sujeitam mais, que se rebelam, direta ou indiretamente, ao “sentar-quieto-de-mãozinhas-sobre-a-mesa-ouvindo-a-professora”.
Essas novas crianças, que questionam modelos arraigados, desafiam padrões rígidos.
Enquanto alguns adultos se empenham em rapidamente diagnosticá-las como TDAH, outros questionam o ambiente e os currículos, o modo de tratar e a formação do educador."
(Págs. 185 e 186 - Livro TDAH Crianças que Desafiam - Marise Jalowitzki)
Mudanças nas escolas podem acontecer! Não depende de lei! Depende de vontade e perseverança!
Artigo XV da Lei de Diretrizes e Bases da Educação permite que cada diretor de escola desenvolva o currículo da forma que quiser! A escola tem autonomia para mudar o jeito cartesiano de repasse de informações!
Outro dia uma professora de Sala de Recursos Multifuncionais (SIR) de uma EMEF comentou de todo um planejamento que foi feito e enviado à Secretaria de Educação, sem resposta há um ano! A direção precisa insistir! As educadoras, mais a diretora, precisam fazer barulho! Não adianta, aqui em nosso país as coisas acontecem pela insistência! Infelizmente, muitos esmorecem!
Artigo XV da Lei de Diretrizes e Bases da Educação permite que cada diretor de escola desenvolva o currículo da forma que quiser! A escola tem autonomia para mudar o jeito cartesiano de repasse de informações!
Outro dia uma professora de Sala de Recursos Multifuncionais (SIR) de uma EMEF comentou de todo um planejamento que foi feito e enviado à Secretaria de Educação, sem resposta há um ano! A direção precisa insistir! As educadoras, mais a diretora, precisam fazer barulho! Não adianta, aqui em nosso país as coisas acontecem pela insistência! Infelizmente, muitos esmorecem!
EMEF Chico Mendes - Bairro Mario Quintana - Porto Alegre - RS |
Quando se dispuserem a se reunir com escola e terapeuta, ou mesmo sugerir algumas inovações em sala de aula, para melhoria do seu pimpolho, cerquem-se de informações! Tirem cópias dos artigos, mostrem que é possível! Levem a referência, por exemplo, dos videos "Quando sinto que já sei" e "Como estrelas na terra" (assistam primeiro, lógico! tem no youtube). Quem tem o livro, leve junto, empreste. Pra que ninguém 'ache' que estão delirando!
Outro dia, com pesar, soube de uma mãe que foi na escola sugerir mudanças e a orientadora (a diretora estava junto) falou tão asperamente "...mas quem disse que ritalina faz mal? que prejudica alguma coisa?.." que a mãe, que não esperava aquela violência, saiu chorando!!
É preciso se preparar para os embates, pois muitas pessoas ainda estão naquele estágio de "a melhor defesa é o ataque!" e quando uma mãe chega para melhorar o dia a dia de seu filho (e, por consequência, também o da pro e de toda a turma!) muitas vezes a professora se sente atacada!
E, aí, pra se "defender" (pois nem entende que é uma sugestão, uma ajuda!), ela ataca!
Claro que fica muito mais conveniente para eles (escola) que uma mãe saia chorando e silencie, do que desacomodar pessoas que não querem efetuar o movimento de mudança!
Ao contrário, caso a escola esteja querendo se rever, vai acolher com muita satisfação a parceria que mães e pais estão propondo. Pois só assim é que vai funcionar direito!
Sempre elogio os educadores que já estão promovendo a diferença!
Eles são poucos!
Precisam ser reforçados!
Pois, mesmo nas escolas em que atuam, muitas vezes não recebem apoio nem dos colegas!!
Sobre o encaminhamento para "diagnosticar e medicar"
"A
providência imediata em muitas instituições do ensino tradicional é tratar as
diferenças comportamentais encaminhando ao psicólogo escolar (ou
psicopedagoga), daí para um consultório de neurologista ou psiquiatra e adotar
a prática da ingestão medicamentosa no aluno! Várias escolas encontraram na
medicação uma fórmula mágica de resolver a situação. Assim, quando
iniciam as queixas sobre determinado aluno, a recomendação é orientar aos pais
que levem seu filho para um consultório médico. Mesmo professores que não
consideram esta prática vantajosa, são pressionados pelos seus superiores.
Vejam o relato da professora Miriam:
"Confesso
que a pressão para encaminhar alunos, cansa. Eu mesma fui prisioneira de
'remédios' para distúrbio de atenção. Na infância não tive isso, mas na
adolescência fui levada pelo meu pai, após a escola também reclamar que eu
vivia no mundo da lua, tirava apenas as notas medianas; em colégios caros, isso
desgasta qualquer pai, não é? Fui professora 15 anos, entre privado e público e
conseguia, mesmo em salas superlotadas, entender quando um (ou vários) alunos não
suportavam a aula, os alunos são reféns de um sistema que os aprisiona,
dificilmente as aulas são agradáveis, porque é preciso 'bater meta' com as
apostilas da ala privada.”
“ Já no público, sempre gostei
dos projetos, a regra é clara, não aprendem por diversos motivos, e não podia
atrelar à questão déficit de atenção quase nunca, mesmo sendo atropelada pelos
gestores, pois sempre ficou claro que o caos social é quem não deixava muitos
de meus alunos obterem sucesso. Sem uma reforma nesse molde que engessa
cabecinhas tão boas de aprender o novo, a educação não evolui! Abços" (pág 188 - Livro TDAH Crianças que Desafiam)
MUDANÇAS QUE JÁ ESTÃO ACONTECENDO EM NOSSO PAÍS:
Documentário: Quando sinto que já sei (na íntegra - 1h18min): https://www.youtube.com/watch?v=HX6P6P3x1Qg
Teaser (4min): https://www.youtube.com/watch?v=lpnQddudcGA
Para quem quer entender o contexto: A Educação Proibida - https://www.youtube.com/watch?v=-t60Gc00Bt8
ESCOLA SEM PAREDES - Amorim Lima - https://www.youtube.com/watch?v=tTGA0OPDZ-w
Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com
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