A legislação brasileira está convencida de que a inclusão dos diferentes precisa acontecer em escolas tradicionais, como forma de acabar a discriminação. |
Por Marise Jalowitzki
10.abril.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2015/04/tdah-e-outros-disturbios-o-pocesso-de.html
"A
legislação brasileira está convencida de que a inclusão dos diferentes precisa acontecer em escolas
tradicionais, como forma de acabar a discriminação. Embora sendo louvável tal
iniciativa, com igual urgência precisam ser revistas as formas de ensinar,
ultra necessário atualizar professores em novas e inclusivas práticas, além de
trabalhar questões emocionais em todos os responsáveis, especialmente nas
questões que se referem à tolerância, à compreensão e à humildade. Senão, é novamente fracasso.
A providência imediata em
muitas instituições do ensino tradicional é tratar as diferenças
comportamentais encaminhando ao psicólogo escolar (ou psicopedagoga), daí para
um consultório de neurologista ou psiquiatra e adotar a prática da ingestão
medicamentosa no aluno! Várias escolas encontraram na medicação uma fórmula mágica de resolver a situação. Assim, quando iniciam as queixas sobre
determinado aluno, a recomendação é orientar aos pais que levem seu filho para
um consultório médico. Mesmo professores que não consideram esta prática
vantajosa, são pressionados pelos seus superiores."
O despreparo dos educadores perpassa os diferentes tipos de escola e a situação é deveras grave! Basta ver o lugar que, mais uma vez, alcançamos nos levantamentos sobre educação no mundo! |
Iniciei uma discussão em uma rede social com este chamamento (que também é discutido no livro):
Há décadas que os portões das escolas são os maiores canais de acesso à drogadição legalizada, sem que governos atentem para esta criminosa expansão! Muitos e muitos "educadores" hoje são os mais frequentes "especialistas", "diagnosticando" e assustando as mães antes mesmo de elas levarem seus filhos a um neuropsico!
E uma amiga colocou o seguinte:
"A maior dificuldade dessas crianças é justamente o processo de rejeição das escolas...Normalmente as particulares...O ideal é a escola pública...Pode parecer absurda essa colocação mas não é...Por que lá essas crianças serão aceitas de forma mais natural...Sem estarem previamente rotuladas...Gratidão"
Você concorda com isso?
Minha visão é que:
Sim, há razão na
questão da "aceitação". A pública, até "por força de lei"
não pode rejeitar formalmente. Mas isto também não é "inclusão".
Inclusão "inclui" Amor, Carinho, Motivação, desenvolver novas
práticas e metodologias.
O que tenho visto na
pública passa por várias circunstâncias:
1) O aluno não medicado é discriminado (leia-se:
humilhado) pela própria profe em sala, promovendo o bullying que aumenta
depois, pelos colegas, nos demais contextos. Retardado, burro, maluco, “purfa”,
esquisito...
2) O aluno, medicado ou não, agride, responde,
discute, pois não entende e não quer mais ser exposto - em pouco tempo vai
tentar desistir e o índice de evasão escolar só faz crescer...”ele não dá pro
estudo...” – por força da lei não pode trabalhar e aí, pra marginalidade é um
pulo!
3)
O aluno medicado dorme a maior parte do tempo,
debruçado sobre a mesa, em plena sala de aula e a profe faz de conta que nada
vê. Pois, aí, “está bom” e não incomoda!
4)
O aluno, medicado, igual não “melhora”... aí, é
taxado de sem-vergonha... e os problemas continuam.
5)
O aluno, medicado ou não, é tido como um ser “com
problemas”, um “doente mental” e a escola, pra não se incomodar, literalmente o
aprova, ano após ano, ainda que não tenha a mínima condição para tal! (ontem
mesmo postei sobre este tema. Um garoto no nono ano que não sabe ler nem
escrever...)
Enfim, o despreparo dos educadores perpassa os diferentes tipos de escola e
a situação é deveras grave! Basta ver o lugar que, mais uma vez, alcançamos nos
levantamentos sobre educação no mundo!
Ministério da Educação - a quem o senador Cristóvam quer o nome de Ministério da Criança - querendo, aqui já podem ter mais um levantamento para suas pesquisas e estudos.
Urge a Ação Prática!!
Escritora, Educadora,
Idealizadora e Coordenadora do Curso Formação para Coordenadores em Jogos e Vivências para Dinâmica de Grupos,
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FGV,
Facilitadora de Grupos em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista de coração, Vegana.
Certificada como International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
marisejalowitzki@gmail.com
compromissoconsciente@gmail.com
Livro: TDAH Crianças que desafiam
Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família
Contra o uso indiscriminado de metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta
TDAH Crianças que Desafiam - Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário